Os spin-offs de coadjuvantes que se destacam em franquias estão cada vez mais comuns no cinema e na televisão, porém, o longa derivado de Meu Malvado Favorito, Minions, vai muito além disso. A marca se consolidou de uma maneira tão forte que a imagem dos pequenos bonecos amarelos virou um símbolo de atração infantil, e até adulto, que se propagou para parques de diversão, produtos alimentícios, roupas, material escolar, e claro, brinquedos, muitos brinquedos. Isso fez com que o produto - os Minions - ficasse tão forte para que os produtores da animação não tivessem o trabalho de cativar público, pois as pessoas já estão apaixonadas pelos personagens.
Na trama, os Minions serão apresentados antes de Meu Malvado Favorito, bem antes mesmo da civilização humana aparecer na Terra. Desde a época jurássica, eles gostavam de ser subordinados a alguém, mas devido ao seu jeito atrapalhado, eles nunca conseguiam manter o seu mestre vivo. E sempre que perdiam um mentor, os minions sentiam a necessidade de achar outro rapidamente, pois a razão da existência deles era ter um chefe para poder agrada-lo e seguir suas ordens. Ultrapassando os anos, ao chegarem ao século XX, depressivos após a morte de seu último guia, Kevin, Bob e Stuart (Pierre Coffin) partem em busca de alguém para mais uma vez liderar os comedores de bananas.
A passagem desses seres amarelos pela Terra é totalmente didática e com uma pitada de humor. Humor que não consegue sair dos risos fracos da plateia, provando não ser nada muito inteligente ou inovador. Ao chegarem ao ano de 1968, época do movimento hippie e o auge de grandes nomes do rock, como os The Beatles e Rolling Stones, o longa pega poucas referências do nosso passado, representando mais o óbvio sem sair da zona de conforto. Diante disso, parece que o roteirista Brian Lynch estava até com medo de fazer os espectadores pensarem demais com piadas e diálogos mais elaborados.
Scarlett Overkill (Sandra Bullock) é uma completa decepção como vilã. Suas características são fracas e não apresentam uma personalidade forte ou que se destaque como o Gru nos primeiros filmes da franquia. Desta forma, é possível ver apenas mais uma vilã que quer se aparecer no meio da multidão por motivos chulos e sem originalidade.
O maior problema de Minions é que ele retrata uma animação vazia, na qual não expõe nenhum objetivo e nem mesmo uma moral para ser discutida ou analisada após o filme. Com isso, é possível notar que foi apenas uma produção totalmente voltada para o grande marketing de apenas vender bonecos engraçadinhos.
Por: Caroline Venco