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João Gilberto

Nomes Alternativos: João Gilberto Prado Pereira de Oliveira

125Número de Fãs

Nascimento: 10 de Junho de 1931 (88 years)

Falecimento: 6 de Julho de 2019

Juazeiro, Bahia - Brasil

João Gilberto Prado Pereira de Oliveira OMC, foi um cantor, violonista e compositor brasileiro.

Considerado um artista genial por musicólogos e jornalistas especializados, revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de violão para tocar samba: a "bossa nova", reverenciado no mundo inteiro, ele ficou entre os 100 maiores cantores (a) do mundo pela revista Rolling Stone Americana.

Iniciou sua carreira profissional em 1949, integrando o cast de artistas da Rádio Sociedade da Bahia.

No ano seguinte, viajou para o Rio de Janeiro, onde passou a atuar como crooner do conjunto vocal Garotos da Lua, com o qual gravou, em 1951, dois discos 78 rpm, lançados pela gravadora Todamérica.

Em 1952, iniciou sua carreira solo, gravando um disco 78 rpm para a gravadora Copacabana.

No ano seguinte, sua composição "Você esteve com meu bem" foi gravada por Marisa, que viria a adotar mais tarde o nome artístico de Marisa Gata Mansa, ainda em 1953, passou a fazer parte do conjunto Quitandinha Serenaders, com o qual participou do show "Acontece que eu sou baiano", na boate Casablanca, nessa mesma casa noturna, apresentou-se como artista solista, no show "Esta vida é um carnaval".

No ano seguinte, integrou o conjunto Anjos do Inferno, com o qual se apresentou em São Paulo.

Em 1955, residiu em Porto Alegre, seguindo, no final do ano, para Minas Gerais, onde passou um tempo com a família, dedicando-se ao estudo do violão.

Voltou para o Rio de Janeiro em 1957. Nessa época, costumava freqüentar a Boate Plaza, ponto de encontro de músicos que se preocupavam com uma nova concepção musical que viria a desembocar na bossa nova.

Em 1958, acompanhou ao violão a cantora Elizeth Cardoso na gravação de "Chega de saudade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e "Outra vez", faixas incluídas no LP "Canção do amor demais", também nesse ano, gravou um 78 rpm contendo "Chega de saudade" e "Bim bom", de sua autoria, o histórico disco, citado mais tarde como referência por muitos artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, apresentava uma interpretação vocal intimista e uma nova batida de violão, tornando-se um marco para a bossa nova.

Em 1959, lançou outro 78 rpm em que gravou "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça) e "Oba-la-lá", de sua autoria. Nesse mesmo ano, gravou seu primeiro LP, "Chega de saudade", lançado pela Odeon, com produção musical de Aloysio de Oliveira e arranjos de Tom Jobim, no repertório, além das canções lançadas nos dois 78 rpm, a releitura de antigos sucessos como "Morena boca de ouro" (Ary Barroso e Luís Peixoto), "Rosa morena" (Dorival Caymmi) e "Aos pés da santa cruz" (Marino Pinto e Zé da Zilda), e "Lobo bobo", faixa que lançava uma nova dupla de compositores, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli.

Em 1960, gravou o LP "O amor, o sorriso e a flor", também pela Odeon, com destaque para "Samba de uma nota só" (Tom Jobim e Newton Mendonça), canção também emblemática da bossa nova, participou, ainda nesse ano, do show "O amor, o sorriso e a flor", realizado no Teatro de Arena da Faculdade de Arquitetura (RJ).

Apresentou-se, também, na casa noturna Arpège (RJ) e, com Vinicius de Moraes, na Associação Atlética Banco do Brasil (Salvador)., ainda em 1960, nasceu seu filho João Marcelo, de seu casamento com a cantora Astrud Gilberto.

No ano seguinte, gravou seu terceiro LP, "João Gilberto", que contou com acompanhamento do conjunto de Walter Wanderley, destacando-se "O barquinho" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), ao lado da releitura de sucessos como "Samba da minha terra" e "Saudade da Bahia", ambas de Dorival Caymmi.

Apresentou-se, também em 1961, no Cassino San Raphael, em Punta del Este (Uruguai). Nesse mesmo ano, foi lançado no mercado norte-americano o disco "Brazil''s brilliant João Gilberto" (o LP brasileiro "O amor, o sorriso e a flor").

Em 1962, dividiu o palco com Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Banana e o grupo vocal Os Cariocas no show "O Encontro", realizado na boate Au Bon Gourmet. Nesse mesmo ano, viajou aos Estados Unidos para participar do histórico "Festival de Bossa Nova", realizado no Carnegie Hall de Nova York, vindo a fixar residência nessa cidade.

Apresentou-se, também, no Village Gate (Nova York) e no Lisner Auditorium (Washington).

Ainda em 1962, foi lançado nos Estados Unidos o álbum "The boss of the bossa nova" (o LP brasileiro "João Gilberto", que teve uma faixa regravada em Nova York).

No ano seguinte, gravou, com Stan Getz, o LP "Getz/Gilberto", o disco, que contou com a participação da cantora Astrud Gilberto na faixa "The Girl from Ipanema", teve seu lançamento retardado pela Verve, ainda em 1963, estreou no Brasil o filme "Seara vermelha", para o qual compôs a trilha sonora, com letra de Jorge Amado, "Lamento da morte de Dalva na beira do Rio São Francisco", mais tarde gravada como "Undiú", nesse mesmo ano, foi lançado no mercado norte-americano o LP "The warm world of João Gilberto" (o disco brasileiro "Chega de saudade"). Viajou para a Itália, ainda em 1963, apresentando-se no Foro e na boate Bussola (Viareggio), onde conheceu a canção "Estate", que viria a gravar mais tarde.

De volta a Nova York, foi acometido de espasmos musculares na mão direita, o que o forçou a submeter-se à fisioterapia.

Em 1964, apresentou-se, com Stan Getz, no Canadá. Nesse ano, foi lançado o LP "Getz/Gilberto", o disco ocupou o 2º lugar da parada de sucesso da revista "Billboard" durante 96 semanas e tornou-se um dos 25 discos mais vendidos do ano.

Ainda em 1964, apresentou-se na Califórnia (na boate El Matador, em São Francisco, e no Teatro Santa Monica), dividiu o palco do Carnegie Hall com Stan Getz, em show gravado ao vivo, e realizou concertos solo no Town Hall e no Village Vanguard, em Nova York.

No ano seguinte, foi contemplado com o prêmio Grammy ("Best Album") pelo disco "Getz/Gilberto", recebendo quatro das nove indicações (melhor álbum do ano (com as estatuetas concedidas a Stan Getz, João Gilberto e ao produtor Creed Taylor), melhor gravação do ano (a versão de "Girl from Ipanema" lançada em compacto, sem a letra em português, e somente com a letra em inglês cantada por Astrud Gilberto), melhor solista de jazz (Stan Getz) e melhor engenharia de som (para Phil Ramone), com Garota de Ipanema).

Ainda em 1965, casou-se com a cantora Miúcha e veio ao Brasil, apresentando-se no programa "O Fino da Bossa" (TV Record).

Em 1966, nasceu sua filha Bebel Gilberto, nesse mesmo ano, foi lançado nos Estados Unidos o disco "Getz/Gilberto nº 2".

Apresentou-se, em 1967, no Village Vanguard (Nova York) e no Hollywood Bowl (Los Angeles) e, no ano seguinte, no Central Park (Nova York) no Bird''s Nest (Washington) e no Rainbow Grill (Nova York).

Em 1969, viajou para o México, onde residiu durante dois anos, participou de festivais de jazz em Guadalajara, Guanahuapi, Cidade do México e Puebla, e apresentou-se na boate Forum e no Museu da Cidade do México, onde recebeu o Troféu Chimal.

Lançou, em 1970, o LP "João Gilberto en Mexico", com destaque para o bolero "Farolito", de Agustin Lara, além de "O sapo" (João Donato) e "De conversa em conversa" (Lúcio Alves), entre outras canções que receberam arranjos de Oscar Castro Neves.

Viveu no Brasil durante o ano de 1971, quando participou, ao lado de Caetano Veloso e Gal Costa, de um especial histórico realizado pela TV Tupi.

De volta a Nova York, no ano seguinte, realizou, com Stan Getz, uma temporada de shows no Rainbow Grill.

Em 1973, gravou o LP "João Gilberto", que incluiu "Águas de março" (Tom Jobim), além da regravação de "Isaura" (Herivelto Martins e Roberto Roberti), "Na baixa do sapateiro" (Ary Barroso) e "Falsa baiana" (Geraldo Pereira), entre outras.

Em 1976, lançou no mercado norte-americano o LP "Best of two worlds", que contou com a participação de Stan Getz e Miúcha, apresentou-se, nesse mesmo ano, no Keystone Komer (São Francisco), com Stan Getz.

Em 1977, lançou, no Brasil e nos Estados Unidos, o LP "Amoroso", indicado para o Grammy na categoria Best Jazz Vocal Performance, ainda nesse ano, realizou shows no Great American Music Hall (São Francisco) e na boate Roxy (Los Angeles).

Em 1978, veio ao Brasil para gravar um especial de televisão, apresentando-se no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro Municipal (São Paulo), nesse mesmo ano, participou do Newport Festival de Nova York, realizado no Carnegie Hall, ao lado de Charlie Byrd e Stan Getz.

Em 1980, voltou a residir no Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro, ainda nesse ano, gravou o especial "João Gilberto Prado Pereira de Oliveira" (TV Globo), que contou com a participação de Bebel Gilberto e Rita Lee, o especial gerou disco homônimo lançado pela WEA.

Em 1981, lançou, com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, o LP "Brasil" e realizou concertos no Teatro Municipal de São Paulo.

No ano seguinte, gravou para a TV Bandeirantes o especial "João Gilberto: a arte e o ofício de cantar" e apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), realizou show no Festival de Águas Claras (São Paulo), em 1983, e no Coliseu dos Recreios (Lisboa), no ano seguinte.

Em 1985, apresentou-se no Palácio das Convenções do Anhembi e Latitude 2001, em São Paulo, no XIX Festival de Montreux, na Suíça, em Antibes (França), Madri e Roma.

No ano seguinte, sua participação no Festival de Montreux (Suíça), gravada ao vivo, foi lançada no CD duplo "Live at the 19th Montreux Festival".

Em 1987, recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de Comendador.

No ano seguinte, apresentou-se na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Salvador), no Town Hall (Nova York) e no Palace (São Paulo).

Em 1989, foi indicado para o prêmio Grammy, na categoria Best Male Jazz Vocal Performance, pelo CD "Live in Montreux", lançado nos Estados Unidos, ainda nesse ano, apresentou-se no Festival de Montreux, realizou concertos em Bruxelas, Paris e Madri e participou de festivais de jazz na Espanha e no sul da França.

Em 1991, lançou o CD "João", com destaque para "Ave-Maria no morro" (Herivelto Martins), "Sampa" (Caetano Veloso) e "You do something to me" (Cole Porter), nesse mesmo ano, gravou um jingle para uma marca de cerveja e apresentou-se no Palace, em São Paulo.

Em 1992, realizou concerto no Parque Ibirapuera (SP), tendo Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Rita Lee como convidados, e no Teatro Guararapes (Recife).

Ainda nesse ano, gravou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro um especial para a TV Globo, e participou, como convidado, de concerto de Tom Jobim, no Palace (SP).

Em 1993, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), ao lado de Gal Costa e Maria Bethânia, e no Jack Gleason Theatre (Miami).

No ano seguinte, realizou concertos, tendo sua filha Bebel Gilberto como convidada, no Palace (SP), gravado ao vivo e lançado no CD "Eu sei que vou te amar", e no teatro do Hotel Nacional (RJ), apresentou-se, ainda, no Palácio das Artes (Belo Horizonte).

Em 1995, participou de homenagem a Tom Jobim, no Avery Fisher Hall, em Nova York, inaugurou a casa de espetáculos Tom Brasil (SP) e realizou concertos na Sala Villa-Lobos (Brasília) e no Teatro Rio Vermelho (Goiânia).

No ano seguinte, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), na casa Tom Brasil (São Paulo), no Centro de Convivência Cultural (Campinas), no Umbria Jazz Festival (Perugia, Itália), no Cassino (Veneza), no Auditório Araújo Vianna (Porto Alegre) e no Cine-Theatro Central (Juiz de Fora).

Em 1997, realizou concertos no Tom Brasil (São Paulo), gravados para um especial da TV Bandeirantes. Nesse mesmo ano, apresentou-se em Santiago do Chile (Centro de Eventos San Carlos de Apoquindo) e em Buenos Aires (Teatro Opera), onde recebeu as chaves da cidade e o título de cidadão ilustre.

Em 1998, realizou show no Teatro Castro Alves (Salvador) e participou, como convidado especial, do "Tributo a Tom Jobim", no Teatro Alfa Real (São Paulo). Apresentou-se, ainda, no JVC Festival, realizado no Carnegie Hall (Nova York), no Masonic Auditorium (São Francisco) e no Teatro Jackie Gleason (Miami).

No ano seguinte, apresentou-se, ao lado de Caetano Veloso, no Teatro Gran Rex (Buenos Aires) e na inauguração do Credicard Hall (São Paulo).

Em 2000, lançou o disco "João, voz e violão", pela Universal Music, com produção musical de Caetano Veloso, o disco incluiu regravações de "Chega de saudade" e "Desafinado", além de clássicos do samba que o cantor já apresentava há algum tempo em seus shows, como "Da cor do pecado" (Bororó), "Não vou pra casa" (Antônio Almeida e Roberto Roberti) e "Segredo" (Herivelto Martins e Marino Pinto), destacam-se também no repertório, sambas de Caetano Veloso como "Desde que o samba é samba" e "Coração vagabundo", e de Gilberto Gil, como "Eu vim da Bahia", além do bolero "Eclipse", do cubano Ernesto Lecuona, faixa já incluída em seu LP "Farolito", e de "Você vai ver" (Tom Jobim), na capa, parte do rosto da atriz Camila Pitanga, que traz o dedo indicador sobre os lábios num gesto que exige silêncio.

Ainda em 2000, apresentou-se em Nova York (no JVC Festival, realizado no Carnegie Hall), em Barcelona, em Londres (Barbican Centre), em São Paulo (Tom Brasil), em Milão e em Recife (Teatro Santa Isabel).

Em 2001, foi contemplado como prêmio Grammy na categoria Best World Music Album, pelo disco "João voz e violão",nesse mesmo ano, apresentou-se com muito sucesso em Paris, no Festival de Montreux (Suíça) e no Festival de Montreal (Canadá).

Em 2003, apresentou-se (voz e violão) no Tokyo International Forum Hall A, no Japão.

Wm 2004, foi lançado o CD “João Gilberto in Tokyo”, gravado ao vivo no Tokyo International Forum Hall A, no Japão, no dia 12 de setembro do ano anterior. No repertório, “Corcovado”, “Este seu olhar”, “Wave” e “Ligia”, todas de Tom Jobim, “Acontece que eu sou baiano” e “Rosa Morena”, ambas de Dorival Caymmi, “Meditação” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Doralice” (Dorival Caymmi e Antônio Almeida), “Isto aqui o que é” (Ary Barroso), “Pra que discutir com Madame” (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), “Louco (Ela é seu mundo)” (Wilson Batista e Henrique de Almeida), “Bolinha de papel” (Geraldo Pereira), “Adeus América” (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa), “Preconceito” (Wilson Batista e Marino Pinto) e “Aos pés da Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda).

Após 14 anos de ausência dos palcos cariocas, apresentou-se, em 2008, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, celebrando os 50 anos da bossa nova, sendo acompanhado pela platéia em coro, ao final do espetáculo, na canção "Chega de saudade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).

O disco que mudou tudo na música brasileira:

O ano de 1958 foi um marco para a música popular brasileira, em julho, Elizete Cardoso lança o famoso LP Canção do Amor Demais, contendo músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ol disco, entretanto, entraria na história da música popular brasileira por outro motivo: João Gilberto acompanhava Elizete ao violão nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez, sendo essas as primeiras gravações da chamada "batida da bossa nova", esse disco, no entanto, não pode ser considerado o pioneiro da bossa nova, uma vez que Elizete era uma cantora presa ao samba-canção, com ênfases óbvias e gastas no canto.

Em agosto, João lança um disco de 78 rpm contendo "Chega de Saudade" e "Bim Bom", gravado na Odeon, com apoio de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Aloysio de Oliveira.

Este disco inaugura o gênero da bossa nova, e logo se torna um sucesso comercial. Sua gravação teve arranjos de Tom Jobim, participação de orquestra e de Milton Banana, entre outros artistas, João inovou ao pedir dois microfones para gravar: um para a voz e outro para o violão, desse modo, a harmonia passou a ser mais claramente ouvida, o disco estourou primeiro em São Paulo, o principal mercado do país na época. Foi um sucesso de vendas e primeiro lugar nas rádios.

João participa, então, de programas de rádio e TV, dá entrevistas, faz shows, logo o sucesso parte para o Rio.

Em 1959, João lança mais um 78 rpm, dessa vez contendo Desafinado, de Tom Jobim e Newton Mendonça, e Hô-bá-lá-lá, composição própria.

Em março, lança o LP Chega de Saudade, que vira um sucesso de vendas, diz-se que após conhecer João, Ary Barroso aconselhou-o: "Faça exatamente o que você quer!".

A importância deste primeiro disco de João Gilberto é mostrada por Tom Jobim, já no texto de contracapa do LP: "Em pouquíssimo tempo, (João) influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores.

Após o lançamento do LP Chega de Saudade, a nova batida do violão tornou-se moda entre os jovens secundaristas e universitários, encantados com o violão de João Gilberto, esse disco influenciou a geração de João e a geração seguinte de jovens que, depois de ouvir Chega de Saudade, decidiram-se pela carreira de músico, entre os jovens estavam Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Francis Hime, Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, entre outros... Esse disco criou a mais completa reviravolta na música popular brasileira. João sintetizou a MPB em seus termos fundamentais: ritmo, harmonia, batida de violão e técnica de canto.

Além disso, seu estilo, apesar de revolucionário, não rompeu com a música do passado, vez que gravou em seus discos velhas composições de Ary Barroso, Geraldo Pereira, Dorival Caymmi e sucessos de Orlando Silva, Aracy de Almeida entre outros...

Entre os grandes jazzistas fãs declarados de João estão Miles Davis (que disse: Ele pode até ler jornal que soa bem), Stan Getz, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Tony Bennet, Jon Hendricks, entre outros, a influência de João Gilberto no jazz é consenso entre críticos de música, atualmente, percebe-se a influência de João em artistas como Stacey Kent e Diana Krall, que teve João como sua primeira referência musical e diz que não se pode ser jazzista sem aprender bossa nova, fora do jazz, João recebe elogios de famosos como Madonna, Jacqueline Kennedy, Eric Clapton, Simone de Beauvoir, Jean-Paul Sartre, Bob Dylan, Beck, David Byrne, entre outros, chegando a influenciar movimentos como o indie rock e a dance music.

Em 1999, a National Academy of Recording Arts & Sciences, concede ao disco o prêmio Grammy Hall of Fame.

Em 2003, recebe o Premio della Critica Heineken na Itália.

Em 2012, foi publicado o livro “João Gilberto” (Cosac Naify), organizado por Walter Garcia.

Foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil a 13ª maior voz brasileira de todos os tempos.

Em 2008, foi eleito o segundo Maior Artista da Música Popular Brasileira pela revista Rolling Stone Brasil de todos os tempos, ele ficou entre os 200 maiores cantores (a) do mundo pela revista Rolling Stone Americana, entre os brasileiros apenas ele e Gal Costa, ficaram entre os 100.

João Gilberto morreu em 6 de julho de 2019, aos 88 anos de idade, em sua casa no Rio de Janeiro. O músico vinha apresentando problemas de saúde havia alguns anos. Morreu ao lado dos familiares.

Cônjuge: Miúcha (de 1965 a 1971), Astrud Gilberto (de 1960 a 1964)
Filhos: Bebel Gilberto, João Marcelo Gilberto, Luisa Carolina Gilberto

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