Um curta sobre o significado de crescer e principalmente sobre a inevitabilidade do processo que pode ser tanto inspirador quanto devastador. Impossível não ficar nostálgico ou sentir falta da infância.
O filme consegue condensar todos os sentimentos da garota: medo, tristeza e o desespero que a faz preferir se jogar rumo ao desconhecido do que ser forçada a se casar. Pequenos detalhes como seus desenhos que demonstram uma pessoa com ambições, ou o noivo destruindo o buquê de flores como sinal de desprezo pela beleza que não se submete à sua vontade fazem toda a diferença em um curta que dispõe de pouco tempo e que precisa se fixar na mente do espectador.
Bem humorado, é uma espécie de Matrix do stop motion. A ideia central é genial porém não há muitos desdobramentos. Quando a história extrapola a animação não há desenvolvimento, mesmo sendo um curta poderia ser mais ousado.
Uma história triste e patética de um homem alimentado pelo ódio gratuito para servir aos interesses de seu país e o problema causado quando esse ódio deixa de ser direcionado pelo governo e entra no território americano. Melodramático e com a mensagem de "o amor cura tudo", soa como uma ilusão, principalmente no país onde há mais assassinatos em massa do que dias no ano.
Amei o estilo da animação e o fato dela se transformar a todo momento em uma viagem psicodélica. A divisão em capítulos representando diferentes fases na adolescência de Pam criam uma autenticidade e uma aproximação da protagonista que resultam em um curta engraçado, sarcástico que representa bem os conflitos dessa fase da vida.
Um trabalho de arquivo impressionante para mostrar como a campanha de difamação em tom de piada funcionou e muito provavelmente funcionaria ainda hoje, afinal quem está disposto a ouvir as opiniões de uma socialite conservadora? Fica a lição em forma de curta.
O curta tem um cenário clássico para uma história de Natal: orfanato católico, tempos de guerra e adoráveis crianças italianas. Nós faz refletir sobre o quão distorcido o significado do Natal se torna (que ironia) nas mãos dos religiosos.
Tudo em Ice Merchants é muito bem trabalhado, a arte, trilha sonora e a singela relação entre pai e filho na fantástica casa na montanha onde o pai tira o sustento dos dois. O crescimento da tensão e o desenrolar da trama são envolventes e os personagens nos cativam sem dizer nada.
A falta de contexto torna a primeira metade uma fantasia em um cenário distópico. Assim que a grande revelação do tema central é feita podemos ver imagens impressionantes, porém assim que o choque inicial passa, nada mais relevante acontece. Merecia mais contexto e dados para educar o público.
As belas paisagens da Groenlândia contrastam com a pesada verdade por trás do desaparecimento de Ivalu. Simples e belo, captura bem a vulnerabilidade das crianças submetidas à brutalidade dos adultos que falham em as proteger.
O curta mostra o inacreditável caso onde um marinheiro voou pelos ares por causa da explosão em Halifax, em 1917. As diretoras conseguem demonstrar o caos do ocorrido com uma animação frenética e uma trilha sonora acelerada. Mas também tomam a licença poética para abordar o conceito da quase-morte sem perder o bom humor.
É muito difícil assistir a um documentário sobre animais sem refletir sobre inúmeras questões sobre preservação, maus tratos e a maléfica ação humana constantemente destruindo a natureza. Porém a diretora consegue criar uma narrativa dentro da relação do casal com o filhote e mostrar todas as dificuldades e recompensas frutos dessa relação. As imagens da natureza são incríveis.
O curta brinca com a expressão "Adeus irlandês" (que seria deixar uma festa sem ser notado) para lidar com a complexidade do luto e suas implicações no cotidiano dos familiares. O humor beirando o inapropriado com que o tema é tratado transforma o curta em um relato anedótico, mostrando que nem mesmo a morte merece ser levada tão a sério.
O design dos personagens e o próprio estilo da animação são cativantes e diversas passagens são carregadas de muita melancolia e reflexão filosófica sobre a vida em geral. A dublagem de Tom Hollander como toupeira foi para mim o grande destaque do filme, que evolui de uma simples aventura para uma viagem introspectiva e sentimental.
O filme conta a história do amigo de infância de Robert Valley, Techno, uma pessoa problemática, carismática e com um comportamento autodestrutivo. O estilo peculiar do desenho, a trilha sonora sempre presente e as várias cenas em primeira pessoa contribuem para colocar você na pele de Robert, assistindo Techno se destruir e tentando ajudá-lo a se recuperar. O filme é honesto e emocionante, a narração ininterrupta torna a história tão fluida que parecem que se passaram apenas alguns minutos quando o filme termina.
Vaysha é uma garota que enxerga o passado com seu olho esquerdo, e o futuro com seu olho direito, o que a torna cega para o presente. Uma história original que poderia render um longa-metragem, que usa personagens no estilo de Picasso e paisagens no estilo de Van Gogh, com uma reflexão poderosíssima, é inacreditável que tenha apenas oito minutos de duração.
A história de um pai e uma filha e seu carro, que ao que parece é onde vivem, viajando e descobrindo as coisas boas e más ao longo de uma vida. Lançado como parte do projeto “Google Spotlight Stories” que visa divulgar e produzir conteúdo em realidade virtual, a palavra chave em Pearl é imersão, com a música “No Wrong Way Home” que toca o tempo todo, a proximidade com os personagens, as situações em que você parece estar olhando detalhes íntimos deles, tudo conecta você a eles rapidamente, em uma história singela e emocionante.
Um pássaro tenta ensinar ao seu filhote como conseguir comida sozinho. Esse curta me lembrou de desenhos antigos da Disney, onde acompanhamos com uma música de fundo o personagem superar alguma dificuldade. O visual é lindo e impressionante e a história é leve e divertida.
Um xerife visita o local de um acidente que ele tentou esquecer por toda sua vida, e conforme ele se aproxima, ele revive momentos angustiantes do passado. Segundos os criadores dessa animação da Pixar, eles fizeram esse curta para adultos e queriam “fazer algo que contestasse a noção de que a animação é um gênero apenas para crianças”, talvez por animação ele queira dizer Pixar, afinal o japonês “Akira” (1988) é mais do que adulto. A animação é linda e chocante, mas está longe de ser algo que quebra barreiras.
Uma entrevista para formalizar um pedido de cidadania se transforma em um interrogatório quando o entrevistador desconfia de que o entrevistado protege a identidade de terroristas. O filme aborda a perseguição de pessoas tendo somente preconceito como evidência. Também mostra como medidas duras contra imigração são ineficazes e até mesmo perigosas. Os diálogos são ótimos e tornam o que seria uma história simples em um emaranhado complexo de ações e consequências.
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Como Você Mede Um Ano?
3.2 29Um curta sobre o significado de crescer e principalmente sobre a inevitabilidade do processo que pode ser tanto inspirador quanto devastador.
Impossível não ficar nostálgico ou sentir falta da infância.
The Red Suitcase
4.0 29O filme consegue condensar todos os sentimentos da garota: medo, tristeza e o desespero que a faz preferir se jogar rumo ao desconhecido do que ser forçada a se casar.
Pequenos detalhes como seus desenhos que demonstram uma pessoa com ambições, ou o noivo destruindo o buquê de flores como sinal de desprezo pela beleza que não se submete à sua vontade fazem toda a diferença em um curta que dispõe de pouco tempo e que precisa se fixar na mente do espectador.
An Ostrich Told Me the World Is Fake and I …
3.7 37Bem humorado, é uma espécie de Matrix do stop motion. A ideia central é genial porém não há muitos desdobramentos. Quando a história extrapola a animação não há desenvolvimento, mesmo sendo um curta poderia ser mais ousado.
Stranger at the Gate
3.1 30Uma história triste e patética de um homem alimentado pelo ódio gratuito para servir aos interesses de seu país e o problema causado quando esse ódio deixa de ser direcionado pelo governo e entra no território americano.
Melodramático e com a mensagem de "o amor cura tudo", soa como uma ilusão, principalmente no país onde há mais assassinatos em massa do que dias no ano.
Night Ride
3.2 27Esse curta provoca um misto de sentimentos, diversão, desconforto e até mesmo a momentânea crença no karma.
My Year of Dicks
3.2 35Amei o estilo da animação e o fato dela se transformar a todo momento em uma viagem psicodélica.
A divisão em capítulos representando diferentes fases na adolescência de Pam criam uma autenticidade e uma aproximação da protagonista que resultam em um curta engraçado, sarcástico que representa bem os conflitos dessa fase da vida.
O Efeito Martha Mitchell
3.2 36Um trabalho de arquivo impressionante para mostrar como a campanha de difamação em tom de piada funcionou e muito provavelmente funcionaria ainda hoje, afinal quem está disposto a ouvir as opiniões de uma socialite conservadora? Fica a lição em forma de curta.
Le Pupille
3.5 41O curta tem um cenário clássico para uma história de Natal: orfanato católico, tempos de guerra e adoráveis crianças italianas.
Nós faz refletir sobre o quão distorcido o significado do Natal se torna (que ironia) nas mãos dos religiosos.
Ice Merchants
3.7 34Tudo em Ice Merchants é muito bem trabalhado, a arte, trilha sonora e a singela relação entre pai e filho na fantástica casa na montanha onde o pai tira o sustento dos dois.
O crescimento da tensão e o desenrolar da trama são envolventes e os personagens nos cativam sem dizer nada.
Haulout
3.4 32A falta de contexto torna a primeira metade uma fantasia em um cenário distópico. Assim que a grande revelação do tema central é feita podemos ver imagens impressionantes, porém assim que o choque inicial passa, nada mais relevante acontece.
Merecia mais contexto e dados para educar o público.
Ivalu
3.1 22As belas paisagens da Groenlândia contrastam com a pesada verdade por trás do desaparecimento de Ivalu.
Simples e belo, captura bem a vulnerabilidade das crianças submetidas à brutalidade dos adultos que falham em as proteger.
The Flying Sailor
2.8 37O curta mostra o inacreditável caso onde um marinheiro voou pelos ares por causa da explosão em Halifax, em 1917.
As diretoras conseguem demonstrar o caos do ocorrido com uma animação frenética e uma trilha sonora acelerada. Mas também tomam a licença poética para abordar o conceito da quase-morte sem perder o bom humor.
Como Cuidar de um Bebê Elefante
3.9 78 Assista AgoraÉ muito difícil assistir a um documentário sobre animais sem refletir sobre inúmeras questões sobre preservação, maus tratos e a maléfica ação humana constantemente destruindo a natureza.
Porém a diretora consegue criar uma narrativa dentro da relação do casal com o filhote e mostrar todas as dificuldades e recompensas frutos dessa relação.
As imagens da natureza são incríveis.
An Irish Goodbye
3.5 29O curta brinca com a expressão "Adeus irlandês" (que seria deixar uma festa sem ser notado) para lidar com a complexidade do luto e suas implicações no cotidiano dos familiares.
O humor beirando o inapropriado com que o tema é tratado transforma o curta em um relato anedótico, mostrando que nem mesmo a morte merece ser levada tão a sério.
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
4.0 138O design dos personagens e o próprio estilo da animação são cativantes e diversas passagens são carregadas de muita melancolia e reflexão filosófica sobre a vida em geral.
A dublagem de Tom Hollander como toupeira foi para mim o grande destaque do filme, que evolui de uma simples aventura para uma viagem introspectiva e sentimental.
Pear Cider and Cigarettes
3.2 17O filme conta a história do amigo de infância de Robert Valley, Techno, uma pessoa problemática, carismática e com um comportamento autodestrutivo.
O estilo peculiar do desenho, a trilha sonora sempre presente e as várias cenas em primeira pessoa contribuem para colocar você na pele de Robert, assistindo Techno se destruir e tentando ajudá-lo a se recuperar.
O filme é honesto e emocionante, a narração ininterrupta torna a história tão fluida que parecem que se passaram apenas alguns minutos quando o filme termina.
Vaysha, A Cega
4.4 46Vaysha é uma garota que enxerga o passado com seu olho esquerdo, e o futuro com seu olho direito, o que a torna cega para o presente.
Uma história original que poderia render um longa-metragem, que usa personagens no estilo de Picasso e paisagens no estilo de Van Gogh, com uma reflexão poderosíssima, é inacreditável que tenha apenas oito minutos de duração.
Pearl
3.9 42A história de um pai e uma filha e seu carro, que ao que parece é onde vivem, viajando e descobrindo as coisas boas e más ao longo de uma vida.
Lançado como parte do projeto “Google Spotlight Stories” que visa divulgar e produzir conteúdo em realidade virtual, a palavra chave em Pearl é imersão, com a música “No Wrong Way Home” que toca o tempo todo, a proximidade com os personagens, as situações em que você parece estar olhando detalhes íntimos deles, tudo conecta você a eles rapidamente, em uma história singela e emocionante.
Piper: Descobrindo o Mundo
4.5 259 Assista AgoraUm pássaro tenta ensinar ao seu filhote como conseguir comida sozinho.
Esse curta me lembrou de desenhos antigos da Disney, onde acompanhamos com uma música de fundo o personagem superar alguma dificuldade. O visual é lindo e impressionante e a história é leve e divertida.
Tempo Emprestado
4.4 67Um xerife visita o local de um acidente que ele tentou esquecer por toda sua vida, e conforme ele se aproxima, ele revive momentos angustiantes do passado.
Segundos os criadores dessa animação da Pixar, eles fizeram esse curta para adultos e queriam “fazer algo que contestasse a noção de que a animação é um gênero apenas para crianças”, talvez por animação ele queira dizer Pixar, afinal o japonês “Akira” (1988) é mais do que adulto.
A animação é linda e chocante, mas está longe de ser algo que quebra barreiras.
Ennemis intérieurs
3.8 14Uma entrevista para formalizar um pedido de cidadania se transforma em um interrogatório quando o entrevistador desconfia de que o entrevistado protege a identidade de terroristas.
O filme aborda a perseguição de pessoas tendo somente preconceito como evidência. Também mostra como medidas duras contra imigração são ineficazes e até mesmo perigosas.
Os diálogos são ótimos e tornam o que seria uma história simples em um emaranhado complexo de ações e consequências.