Que filme interessante !! Ontem passou em sessão dupla na TV a cabo, e pude rever na sequência para digerir melhor kkkk; apesar do enredo tradicional ao redor, as construções das viagens são interessantíssimas, e visualmente maravilhosas; vale a pena conferir mais uma vez ... kkk
Este filme não se trata de ser uma maquiagem da realidade. Isto é a perspectiva pragmática contemporânea, que entrou em uma guerra fundamentalista contra tudo isto. Uma faxina dos mitos, como se isto pudesse nos tornar seres menos manipuláveis e mais focados (mas não é bem isto que anda acontecendo). Trata-se da relação que o homem sempre teve com símbolos e arquétipos, e acima de tudo, de como estes se relacionam com o mundo contemporâneo, tão orgulhoso de seu ceticismo e racionalismo pragmático (mas que, vamos combinar,de racional existe bem pouco). Como diz o autor Robert Bly, adaptado nas minhas palavras, as lendas, mitos, fábulas, símbolos e sonhos são e sempre serão não só de fundamental importância no desenvolvimento da psique humana, mas, bem acima, como um baú onde você guarda informações valiosas para tempos difíceis. Em muitas situações, a forma mitológica ajuda a entender as coisas de uma forma melhor e mais completa do que a realidade sem ela. Bom, vendo o filme, precisa explicar mais?
Da Trilogia, este é o que menos me apetece. 'Amores Perros' é o meu preferido da série: acho o mais equilibrado entre o tema e o estilo de abordagem. Mesmo assim, Benício Del Toro dá show.
Supremo !! O melhor da trilogia para mim. O mais equilibrado entre argumento, roteiro e poética visual. Acho que os outros dois ficaram pretensiosos depois deste.
Acabei de ver e realmente é difícil falar algo de imediato. O tema atrai, mas é bem irregular. Parece o terceiro de uma trilogia: Magnólia/Crash/Cloud Atlas. Agora, como primeiro comentário, de fato, dá para dizer o seguinte: a direção de arte deste filme é péssima, começando pela maquiagem; e atrapalha muito na tentativa de abstração. Porque, vamos combinar que o Hugo Weaving e o Jim Sturgess de coreanos, e o Tom Hank como o dr. Henry Goose e porteiro, ficaram de doer. E para uma produção que gastou o que o nobre colega abaixo citou, uma maquiagem tosca destas é imperdoável.
A história, sem dúvida, é maravilhosa. E a performance do Sean Penn me surpreendeu um pouco. Mas achei o filme com jeito de telebiografia, ou, como aqueles 'Made for TV'.
Hollywood este ano resolveu passar o saco de bondades, e rachou os prêmios com o mundo: Melhor Filme Estrangeiro (austríaco), concorreu ao prêmio de Melhor Filme (principal); 3 dos principais prêmios técnicos foram para um filme que trata de mensagens supra-religiosas, mas, essencialmente, oriental; e que ganhou também o de Melhor Diretor, com um chinês de Taiwan; os Melhores Ator e Atriz Coadjuvantes foram para um senhor de austríaco de 56 anos, descoberto por um cineasta independente, e que, de novo, só sua presença em Hollywood; e para uma atriz de 30 anos que começa a ser preparada por Hollywood para se tornar atriz principal; o de melhor Atriz também para uma jovem sem trabalhos comercialmente proeminentes (em detrimento de uma grande atriz, mas que já não poderia ser aposta para o futuro da indústria norte-americana); o Melhor Ator ganhou de véspera, tanto que não ouve nem surpresa de fato; além do seu monstruoso talento, encarnou um personagem de referência moral para aquela nação, e que foi um condutor daquela nação durante uma de suas piores fases de crise de identidade (tipo, como agora); e para fechar, o melhor filme, o creme que cobre este bolo todo, e que também estava cantado: uma produção mais moderna e mais ágil, mas ainda dentro de um tema que estimula o espírito americano de luta.
Ou seja, as coisas mudaram, mas claro que nem tanto. 'Argo' é um bom filme, mas sem duvida ganhou dentro desta barganha toda. Hollywood tinha que enfrentar a concorrência internacional, e que, nos últimos anos, tem apresentado um cinema bem mais inteligente e ágil que o seu. E a internet rompeu sua exclusividade. E Spielberg já não é mais reposta à isto faz tempo. Mas espero que esta jogada tenha aberto precedentes que não seja mais ignorados.
P.S.: e não mudou tanto assim, porque o Javier Bardem não concorreu (por causa da controvérsia gay do personagem, com certeza), e porque um dos filmes mais lindos do ano sobre integração racial, 'Os Intocáveis', nem passou perto.)
Saiu um filme bom; realmente ele se dá melhor com a direção do que com a atuação. Minha surpresa foi a excelente direção de arte: as reconstrução dos cenários e figurinos ficaram impecáveis; e acho os primeiros 10 minutos, ótimos. É um blockbuster tradicional, com óbvia tendência ao espírito heroico americano, e que, por esta razão, dá para entender todo o frisson ao seu redor (de um país que procura desesperadamente o reencontro com sua alma). Mesmo assim, fico com a impressão de uma honesta vontade do Ben Affleck de querer fazer melhor (se comparar com suas atuações, dá para ver isto). No final, vale a pena assistir, e fica melhor se retirar este alvoroço todo que o cerca.
Este filme não perdeu em nada sua majestade até hoje para mim. Um dos roteiros mais bem resolvidos que conheço; vi na adolescência, mas não acho em nada um filme tolo ou adolescente. Para mim, a frase do Swan no final ('lutamos a noite toda para voltar para isto?") amarra todo o filme de uma forma tão brilhante, que mantém a noção contemporânea de se questionar qual o preço da luta pela sobrevivência: sua real necessidade e quando da falta de escolhas; códigos de honra e lealdade ao grupo. Quando se tem a própria capacidade finalmente testada ao limite, e normalmente somente nestes casos, vc pode responder às questões acima. Acima de tudo, uma situação urbana que se aproxima do dilema de qualquer guerreiro na história. (E por que só dar valor a um cinema de Kurosawa como forma de arte?). Altamente recomendado.
A produção do filme é regular, mas eu vou quebrar, como em poucas vezes, meu critério de notas, e vou dar 4 estrelas para este. Por que? Pelo abordagem dada ao tema. Adoro a abordagem. Filme que procurou explorar o comportamento da 'Geração Raves' (já no final dela, diga-se), tocou em temas como niilismo e um profundo egoismo, embutido em aparentes gestos nobres e de boa fé. Gosto porque este comportamento não desapareceu com a era das raves, mas se multiplicou, e ramificou em diversas outras atitudes niilistas e cínicas nos nossos dias. A ilha continua, para mim, sendo uma poderosa metáfora deste escapismo que age à todo vapor, sendo no mundo real ou (principalmente) virtual. E o Danny Boyle colocou o dedo na ferida com força. E Tilda Swinton mandando muito bem mais vez, é a matriarca que aplica a carga dramática perfeita ao filme. O Léo também está bem. (rs)
O filme é bom, apesar do enrosco para quem não conhece a história política italiana; a tentativa de criar um ambiente surreal que embalasse aquele ambiente político mais surreal ainda (ou real, dependendo do ângulo) funciona muito bem em vários momentos,
Drama é um gênero complicado. Eu, particularmente, apresento muitas resistências à ele; podem (como costumam) ser manipuladores, apelativos, pretensamente carregando o rótulo de 'mostrar como a vida é', como se boa parte da realidade fosse só medida pela dor. Isto também é uma construção (que virou convenção) social bem manipuladora e mesquinha, mas fica para outra hora ... Difícil algum drama me agradar, mas este conseguiu ... por que deixa muitas coisas nas entre linhas, como um bom drama deve ser; O estado agudo de depressão da protagonista, sem rumo e sem um lar interno, arrasta todos à sua volta, que acabam encontrando no drama dela, ecos de seus próprios dramas: para o policial apaixonado, uma pessoa viva (por incrível que pareça), que vive intensamente seus sentimentos, coisa à muito perdida em seu casamento de classe média já morno; e para a família, seus dramas de terem deixado sua casa para trás, o Irã, e sentirem na pele o que é serem despejados (pelo regime dos Aiatolás, já que Behrani foi um coronel do regime deposto) e viverem com estranhos, e, mais ainda, olhados com desconfiança por virem de um país olhado com desconfiança pelos EUA: um país de cultura 'árabe' e terrorista; Ela se torna o agente da catarse deste grupo. Toda sua narrativa visual é linda, e construído principalmente pelos olhares, e pelo que não é dito pelos personagens.
No final, como ela bem diz, a casa não é dela, mas de seu pai, uma tentativa desesperada de fazer com que seus laços afetivos possam criar um lar de verdade para si; mas, de fato, não é o seu lar...
Acho um ótimo filme, e toda vez que revejo, isto se comprova, pela direção delicada e a escolha muito feliz dos atores. Eu recomendo ...
Primeira Impressões: - É o filme menos Tarantino dele; isto é bom, mostra ousadia em querer se reinventar; porém, é ele saindo de seu nicho consagrado, e entrando no formato Hollywood com sua bagagem; águas traiçoeira, que merecem uma segunda vista ... - Mas, a primeira baixa nesta tentativa de mudança, fica visível em uma de suas características mais marcantes (e aguardadas): a montagem sonora; continua pinçando grandes músicas, mas desta vez soaram desconexas com seu encaixe na trama; não teve a força de condução presente em seus outros filmes ... - Eu adorei o filme até seu ápice:
, um de seus melhores turning points; depois disto ficou estranho: colocou uma emenda que, para mim, rachou o filme, até a condução do seu 'grand finale'; - Como dito acima, a parte até seu ápice é ótima: direção e roteiro; o fato de não caricaturizar o tema escravidão deixou ele bem mais interessante e tenso, com merece ser abordado;
a parte das máscaras, sem dúvida, foi seu toque de mestre ...
- Com os atores, é sacanagem: todos ótimos ... É isto pelo momento: merece, óbvio, segunda vista ... comentar sobre o trabalho de um ícone pop, no dia do lançamento de seu filme, sofre com a onda de emoção que envolve o fato; mas uma coisa é certa: depois de 20 anos em ritmo forte e intenso, é normal que seu cinema mude, até por questão de maturidade pessoal;
Uma paródia tão interessante e bem costurada sobre um milhão de esteriótipos: a figura do galã nos filmes de ação (que costuma se dar bem, aqui só se f*de); sobre a ideia de superioridade da raça humana no planeta e nos cosmos; a maravilha ordeira e exalante em valores do poderio militar, e assim vai ... raras são as paródias que funcionam, tentando se equilibrar entre o escatológico,os excessos e o mau gosto;nesta,porém, até este elementos foram bem encaixados ... Um ótimo filme !!
Se eu pudesse favoritar este filme mais de uma vez ... Difícil encontrar uma lindeza como esta, uma visão inteligente, certeira e muito bem humorada sobre 'ordinary people', com seus problemas sem charme... Pessoas que não se aceitam plenamente , que usam táticas agressivas ou passivas de autodefesa, que trazem desequilíbrios psíquicos ou psiquiáticos (como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo do escritor), mas que, no final, aprendem a superarem seus traumas e saírem de suas bolhas, estimulados única e exclusivamente pelo amor, e sua força transformadora. E o mais importante: um roteiro que conduz toda a trama de forma natural, ás vezes casual, à um desfecho não de satisfação pela realização (ditadura da felicidade), mas de alegria pela abertura de possibilidades, e de um futuro melhor e possível. Eu não consigo pensar em nenhum outro filme desta categoria 'comédias leves e românticas', com um nível de riqueza e profundidade tão grandes. E nisto, além do casting perfeito para cada papel, deve-se reconhecer a visível direção competente, no entrosamento entre os personagens,e deles com o roteiro. De uma felicidade ímpar, tratando-se de um produto genuinamente comercial de Hollywood.
Por uma destas trágicas coincidências da vida, eu fui assistir este filme justo hoje, sem sabe direito da trama...É um excelente filme, com ótima fotografia, e uma direção bem feita, chegando a transformar um argumento tão pesado em passagens de sublimação em muitos momentos,
A trama de desenvolve mesmo entre o narcisismo da mãe, e o desequilíbrio de berço do filho, e flutua sutilmente entre as dúvidas entre se ele era realmente um psicopata (o que traria questãões referentes à patologias orgânicas), ou alguma relação inata de rejeição profunda à mãe; dúvida esta gerada pela cena final; afinal, serial killers não sentem remorso pelos seus atos.
No final, o que o que nos resta é sempre pensar de onde nasce uma motivação tão grande à violência, porque este filme não propõe soluções banais e enquadramento esteriotipado sobre o fato.
A condução da tragédia à partir do sofrimento e das recordações não-lineares da mãe (e esteticamente perfeitas), e a forma como a sociedade continua reproduzindo a violência que ela tanto recrimina, penalizando a mãe, são os pontos altos do filme.
Esta é a classe de filmes que se consegue chegar só até a metade, e com muito esforço. E, tentando por duas vezes, já marco como visto rs. Não dá para ir além, muito ruim. Sem avaliação.
Adam
3.9 825Parecia ser daqueles dramas debulhadores, mas o filme é bonitinho, e despretensioso, olha só ... Uma graça, eu gostei
A Cela
3.1 394 Assista AgoraQue filme interessante !! Ontem passou em sessão dupla na TV a cabo, e pude rever na sequência para digerir melhor kkkk; apesar do enredo tradicional ao redor, as construções das viagens são interessantíssimas, e visualmente maravilhosas; vale a pena conferir mais uma vez ... kkk
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KEste filme não se trata de ser uma maquiagem da realidade. Isto é a perspectiva pragmática contemporânea, que entrou em uma guerra fundamentalista contra tudo isto. Uma faxina dos mitos, como se isto pudesse nos tornar seres menos manipuláveis e mais focados (mas não é bem isto que anda acontecendo).
Trata-se da relação que o homem sempre teve com símbolos e arquétipos, e acima de tudo, de como estes se relacionam com o mundo contemporâneo, tão orgulhoso de seu ceticismo e racionalismo pragmático (mas que, vamos combinar,de racional existe bem pouco). Como diz o autor Robert Bly, adaptado nas minhas palavras, as lendas, mitos, fábulas, símbolos e sonhos são e sempre serão não só de fundamental importância no desenvolvimento da psique humana, mas, bem acima, como um baú onde você guarda informações valiosas para tempos difíceis. Em muitas situações, a forma mitológica ajuda a entender as coisas de uma forma melhor e mais completa do que a realidade sem ela.
Bom, vendo o filme, precisa explicar mais?
21 Gramas
4.0 888 Assista AgoraDa Trilogia, este é o que menos me apetece. 'Amores Perros' é o meu preferido da série: acho o mais equilibrado entre o tema e o estilo de abordagem. Mesmo assim, Benício Del Toro dá show.
Amores Brutos
4.2 818 Assista AgoraSupremo !! O melhor da trilogia para mim. O mais equilibrado entre argumento, roteiro e poética visual. Acho que os outros dois ficaram pretensiosos depois deste.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraAcabei de ver e realmente é difícil falar algo de imediato. O tema atrai, mas é bem irregular. Parece o terceiro de uma trilogia: Magnólia/Crash/Cloud Atlas.
Agora, como primeiro comentário, de fato, dá para dizer o seguinte: a direção de arte deste filme é péssima, começando pela maquiagem; e atrapalha muito na tentativa de abstração. Porque, vamos combinar que o Hugo Weaving e o Jim Sturgess de coreanos, e o Tom Hank como o dr. Henry Goose e porteiro, ficaram de doer. E para uma produção que gastou o que o nobre colega abaixo citou, uma maquiagem tosca destas é imperdoável.
Milk: A Voz da Igualdade
4.1 878A história, sem dúvida, é maravilhosa. E a performance do Sean Penn me surpreendeu um pouco. Mas achei o filme com jeito de telebiografia, ou, como aqueles 'Made for TV'.
Argo
3.9 2,5KHollywood este ano resolveu passar o saco de bondades, e rachou os prêmios com o mundo: Melhor Filme Estrangeiro (austríaco), concorreu ao prêmio de Melhor Filme (principal); 3 dos principais prêmios técnicos foram para um filme que trata de mensagens supra-religiosas, mas, essencialmente, oriental; e que ganhou também o de Melhor Diretor, com um chinês de Taiwan; os Melhores Ator e Atriz Coadjuvantes foram para um senhor de austríaco de 56 anos, descoberto por um cineasta independente, e que, de novo, só sua presença em Hollywood; e para uma atriz de 30 anos que começa a ser preparada por Hollywood para se tornar atriz principal; o de melhor Atriz também para uma jovem sem trabalhos comercialmente proeminentes (em detrimento de uma grande atriz, mas que já não poderia ser aposta para o futuro da indústria norte-americana); o Melhor Ator ganhou de véspera, tanto que não ouve nem surpresa de fato; além do seu monstruoso talento, encarnou um personagem de referência moral para aquela nação, e que foi um condutor daquela nação durante uma de suas piores fases de crise de identidade (tipo, como agora); e para fechar, o melhor filme, o creme que cobre este bolo todo, e que também estava cantado: uma produção mais moderna e mais ágil, mas ainda dentro de um tema que estimula o espírito americano de luta.
Ou seja, as coisas mudaram, mas claro que nem tanto. 'Argo' é um bom filme, mas sem duvida ganhou dentro desta barganha toda. Hollywood tinha que enfrentar a concorrência internacional, e que, nos últimos anos, tem apresentado um cinema bem mais inteligente e ágil que o seu. E a internet rompeu sua exclusividade. E Spielberg já não é mais reposta à isto faz tempo. Mas espero que esta jogada tenha aberto precedentes que não seja mais ignorados.
P.S.: e não mudou tanto assim, porque o Javier Bardem não concorreu (por causa da controvérsia gay do personagem, com certeza), e porque um dos filmes mais lindos do ano sobre integração racial, 'Os Intocáveis', nem passou perto.)
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraO filme pode não ser nada demais, mas uma coisa eu amei: loucos não merecem pessoas normais ... as normais são bizarras demais rs
Conduta de Risco
3.5 195 Assista AgoraA Tilda Swinton ganhou o Oscar por este filme ??? A atuação dela como Gabriel merecia muito mais ... (para não precisar falar dos outros)
Argo
3.9 2,5KSaiu um filme bom; realmente ele se dá melhor com a direção do que com a atuação. Minha surpresa foi a excelente direção de arte: as reconstrução dos cenários e figurinos ficaram impecáveis; e acho os primeiros 10 minutos, ótimos.
É um blockbuster tradicional, com óbvia tendência ao espírito heroico americano, e que, por esta razão, dá para entender todo o frisson ao seu redor (de um país que procura desesperadamente o reencontro com sua alma).
Mesmo assim, fico com a impressão de uma honesta vontade do Ben Affleck de querer fazer melhor (se comparar com suas atuações, dá para ver isto). No final, vale a pena assistir, e fica melhor se retirar este alvoroço todo que o cerca.
O Dia da Besta
3.8 189Fala sério, que filme brilhante é este ???
A Caverna dos Sonhos Esquecidos
4.2 142 Assista AgoraEste é o mergulho na toca do coelho, tal qual feito pela Alice; só que em tom documental ...
Os Selvagens da Noite
4.0 597 Assista AgoraEste filme não perdeu em nada sua majestade até hoje para mim. Um dos roteiros mais bem resolvidos que conheço; vi na adolescência, mas não acho em nada um filme tolo ou adolescente.
Para mim, a frase do Swan no final
('lutamos a noite toda para voltar para isto?")
amarra todo o filme de uma forma tão brilhante, que mantém a noção contemporânea de se questionar qual o preço da luta pela sobrevivência: sua real necessidade e quando da falta de escolhas; códigos de honra e lealdade ao grupo.
Quando se tem a própria capacidade finalmente testada ao limite, e normalmente somente nestes casos, vc pode responder às questões acima. Acima de tudo, uma situação urbana que se aproxima do dilema de qualquer guerreiro na história. (E por que só dar valor a um cinema de Kurosawa como forma de arte?). Altamente recomendado.
O Mapa do Mundo
3.4 13Outro link encontrado:
A Praia
3.2 694 Assista AgoraA produção do filme é regular, mas eu vou quebrar, como em poucas vezes, meu critério de notas, e vou dar 4 estrelas para este. Por que? Pelo abordagem dada ao tema.
Adoro a abordagem. Filme que procurou explorar o comportamento da 'Geração Raves' (já no final dela, diga-se), tocou em temas como niilismo e um profundo egoismo, embutido em aparentes gestos nobres e de boa fé. Gosto porque este comportamento não desapareceu com a era das raves, mas se multiplicou, e ramificou em diversas outras atitudes niilistas e cínicas nos nossos dias. A ilha continua, para mim, sendo uma poderosa metáfora deste escapismo que age à todo vapor, sendo no mundo real ou (principalmente) virtual. E o Danny Boyle colocou o dedo na ferida com força. E Tilda Swinton mandando muito bem mais vez, é a matriarca que aplica a carga dramática perfeita ao filme. O Léo também está bem. (rs)
O Divo
3.8 19O filme é bom, apesar do enrosco para quem não conhece a história política italiana; a tentativa de criar um ambiente surreal que embalasse aquele ambiente político mais surreal ainda (ou real, dependendo do ângulo) funciona muito bem em vários momentos,
como na cena do carnaval promíscuo kkk
Casa de Areia e Névoa
3.9 312Drama é um gênero complicado. Eu, particularmente, apresento muitas resistências à ele; podem (como costumam) ser manipuladores, apelativos, pretensamente carregando o rótulo de 'mostrar como a vida é', como se boa parte da realidade fosse só medida pela dor. Isto também é uma construção (que virou convenção) social bem manipuladora e mesquinha, mas fica para outra hora ...
Difícil algum drama me agradar, mas este conseguiu ... por que deixa muitas coisas nas entre linhas, como um bom drama deve ser;
O estado agudo de depressão da protagonista, sem rumo e sem um lar interno, arrasta todos à sua volta, que acabam encontrando no drama dela, ecos de seus próprios dramas: para o policial apaixonado, uma pessoa viva (por incrível que pareça), que vive intensamente seus sentimentos, coisa à muito perdida em seu casamento de classe média já morno; e para a família, seus dramas de terem deixado sua casa para trás, o Irã, e sentirem na pele o que é serem despejados (pelo regime dos Aiatolás, já que Behrani foi um coronel do regime deposto) e viverem com estranhos, e, mais ainda, olhados com desconfiança por virem de um país olhado com desconfiança pelos EUA: um país de cultura 'árabe' e terrorista;
Ela se torna o agente da catarse deste grupo.
Toda sua narrativa visual é linda, e construído principalmente pelos olhares, e pelo que não é dito pelos personagens.
No final, como ela bem diz, a casa não é dela, mas de seu pai, uma tentativa desesperada de fazer com que seus laços afetivos possam criar um lar de verdade para si; mas, de fato, não é o seu lar...
Acho um ótimo filme, e toda vez que revejo, isto se comprova, pela direção delicada e a escolha muito feliz dos atores.
Eu recomendo ...
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraPrimeira Impressões:
- É o filme menos Tarantino dele; isto é bom, mostra ousadia em querer se reinventar; porém, é ele saindo de seu nicho consagrado, e entrando no formato Hollywood com sua bagagem; águas traiçoeira, que merecem uma segunda vista ...
- Mas, a primeira baixa nesta tentativa de mudança, fica visível em uma de suas características mais marcantes (e aguardadas): a montagem sonora; continua pinçando grandes músicas, mas desta vez soaram desconexas com seu encaixe na trama; não teve a força de condução presente em seus outros filmes ...
- Eu adorei o filme até seu ápice:
a morte de monsieur Calvin
- Como dito acima, a parte até seu ápice é ótima: direção e roteiro; o fato de não caricaturizar o tema escravidão deixou ele bem mais interessante e tenso, com merece ser abordado;
a parte das máscaras, sem dúvida, foi seu toque de mestre ...
- Com os atores, é sacanagem: todos ótimos ...
É isto pelo momento: merece, óbvio, segunda vista ... comentar sobre o trabalho de um ícone pop, no dia do lançamento de seu filme, sofre com a onda de emoção que envolve o fato; mas uma coisa é certa: depois de 20 anos em ritmo forte e intenso, é normal que seu cinema mude, até por questão de maturidade pessoal;
Tropas Estelares
3.5 467 Assista AgoraUma paródia tão interessante e bem costurada sobre um milhão de esteriótipos: a figura do galã nos filmes de ação (que costuma se dar bem, aqui só se f*de); sobre a ideia de superioridade da raça humana no planeta e nos cosmos; a maravilha ordeira e exalante em valores do poderio militar, e assim vai ... raras são as paródias que funcionam, tentando se equilibrar entre o escatológico,os excessos e o mau gosto;nesta,porém, até este elementos foram bem encaixados ... Um ótimo filme !!
Melhor É Impossível
4.0 684 Assista AgoraSe eu pudesse favoritar este filme mais de uma vez ...
Difícil encontrar uma lindeza como esta, uma visão inteligente, certeira e muito bem humorada sobre 'ordinary people', com seus problemas sem charme...
Pessoas que não se aceitam plenamente , que usam táticas agressivas ou passivas de autodefesa, que trazem desequilíbrios psíquicos ou psiquiáticos (como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo do escritor), mas que, no final, aprendem a superarem seus traumas e saírem de suas bolhas, estimulados única e exclusivamente pelo amor, e sua força transformadora.
E o mais importante: um roteiro que conduz toda a trama de forma natural, ás vezes casual, à um desfecho não de satisfação pela realização (ditadura da felicidade), mas de alegria pela abertura de possibilidades, e de um futuro melhor e possível.
Eu não consigo pensar em nenhum outro filme desta categoria 'comédias leves e românticas', com um nível de riqueza e profundidade tão grandes. E nisto, além do casting perfeito para cada papel, deve-se reconhecer a visível direção competente, no entrosamento entre os personagens,e deles com o roteiro. De uma felicidade ímpar, tratando-se de um produto genuinamente comercial de Hollywood.
K-Pax: O Caminho da Luz
3.8 398Que filme lindo ...
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraPor uma destas trágicas coincidências da vida, eu fui assistir este filme justo hoje, sem sabe direito da trama...É um excelente filme, com ótima fotografia, e uma direção bem feita, chegando a transformar um argumento tão pesado em passagens de sublimação em muitos momentos,
com aquela predominância plástica excelente do vermelho.
Mas, o que poderia ficar só em uma coincidência trágica, pode se tornar uma ótima oportunidade de reflexão.
A trama de desenvolve mesmo entre o narcisismo da mãe, e o desequilíbrio de berço do filho, e flutua sutilmente entre as dúvidas entre se ele era realmente um psicopata (o que traria questãões referentes à patologias orgânicas), ou alguma relação inata de rejeição profunda à mãe; dúvida esta gerada pela cena final; afinal, serial killers não sentem remorso pelos seus atos.
No final, o que o que nos resta é sempre pensar de onde nasce uma motivação tão grande à violência, porque este filme não propõe soluções banais e enquadramento esteriotipado sobre o fato.
A condução da tragédia à partir do sofrimento e das recordações não-lineares da mãe (e esteticamente perfeitas), e a forma como a sociedade continua reproduzindo a violência que ela tanto recrimina, penalizando a mãe, são os pontos altos do filme.
Enfim, uma filme super recomendado.
Anjo das Trevas
1.7 91Esta é a classe de filmes que se consegue chegar só até a metade, e com muito esforço. E, tentando por duas vezes, já marco como visto rs. Não dá para ir além, muito ruim. Sem avaliação.