Meu Deus! Eu tenho tanta coisa pra dizer sobre esse filme, mas a primeira delas é: que pena uma nota tão baixa :( (mas gosto é gosto). Então vamos lá: se você quer vingança gore e cenas explícitas, você vai se frustrar. Essa não é a intenção do filme, ao contrário, o terror do filme – talvez só realmente entendido como um todo por nós mulheres - é feito de sutilezas, acidez, “easter eggs”: os comentários ignorantes disfarçados de preocupação (“desse jeito alguém vai se aproveitar dela”, “com essa idade não aprendeu ainda?”, “não deveria ter bebido tanto assim”), a suavização de comportamentos machistas e violentos colocando o homem na posição de eterna criança (“eu era muito novo quando isso aconteceu”), nós mesmas assumindo comportamentos machistas
(a amiga que colocou em dúvida o evento traumatizante da outra, a condenando como culpada devido seu comportamento, a diretora que preferiu dar o “benefício da dúvida” ao estuprador, para não prejudicar o futuro do pobre garoto prodígio ou até mesmo a mãe de Cassie que assumia como sinônimo de sucesso a filha ter um namorado)
, o quanto os algozes podem ser tão simplesmente o “cara legal” pra todo mundo
(o estuprador da Nina ter virado um anestesiologista renomado e “homem de família” acima de qualquer suspeita, o cara do início do filme, no bar, oferecendo ajuda e se colocando como um salvador para Cassie, ou mesmo o Ryan, por quem torcíamos durante boa parte do filme mostrando sua verdadeira face quando confrontado pelos seus erros – quando Cassie vira a “louca, fracassada” que quer acabar com sua vida)
(Nina, infelizmente, tornou-se apenas o que aconteceu com ela: ninguém lembrava mais da excelente estudante promissora, mas somente do estupro - como diz Cassie quase ao final do filme “o seu nome, Al, ficou por ela toda” – referindo-se ao fato da vida dela ter ruído, enquanto a dele só ascendeu)
, a “brotheragem” implícita – ou nem um pouco - entre grande parte dos homens de acobertar abusos um dos outros
(a cena de Joe com Al após a morte de Cassie é o resumo disso pra mim, mas há também Ryan mentindo ao policial sobre não saber onde Cassie estava antes de sua morte e o policial não botar em dúvida em nenhum momento o que o mesmo dizia)
e, por fim, como nossas vozes muitas vezes só são ouvidas quando já não mais a temos
(Cassie passou os últimos anos de sua vida tentando diversas maneiras de “resolver” o que havia acontecido – tudo bem, as maneiras são completamente questionáveis, mas não é esse o ponto – só obtendo desfecho e justiça quando estava morta).
É por fazer um passeio tão completo pela cultura machista conseguindo colocar de forma tão sucinta algo tão grande que tiro o chapéu milhões de vezes para Promissing Young Woman e pra Emerald Fennell, com um roteiro perspicaz e genial – que para além das sutilezas, beneficia finalmente a vítima e a justiça que ela merece e não o(s) homem(ns) que fizeram isso com ela
(é até por isso que acredito que em nenhum momento saibamos exatamente o que Cassie fazia com os homens que encontrava na noite – o que, novamente, reitero: é completamente questionável).
Menções honrosas também à trilha sonora incrível (o que foi essa versão macabra de Toxic, meu pai???) e à fotografia (não sei de quem foi a ideia de colocar tanta sutileza e cores vivas em um filme tão pesado, mas foi genial). Promissing Young Woman é Nina, é Cassie e somos todas nós que, dia após dia, somos suprimidas, questionadas e abusadas, mas não nos calamos – ainda que as vezes isso nos custe a própria vida.
A Pixar só sabe se superar a cada filme. É de cair o queixo como conseguem abordar qualquer assunto e trazer a leveza necessária para tocar tanta gente. Um dos melhores filmes que assisti esse ano e também um dos melhores da vida. Só amor. <3
Difícil dizer o que brilha mais nesse filme. Se é o roteiro excelentemente adaptado, se são as atuações, se é a fotografia. É gostoso demais, em tempos em que a maioria dos filmes parecem objetivar apenas um entretenimento fugaz, assistir a um filme que, sim, entrete, mas também te toca, te faz refletir e sentir algo a mais. Virei fã! ❤
O "problema" desse filme é que, sendo tão cru e melancólico do início ao fim, fica difícil agradar a maioria (eu me incluo nesse time). Achei difícil de digerir, pois, em nenhuma parte há um respiro de felicidade ou redenção ao protagonista, é pra se sentir bastante desconfortável meeesmo. Ainda que eu não entenda o hype todo que esse filme teve em premiações, de modo nenhum posso falar que é um mau filme. Algumas cenas são realmente boas, vide
as que mostram o motivo do protagonista ser como é hoje em dia e o encontro dele com a ex esposa na rua.
Além disso, a realidade passada pelos diálogos do filme é outro ponto bastante positivo. No entanto, pelo menos pra mim, é o tipo de filme que não assistiria de novo.
Confesso que a nota tinha me desanimado um pouco, mas fico feliz de não ter deixado de assistir. A história é bastante simples, e acredito que poderia ter explicado melhor algumas coisas, mas ainda assim prende. O pecado desse filme é a construção de personagens, que é bastante rasa. Quanto ao final, apesar de ter sentido que algo faltou, me agradou muito o plot twist, e confesso que realmente me surpreendeu (mesmo com todos dizendo que era extremamente previsível kkkkk). Um bom entretenimento.
Demorei muito tempo pra decidir assistir porque a sinopse não tinha me cativado muito, mas dei uma chance por gostar dos filmes do Tarantino. Só posso dizer que estou muito arrependida por não ter visto antes. QUE FILME! Na minha opinião, se não for o melhor do Tarantino, com certeza está pelo menos no top 3. Atuações gigantes de Jamie Foxx, Samuel L. Jackson (um vilão desses, bicho!), Christoph Waltz e DiCaprio, personagens muito bem idealizados, trilha sonora maravilhosa e história que te prende do começo ao fim.
Mais um acerto de tema para a Netflix, que vem se propondo – seja com “13 Reasons Why”, “Okja” e agora esse filme – a discutir assuntos importantes e necessários. Ainda assim, “O Mínimo para Viver”, a meu ver, deixou a desejar em alguns aspectos. Primeiro em relação à exploração dos personagens e suas histórias: ao longo do filme uma variedade de personagens nos é apresentada, no entanto, permanecem muito superficiais, ou então, são caracterizados de forma caricata (talvez numa tentativa de suavizar o peso que o tema tem e criar simpatia pelos personagens, mas não acho que tenha funcionado). Ainda se tratando de superficialidade, outro problema pra mim foi justamente a maneira rasa com que os distúrbios alimentares foram tratados. Por muitas vezes tive a impressão que
queriam mostrar que a anorexia da personagem era fruto exclusivo de seus problemas familiares, deixando de lado o componente mental da doença e perdendo a chance de discutir o problema de modo mais abrangente e verdadeiro.
Sobre as atuações, achei realmente interessante ver a Lily Collins em um papel dramático, inclusive gostei bastante. Keanu Reeves teve – como a maioria – seu personagem mal aproveitado, e não brilhou. No geral, apesar dos problemas citados, o filme me prendeu bastante a atenção e a relevância de seu tema faz com que mereça sim ser assistido.
La La Land apresenta algo de novo? Não. A história de um casal cheio de sonhos que inicialmente não se gosta muito é batida? É. Hollywood falando sobre Hollywood às vezes é mais motivo para premiações do que a própria história em si? Com certeza. Mas em meio a tantos filmes moldados por efeitos visuais é tão gostoso ver algo que vai em direção oposta a isso. É tão bom ver uma história sobre pessoas que têm sonhos e vão em busca deles mesmo que quebrem a cara no meio do caminho. E, sem dúvida, é uma delícia ver a leveza com que tudo isso foi feito. Ótimas atuações, fotografia lindíssima, trilha sonora idem. E um final que, na minha opinião, fechou perfeitamente tudo que foi feito até ali (mesmo que tenha um tirado algumas - várias - lágrimas).
Como passatempo funciona, mas só. Início lento, acontecimentos previsíveis (raros os que não são), roteiro com várias brechas e personagens rasos. Kate Bosworth vai bem, mas não brilha. Wes Bentley está morno pra um papel que exigiria mais reações dele.
Um filme com diálogos excelentes e inteligentes, Natalie Portman maravilhosa (só pra variar um pouco) e uma cena inicial e outra final que nunca mais vão sair da minha cabeça de tão lindas que são.
Não entendi o objetivo desse filme. A lição que o filme queria passar parece que foi jogada às pressas no final e não me convenceu nem um pouco. As atuações também não convencem, na verdade, graças a elas, muitas vezes sentia até uma raivinha dos personagens que pareciam imaturos demais. Bonzinho só pra passar o tempo.
Um filme cativante e inspirador sobre os obstinados e sonhadores. Atuações maravilhosas, entre as quais destaco a de Morgan Freeman que mostrou que um bom coadjuvante se faz tão necessário quanto um protagonista. Só não dou 5 estrelas porque o final me deixou com algumas dúvidas (e também bem triste, mas ok haha), de resto, excelente mesmo.
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Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraMeu Deus! Eu tenho tanta coisa pra dizer sobre esse filme, mas a primeira delas é: que pena uma nota tão baixa :( (mas gosto é gosto). Então vamos lá: se você quer vingança gore e cenas explícitas, você vai se frustrar. Essa não é a intenção do filme, ao contrário, o terror do filme – talvez só realmente entendido como um todo por nós mulheres - é feito de sutilezas, acidez, “easter eggs”: os comentários ignorantes disfarçados de preocupação (“desse jeito alguém vai se aproveitar dela”, “com essa idade não aprendeu ainda?”, “não deveria ter bebido tanto assim”), a suavização de comportamentos machistas e violentos colocando o homem na posição de eterna criança (“eu era muito novo quando isso aconteceu”), nós mesmas assumindo comportamentos machistas
(a amiga que colocou em dúvida o evento traumatizante da outra, a condenando como culpada devido seu comportamento, a diretora que preferiu dar o “benefício da dúvida” ao estuprador, para não prejudicar o futuro do pobre garoto prodígio ou até mesmo a mãe de Cassie que assumia como sinônimo de sucesso a filha ter um namorado)
(o estuprador da Nina ter virado um anestesiologista renomado e “homem de família” acima de qualquer suspeita, o cara do início do filme, no bar, oferecendo ajuda e se colocando como um salvador para Cassie, ou mesmo o Ryan, por quem torcíamos durante boa parte do filme mostrando sua verdadeira face quando confrontado pelos seus erros – quando Cassie vira a “louca, fracassada” que quer acabar com sua vida)
(Nina, infelizmente, tornou-se apenas o que aconteceu com ela: ninguém lembrava mais da excelente estudante promissora, mas somente do estupro - como diz Cassie quase ao final do filme “o seu nome, Al, ficou por ela toda” – referindo-se ao fato da vida dela ter ruído, enquanto a dele só ascendeu)
(a cena de Joe com Al após a morte de Cassie é o resumo disso pra mim, mas há também Ryan mentindo ao policial sobre não saber onde Cassie estava antes de sua morte e o policial não botar em dúvida em nenhum momento o que o mesmo dizia)
(Cassie passou os últimos anos de sua vida tentando diversas maneiras de “resolver” o que havia acontecido – tudo bem, as maneiras são completamente questionáveis, mas não é esse o ponto – só obtendo desfecho e justiça quando estava morta).
(é até por isso que acredito que em nenhum momento saibamos exatamente o que Cassie fazia com os homens que encontrava na noite – o que, novamente, reitero: é completamente questionável).
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraA Pixar só sabe se superar a cada filme. É de cair o queixo como conseguem abordar qualquer assunto e trazer a leveza necessária para tocar tanta gente. Um dos melhores filmes que assisti esse ano e também um dos melhores da vida. Só amor. <3
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraDifícil dizer o que brilha mais nesse filme. Se é o roteiro excelentemente adaptado, se são as atuações, se é a fotografia. É gostoso demais, em tempos em que a maioria dos filmes parecem objetivar apenas um entretenimento fugaz, assistir a um filme que, sim, entrete, mas também te toca, te faz refletir e sentir algo a mais. Virei fã! ❤
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraO "problema" desse filme é que, sendo tão cru e melancólico do início ao fim, fica difícil agradar a maioria (eu me incluo nesse time). Achei difícil de digerir, pois, em nenhuma parte há um respiro de felicidade ou redenção ao protagonista, é pra se sentir bastante desconfortável meeesmo. Ainda que eu não entenda o hype todo que esse filme teve em premiações, de modo nenhum posso falar que é um mau filme. Algumas cenas são realmente boas, vide
as que mostram o motivo do protagonista ser como é hoje em dia e o encontro dele com a ex esposa na rua.
Morgan: A Evolução
2.8 207 Assista AgoraConfesso que a nota tinha me desanimado um pouco, mas fico feliz de não ter deixado de assistir. A história é bastante simples, e acredito que poderia ter explicado melhor algumas coisas, mas ainda assim prende. O pecado desse filme é a construção de personagens, que é bastante rasa. Quanto ao final, apesar de ter sentido que algo faltou, me agradou muito o plot twist, e confesso que realmente me surpreendeu (mesmo com todos dizendo que era extremamente previsível kkkkk). Um bom entretenimento.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraDemorei muito tempo pra decidir assistir porque a sinopse não tinha me cativado muito, mas dei uma chance por gostar dos filmes do Tarantino. Só posso dizer que estou muito arrependida por não ter visto antes. QUE FILME! Na minha opinião, se não for o melhor do Tarantino, com certeza está pelo menos no top 3. Atuações gigantes de Jamie Foxx, Samuel L. Jackson (um vilão desses, bicho!), Christoph Waltz e DiCaprio, personagens muito bem idealizados, trilha sonora maravilhosa e história que te prende do começo ao fim.
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista AgoraMartin Scorsese, eu escolhi te amar. Que filmão!
Que final foi esse??! Dignam, eu te amo, que tiro! Literalmente ¯ \_(ツ)_/¯
O Mínimo Para Viver
3.5 622 Assista AgoraMais um acerto de tema para a Netflix, que vem se propondo – seja com “13 Reasons Why”, “Okja” e agora esse filme – a discutir assuntos importantes e necessários. Ainda assim, “O Mínimo para Viver”, a meu ver, deixou a desejar em alguns aspectos. Primeiro em relação à exploração dos personagens e suas histórias: ao longo do filme uma variedade de personagens nos é apresentada, no entanto, permanecem muito superficiais, ou então, são caracterizados de forma caricata (talvez numa tentativa de suavizar o peso que o tema tem e criar simpatia pelos personagens, mas não acho que tenha funcionado). Ainda se tratando de superficialidade, outro problema pra mim foi justamente a maneira rasa com que os distúrbios alimentares foram tratados. Por muitas vezes tive a impressão que
queriam mostrar que a anorexia da personagem era fruto exclusivo de seus problemas familiares, deixando de lado o componente mental da doença e perdendo a chance de discutir o problema de modo mais abrangente e verdadeiro.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraLa La Land apresenta algo de novo? Não. A história de um casal cheio de sonhos que inicialmente não se gosta muito é batida? É. Hollywood falando sobre Hollywood às vezes é mais motivo para premiações do que a própria história em si? Com certeza. Mas em meio a tantos filmes moldados por efeitos visuais é tão gostoso ver algo que vai em direção oposta a isso. É tão bom ver uma história sobre pessoas que têm sonhos e vão em busca deles mesmo que quebrem a cara no meio do caminho. E, sem dúvida, é uma delícia ver a leveza com que tudo isso foi feito. Ótimas atuações, fotografia lindíssima, trilha sonora idem. E um final que, na minha opinião, fechou perfeitamente tudo que foi feito até ali (mesmo que tenha um tirado algumas - várias - lágrimas).
Amnésia
1.8 220Como passatempo funciona, mas só. Início lento, acontecimentos previsíveis (raros os que não são), roteiro com várias brechas e personagens rasos. Kate Bosworth vai bem, mas não brilha. Wes Bentley está morno pra um papel que exigiria mais reações dele.
Loucamente Apaixonados
3.5 1,2K Assista AgoraÓtimo por se propor a ser realista.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraUm filme com diálogos excelentes e inteligentes, Natalie Portman maravilhosa (só pra variar um pouco) e uma cena inicial e outra final que nunca mais vão sair da minha cabeça de tão lindas que são.
A Escolha
3.3 398 Assista AgoraNão entendi o objetivo desse filme. A lição que o filme queria passar parece que foi jogada às pressas no final e não me convenceu nem um pouco. As atuações também não convencem, na verdade, graças a elas, muitas vezes sentia até uma raivinha dos personagens que pareciam imaturos demais. Bonzinho só pra passar o tempo.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraUm filme cativante e inspirador sobre os obstinados e sonhadores. Atuações maravilhosas, entre as quais destaco a de Morgan Freeman que mostrou que um bom coadjuvante se faz tão necessário quanto um protagonista. Só não dou 5 estrelas porque o final me deixou com algumas dúvidas (e também bem triste, mas ok haha), de resto, excelente mesmo.