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Nascimento: 3 de Janeiro de 1929 (60 years)

Falecimento: 30 de Abril de 1989

Roma - Itália

Sergio Leone foi um cineasta italiano. Ele foi o autor de famosos filmes que renovam o gênero western, tais como os clássicos ''Três Homens em Conflito/Il buono, il brutto, il cattivo'' (1966) e ''Era uma Vez no Oeste/C'era una volta il West'' (1968), além de outra obra-prima inesquecível o filme policial que foi seu testamento final no cinema ''Era uma Vez na América/Once Upon a Time in America'' (1984). Em 1996, foi selecionado como um dos 50 maiores diretores do cinema mundial pela Entertainment Weekly

Filho de um antigo industrial do cinema, ele ficou conhecido mundialmente por popularizar o género do western spaghetti. Ele começou com dezoito anos como assistente de direção em filmes de cineastas como Vittorio De Sica, Luigi Comencini e Mervyn LeRoy.

Foi só em 1960 que estreou como diretor em O Colosso de Rodes, mas em 1964 realiza o antológico Por um punhado de dólares, estrelado pelo novato Clint Eastwood. O filme teria duas sequências com o mesmo ator, formando a chamada trilogia dos dólares. Em 1968, já consagrado internacionalmente, finalizaria o seu projeto mais ambicioso até então, o filme ''Era uma Vez no Oeste/C'era una volta il West''. Era para ser seu último western como diretor, mas acabaria aceitando realizar mais um da série, o filme ''Quando Explode a Vingança/Giù la testa'' (1971), também conhecido como Once Upon a Time… The Revolutionis. Passando os anos seguintes como produtor, somente em 1984 ele dirigiria seu último grande filme dessa segunda trilogia, conhecida por trilogia da América, e que acabou se tornando também o último filme que dirigiu em sua carreira.

Nos anos 60, quando o cinema italiano era essencialmente voltado para as comédias, Sergio Leone foi um dissidente, primeiro especializando-se em filmes épicos e depois na recriação do Oeste e nos filmes de western. Ele passou treze anos preparando o clássico ''Era uma vez na América'', um épico ganguerista lançado em 1984 no Festival de Cannes.

Foi um dos mais brilhantes cineastas da sua geração e inventor de um estilo em que não faltam lances de pura genialidade. Ele é hoje fonte de inspiração para novos cineastas como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.

O GRANDE MESTRE

Leone deparou-se com o mundo de fazer filmes aos 18 anos, pelas pegadas influentes do seu pai, também Realizador, numa Roma em clima de pós-guerra, onde por consequência começaria a reinar o neo-realismo italiano. ‘Ladrões de Bicicletas’ de 1948 é o grande exemplo desse movimento, onde Leone teve um dos seus primeiros trabalhos como Assistente de Realização de Vittorio De Sica. ‘Ladrões de Bicicletas’ para Leone foi um trampolim que o fez pular em mega produções italianas e também em algumas americanas, com a função de Realizador da Segunda Unidade, tais como ‘Quo Vadis’ (1951) de Mervyn LeRoy, ‘Helena de Tróia’ (1956) de Robert Wise e o galardoado ‘Ben-Hur’ (1959) de William Wyler.

Durante quinze anos, Leone trabalhou como Assistente de Realização ou em Direção da Segunda Unidade, mas em 1961 o seu cargo iria então dar um salto para Realizador, onde teve a oportunidade de realizar o seu primeiro filme ‘O Colosso de Rodes’, um filme do género histórico (ou peplum) que sai fora dos trilhos ideais de Leone. Sendo uma obra de estúdio (na altura o Produtor tinha uma maior influência na obra do que o próprio realizador) fica difícil conjugar ‘O Colosso de Rodes’ dentro na obra de Leone. Mas foi passado três anos, em 1964, que Leone fez história nas salas de cinema. Inspirado em ‘Yojimbo’ (1961) de Akira Kurosawa, Leone reinventa o género Western com um filme de baixo orçamento chamado ‘Por Um Punhado de Dólares’ e embora não fosse o primeiro Western italiano, a abordagem de Leone foi única. O filme rapidamente tornou-se num tremendo sucesso em Itália e fez de Clint Eastwood uma estrela mundial. O que o levou a realizar de seguida duas sequências, formando assim a chamada “Trilogia dos Dólares” com ‘Por Mais Alguns Dólares’ em 1965, e o clássico marcante não só do género, ‘O Bom, O Mau e o Vilão’ em 1966, onde Clint Eastwood e Lee Van Cleef dividem a tela em ambos os filmes.

Após a “Trilogia dos Dólares”, Sergio Leone já era um nome com uma certa reputação, mas o realizador ainda tinha algo mais a dar ao cinema e ao género Western. Em 1968, estreia ‘Aconteceu no Oeste’, o projeto mais ambicioso de Leone até à data, com Henry Fonda, Charles Bronson e Claudia Cardinale, apesar de na altura ter sido um fracasso na venda de bilhetes, o filme foi reconhecido mais tarde e atualmente é aclamado como um dos melhores filmes de todos os tempos, igualmente considerado o melhor Western já produzido. Passados três anos Leone aceitara realizar mais um Western, o que seria o seu último, ‘Aguenta-te, Canalha!’, um filme sobre a revolução mexicana que hoje é pouco relembrado, pois não faz jus aos trabalhos antecedentes do realizador, apesar de ser um Western com um olho no futuro e uma visão mais politica. Após esse filme, Leone ocupou-se como Produtor, mas sobretudo passou os anos a desenvolver o que seria o último filme realizado da sua carreira. ‘Era Uma Vez na América’ é a obra-prima que junta treze anos de trabalho para finalizar um dos mais épicos e carismáticos filmes de gangster, como se o Velho Oeste já não existisse e Leone adaptou-se ao modernismo americano. Igualmente a ‘Aconteceu no Oeste’, o filme não teve muito sucesso nas salas de cinema devido ao corte exigido pelo estúdio. Atualmente é reconhecido como uma obra-prima do cinema e um dos maiores filmes de gangster já feitos.

Sergio Leone faleceu passado cinco anos da estreia do seu último filme, em 1989, no dia 30 de Abril, com 60 anos. Deixando, não só, uma carreira requintada com obras marcantes para o mundo cinematográfico, mas também vários projetos inacabados (um deles sendo ‘Colt’, que está atualmente a ser pré-produzido para minissérie).

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