O cinema brasileiro é monstruosamente extraordinário. Quebra com todas as receitas de bolo e oferece algo tão verdadeiro e visceral que tu assiste sem saber até o último minuto onde a história vai te levar. Com isso,
a última sequência doeu tanto que cheguei a conferir se não tinha uma cena pós-crédito para aliviar aquele nó que ficou na garganta. Os dois queriam tanto, chegavam sempre tão próximos, mas as coisas apenas não aconteceram. O passado era passado e nada podia o restaurar
O filme é excelente e extrapola a simplicidade com que o projeto se vende. Para além das referências, ele é metal no sentimento que carrega. Se não vem com a invenção da roda, ele consegue ser inesperado em um monte de detalhes que oferecem gostosas surpresas. Há nele algo de muito old school que nem parece saído da Netflix.
O filme é fantástico e o nome é poderosamente emblemático: ao iniciar, ele nos joga uma coleção de personagens que parecem apenas figurantes de uma noite em uma grande cidade. Contudo, a cada cena, mais e mais tijolos vão sendo sedimentados para mostrar o quanto é profunda, amarga e delicada a vida daqueles aparentes anônimos.
Assim, somos confrontados com a consciência de que cada rosto na multidão é em si um drama poderoso, embora normalmente não passem de sombras em nossa correria apressada pela cidade... tudo isso por não podermos dar voz ao silêncio que nos separa, cada um em sua ilha de lágrimas.
Dentro do que a história se propõe a ser, a trama é boa, colocando um monte de incertezas que prendem (apesar de aqui e ali aplicar clichês). Possivelmente, o maior problema são algumas interpretações caricaturais. No todo, vale a pena.
O filme começa com grande potencial, mas vai se perdendo. Acaba não saindo da zona de conforto e as referências passam a ser apenas tapa buracos para a falta de conteúdo mais sólido. Por algum motivo, absolutamente TODOS os caras caem no estereótipo como bobalhões ou babacas.
A série está fantástica e conseguiu ter identidade própria, ao mesmo tempo que mostra competência em dialogar com toda tradição Star Wars. Boba Fett mostra crescimento constante e maturação e constrói sua jornada sem ser cópia de Mando.
A série funciona como um encontro entre Star Wars, o Poderoso Chefão e os bons westerns. As referências vem aos montes, sem que você dependa delas para acompanhar a narrativa mas, se sinta premiado em as reconhecer.
Favreau tem feito um trabalho fantástico no universo Star Wars e vai entregando tudo que eu teria esperado encontrar na trilogia sequel e que me deixou tão decepcionado por não ter visto por lá.
Alguém encomendou que Stephen King juntasse a estética de Us, do Jordan Peele, com a narrativa sobrenatural + loucura do Lovercraft Country criando uma das narrativas mais perturbadoras que temos por aí. A temática não é inovadora, mas é trabalhada com muita competência. Há momentos de revirar o estomago, mas para o que a história pretende, menos seria aleijar o efeito desejado...
O que primeiro me impressionou foi a frieza crua do filme que vai desde a fotografia até a coreografia dos combates: ao invés de belas lutas estilizadas cheias de rodopio, estocadas e esquivas, temos aqui um "salve-se quem puder" angustiante.
A trama é boa e mostra que, em tempos de informação limitada e em um ambiente no qual se está cercado de gente com interesses escusos, confiança se torna algo incerto e fosco. Atuações muito descentes, com destaque para Robert Pattinson que consegue entregar um bom antagonista.
Bonito e com boas canções, mas repete muito da receita consagrada em Frozen, Moana e Raya: protagonista atípica, descobrindo sua força, sem interesse romântico, lidando com uma destruição enorme de caráter místico para a qual ela descobre uma solução no amor da família e amigos.
No começo, esse tipo de narrativa passa, mas quando você percebe que não há muita variação, se torna sacal....
Um ótimo filme que faz o encontro entre Cisne Negro e Fausto. Há boas reflexões, especialmente sobre o lugar da música clássica na contemporaneidade e as interpretações são bem verdadeiras. Fotografia bonita, especialmente na sequência final.
A nota do Filmow é injustificável e fortalece a ideia de que é melhor assistir aos filmes e depois vir aqui do que conferir a nota antes de escolher um filme.
O filme poderia ter decidido ser apenas profundamente fiel a magnifica obra de Frank Herbert ou apenas apaixonadamente interpretado por atores que pareciam ter nascido para seus respectivos papeis. Contudo, Duna escolheu ser tudo isso e ainda um dos mais bonitos filmes que tivemos, com cenas que pareciam belíssimas pinturas e uma trilha sonora que se costura com maestria ao que vemos ali.
pareceu profundamente subaproveitado: personagem serviu apenas como alívio cômico e não mereceu sequer uma cena em que pudesse se mostrar forte, precisando ser salvo por todos o tempo todo
Muito menos que a alegoria bíblica (que não passa de pano de fundo), vejo no filme uma anedota sobre o processo de criação artístico.
A mãe, como os próprios personagens colocam, é a inspiração que, ao lado do poeta, irá parir a obra de arte a partir dos conflitos que esse artista carrega consigo. E, embora se fale no conceito de arte pela arte, essa não consegue se alienar completamente ao lado artista, acabando por ver seu espaço constantemente invadido por questões exteriores.
No fim, a arte é glamourizada, sacralizada, perseguida, condenada, prostituída e vê sua obra ser entregue ao público que a consumirá, ainda que no processo a destrua. O interessante é que, ainda assim, isso é apenas o fim de um ciclo que prepara já o começo de outro. A semente de uma nova obra é deixada e essa já desperta para recomeçar o processo
Graças a Deus, surge aIgo que Ieva o conceito de super heróis para uma concepçao inovadora e surpreendente. Um delicioso passeio peIa historia das sitcoms amarrada em uma trama de suspense psicológico que promete ser sinistra.
O personagem afunda em uma espiral de autodestruição que, na verdade, é a revelação para nós, espectadores, de sua verdadeira natureza. E o que parecia ser um marido em busca do paradeiro de sua esposa vai se revelando um assassino incapaz de lidar com o remorso e buscando esconder de si mesmo a verdade de seu crime. Curioso é que essa negação vai tão longe que, mesmo quando os fatos são esfregados em sua cara, ele os rejeita.
Duas cenas são bem marcantes, para revelar a situação:
1) Ele a procurando em um terreno baldio aparentemente aleatório.
2) A “fantasma” da Madalena esfregando café no rosto, dando um aspecto de terra sobre si.
Os filmes brasileiros continuam fantásticos por fugirem do estereótipo, experimentarem o novo e narrarem o inesperado.
Permanência
3.5 111O cinema brasileiro é monstruosamente extraordinário. Quebra com todas as receitas de bolo e oferece algo tão verdadeiro e visceral que tu assiste sem saber até o último minuto onde a história vai te levar. Com isso,
a última sequência doeu tanto que cheguei a conferir se não tinha uma cena pós-crédito para aliviar aquele nó que ficou na garganta. Os dois queriam tanto, chegavam sempre tão próximos, mas as coisas apenas não aconteceram. O passado era passado e nada podia o restaurar
Metal Lords
3.5 309 Assista AgoraO filme é excelente e extrapola a simplicidade com que o projeto se vende. Para além das referências, ele é metal no sentimento que carrega. Se não vem com a invenção da roda, ele consegue ser inesperado em um monte de detalhes que oferecem gostosas surpresas. Há nele algo de muito old school que nem parece saído da Netflix.
A Voz do Silêncio
3.2 27O filme é fantástico e o nome é poderosamente emblemático: ao iniciar, ele nos joga uma coleção de personagens que parecem apenas figurantes de uma noite em uma grande cidade. Contudo, a cada cena, mais e mais tijolos vão sendo sedimentados para mostrar o quanto é profunda, amarga e delicada a vida daqueles aparentes anônimos.
Assim, somos confrontados com a consciência de que cada rosto na multidão é em si um drama poderoso, embora normalmente não passem de sombras em nossa correria apressada pela cidade... tudo isso por não podermos dar voz ao silêncio que nos separa, cada um em sua ilha de lágrimas.
Cinema brasileiro é belíssimo.
O Céu de Suely
3.9 466 Assista AgoraO mais curioso sobre o título é que
ela promete o Paraíso aos homens, mas nem tem como os dar isso, já que ela próprio vem o procurando a tanto tempo
De Volta aos 15 (1ª Temporada)
3.5 152 Assista AgoraDentro do que a história se propõe a ser, a trama é boa, colocando um monte de incertezas que prendem (apesar de aqui e ali aplicar clichês). Possivelmente, o maior problema são algumas interpretações caricaturais. No todo, vale a pena.
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 774 Assista AgoraO filme começa com grande potencial, mas vai se perdendo. Acaba não saindo da zona de conforto e as referências passam a ser apenas tapa buracos para a falta de conteúdo mais sólido. Por algum motivo, absolutamente TODOS os caras caem no estereótipo como bobalhões ou babacas.
O Livro de Boba Fett (1ª Temporada)
3.5 208 Assista AgoraA série está fantástica e conseguiu ter identidade própria, ao mesmo tempo que mostra competência em dialogar com toda tradição Star Wars. Boba Fett mostra crescimento constante e maturação e constrói sua jornada sem ser cópia de Mando.
A série funciona como um encontro entre Star Wars, o Poderoso Chefão e os bons westerns. As referências vem aos montes, sem que você dependa delas para acompanhar a narrativa mas, se sinta premiado em as reconhecer.
Favreau tem feito um trabalho fantástico no universo Star Wars e vai entregando tudo que eu teria esperado encontrar na trilogia sequel e que me deixou tão decepcionado por não ter visto por lá.
Eles (1ª Temporada)
4.1 553 Assista AgoraAlguém encomendou que Stephen King juntasse a estética de Us, do Jordan Peele, com a narrativa sobrenatural + loucura do Lovercraft Country criando uma das narrativas mais perturbadoras que temos por aí. A temática não é inovadora, mas é trabalhada com muita competência. Há momentos de revirar o estomago, mas para o que a história pretende, menos seria aleijar o efeito desejado...
O Chamado vs. O Grito
2.2 147A ideia é MUITO boa!
A execução é MUITO ruim!
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraEm dado momento, jurei que estava assistindo uma versão live action do Invencível
O filme não é de todo ruim, mas parece deslocado dentro do MCU, quase como se não houvesse diálogo concreto entre ele e todo o restante do universo.
O Rei
3.6 406O que primeiro me impressionou foi a frieza crua do filme que vai desde a fotografia até a coreografia dos combates: ao invés de belas lutas estilizadas cheias de rodopio, estocadas e esquivas, temos aqui um "salve-se quem puder" angustiante.
A trama é boa e mostra que, em tempos de informação limitada e em um ambiente no qual se está cercado de gente com interesses escusos, confiança se torna algo incerto e fosco. Atuações muito descentes, com destaque para Robert Pattinson que consegue entregar um bom antagonista.
Eduardo e Mônica
3.6 372O verdadeiro Eduardo & Mônica continuam sendo o do vídeo clip da Vivo.
Encanto
3.8 807Noto que a Disney vem evitando criar vilões para suas animações...
Encanto
3.8 807Bonito e com boas canções, mas repete muito da receita consagrada em Frozen, Moana e Raya: protagonista atípica, descobrindo sua força, sem interesse romântico, lidando com uma destruição enorme de caráter místico para a qual ela descobre uma solução no amor da família e amigos.
No começo, esse tipo de narrativa passa, mas quando você percebe que não há muita variação, se torna sacal....
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraA sensação final é que havia no filme um monte de boas ideias que, até o final, não chegaram a se concretizar.
Noturno
2.9 214 Assista AgoraUm ótimo filme que faz o encontro entre Cisne Negro e Fausto. Há boas reflexões, especialmente sobre o lugar da música clássica na contemporaneidade e as interpretações são bem verdadeiras. Fotografia bonita, especialmente na sequência final.
A nota do Filmow é injustificável e fortalece a ideia de que é melhor assistir aos filmes e depois vir aqui do que conferir a nota antes de escolher um filme.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraO filme poderia ter decidido ser apenas profundamente fiel a magnifica obra de Frank Herbert ou apenas apaixonadamente interpretado por atores que pareciam ter nascido para seus respectivos papeis. Contudo, Duna escolheu ser tudo isso e ainda um dos mais bonitos filmes que tivemos, com cenas que pareciam belíssimas pinturas e uma trilha sonora que se costura com maestria ao que vemos ali.
Soberbo!
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraUm ótimo filme, mas o David Harbour como Guardião Vermelho...
pareceu profundamente subaproveitado: personagem serviu apenas como alívio cômico e não mereceu sequer uma cena em que pudesse se mostrar forte, precisando ser salvo por todos o tempo todo
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMuito menos que a alegoria bíblica (que não passa de pano de fundo), vejo no filme uma anedota sobre o processo de criação artístico.
A mãe, como os próprios personagens colocam, é a inspiração que, ao lado do poeta, irá parir a obra de arte a partir dos conflitos que esse artista carrega consigo. E, embora se fale no conceito de arte pela arte, essa não consegue se alienar completamente ao lado artista, acabando por ver seu espaço constantemente invadido por questões exteriores.
No fim, a arte é glamourizada, sacralizada, perseguida, condenada, prostituída e vê sua obra ser entregue ao público que a consumirá, ainda que no processo a destrua. O interessante é que, ainda assim, isso é apenas o fim de um ciclo que prepara já o começo de outro. A semente de uma nova obra é deixada e essa já desperta para recomeçar o processo
WandaVision
4.2 840 Assista AgoraEpisódio que abre as portas do MuItiverso com chave de ouro
WandaVision
4.2 840 Assista AgoraO único problema é os episódios serem curtos demais...
WandaVision
4.2 840 Assista AgoraGraças a Deus, surge aIgo que Ieva o conceito de super heróis para uma concepçao inovadora e surpreendente. Um delicioso passeio peIa historia das sitcoms amarrada em uma trama de suspense psicológico que promete ser sinistra.
Elon Não Acredita na Morte
2.8 65Um ótimo filme que pode se tornar previsível lá pela metade.
O personagem afunda em uma espiral de autodestruição que, na verdade, é a revelação para nós, espectadores, de sua verdadeira natureza. E o que parecia ser um marido em busca do paradeiro de sua esposa vai se revelando um assassino incapaz de lidar com o remorso e buscando esconder de si mesmo a verdade de seu crime. Curioso é que essa negação vai tão longe que, mesmo quando os fatos são esfregados em sua cara, ele os rejeita.
Duas cenas são bem marcantes, para revelar a situação:
1) Ele a procurando em um terreno baldio aparentemente aleatório.
2) A “fantasma” da Madalena esfregando café no rosto, dando um aspecto de terra sobre si.
Os filmes brasileiros continuam fantásticos por fugirem do estereótipo, experimentarem o novo e narrarem o inesperado.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraFesta estranha com gente esquisita... eu não tô legal...