O roteiro tem falhas completamente evitáveis e isso me irritou demais. Esse filme é um claro exemplo de como desperdiçar elenco de ponta com roteiro meia boca.
Ele te entrega uma mulher se vingando de um filho da puta por vez, com direito a uma direção OUSADA - até um pouco nonsense diversas vezes - e uma fotografia pretensiosa que te faz querer cena além de cena.
Ah, e o banho de sangue? Hahaha. Eu achei surreal nos limites que se propõe e é só.
Krasinski acerta quase inteiramente na direção do filme, assim como sabe guiar o roteiro adaptado sem nos permitir, hora alguma, cair no enfadonho. São cenas simples e pontuais que providenciam a essência do longa na medida certa, acho que, em termos de inovação do gênero, nada temos, até pelo inúmeros clichês reproduzidos pelos personagens, mas tangente aos suspiros travados na garganta e momentos súbitos carregados de inesperada carga emocional, Krasinski tem aqui uma bela obra. Sinto que o diretor provavelmente se perdeu em encantos e gratidão por sua estrela principal, Emily Blunt, incontáveis vezes, fica mais claro depois que se leva em consideração que há um casamento que os une, assim, palpável para Krasinski constatar que está diante de uma das melhores atrizes de sua própria geração, uma atriz firme que carrega nas costas o peso de não ser tão celebrada quanto às inúmeras - premiadas - que sequer propõem um terço da força artística de Blunt. A ambientação cinematográfica do longa te faz se sentir incomodado com quaisquer resquícios de reproduções - ainda que mínimas - sonoras, o espectador se percebe prendendo a própria respiração, ansiando que, de alguma maneira, aquilo possa ajudar os seus companheiros de tela a evitar a terrível perseguição dos aliens motivados a total e permanente destruição do som - no seu geral.
Ocorre que, quando se trata dos monstros recém-chegados ao Planeta Terra, dúvidas pairam a respeito.
Qual a motivação destes seres? O som os oferece um incômodo incomensurável na proporção que os obriga a destruí-lo para que, em contrapartida, não sejam eles os próprios dizimados? Do que se alimentam? Do próprio som? E, sendo o caso, sabendo-se que o som se propaga no ar, não poderia a família, assim que emitir um som acidentalmente, se deslocar daquele local? Afinal, se as criaturas devem dizimar o som, não faz sentido a perseguição intensa àqueles que o causa enquanto estes não o fazem, correto? Mas, daí, questiona-se: os seres devem se alimentar daqueles que provocam o som? Quantos deles pairam sobre a Terra? Trata-se de uma invasão à completa dimensão da Terra ou em apenas algumas regiões? Nesse sentido, é fácil apontar inúmeros furinhos que provocam uma estranheza no fim do longa quando se passa a analisar atentamente. Pois como se vê o protagonista se usar de um colchão puramente comum para que este isole o som dos diálogos do casal no porão, após o bebê nascer, é mais que claro que o objetivo não é passar ao espectador qualquer sensação de credibilidade e verossimilhança, porém, caso o fosse, missão falida.
Krasinski e os outros dois que assinam o roteiro adaptado, não fazem questão de mastigar a essência do plot principal e sabe por que? O filme transcende a invasão alienígena.
Ao meu ver, além do ritmo asfixiante que se propõe durante todo o longa, se percebe nas entrelinhas uma relação de base familiar intensamente bem construída. É claro que aquela família, no meio de milhões de outras famílias, após a invasão, apenas se sustenta e sobrevive devido ao pilar de união, amor e senso de divisão de papeis e responsabilidades. O filme transita entre uma pura negação da vida moderna que conhecemos para uma bela regressão aos primórdios sociais. O pai caça a comida, o pai constrói a casa, o pai lida com os trabalhos braçais e, evidentemente, o filho deve seguir os passos do pai. A mãe, por mais clichê que se apresente, representa o amor, a resistência, o olhar de compaixão e a dor de uma perda que lhe parece infindável, fazendo-a, após a morte do terceiro filho, prontamente se negar a aceitar a realidade que os preenche naquele momento e simplesmente parir outra criança para lhe prover o que ao outro não pode: proteção. Fato esse que contribui ainda mais para a sensação de impotência de seus protagonistas, vez que, o que se faz com um recém-nascido que não possui noção cognitiva para compreender que não se deve emitir sons?
E, por fim, é essencial o que se faz para demonstrar a relação entre o pai e a filha surda-muda. De princípio, resta evidente que aquela família só soube se comunicar por tanto tempo sem emitir sons extravagantes, vez que já faziam isso muito antes da invasão, em casa, diariamente. Ouso dizer que a filha do casal é o ponto responsável por ser o elo de ligação entre todos os plots, seja o drama micro familiar ou aquele macro que se instaurou no mundo pós-apocalíptico, ela é o que faz o roteiro girar. A cena de redenção, aquele "eu te amo" por linguagem de sinais na cena da morte do protagonista, (enquanto o aparelho auditivo da filha encontrava-se no off - afinal, apenas assim se explica a quase morte dos filhos dentro do carro), se o espectador ao menos não se emocionou, talvez não estivesse tão compenetrado ao longa assim. Dessa forma, nos momentos finais, quando vemos Regan adentrar ao local que o pai tantas vezes a proibira, sentimos juntamente com ela todas as suas respostas serem supridas, podendo compreender, enfim, que todos os seus conflitos internos - que levavam a uma culpa indevida em relação a morte do irmão - não passavam de pequenos detalhes. Regan entende que o seu pai nunca a havia inteirado efetivamente da nova realidade, pois, afinal, para ela, aquilo de nada era novo, a sua vida em silêncio começou muito antes de qualquer invasão alienígena e isso é suficiente.
Ah, e sobre o timing exato para se encerrar o filme? Crucial. Krasinski leva jeito.
Ah gente, eu tô bem chateada, de fato. A minha expectativa foi inversamente proporcional ao que o filme proporcionou. O filme é muito aquém da própria expectativa que causou com o trailer, por exemplo. O plot é pobre, a gente não acompanha com NENHUM tipo de excitação do 2/4 do filme ao final, porque, SIMPLESMENTE, não há empatia que nos cause tesão de perseguir a história de Dominika.
1 ponto: PUTA QUE PARIU FRANCIS LAWRENCE, QUE CARALHO DE CONDUÇÃO DE ROTEIRO FOI ESSA? Você queria nos entendiar? Se sim, parabéns. 2 ponto: JLaw, ao contrários dos seus haters que, de maneira injustificada direcionam a você um desgostamento desnecessário, eu adoro o seu trabalho e acho você muito competente, mas, sinceramente, o que aconteceu em Red Sparrow? Você esteve MAL E APÁTICA quase o filme INTEIRO. E, por decorrência de um roteiro lastimável, a sua atuação não nos convence e a sua personagem não nos passa um sentimento crível, seja de insatisfação, de vingança, de amor, de fingimento, DO QUE FOR, você não consegue dialogar com o espectador enquanto se forçava a exprimir feições inativas que de nada adiantou durante o longa em si. 3 ponto: QUE ROTEIRO PREGUIÇOSO! Caralho, quanta falta de conexão de cena A com cena B, quanta DESNECESSIDADE em se delongar em plots que não adiantaram para NADA no final do filme. Cara, qual a necessidade de passar 20 minutos mostrando a escola de putaria na qual ela não aprende NADA (!!!) para, do nada, enviá-la a Moscow, pois enfim ela já se encontrava PRONTA??? 4 ponto: o que dialoga com o ponto acima, meu deus, Lawrence, a sua condução é tão pecável que não há possibilidade do seu espectador SEQUER ACREDITAR na possível credibilidade que você tenta nos passar através da sua protagonista, pois não há maneiras CRÍVEIS de uma BAILARINA se tornar uma puta espiã em menos de meses simplesmente APTA a foder um sistema de máfia governamental inteiro de uma só vez. Não dá pra acredita no que você quer passar, não dá, não dá. Ainda que, o tempo todo, fiquemos nos lembrando "isso é só um filme".
Muito ruim, mesmo. Que puta desperdício de orçamento.
Os filmes que tem a Greta no roteiro geralmente não estão aqui para te surpreender ou te deixar abismado com algum plot twist, então, se esse é seu objetivo, nem tente. Esse movimento cinéfilo, que é conhecido como mumblecore, quer apenas tocar pessoas entre os 20/30 representando a nossa vivência por meio de diálogos e acontecimentos BANAIS.
Quem não se identifica com o último quote de Brooke quando ela diz que tem uma doença, "porque tem tanta vontade e amor pelo mundo, mas não sabe como funcionar dentro dele"? São filmes empáticos que alcançam as nossas crises pessoais, a nossa solidão, a nossa busca por ser alguém e, afinal, o que "ser alguém" significa? E mais, como a grande expectativa dos pais/família entrelaçada com o julgamento da sociedade interfere no que nos tornamos? Será que nos transformamos no que realmente gostaríamos de ter sido ou destinados a ser?
Toda vez que assisto um filme da Greta eu me sinto abraçada, me sinto entendida e, ao mesmo tempo, eu tenho um puta medo de nunca conseguir me achar dentro de mim, como se permanecesse presa nos primeiros 3/4 do filme. Acho que isso é uma belíssima maneira do roteiro nos representar e se sustentar.
Em conjunto, as atuações são sempre pontuais. Eu já percebi que não é o intento, na escolha do cast, selecionar excelentes atores/atrizes para os papeis de maior significância dentro do filme. Até porque, o próprio movimento, em seu início, tinha o intuito de reunir atores amadores para estrelarem os longas. Logo, eu percebo essa "má vontade" muitas vezes e é só uma forma de aproximar as cenas/personagens à realidade, como se você pudesse olhar e dizer: "meu deus, você é igual a mim!".
Por fim, a trilha sonora é sempre um ponto muito positivo, é encantador e muito bem pensado. As cenas na cidade, ainda, são muito bem elaboradas e mixam de modo excelente a trilha e o sentimento das personagens.
Frances Ha é o primeiro, é regra, é tiro certo. Mas os que vieram e continuam vindo, não me decepcionaram, muito pelo contrário, continuam a me fazer sentir representada e muito satisfeita ao final de cada filme.
Greta e Noah: vocês são geniais! O mumblecore está tão bem servido e representado por vocês, eu fico feliz demais.
Caralho, Greta. Você é incrível. Eu espero que você brilhe absurdamente na direção/roteiro daqui pra frente. Lady Bird e suas indicações ao Oscar são só o começo! Você representa uma geração que permeia entre o fim da adolescência e o início da crise dos 30 e você executa tão brilhantemente que é complexo tecer críticas. Eu te amo, mulher!
Eu tô triste de ler reviews negativos, será que sou normal? HAUAHUAHA Eu amei esse filme em uma quantidade que nem se parece palpável. Ele é sensível a um ponto que há tempos Guillermo não conseguia demonstrar em tela. Eu tô completamente apaixonada pela genialidade das transições de cena, do sentimentalismo de Elisa, da atuação impecável de Sally - a qual nem precisou falar para nos entregar uma das melhores performances de sua carreira. A trilha sonora, a mixagem do som, o som do piano e suas diversas versões para a mesma sonografia, eu tô muito encantada.
É como entrar em um clichê romântico/social que, paradoxalmente, foge do próprio clichê. É vislumbrar o encontro de duas criaturas distintas que, na verdade, nem são distintas assim, somos nós em variações diversas, em planos realísticos diversos. Existem diálogos impactantes, mas são poucos, pois o filme não é sobre o que é falado em tela, mas sim sobre o que é sacado nas entrelinhas. Shape Of Water é um poema em forma de filme. Um poema que se propõe pela perspectiva do olhar de Elisa e nada mais.
Ele representa a solidão, a nossa busca incessante sobre o que realmente somos, onde estamos e para onde devemos ir. Além de demonstrar, de maneira espetacular, como é intenso e irreverente o encontro de dois iguais, duas mentes, dois corações, dois pulmões que funcionam na mesma rotação.
Eu gostei muito, mas, como vim direto de The Killing Of The Sacred Deer, eu me decepcionei de alguma forma.
Aqui, o Yorgos analisa o comportamento humano por uma perspectiva até muito surreal e é bem perspicaz em quase todas as cenas, sempre se esforçando para não deixar nenhum ponto sem nó.
Eu tô feliz que Collin Farrel se tornou o muso do Yorgos, porque ele sabe protagonizar um filme dele de uma maneira que encaixa perfeitamente ao enredo/variações de takes. É muito admirável a forma marcante em que percebemos estar diante de um filme do Lanthinos nos meros minutos iniciais, isso se dá muito pelo diretor, mas também por sua equipe artística dentro e fora da produção.
Bom, a ideia do seguimento mumblecore é exatamente o que nos é apresentado pela Lena aqui. Eu entendo bem, consigo me identificar em diversos momentos, muito por ter a mesma idade de Aura, viver conflitos semelhantes e ficar o tempo todo pensando "O que eu tô fazendo da minha vida?". O filme tem esse senso de caricatura extrema quando se trata da autora/roteirista/diretora, até muito pessoal, me parece que é fácil para ela escrever sobre tais temas, uma vez que, de uma forma ou de outra, ela já viveu algo parecido ou até bem igual ao que tenta representar. Mas, dito isso, eu enxergo muitos conflitos e me incomodo em vários momentos ao decorrer do longa.
Compreendo que Lena tenta demonstrar, ao introduzir Aura, que, ninguém aos 22, deveria ter a vida resolvida, nem ter uma mente bem evoluída ou completamente desconstruída. Sendo a protagonista uma mulher, o filme mostra, de maneira bem sutil, como uma mulher criada nos entremeios de uma sociedade patriarcal, machista e materialista, vive em busca de autoaprovação seja dentro de casa, seja dos homens, seja das pessoas que a cercam nem que seja minimamente. Você nota que isso é jogado ao espectador de modo corriqueiro, no dia a dia, nas conversas banais, nas relações frívolas, na depreciação que Aura tem por si mesma, nas escolhas erradas das amizades. Outro ponto que se correlaciona com isso é o fato da autoestima da personagem ser o ponto mais fraco da vida dela (e olha que ela tem muitos pontos fracos!). Quem, em sã consciência, se humilharia daquela forma para ter migalhas de uma cara como Jed? Ou, quem, sabendo de seu valor, ficaria com o merda como o Chef? Uma pessoa que não cultiva ou nunca cultivou a sua autoestima, uma pessoa quebrada, alguém que precisa de sérios consertos. Repito, entendo que Lena quer passar que: "Ei, você, mulher e graduada com 22 anos, tá tudo bem, viu? Você não precisa ser a mulher mais bem sucedida do mundo, você pode ser como a Aura e tá tudo bem! Eu te entendo!", mas a verdade é que, meu deus, o nível da imaturidade e da falta de perspectiva de Aura não ajuda a nenhuma de nós a pensar que isso é só uma fase, muito pelo contrário, você consegue enxergá-la vivendo com sua mãe por anos a fio e não se incomodar com isso, mas, afinal, a realidade financeira familiar de Lena/Aura não se assemelha a quase ninguém que a assiste, então não acho que seja tão "representativo" como pintam.
Enfim, Frances Ha, até onde consigo ver, na última década, no movimento mumblecore, ainda é uma obra de arte difícil a ser batida.
Eu achei um bom filme para o que propõe, nada extraordinário, mas um produto importante para que a geração mais nova se situe de um passado não tão distante. Acho um filme "fácil" de se assistir e digerir, portanto, acredito que o público alvo pode ter sido tanto os jovens adultos quanto os próprios adultos. É claro que faltam alguns elementos importantes, assim como sobram alguns elementos descartáveis. Mas, no geral, se torna algo deleitoso de se assistir.
É essencial ressaltar a belíssima performance de Emma Stone, tal qual foge de todas as personagens que interpretou anteriormente. Eu não sei se é digna de Oscar, mesmo após ser coroada com um, porém eu ainda a acho muito esforçada e uma boa sacada da nova leva de atrizes de Hollywood. Infelizmente, por mais que a química tenha surgido e permanecido fácil e sutil entre Emma e Andrea, o romance impresso em tela não encontrou o seu devido lugar, sendo assim, acredito que faltou certa intensidade em alguns momentos cruciais, mas, principalmente, faltou a simplicidade de resumir a luta das duas (não que a luta LGBT seja "simples", mas era necessário dar mais ritmo a esse aspecto dentro de um filme em que o foco não era o relacionamento entre as duas jovens), por isso, em certos momentos, o filme se arrasta sem necessidade alguma.
De qualquer maneira, acho que o filme é positivo, por mais que não crie o ritmo necessário para os desfechos de tantos assuntos que são implantados ao decorrer do longa. A eterna luta feminista e LGBTQ é algo que, embora o tempo discorra, se apresenta cada vez mais genuinamente indispensável para as minorias, mas é bom que os novos percebam o quão foi e é árduo toda essa busca por paridade de direitos e, mesmo com tantas respostas negativas, nunca nos damos por vencido.
Querendo ou não, Godard foi o que foi, para o deleite ou desgosto seja para aqueles que o admiravam ou aqueles que o desdenhavam. Mixar a história política para com a cinematográfica foi uma sacada necessária e bem executada no longa. Jean Luc não era apenas o que era por si só, existia todo um mundo ao redor que o influenciava e o fazia se moldar dia a dia, seja como cineasta ou apenas como cidadão ativo tal qual dava a mínima para o futuro de seu país/mundo. Honestamente, ao contrário de muitos, eu não encaro Godard como o porre que é demonstrado ao longo do filme, pelo contrário, usufruir de sua representatividade artística e conceber os seus ideais políticos como parte de si não deveria ser algo apenas frequente no séc. XX, afinal, hoje em dia fica claro que os expoentes da nossa arte contemporânea pecam na omissão mais do que em qualquer outra coisa. Outro ponto essencial é a concepção de um Godard controlador e, por vezes, um tanto quanto abusivo, no ponto mental/psicológico, em relação às mulheres que adentravam à sua vida. Nada muito revelador, visto tantos relatos daquelas que conviveram com ele por algum tempo. E isso é palpável no filme de uma maneira até mesmo inquietante, embora o humor seja arma cabal na quebra do ritmo, muitas vezes. Ah, e, particularmente, eu adoro Stacy Martin. E eu admiro todos os takes em que a colocam em perspectiva de maneira surreal. Embora, admito, a sexualização é notável e muitas vezes desnecessária.
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraO roteiro tem falhas completamente evitáveis e isso me irritou demais. Esse filme é um claro exemplo de como desperdiçar elenco de ponta com roteiro meia boca.
Não Olhe
2.5 224 Assista Agora1 estrela por eu ter tido a coragem de assistir até o final. Que lixo, pqp.
O Retorno de Ben
3.4 175 Assista AgoraMeu deus, que filme pesado. Ainda em prantos.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraA tríplice de Dennis Villaneuve para mim fecha aqui. Incendious, A Chegada e O Homem Duplicado. Esse cara é um gênio.
O filme conclui como se inicia: somos reféns dos nossos eu’s internos e nossas vontades mais obscuras – até mesmo quando incorporamos um alterego.
Megatubarão
2.8 842Bão demaissss porra! hahhaha
As Horas
4.2 1,4KEu quero dar um tiro em quem foi o responsável pelo nariz da Nicole Kidman.
De resto, é um puta filme memorável.
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 749Pascal é rei.
PUTA QUE PARIU!!
Gente, cheguem aqui e respondam esse comentário me contando qual interpretação que cada um teve do final do filme.
Morangos Silvestres
4.4 656Um gênio à frente de seu tempo.
Que se preserve sua obra, Bergman.
Desobediência
3.7 720 Assista AgoraEU. TO. MUITO. MAL.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraGente, como inexplicavelmente Amy Adams foi preterida no Oscar daquele ano, eu, sinceramente, não sei se um dia irei superar essa injustiça.
Impecável.
Tully
3.9 562 Assista AgoraAi, filme pra digerir por uns dias.
Sensacional.
Vingança
3.2 581 Assista AgoraGente, eu que não vou analisar esse filme de maneira técnica, sinceramente, não mesmo.
Pensa só.
Ele te entrega uma mulher se vingando de um filho da puta por vez, com direito a uma direção OUSADA - até um pouco nonsense diversas vezes - e uma fotografia pretensiosa que te faz querer cena além de cena.
Ah, e o banho de sangue? Hahaha. Eu achei surreal nos limites que se propõe e é só.
Doce vingança parte II, eu gostei demais de ti.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraKrasinski acerta quase inteiramente na direção do filme, assim como sabe guiar o roteiro adaptado sem nos permitir, hora alguma, cair no enfadonho.
São cenas simples e pontuais que providenciam a essência do longa na medida certa, acho que, em termos de inovação do gênero, nada temos, até pelo inúmeros clichês reproduzidos pelos personagens, mas tangente aos suspiros travados na garganta e momentos súbitos carregados de inesperada carga emocional, Krasinski tem aqui uma bela obra.
Sinto que o diretor provavelmente se perdeu em encantos e gratidão por sua estrela principal, Emily Blunt, incontáveis vezes, fica mais claro depois que se leva em consideração que há um casamento que os une, assim, palpável para Krasinski constatar que está diante de uma das melhores atrizes de sua própria geração, uma atriz firme que carrega nas costas o peso de não ser tão celebrada quanto às inúmeras - premiadas - que sequer propõem um terço da força artística de Blunt.
A ambientação cinematográfica do longa te faz se sentir incomodado com quaisquer resquícios de reproduções - ainda que mínimas - sonoras, o espectador se percebe prendendo a própria respiração, ansiando que, de alguma maneira, aquilo possa ajudar os seus companheiros de tela a evitar a terrível perseguição dos aliens motivados a total e permanente destruição do som - no seu geral.
Ocorre que, quando se trata dos monstros recém-chegados ao Planeta Terra, dúvidas pairam a respeito.
Qual a motivação destes seres? O som os oferece um incômodo incomensurável na proporção que os obriga a destruí-lo para que, em contrapartida, não sejam eles os próprios dizimados? Do que se alimentam? Do próprio som? E, sendo o caso, sabendo-se que o som se propaga no ar, não poderia a família, assim que emitir um som acidentalmente, se deslocar daquele local?
Afinal, se as criaturas devem dizimar o som, não faz sentido a perseguição intensa àqueles que o causa enquanto estes não o fazem, correto?
Mas, daí, questiona-se: os seres devem se alimentar daqueles que provocam o som? Quantos deles pairam sobre a Terra? Trata-se de uma invasão à completa dimensão da Terra ou em apenas algumas regiões?
Nesse sentido, é fácil apontar inúmeros furinhos que provocam uma estranheza no fim do longa quando se passa a analisar atentamente. Pois como se vê o protagonista se usar de um colchão puramente comum para que este isole o som dos diálogos do casal no porão, após o bebê nascer, é mais que claro que o objetivo não é passar ao espectador qualquer sensação de credibilidade e verossimilhança, porém, caso o fosse, missão falida.
Krasinski e os outros dois que assinam o roteiro adaptado, não fazem questão de mastigar a essência do plot principal e sabe por que? O filme transcende a invasão alienígena.
Ao meu ver, além do ritmo asfixiante que se propõe durante todo o longa, se percebe nas entrelinhas uma relação de base familiar intensamente bem construída.
É claro que aquela família, no meio de milhões de outras famílias, após a invasão, apenas se sustenta e sobrevive devido ao pilar de união, amor e senso de divisão de papeis e responsabilidades.
O filme transita entre uma pura negação da vida moderna que conhecemos para uma bela regressão aos primórdios sociais.
O pai caça a comida, o pai constrói a casa, o pai lida com os trabalhos braçais e, evidentemente, o filho deve seguir os passos do pai.
A mãe, por mais clichê que se apresente, representa o amor, a resistência, o olhar de compaixão e a dor de uma perda que lhe parece infindável, fazendo-a, após a morte do terceiro filho, prontamente se negar a aceitar a realidade que os preenche naquele momento e simplesmente parir outra criança para lhe prover o que ao outro não pode: proteção.
Fato esse que contribui ainda mais para a sensação de impotência de seus protagonistas, vez que, o que se faz com um recém-nascido que não possui noção cognitiva para compreender que não se deve emitir sons?
E, por fim, é essencial o que se faz para demonstrar a relação entre o pai e a filha surda-muda.
De princípio, resta evidente que aquela família só soube se comunicar por tanto tempo sem emitir sons extravagantes, vez que já faziam isso muito antes da invasão, em casa, diariamente.
Ouso dizer que a filha do casal é o ponto responsável por ser o elo de ligação entre todos os plots, seja o drama micro familiar ou aquele macro que se instaurou no mundo pós-apocalíptico, ela é o que faz o roteiro girar.
A cena de redenção, aquele "eu te amo" por linguagem de sinais na cena da morte do protagonista, (enquanto o aparelho auditivo da filha encontrava-se no off - afinal, apenas assim se explica a quase morte dos filhos dentro do carro), se o espectador ao menos não se emocionou, talvez não estivesse tão compenetrado ao longa assim.
Dessa forma, nos momentos finais, quando vemos Regan adentrar ao local que o pai tantas vezes a proibira, sentimos juntamente com ela todas as suas respostas serem supridas, podendo compreender, enfim, que todos os seus conflitos internos - que levavam a uma culpa indevida em relação a morte do irmão - não passavam de pequenos detalhes.
Regan entende que o seu pai nunca a havia inteirado efetivamente da nova realidade, pois, afinal, para ela, aquilo de nada era novo, a sua vida em silêncio começou muito antes de qualquer invasão alienígena e isso é suficiente.
Ah, e sobre o timing exato para se encerrar o filme? Crucial. Krasinski leva jeito.
Operação Red Sparrow
3.3 599 Assista AgoraAh gente, eu tô bem chateada, de fato.
A minha expectativa foi inversamente proporcional ao que o filme proporcionou.
O filme é muito aquém da própria expectativa que causou com o trailer, por exemplo.
O plot é pobre, a gente não acompanha com NENHUM tipo de excitação do 2/4 do filme ao final, porque, SIMPLESMENTE, não há empatia que nos cause tesão de perseguir a história de Dominika.
1 ponto: PUTA QUE PARIU FRANCIS LAWRENCE, QUE CARALHO DE CONDUÇÃO DE ROTEIRO FOI ESSA? Você queria nos entendiar? Se sim, parabéns.
2 ponto: JLaw, ao contrários dos seus haters que, de maneira injustificada direcionam a você um desgostamento desnecessário, eu adoro o seu trabalho e acho você muito competente, mas, sinceramente, o que aconteceu em Red Sparrow? Você esteve MAL E APÁTICA quase o filme INTEIRO. E, por decorrência de um roteiro lastimável, a sua atuação não nos convence e a sua personagem não nos passa um sentimento crível, seja de insatisfação, de vingança, de amor, de fingimento, DO QUE FOR, você não consegue dialogar com o espectador enquanto se forçava a exprimir feições inativas que de nada adiantou durante o longa em si.
3 ponto: QUE ROTEIRO PREGUIÇOSO! Caralho, quanta falta de conexão de cena A com cena B, quanta DESNECESSIDADE em se delongar em plots que não adiantaram para NADA no final do filme. Cara, qual a necessidade de passar 20 minutos mostrando a escola de putaria na qual ela não aprende NADA (!!!) para, do nada, enviá-la a Moscow, pois enfim ela já se encontrava PRONTA???
4 ponto: o que dialoga com o ponto acima, meu deus, Lawrence, a sua condução é tão pecável que não há possibilidade do seu espectador SEQUER ACREDITAR na possível credibilidade que você tenta nos passar através da sua protagonista, pois não há maneiras CRÍVEIS de uma BAILARINA se tornar uma puta espiã em menos de meses simplesmente APTA a foder um sistema de máfia governamental inteiro de uma só vez. Não dá pra acredita no que você quer passar, não dá, não dá. Ainda que, o tempo todo, fiquemos nos lembrando "isso é só um filme".
Muito ruim, mesmo. Que puta desperdício de orçamento.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraPQP!! BÃO DEMAIS, PORRA!!!
Portman, sua maravilhosa, obrigada!
Mistress America
3.5 210Os filmes que tem a Greta no roteiro geralmente não estão aqui para te surpreender ou te deixar abismado com algum plot twist, então, se esse é seu objetivo, nem tente.
Esse movimento cinéfilo, que é conhecido como mumblecore, quer apenas tocar pessoas entre os 20/30 representando a nossa vivência por meio de diálogos e acontecimentos BANAIS.
Quem não se identifica com o último quote de Brooke quando ela diz que tem uma doença, "porque tem tanta vontade e amor pelo mundo, mas não sabe como funcionar dentro dele"? São filmes empáticos que alcançam as nossas crises pessoais, a nossa solidão, a nossa busca por ser alguém e, afinal, o que "ser alguém" significa? E mais, como a grande expectativa dos pais/família entrelaçada com o julgamento da sociedade interfere no que nos tornamos? Será que nos transformamos no que realmente gostaríamos de ter sido ou destinados a ser?
Toda vez que assisto um filme da Greta eu me sinto abraçada, me sinto entendida e, ao mesmo tempo, eu tenho um puta medo de nunca conseguir me achar dentro de mim, como se permanecesse presa nos primeiros 3/4 do filme. Acho que isso é uma belíssima maneira do roteiro nos representar e se sustentar.
Em conjunto, as atuações são sempre pontuais. Eu já percebi que não é o intento, na escolha do cast, selecionar excelentes atores/atrizes para os papeis de maior significância dentro do filme. Até porque, o próprio movimento, em seu início, tinha o intuito de reunir atores amadores para estrelarem os longas. Logo, eu percebo essa "má vontade" muitas vezes e é só uma forma de aproximar as cenas/personagens à realidade, como se você pudesse olhar e dizer: "meu deus, você é igual a mim!".
Por fim, a trilha sonora é sempre um ponto muito positivo, é encantador e muito bem pensado. As cenas na cidade, ainda, são muito bem elaboradas e mixam de modo excelente a trilha e o sentimento das personagens.
Frances Ha é o primeiro, é regra, é tiro certo. Mas os que vieram e continuam vindo, não me decepcionaram, muito pelo contrário, continuam a me fazer sentir representada e muito satisfeita ao final de cada filme.
Mistress America
3.5 210Greta e Noah: vocês são geniais! O mumblecore está tão bem servido e representado por vocês, eu fico feliz demais.
Caralho, Greta. Você é incrível. Eu espero que você brilhe absurdamente na direção/roteiro daqui pra frente. Lady Bird e suas indicações ao Oscar são só o começo! Você representa uma geração que permeia entre o fim da adolescência e o início da crise dos 30 e você executa tão brilhantemente que é complexo tecer críticas. Eu te amo, mulher!
A Forma da Água
3.9 2,7KEu tô triste de ler reviews negativos, será que sou normal? HAUAHUAHA
Eu amei esse filme em uma quantidade que nem se parece palpável. Ele é sensível a um ponto que há tempos Guillermo não conseguia demonstrar em tela.
Eu tô completamente apaixonada pela genialidade das transições de cena, do sentimentalismo de Elisa, da atuação impecável de Sally - a qual nem precisou falar para nos entregar uma das melhores performances de sua carreira. A trilha sonora, a mixagem do som, o som do piano e suas diversas versões para a mesma sonografia, eu tô muito encantada.
É como entrar em um clichê romântico/social que, paradoxalmente, foge do próprio clichê. É vislumbrar o encontro de duas criaturas distintas que, na verdade, nem são distintas assim, somos nós em variações diversas, em planos realísticos diversos.
Existem diálogos impactantes, mas são poucos, pois o filme não é sobre o que é falado em tela, mas sim sobre o que é sacado nas entrelinhas.
Shape Of Water é um poema em forma de filme. Um poema que se propõe pela perspectiva do olhar de Elisa e nada mais.
A Forma da Água
3.9 2,7KPARA MIM, esse filme transcende a fantasia.
Ele representa a solidão, a nossa busca incessante sobre o que realmente somos, onde estamos e para onde devemos ir.
Além de demonstrar, de maneira espetacular, como é intenso e irreverente o encontro de dois iguais, duas mentes, dois corações, dois pulmões que funcionam na mesma rotação.
O Oscar é certo.
A Forma da Água
3.9 2,7KEu não consigo pensar em nada nesse filme que não chegue perto da excelência, nadinha.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraEu gostei muito, mas, como vim direto de The Killing Of The Sacred Deer, eu me decepcionei de alguma forma.
Aqui, o Yorgos analisa o comportamento humano por uma perspectiva até muito surreal e é bem perspicaz em quase todas as cenas, sempre se esforçando para não deixar nenhum ponto sem nó.
Eu tô feliz que Collin Farrel se tornou o muso do Yorgos, porque ele sabe protagonizar um filme dele de uma maneira que encaixa perfeitamente ao enredo/variações de takes. É muito admirável a forma marcante em que percebemos estar diante de um filme do Lanthinos nos meros minutos iniciais, isso se dá muito pelo diretor, mas também por sua equipe artística dentro e fora da produção.
É um puta filme.
Mobília Mínima
3.2 115Bom, a ideia do seguimento mumblecore é exatamente o que nos é apresentado pela Lena aqui. Eu entendo bem, consigo me identificar em diversos momentos, muito por ter a mesma idade de Aura, viver conflitos semelhantes e ficar o tempo todo pensando "O que eu tô fazendo da minha vida?".
O filme tem esse senso de caricatura extrema quando se trata da autora/roteirista/diretora, até muito pessoal, me parece que é fácil para ela escrever sobre tais temas, uma vez que, de uma forma ou de outra, ela já viveu algo parecido ou até bem igual ao que tenta representar.
Mas, dito isso, eu enxergo muitos conflitos e me incomodo em vários momentos ao decorrer do longa.
Compreendo que Lena tenta demonstrar, ao introduzir Aura, que, ninguém aos 22, deveria ter a vida resolvida, nem ter uma mente bem evoluída ou completamente desconstruída. Sendo a protagonista uma mulher, o filme mostra, de maneira bem sutil, como uma mulher criada nos entremeios de uma sociedade patriarcal, machista e materialista, vive em busca de autoaprovação seja dentro de casa, seja dos homens, seja das pessoas que a cercam nem que seja minimamente.
Você nota que isso é jogado ao espectador de modo corriqueiro, no dia a dia, nas conversas banais, nas relações frívolas, na depreciação que Aura tem por si mesma, nas escolhas erradas das amizades.
Outro ponto que se correlaciona com isso é o fato da autoestima da personagem ser o ponto mais fraco da vida dela (e olha que ela tem muitos pontos fracos!). Quem, em sã consciência, se humilharia daquela forma para ter migalhas de uma cara como Jed? Ou, quem, sabendo de seu valor, ficaria com o merda como o Chef? Uma pessoa que não cultiva ou nunca cultivou a sua autoestima, uma pessoa quebrada, alguém que precisa de sérios consertos.
Repito, entendo que Lena quer passar que: "Ei, você, mulher e graduada com 22 anos, tá tudo bem, viu? Você não precisa ser a mulher mais bem sucedida do mundo, você pode ser como a Aura e tá tudo bem! Eu te entendo!", mas a verdade é que, meu deus, o nível da imaturidade e da falta de perspectiva de Aura não ajuda a nenhuma de nós a pensar que isso é só uma fase, muito pelo contrário, você consegue enxergá-la vivendo com sua mãe por anos a fio e não se incomodar com isso, mas, afinal, a realidade financeira familiar de Lena/Aura não se assemelha a quase ninguém que a assiste, então não acho que seja tão "representativo" como pintam.
Enfim, Frances Ha, até onde consigo ver, na última década, no movimento mumblecore, ainda é uma obra de arte difícil a ser batida.
A Guerra dos Sexos
3.7 316 Assista AgoraEu achei um bom filme para o que propõe, nada extraordinário, mas um produto importante para que a geração mais nova se situe de um passado não tão distante.
Acho um filme "fácil" de se assistir e digerir, portanto, acredito que o público alvo pode ter sido tanto os jovens adultos quanto os próprios adultos.
É claro que faltam alguns elementos importantes, assim como sobram alguns elementos descartáveis. Mas, no geral, se torna algo deleitoso de se assistir.
É essencial ressaltar a belíssima performance de Emma Stone, tal qual foge de todas as personagens que interpretou anteriormente.
Eu não sei se é digna de Oscar, mesmo após ser coroada com um, porém eu ainda a acho muito esforçada e uma boa sacada da nova leva de atrizes de Hollywood. Infelizmente, por mais que a química tenha surgido e permanecido fácil e sutil entre Emma e Andrea, o romance impresso em tela não encontrou o seu devido lugar, sendo assim, acredito que faltou certa intensidade em alguns momentos cruciais, mas, principalmente, faltou a simplicidade de resumir a luta das duas (não que a luta LGBT seja "simples", mas era necessário dar mais ritmo a esse aspecto dentro de um filme em que o foco não era o relacionamento entre as duas jovens), por isso, em certos momentos, o filme se arrasta sem necessidade alguma.
De qualquer maneira, acho que o filme é positivo, por mais que não crie o ritmo necessário para os desfechos de tantos assuntos que são implantados ao decorrer do longa. A eterna luta feminista e LGBTQ é algo que, embora o tempo discorra, se apresenta cada vez mais genuinamente indispensável para as minorias, mas é bom que os novos percebam o quão foi e é árduo toda essa busca por paridade de direitos e, mesmo com tantas respostas negativas, nunca nos damos por vencido.
O Formidável
3.7 66 Assista AgoraEu acho o filme muito representativo.
Querendo ou não, Godard foi o que foi, para o deleite ou desgosto seja para aqueles que o admiravam ou aqueles que o desdenhavam.
Mixar a história política para com a cinematográfica foi uma sacada necessária e bem executada no longa. Jean Luc não era apenas o que era por si só, existia todo um mundo ao redor que o influenciava e o fazia se moldar dia a dia, seja como cineasta ou apenas como cidadão ativo tal qual dava a mínima para o futuro de seu país/mundo.
Honestamente, ao contrário de muitos, eu não encaro Godard como o porre que é demonstrado ao longo do filme, pelo contrário, usufruir de sua representatividade artística e conceber os seus ideais políticos como parte de si não deveria ser algo apenas frequente no séc. XX, afinal, hoje em dia fica claro que os expoentes da nossa arte contemporânea pecam na omissão mais do que em qualquer outra coisa.
Outro ponto essencial é a concepção de um Godard controlador e, por vezes, um tanto quanto abusivo, no ponto mental/psicológico, em relação às mulheres que adentravam à sua vida. Nada muito revelador, visto tantos relatos daquelas que conviveram com ele por algum tempo. E isso é palpável no filme de uma maneira até mesmo inquietante, embora o humor seja arma cabal na quebra do ritmo, muitas vezes.
Ah, e, particularmente, eu adoro Stacy Martin. E eu admiro todos os takes em que a colocam em perspectiva de maneira surreal. Embora, admito, a sexualização é notável e muitas vezes desnecessária.
No mais, um belíssimo longa.