"Por maior dedicação que se pode ter, fazer um filme, no geral, não é simples. É preciso tempo de pesquisa, pré-produção planejada, cronograma preciso e montagem atenta, então, provavelmente, terá uma produção com técnica competente. Hilton Lacerda conseguiu isso e também aquilo que não se explica, a alma. “Tatuagem” é definido, erroneamente, como um filme sobre um romance entre um artista da contracultura pernambucana e um soldado do exército, embora seja uma parte explorada, é verdade, mas mesmo assunto polêmico que isso possa ser, é muito maior do que “simplesmente” uma estória de amor. 1978. Ao fazer um favor pra sua namorada, o soldado Fininha (Jesuíta Barbosa) conhece o líder da trupe teatral Chão de Estrelas Cinho (Irandhir Santos, estelar) através de Paulete – o excelente Rodrigo García -, seu cunhado. De cara, já se interessam um pelo outro e começam um romance, o que passa a ser um período de descobertas para o jovem que, embora tímido, não foge dos seus desejos. Além de uma grande – e de rica pesquisa – homenagem à contracultura da época, o longa é questionador em vários aspectos, parecendo surreal que o jovem de 35 anos atrás lutasse pelo que se exige agora e, ainda mais, de forma melhor pensada, indo desde questionamentos religiosos até as fronteiras do corpo e do desejo ao explorar de quase todo o elenco a naturalidade da nudez entre íntimos Por ser um filme de resistência, foi mesmo irônico quando um protesto que acabou em violência no último dia 01 no centro do Rio impediu a estreia do filme no Festival no cinema sede do mesmo, Odeon, o que, para o próprio Hilton, seja altamente justificado. O diretor acredita que seu filme deveria ser exibido em praça pública. Possuidor de um ritmo e energia extremamente peculiares, a produção ganha pela dedicação de toda a equipe à ideia de um homem ainda disposto a ser sincero com sua própria construção, segurando o cinema brasileiro por, talvez, mais um período de produções de baixo orçamento e de alto nível."
"'Cidade de Deus', ninguém pode discordar, ficará pra sempre na história do cinema brasileiro. Embora audacioso, não se esperava tamanha qualidade técnica e tesão num mesmo filme. Melhor, não se esperava que o resto do mundo iria comprar a mesma ideia. 10 anos depois, o documentário, em parte, é mais uma ferramenta pra mostrar como os atores envolvidos no ícone estão no momento. Nada muito investigativo, entretanto, interessante do ponto de informação sobre as negociações feitas pra projetos do tamanho que, mesmo quando justos, os contratados não estão verdadeiramente cientes da grandeza e significado das produções. Um filme de nostalgia pessoal e assuntos mal resolvidos."
"Cansativo. Espera-se um filme alegre e encantador, mas não desenvolve. Chega a se tornar assustador, fazendo parecer que, na verdade, seria uma crítica aos nosso padrões diários. Contudo, o longa promete mais do que entrega."
"É o filme que se defende todo o tempo, da bizarra abertura onde já se percebe que você pode se divertir ou achar uma tortura até o final que me limitarei a dizer que é diferente. Entretanto é um filme que se defende, seu grande crédito. Vale pela linguagem."
"Bacana, mas mais um filme de holocausto? O tema é tão explorado que torna-se necessário coragem pra arriscar comprarem sua visão. Entretanto o filme é até competente, mas não tem muitos grandes momentos, apenas."
"Doc. bem informativo a respeito de um dos personagens mais icônicos do cinema bizarro. Do escândalo “Pink Flamingos” ao sucesso de “Hairspray”, descobrimos a vida de Harris Glenn Milstead, parceiro de alma do diretor John Waters e inspiração pra toda uma nova era de entretenimento gay."
"Possível candidato a filme com cara de independente e candidato ao Oscar pro outro ano. A produção parece uma mistura de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” com “De Repente... 30” e toque de “Juno” na meia idade. Não tem nada de errado, mas não encanta, alguns personagens não convencem. Um filme sessão da tarde pra adultos."
"Nem todos querem encontrar a si próprios. Autoconhecimento é uma jornada pra poucos. Em “Chegará o dia” a linda Jasmine Trinca faz uma mudança radical. Da Itália à Amazônia. Mais do que um filme que aborda o longe, à natureza. O longa tem sérias questões sobre assuntos sociais e religião. Os não atores fazem relembrar o neorrealismo, mas digitalmente. Todo o apoio a mais filmes do tipo."
"Uma divertida forma de abordar as agora permitidas uniões civis homo afetivas. Será que todos os parceiros homossexuais sentem, de fato, essa necessidade? Novos pontos de vista, até então não questionados em grande abrangência na mídia são apresentados, enriquecendo a discussão."
"Um conto de fadas gay como muito outros que vêm surgindo há, pelo menos, uma década, mas o longa ganha no ponto de termos dois homens reais. Belos, mas com seus pequenos “defeitos”. Do tipo que não vemos em comerciais de cuecas. Como dito pelo próprio diretor, “Hawaii” tem uma certa conexão com seus dois longas anteriores, “Lado B” e “Ausente”, o que pode deixar algumas questões sem resposta, mas nada que seja prejudicial ao julgamento do filme que, de certa forma, explora o fato de que muitos de nós ficamos mais covardes pro amor ao passar dos anos. Talvez o mesmo peque na duração - desnecessariamente longa demais, o que faz pensar que se estabeleceu um padrão de qualidade, onde filmes considerados bons não tivessem menos de 2 horas – quando poderia se tornar mais interessante sendo mais curto, mas, ainda assim, dá o gosto aos homossexuais de, mais uma vez, se sentirem representados em filmes de amor."
"Filme que deveria ser o foco em festivais só por sua nacionalidade, mas não se demora muito a perceber que a produção tem outros trunfos como a fotografia, paisagens lindíssimas, exposição de uma cultura quase completamente desconhecida pela maioria no Brasil, seu enredo – muito embora lento – e sim, as interpretações que parecem tão naturais que poderia ser classificado como neorrealista. Uma experiência."
"Agradável, porém um tanto quanto sem ritmo. Em um momento em que vários países entram em conflito com seus respectivos governos, as questões da justiça e o limite da busca pela mesma se fazem cada vez mais necessários de discussão, por isso, uma estória eficiente, entretanto, não cativa o público por sua (falta de) ação e carência de um enredo mais amarrado."
"O tipo de filme que pretendia ser muito maior do que de fato é. Um enredo promissor que não entrega perto do que promete! Não por ser lento. Mais pelo fato da montagem e direção não serem eficientes."
"É complicado medir o peso que o passado tem na vida de cada um. É impossível saber até onde ele nos molda e o que dele nos assombrará. Victoria e Florence se conheceram numa penitenciária e têm a oportunidade de ficarem juntas quando Vic finalmente entra em liberdade condicional e vai morar no campo, na casa de um tio. Vic espera refazer sua vida e fugir do mundo enquanto Flo quer mais, inclusive outros parceiros sexuais. Sinopses são muitas vezes enganadoras por, muitas vezes, serem tendenciosas e por muitas outras serem obrigatoriamente curtas o suficiente pra não conseguirem passar ao interessado a essência do filme. Eis um exemplo."
"Há incontáveis formas de se contar a perda de alguém querido, mas arrisco dizer que é muito difícil ser eficiente quando se opta pelo psicológico dos que ficaram. “Sonar” mostra uma reunião de amigos 1 ano após ao suicídio de um deles. Reunião, esta, que tinha por objetivo ser uma ocasião especial, onde se recordariam do saudoso amigo, se conectariam, se abririam. Pouco disso acontece. Aliás, há pouquíssimas cenas em que os personagens todos estão em cena, porém o filme é um exercício psicológico onde há várias nuances de “ser saudosista” e oque é o ser, enfim. Luto por alguém que já se foi é prova de amor ou egoísmo? Questionar um suicídio é ser moral, hipócrita ou covarde? Questões que, mesmo que quase invisíveis entre linhas, são questionadas em cena."
"Um filme muito maior do que o título e sinopse sugerem, abordando muitos assuntos que se mesclam entre si mesmo com duração não muito ambiciosa. Mesmo com as inúmeras iminências de apocalipses, sempre há a oportunidade de se questionar oque é o fim do mundo afinal. Há como se retardar? Vale a pena?"
"Quem conhece o Festival do Rio sabe o que esperar de um filme selecionado para o “Midnight Movies” e este longa segue a cartilha dos filmes trash normalmente exibidos na Mostra. Embora sejam 26 curtas de diferentes diretores, todos, de certa forma têm a mesma linguagem, o que não significa que sejam iguais. Há os sensacionais, com humor e criatividade incríveis e os não se vê qualquer sentido. No geral, uma experiência."
"Engano o nosso pensarmos que apenas os EUA praticam o desperdício de boas ideias originais em filmes fracos. O longa tem um bom enredo, personagens carismáticos, lições que ainda podem funcionar em filmes sobre doenças graves mas, de certa forma, não se soube tirar 100% do que se tinha em mãos. Mesmo que muita coisa aconteça, os personagens e o próprio enredo parecem não desenvolver, fazendo a atenção buscar outros pequenos errinhos amadores. O ponto alto do filme fica com a ideia que que filmes do gênero não precisam necessariamente serem pesados. Mais recentemente, produções como “A Guerra Está Declarada” e “Inquietos” deram um outro aspecto a filmes de hospital e este, naturalmente, pode vir a agradar a quem só precisa de uma mensagem de esperança."
"Aos desavisados: “Nordstrand” integra uma trilogia de filmes sobre o abuso doméstico, logo, caso o filme pareça um tanto quanto carente de sentido, é esperado que se assista aos outros. Por outro lado, o longa se costura a um mar de lentidão onde nada parece acontecer e os personagens não se mostram o suficiente pra que alguém possa identificar-se com eles."
"O natural do ser humano é achar culpados indefesos pra pequenas e grandes tragédias que, muitas vezes, os próprios às orquestraram. Muitas dessas vezes os réus são animais estigmatizados como demônios selvagens e irracionais. “Blackfish” traz relatos reveladores de como a gana pela multiplicação de fortunas são fórmulas pra tragédias anunciadas, no caso, os vários incidentes com as baleias da Sea World e coligadas."
Filme com bom tema, mas equivocado na abordagem, ritmo e montagem, caracterização dos "vilões" e até mesmo na fotografia que, embora bonita, exagerada e desnecessariamente saturada algumas cenas. Já em outras o diretor de fotografia parece ter feito escola com JJ. Abrams. Entretanto, um filme com foco em grande público como esse pode ser eficiente no aquecimento da discussão sobre as políticas das drogas nos próximos anos.
Bem, não tenho vergonha de dizer que o quis assistir desde quando soube por conta da Emma Watson e sua prova anterior de que não era apenas uma Herminone qualquer já que os filmes anteriores da Sofia Coppola que já assisti são apenas bons. Acredito que alguns deles não chamariam atenção se ela não fosse filha do pai. ENTRETANTO me surpreendi com "The Bling Ring". A cena de abertura já me conectou com o filme, demonstrando trilha sonora forte e na hora certa. A linha do enredo foi muito competente. Sabemos oque vai acontecer, mas talvez não como e quando talvez por não ter sabido mais quando o fato real aconteceu. O elenco primário é inteiro competente. Emma talvez se destaque mais porque o fato é que todos esperam quando ela dará o primeiro deslize, mas ainda não é hora. O assunto principal do filme que se divide em inúmeros outros são muito interessantes, mesmo que o mundo da moda e do alto consumo seja infértil pra muitos. Simplesmente precisamos repensar oque a educação de jovens - nesse caso - nas grandes cidades.
A história se repete. Filme ótimo, mas comete o pecado de ser curto demais mesmo cobrindo muitos importantes anos da história indígena recente do nosso país. Entretanto, isso é entendível frente à um enredo muitíssimo bem contado, respeitoso no ritmo, com excelente montagem e elenco envolvido e envolvente. João Miguel me emociona com o olhar!
Tatuagem
4.2 923http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-02-10-n15185
"Por maior dedicação que se pode ter, fazer um filme, no geral, não é simples. É preciso tempo de pesquisa, pré-produção planejada, cronograma preciso e montagem atenta, então, provavelmente, terá uma produção com técnica competente. Hilton Lacerda conseguiu isso e também aquilo que não se explica, a alma. “Tatuagem” é definido, erroneamente, como um filme sobre um romance entre um artista da contracultura pernambucana e um soldado do exército, embora seja uma parte explorada, é verdade, mas mesmo assunto polêmico que isso possa ser, é muito maior do que “simplesmente” uma estória de amor.
1978. Ao fazer um favor pra sua namorada, o soldado Fininha (Jesuíta Barbosa) conhece o líder da trupe teatral Chão de Estrelas Cinho (Irandhir Santos, estelar) através de Paulete – o excelente Rodrigo García -, seu cunhado. De cara, já se interessam um pelo outro e começam um romance, o que passa a ser um período de descobertas para o jovem que, embora tímido, não foge dos seus desejos.
Além de uma grande – e de rica pesquisa – homenagem à contracultura da época, o longa é questionador em vários aspectos, parecendo surreal que o jovem de 35 anos atrás lutasse pelo que se exige agora e, ainda mais, de forma melhor pensada, indo desde questionamentos religiosos até as fronteiras do corpo e do desejo ao explorar de quase todo o elenco a naturalidade da nudez entre íntimos
Por ser um filme de resistência, foi mesmo irônico quando um protesto que acabou em violência no último dia 01 no centro do Rio impediu a estreia do filme no Festival no cinema sede do mesmo, Odeon, o que, para o próprio Hilton, seja altamente justificado. O diretor acredita que seu filme deveria ser exibido em praça pública.
Possuidor de um ritmo e energia extremamente peculiares, a produção ganha pela dedicação de toda a equipe à ideia de um homem ainda disposto a ser sincero com sua própria construção, segurando o cinema brasileiro por, talvez, mais um período de produções de baixo orçamento e de alto nível."
Cidade de Deus: 10 Anos Depois
3.8 118 Assista Agorahttp://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-02-10-n15185
"'Cidade de Deus', ninguém pode discordar, ficará pra sempre na história do cinema brasileiro. Embora audacioso, não se esperava tamanha qualidade técnica e tesão num mesmo filme. Melhor, não se esperava que o resto do mundo iria comprar a mesma ideia.
10 anos depois, o documentário, em parte, é mais uma ferramenta pra mostrar como os atores envolvidos no ícone estão no momento. Nada muito investigativo, entretanto, interessante do ponto de informação sobre as negociações feitas pra projetos do tamanho que, mesmo quando justos, os contratados não estão verdadeiramente cientes da grandeza e significado das produções.
Um filme de nostalgia pessoal e assuntos mal resolvidos."
A Gatinha Esquisita
3.2 6http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-01-10-n15184
"Cansativo. Espera-se um filme alegre e encantador, mas não desenvolve. Chega a se tornar assustador, fazendo parecer que, na verdade, seria uma crítica aos nosso padrões diários. Contudo, o longa promete mais do que entrega."
O Futuro
2.9 8 Assista Agorahttp://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-01-10-n15184
"É o filme que se defende todo o tempo, da bizarra abertura onde já se percebe que você pode se divertir ou achar uma tortura até o final que me limitarei a dizer que é diferente. Entretanto é um filme que se defende, seu grande crédito. Vale pela linguagem."
Os Mortos e os Vivos
3.4 3http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-01-10-n15184
"Bacana, mas mais um filme de holocausto? O tema é tão explorado que torna-se necessário coragem pra arriscar comprarem sua visão. Entretanto o filme é até competente, mas não tem muitos grandes momentos, apenas."
Eu Sou Divine
4.2 26http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-01-10-n15184
"Doc. bem informativo a respeito de um dos personagens mais icônicos do cinema bizarro. Do escândalo “Pink Flamingos” ao sucesso de “Hairspray”, descobrimos a vida de Harris Glenn Milstead, parceiro de alma do diretor John Waters e inspiração pra toda uma nova era de entretenimento gay."
As Delícias da Tarde
2.9 116 Assista Agorahttp://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-01-10-n15184
"Possível candidato a filme com cara de independente e candidato ao Oscar pro outro ano. A produção parece uma mistura de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” com “De Repente... 30” e toque de “Juno” na meia idade. Não tem nada de errado, mas não encanta, alguns personagens não convencem. Um filme sessão da tarde pra adultos."
Chegará o Dia
3.3 2http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-30-09-n15182
"Nem todos querem encontrar a si próprios. Autoconhecimento é uma jornada pra poucos. Em “Chegará o dia” a linda Jasmine Trinca faz uma mudança radical. Da Itália à Amazônia. Mais do que um filme que aborda o longe, à natureza. O longa tem sérias questões sobre assuntos sociais e religião. Os não atores fazem relembrar o neorrealismo, mas digitalmente. Todo o apoio a mais filmes do tipo."
Uma Família Gay
3.4 3http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-30-09-n15182
"Uma divertida forma de abordar as agora permitidas uniões civis homo afetivas. Será que todos os parceiros homossexuais sentem, de fato, essa necessidade? Novos pontos de vista, até então não questionados em grande abrangência na mídia são apresentados, enriquecendo a discussão."
Havaí
3.7 198http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-29-09-n15181
"Um conto de fadas gay como muito outros que vêm surgindo há, pelo menos, uma década, mas o longa ganha no ponto de termos dois homens reais. Belos, mas com seus pequenos “defeitos”. Do tipo que não vemos em comerciais de cuecas.
Como dito pelo próprio diretor, “Hawaii” tem uma certa conexão com seus dois longas anteriores, “Lado B” e “Ausente”, o que pode deixar algumas questões sem resposta, mas nada que seja prejudicial ao julgamento do filme que, de certa forma, explora o fato de que muitos de nós ficamos mais covardes pro amor ao passar dos anos.
Talvez o mesmo peque na duração - desnecessariamente longa demais, o que faz pensar que se estabeleceu um padrão de qualidade, onde filmes considerados bons não tivessem menos de 2 horas – quando poderia se tornar mais interessante sendo mais curto, mas, ainda assim, dá o gosto aos homossexuais de, mais uma vez, se sentirem representados em filmes de amor."
Vosso Ventre
4.2 1http://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-29-09-n15181
"Filme que deveria ser o foco em festivais só por sua nacionalidade, mas não se demora muito a perceber que a produção tem outros trunfos como a fotografia, paisagens lindíssimas, exposição de uma cultura quase completamente desconhecida pela maioria no Brasil, seu enredo – muito embora lento – e sim, as interpretações que parecem tão naturais que poderia ser classificado como neorrealista. Uma experiência."
Michael Kohlhaas - Justiça e Honra
3.3 45 Assista Agorahttp://www.kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-29-09-n15181
"Agradável, porém um tanto quanto sem ritmo. Em um momento em que vários países entram em conflito com seus respectivos governos, as questões da justiça e o limite da busca pela mesma se fazem cada vez mais necessários de discussão, por isso, uma estória eficiente, entretanto, não cativa o público por sua (falta de) ação e carência de um enredo mais amarrado."
Bastardos
3.2 33http://www.kritz.com.br/filme/bastardos-t8859
"O tipo de filme que pretendia ser muito maior do que de fato é. Um enredo promissor que não entrega perto do que promete! Não por ser lento. Mais pelo fato da montagem e direção não serem eficientes."
Vic+Flo Viram Um Urso
3.1 26http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-28-09-n15180
"É complicado medir o peso que o passado tem na vida de cada um. É impossível saber até onde ele nos molda e o que dele nos assombrará.
Victoria e Florence se conheceram numa penitenciária e têm a oportunidade de ficarem juntas quando Vic finalmente entra em liberdade condicional e vai morar no campo, na casa de um tio. Vic espera refazer sua vida e fugir do mundo enquanto Flo quer mais, inclusive outros parceiros sexuais.
Sinopses são muitas vezes enganadoras por, muitas vezes, serem tendenciosas e por muitas outras serem obrigatoriamente curtas o suficiente pra não conseguirem passar ao interessado a essência do filme. Eis um exemplo."
Sonar
2.3 1http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-28-09-n15180
"Há incontáveis formas de se contar a perda de alguém querido, mas arrisco dizer que é muito difícil ser eficiente quando se opta pelo psicológico dos que ficaram. “Sonar” mostra uma reunião de amigos 1 ano após ao suicídio de um deles. Reunião, esta, que tinha por objetivo ser uma ocasião especial, onde se recordariam do saudoso amigo, se conectariam, se abririam. Pouco disso acontece. Aliás, há pouquíssimas cenas em que os personagens todos estão em cena, porém o filme é um exercício psicológico onde há várias nuances de “ser saudosista” e oque é o ser, enfim. Luto por alguém que já se foi é prova de amor ou egoísmo? Questionar um suicídio é ser moral, hipócrita ou covarde? Questões que, mesmo que quase invisíveis entre linhas, são questionadas em cena."
Crônica do Fim do Mundo
3.4 6http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-28-09-n15180
"Um filme muito maior do que o título e sinopse sugerem, abordando muitos assuntos que se mesclam entre si mesmo com duração não muito ambiciosa. Mesmo com as inúmeras iminências de apocalipses, sempre há a oportunidade de se questionar oque é o fim do mundo afinal. Há como se retardar? Vale a pena?"
O ABC da Morte
2.6 301http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-27-09-n15179
"Quem conhece o Festival do Rio sabe o que esperar de um filme selecionado para o “Midnight Movies” e este longa segue a cartilha dos filmes trash normalmente exibidos na Mostra. Embora sejam 26 curtas de diferentes diretores, todos, de certa forma têm a mesma linguagem, o que não significa que sejam iguais. Há os sensacionais, com humor e criatividade incríveis e os não se vê qualquer sentido. No geral, uma experiência."
A Garota das Nove Perucas
4.0 103http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-27-09-n15179
"Engano o nosso pensarmos que apenas os EUA praticam o desperdício de boas ideias originais em filmes fracos. O longa tem um bom enredo, personagens carismáticos, lições que ainda podem funcionar em filmes sobre doenças graves mas, de certa forma, não se soube tirar 100% do que se tinha em mãos.
Mesmo que muita coisa aconteça, os personagens e o próprio enredo parecem não desenvolver, fazendo a atenção buscar outros pequenos errinhos amadores. O ponto alto do filme fica com a ideia que que filmes do gênero não precisam necessariamente serem pesados. Mais recentemente, produções como “A Guerra Está Declarada” e “Inquietos” deram um outro aspecto a filmes de hospital e este, naturalmente, pode vir a agradar a quem só precisa de uma mensagem de esperança."
Nordstrand
3.5 2http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-27-09-n15179
"Aos desavisados: “Nordstrand” integra uma trilogia de filmes sobre o abuso doméstico, logo, caso o filme pareça um tanto quanto carente de sentido, é esperado que se assista aos outros. Por outro lado, o longa se costura a um mar de lentidão onde nada parece acontecer e os personagens não se mostram o suficiente pra que alguém possa identificar-se com eles."
Blackfish: Fúria Animal
4.4 456http://kritz.com.br/noticia/festival-do-rio-2013-dia-27-09-n15179
"O natural do ser humano é achar culpados indefesos pra pequenas e grandes tragédias que, muitas vezes, os próprios às orquestraram. Muitas dessas vezes os réus são animais estigmatizados como demônios selvagens e irracionais. “Blackfish” traz relatos reveladores de como a gana pela multiplicação de fortunas são fórmulas pra tragédias anunciadas, no caso, os vários incidentes com as baleias da Sea World e coligadas."
Selvagens
3.4 743 Assista AgoraFilme com bom tema, mas equivocado na abordagem, ritmo e montagem, caracterização dos "vilões" e até mesmo na fotografia que, embora bonita, exagerada e desnecessariamente saturada algumas cenas. Já em outras o diretor de fotografia parece ter feito escola com JJ. Abrams. Entretanto, um filme com foco em grande público como esse pode ser eficiente no aquecimento da discussão sobre as políticas das drogas nos próximos anos.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraBem, não tenho vergonha de dizer que o quis assistir desde quando soube por conta da Emma Watson e sua prova anterior de que não era apenas uma Herminone qualquer já que os filmes anteriores da Sofia Coppola que já assisti são apenas bons. Acredito que alguns deles não chamariam atenção se ela não fosse filha do pai.
ENTRETANTO me surpreendi com "The Bling Ring". A cena de abertura já me conectou com o filme, demonstrando trilha sonora forte e na hora certa. A linha do enredo foi muito competente. Sabemos oque vai acontecer, mas talvez não como e quando talvez por não ter sabido mais quando o fato real aconteceu. O elenco primário é inteiro competente. Emma talvez se destaque mais porque o fato é que todos esperam quando ela dará o primeiro deslize, mas ainda não é hora.
O assunto principal do filme que se divide em inúmeros outros são muito interessantes, mesmo que o mundo da moda e do alto consumo seja infértil pra muitos. Simplesmente precisamos repensar oque a educação de jovens - nesse caso - nas grandes cidades.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KXavier Dolan, eu te amo! É tudo oque consigo dizer no momento!
Xingu
3.6 425A história se repete. Filme ótimo, mas comete o pecado de ser curto demais mesmo cobrindo muitos importantes anos da história indígena recente do nosso país. Entretanto, isso é entendível frente à um enredo muitíssimo bem contado, respeitoso no ritmo, com excelente montagem e elenco envolvido e envolvente. João Miguel me emociona com o olhar!