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Christiane Torloni

Nomes Alternativos: Christiane Maria dos Santos Torloni | Cristiane Torloni

323Número de Fãs

Nascimento: 18 de Fevereiro de 1957 (67 years)

São Paulo, São Paulo - Brasil

Christiane Maria dos Santos Torloni nasceu em São Paulo. Iniciou a carreira aos 18 anos. Foi Lívia na novela Sem Lenço, Sem Documento. Atuou em América, Torre de Babel, Cara e Coroa, A Viagem, Ti Ti Ti, entre outras. Em Fina Estampa, de Aguinaldo Silva, ela viveu em 2011 a vilã Tereza Christina. No teatro e no cinema teve papéis memoráveis. La Torloni, como por vezes é chamada, sempre foi uma artista muito engajada, com participações históricas em eventos como as Diretas Já, e a luta pela democracia e o fim da ditadura.
Nascida em 18 de fevereiro de 1957, Christiane Torloni tem uma veia artística. Ela é filha de Geraldo Matheus e Monah Delacy, fundadores do Teatro de Arena, e tem como padrinhos a atriz Cacilda Becker e Alfredo Mesquita, fundador da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo (USP). Para a atriz, ser filho de artistas é uma benção.
É filha da atriz Monah Delacy e do ator Geraldo Matheus. É mãe do ator Leonardo Carvalho, fruto de seu casamento, com ator e diretor Dênis Carvalho. Teve um filho gêmeo idêntico a Leonardo, que morreu ainda criança num acidente de carro em 1991. Atualmente é casada com o diretor Ignácio Coqueiro.
Estreou na Rede Globo aos 19 anos. Em 1976, Christiane estreia em novelas, vivendo a Juliana de Duas Vidas. “Eu era literalmente virgem em tudo. O Stepan (Nercessian) tinha que me abraçar, dar um beijo e eu ficava parada feito uma porta, assustada. A arte veio com tudo. Amor, sexo, novela, teatro. Foi bonito”, relembra Christiane, que conheceu nesse período o seu primeiro marido e pai de seus dois filhos, Dennis Carvalho.
A primeira protagonista foi interpretada, em 1978, na novela Gina. “Foi muito difícil. O Herval (Rossano) era bravo, mas a televisão é incrível porque você aprende fazendo. Não tive curso melhor de formação artística do que a minha experiência na TV Globo e depois na Manchete, que também foi impressionante, você tem que aprender a fazer tudo. O trabalho numa novela e, principalmente, se você é uma protagonista, exige que você tenha muito preparo físico”, pontua Christiane.
Depois de Gina, a atriz fez uma interrupção para ter mais tempo para si e também porque queria ser mãe. Neste período, começou a fazer teatro. Sua primeira obra no profissional foi As Preciosas Ridículas do Molière, dirigida por Marília Pêra. Ao longo de sua carreira, subiu outras tantas vezes ao palco, em peças como Tio Vania (1984), O Lobo de Ray-Ban (1989), Salomé (1997), Joana D’Arc (2001), Mulheres por um Fio (2005), entre outras.
Dentre os muitos personagens interpretados, figuram as marcantes Jô Penteado, de ''A Gata Comeu'' (1985), Fernanda de ''Selva de Pedra'', e Dinah de ''A Viagem'''. Em 1981, Christiane Torloni foi a filha da primeira Helena (Lilian Lemmertz) criada por Manoel Carlos na novela ''Baila Comigo''. De 1987 a 1990, a atriz teve uma passagem pela TV Manchete, emissora que seu pai ajudou a criar ao lado de Adolfo Bloch, com que já tinha trabalhado na Fundação de Teatro do Rio de Janeiro, a Funterj. “É interessante esses homens que têm grandes sonhos a partir dos 60 anos. O Roberto Marinho sonhou a TV Globo aos 60 anos, incrível! E o seu Adolfo também. Quando ele pensou em fazer o canal, o papai foi ajudar a montar os estúdios nos galpões onde ficavam os papéis da editora Bloch”.
Na emissora de Bloch, Torloni atuou em De Corpo e Alma e Kananga do Japão, novela de Tizuka Yamasaki, dirigida por Jaime Monjardim. A história se passava em um salão de dança, nos anos 1930. “É quando conheço Carlinhos de Jesus, que virou um parceiro de vida, e tenho o meu encontro definitivo com os tangos e boleros, que vão se repetir depois na Dança dos Famosos no Faustão.”
Um outro desafio profissional para Christiane foi interpretar a estilista Rafaela de Torre de Babel (1998), par romântico com Silvia Pfeifer, que vivia a Leila. A atriz relembra o preconceito que elas sofreram com o casal de lésbicas. “Você mexer com homossexualidade masculina é uma coisa porque os personagens vêm com alguma afetação, e de algum jeito isso é uma farsa, isso não está imitando a vida. Agora, mexer na mulher é muito complicado. Porque você mexe com a mãe e a mãe é uma instituição no Brasil”. O personagem Torloni morreria e a personagem de Silvia teria um caso com a personagem de Gloria Menezes, apesar da atriz Menezes querer fazer o personagem, o público não aceitou ver Gloria traindo Tarcísio na novela.
Vinte e dois anos depois, a atriz interpretou uma das Helenas do autor Manoel Carlos em ''Mulheres Apaixonadas'' (2003). Posou nua para a revista Playboy duas vezes na década de 80, uma delas ficou polêmica.
Na sequência, fez a sexta Helena do Manoel Carlos, em Mulheres Apaixonadas. Na novela, eram três irmãs vividas por Christiane, Maria Padilha e Giulia Gam.
Outro trabalho marcante para a atriz foi a minissérie Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007), de Gloria Perez, em que contracenava com Victor Fasano e Juca de Oliveira. As gravações foram no Acre. Os atores ficaram tão impressionados com tudo que viram, que encabeçaram uma campanha de preservação da Amazônia e fizeram um manifesto no mesmo dia do lançamento da minissérie. O Amazônia para Sempre teve mais de 1 milhão de assinaturas. “As gravações eram em Porto Alonso e no caminho até lá a gente via a terra devastada. As fichas foram caindo de uma maneira, que numa noite o Juca, o Victor e eu decidimos que a gente tinha que fazer alguma coisa. O que nós três estamos fazendo ali naquele momento era sermos espectadores de uma realidade que vai mudar a história do planeta Terra. A gente chorava tanto, era muita indignação”.
Outro personagem marcante na carreira foi a Teresa Cristina de Fina Estampa. “Esses são aqueles personagens prêmio. Que você começa com intuição e aí a coisa vai indo. Era uma vilã com uma pegada de comédia. Aí é juntar coisas magníficas e desse combinado só podia dar samba”. Em Alto Astral (2014), ela deu vida à Maria Inês. Em 2016, a atriz viveu Iolanda em Velho Chico. Dois anos depois, ela interpretou Carmen, em O Tempo Não Para, uma mulher forte e decidida, que cria o filho sozinha e se envolve com um homem mais novo.
No início da década de 1990, já de volta à Globo, Christiane Torloni sofreu a grande tragédia de sua vida, que foi a morte de um dos seus filhos gêmeos, Guilherme, num acidente com o carro dela. A dor da perda levou a atriz a sair do Brasil e viver três anos em Portugal com seu outro filho, Leonardo. “Aí tem uma tsunami na minha vida. Como a gente mexe com isso que é tão delicado? Logo em seguida ao acidente, eu entendo que tenho que parar tudo porque é como se fosse um vitral que está todo estilhaçado, que a qualquer movimento vai desmontar. E é o coração da atriz também, pois vem do mesmo lugar, não são personas separadas”.
Em 1991, uma tragédia abalou a vida de Christiane, quando seu filho Guilherme faleceu aos 12 anos em um acidente de carro. A atriz estava manobrando uma caminhonete na garagem de casa, quando o carro perdeu o controle e, de ré, caiu de uma altura de 4,5 metros. No acidente, o menino sofreu traumatismo craniano e acabou morrendo.
Cristiane fala constantemente sobre o acidente e em final de 2020, durante o CCXP Worlds, um evento de cultura pop, “Fui mãe de gêmeos e isso me fez conviver de maneira especial com as diferenças. Eles eram irmãos idênticos e brincavam de um se fazer passar pelo outro desde pequenos. Era o olhar que me dizia quem era quem. A alma é única. Não existem duas pessoas no mundo com a mesma alma”.
Em janeiro de 2021, durante as homenagens às vitimas do incêndio da Boate Kiss, ela falou ao jornal que o luto não terminaria nunca.
Nesse período, a Globo começou uma parceria com a televisão portuguesa (SIC) e Christiane volta, aos poucos, ao trabalho. Ela apresentou um programa de cinema. Assistia filmes em casa, via os comentários e fazia resenhas. “Como essa nova televisão estava começando a produzir aquilo que seriam seriados, eu fazia o coaching com atores, pensando em dirigir. Sempre achei que os atores são tão miseravelmente frágeis, eles se entregam tanto, que o diretor precisa ser um agente de confiança. Ele é a rede na qual o ator se joga sem medo para poder se expor. Só que eu achava que me faltava não só a paciência, como compaixão para dirigir porque você tem que ter muita paciência e saber perdoar também”.
Dentre as causas sociais que conduz pessoalmente figuram as de relevância como o abaixo assinado, divulgado no site amazoniaparasempre.com.br, para a preservação da Amazônia que pretende levar ao Congresso Nacional mais de um milhão de assinaturas; e a campanha bemquerermulher.com.br para o fim da violência contra a mulher.
Curiosidades.
Em 2011, concedendo uma entrevista durante o Rock in Rio para a televisão, lançou a expressão "Hoje é dia de Rock, bebê!" que acabou entrando pra história do festival. Na edição seguinte do Rock in Rio em 2013 a frase, que havia virado meme nas redes sociais, virou uma camiseta oficial do evento. Até hoje quando se comemora o dia internacional do rock, a imagem de Torloni falando "Hoje é dia de Rock, bebê!", é um dos fatos mais marcantes da história.

Filhos: Leonardo Carvalho, Guilherme Carvalho
Cônjuge: Ignácio Coqueiro (de 1995 a 2010), Eduardo Mascarenhas (de 1983 a 1986), Dennis Carvalho (de 1977 a 1980)
Pais: Monah Delacy, Geraldo Matheus

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