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O filme é uma propaganda, no sentido de que a caracterização é simplista e caricata (os bons são de todo inocentes, os maus são de todo cruéis) pra que o espectador saiba com que lado simpatizar – nesse caso, uma propaganda soviética. Acredito que, se a parcialidade causa desconforto, é porque se trata de publicidade inimiga, e talvez ajude perguntar se ficamos assim tão incomodados com a propaganda familiar dos dias de hoje (ver http://www.imdb.com/list/ls076748682/). Superada a hipocrisia, a gente pode apreciar o filme sem restrições. Além da genialidade evidente de Eisenstein, fiquei muito impressionado com a qualidade e importância da trilha sonora (de Edmund Meisel), uma história completa em si mesma. Foi como testemunhar duas obras-primas independentes, uma visual e outra musical, dialogando sobre um mesmo tema.
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O neurologista Oliver Sacks descrevendo seus encontros com Stephen Wiltshire, também um savant:
"Manifestamente, ele reconhece que é diferente, que é especial. Tem uma verdadeira paixão por Rain Man e pode-se suspeitar que se identifica com o personagem de Dustin Hoffman, talvez o único herói autista já amplamente retratado. Tem toda a trilha sonora do filme gravada e a escuta continuamente em seu walkman. Pode recitar efetivamente longos trechos dos diálogos, interpretando cada papel, com a entonação perfeita. [...] Ao lado de sua obsessão por Rain Man, havia um desejo ardente de conhecer Las Vegas. Quando chegamos lá, queria ficar no cassino, como o Rain Man, e não, como lhe era característico, ver os prédios da cidade."
- De "Um Antropólogo em Marte", 1995.