Mais um belo drama familiar realizado pela diretora Ursula Meier.
Dessa vez, tratando de um núcleo familiar aos frangalhos - uma irmã descendo ladeira a baixo, um irmão subindo as montanhas para levar a vida. E ambos aprendendo a lidar com seus dramas.
Belo filme. Do brilho que explode ao superar a repressão vinda de dentro de casa. Do talento que não se quebra, mesmo debaixo de porrada. Da força interna, por mais difícil e doloroso que seja tentar ser forte.
Desde 1500 foi iniciado o genocídio da população indígena que habitava o que conhecemos hoje como Brasil. Esse genocídio nunca foi interrompido, segue em marcha e talvez só termine quando o último índio for morto.
Diante do genocídio em curso, só resta aos que ainda estão vivos fazer o que fizeram seus antepassados: resistir até a morte.
É por isso que esse filme é tão importante! Pois diante das leis da bancada ruralista; das decisões judiciais dos juízes do agronegócio; da criminalização pelos ministros fascistas; da invisibilidade dada pela mídia "agro é pop" e da bala dos grileiros; o audiovisual acaba sendo para os indígenas uma das poucas e importantes armas de resistência pela garantia do direito à vida e ao território.
Não sou fã de sinopses, mas essa faz jus à importância do filme. Difícil não despertar a curiosidade do espectador. E a obra não decepciona. Ficção e realidade se misturam. Cinema e "vida real" se complementam, numa experiência interessantíssima.
Um bom filme, mas pouco original. Não tem nada de novo em relação ao que o próprio cinema estadunidense já produziu sobre a temática racial. Aliás, trata do tema de forma superficial, pessoal, sem penetrar na densidade que a estrutura racista dos Estados Unidos carrega.
É um filme que não provoca. É palatável e dialoga com o consenso. Talvez isso justifique a sua escolha como melhor filme do Oscar.
Clássico do cinema inglês, o filme é um recado dado ao autoritarismo e conservadorismo: a violência repressiva é terreno fértil para a rebeldia violenta.
Tive um certo incômodo com as falas dos entrevistados, me soaram um pouco falsas e muito interpretativas. As performances diante da câmara causavam um certo distanciamento entre o que o estava sendo dito e a espontaneidade da fala.
Mas desconsiderando esse estranhamento que tive, o documentário traz um conteúdo bastante forte. Ao penetrar num drama pessoal e familiar, a diretora expõe um retrato político e social que marcou o Paraguai na década de 1980 e que ainda é culturalmente muito presente na sociedade paraguaia.
É triste ver como o preconceito e a homofobia são capazes de cercear a liberdade de um indivíduo e determinar o seu futuro. Como um comportamento social pode ser intransigente com uma determinada pessoa e condená-la por toda a vida. Lamentável e revoltante.
Quem, assim como eu, esperou um suspense típico de Hitchcock, com reviravoltas e surpresas no final, se frustrou. E é natural, afinal de contas a obra é inspirada em um fato real e não num roteiro inventado pelo diretor.
Isso torna o filme incomum diante da filmografia do Mestre do Suspense. Aliás, a obra está mais para um drama. O que não anula o preciosismo de Hitchcock, que consegue transmitir a angústia do personagem para o espectador e mante-lo atento até o final.
Tensão do início ao fim. O filme tem uma força que te pega, te envolve e e te afunda nas sutilezas da obra. As emoções que despertam, as sensações, as reflexões, as cores, a luz, o não-dito, o opressor, a transformação, o destrutivo, o amor e, sobretudo, as sombras. Phantom Thread é forte pra cacete! P.T.A. nunca decepciona!
Asghar Farhadi e seu estilo inconfundível que traz à tona o limiar entre a dúvida e a certeza, o bem e o mal, a justiça e a vingança, o premeditado e o acaso, o erro e o perdão, o banal e a reviravolta, as escolhas e suas consequências. O humano e o irreversível.
Sempre bom ver a Bahia na tela. Do Dique do Tororó, na capital, às ruínas deixadas pela vassoura-de-bruxa. Contemporâneo, mas nostálgico. Ainda que o filme tenha pouco conteúdo do que promete a sinopse e tenha faltado química entre os atores, não deixa de ser um interessante passeio pelas nossas decadências.
Recomeçar. Trabalhar. Mil vezes tentar ser um homem. Trabalhar com Arturo. Esquecer Ana. Apagar Luciana. Não lembrar-se senão do trabalho, das cinquenta obrigações diárias. Lembrar-se somente das mil chateações diárias do trabalho. Lembrar-se de uma engrenagem, e mais outra, e mais outra, e mais outra! De uma engrenagem e depois de um eixo que devem ser entregues dentro do prazo estabelecido. Mil vezes recomeçar. Recomeçar de novo. Recomeçar sempre. Esquecer Ana. Apagar Luciana. Lembrar-se das cinquenta obrigações diárias do trabalho. Recomeçar. Recomeçar. Aceitar. Aceitar. Aceitar! Recomeçar, recomeçar... Aceitar! Aceitar!!
Um filme belíssimo, ousado, denso e difícil. Persona não se esgota em si. É preciso leitura e reflexão para tentar absorver o máximo possível daquilo que Bergman buscou expressar. E os dois exercícios valem à pena: de assistir e o de tentar entender.
É um filme interessante, mas nada de excepcional e com um final que contém lições de moral a la He-Man. Apesar de curto, é arrastado. Mas é assistível.
Belíssimo filme de Sembene, com uma fotografia e uma trilha sonora que enriquecem ainda mais o conteúdo dessa importante obra. É interessante perceber como se desenrola as micro relações de cultura e poder em uma sociedade tão distante, mas, ao mesmo tempo, com um processo histórico parecido. E mais interessante ainda é perceber o resultado atual dessas transformações marcadas ao custo de muito sangue e destruição cultural.
Muito parlatório para pouco conteúdo. A proposta de fazer do filme um grande diálogo durante uma tarde de sol no terraço, com uma boa mescla de cores e enquadramentos até que é bom no início, mas não se sustenta e se torna cansativo. Uma pequena decepção com o diretor que fez o maravilhoso Medianeras.
Nada de novo no front, seja o da Bósnia ou do Brasil. Falta de fiscalização, autoritarismo e força policial controlando regiões são ambientes propícios para o desenvolvimento da corrupção e da violência. Não são poucos os casos onde quem deveria contribuir com a paz acaba sendo um dos piores agressores.
Triste história, mas importante. Denuncia e revela as contradições das Forças de "Paz" da ONU.
Minha Irmã
3.7 97 Assista AgoraMais um belo drama familiar realizado pela diretora Ursula Meier.
Dessa vez, tratando de um núcleo familiar aos frangalhos - uma irmã descendo ladeira a baixo, um irmão subindo as montanhas para levar a vida. E ambos aprendendo a lidar com seus dramas.
O Cidadão Ilustre
4.0 198 Assista AgoraMais uma interessante e divertida película de nossos hermanos. O filme não tem nada de excepcional, mas é bom de se ver.
O Castelo Animado
4.4 1,3K Assista AgoraMais uma elogiada animação japonesa, com o selo "Hayao Miyazaki" de qualidade.
Shine - Brilhante
4.0 144Belo filme. Do brilho que explode ao superar a repressão vinda de dentro de casa. Do talento que não se quebra, mesmo debaixo de porrada. Da força interna, por mais difícil e doloroso que seja tentar ser forte.
Martírio
4.6 59Desde 1500 foi iniciado o genocídio da população indígena que habitava o que conhecemos hoje como Brasil. Esse genocídio nunca foi interrompido, segue em marcha e talvez só termine quando o último índio for morto.
Diante do genocídio em curso, só resta aos que ainda estão vivos fazer o que fizeram seus antepassados: resistir até a morte.
É por isso que esse filme é tão importante! Pois diante das leis da bancada ruralista; das decisões judiciais dos juízes do agronegócio; da criminalização pelos ministros fascistas; da invisibilidade dada pela mídia "agro é pop" e da bala dos grileiros; o audiovisual acaba sendo para os indígenas uma das poucas e importantes armas de resistência pela garantia do direito à vida e ao território.
Um Instante de Inocência
4.3 39Não sou fã de sinopses, mas essa faz jus à importância do filme. Difícil não despertar a curiosidade do espectador. E a obra não decepciona. Ficção e realidade se misturam. Cinema e "vida real" se complementam, numa experiência interessantíssima.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraUm bom filme, mas pouco original. Não tem nada de novo em relação ao que o próprio cinema estadunidense já produziu sobre a temática racial. Aliás, trata do tema de forma superficial, pessoal, sem penetrar na densidade que a estrutura racista dos Estados Unidos carrega.
É um filme que não provoca. É palatável e dialoga com o consenso. Talvez isso justifique a sua escolha como melhor filme do Oscar.
Se...
3.9 170Clássico do cinema inglês, o filme é um recado dado ao autoritarismo e conservadorismo: a violência repressiva é terreno fértil para a rebeldia violenta.
Cuchillo de palo
4.1 3 Assista AgoraTive um certo incômodo com as falas dos entrevistados, me soaram um pouco falsas e muito interpretativas. As performances diante da câmara causavam um certo distanciamento entre o que o estava sendo dito e a espontaneidade da fala.
Mas desconsiderando esse estranhamento que tive, o documentário traz um conteúdo bastante forte. Ao penetrar num drama pessoal e familiar, a diretora expõe um retrato político e social que marcou o Paraguai na década de 1980 e que ainda é culturalmente muito presente na sociedade paraguaia.
É triste ver como o preconceito e a homofobia são capazes de cercear a liberdade de um indivíduo e determinar o seu futuro. Como um comportamento social pode ser intransigente com uma determinada pessoa e condená-la por toda a vida. Lamentável e revoltante.
O Homem Errado
3.9 97 Assista AgoraQuem, assim como eu, esperou um suspense típico de Hitchcock, com reviravoltas e surpresas no final, se frustrou. E é natural, afinal de contas a obra é inspirada em um fato real e não num roteiro inventado pelo diretor.
Isso torna o filme incomum diante da filmografia do Mestre do Suspense. Aliás, a obra está mais para um drama. O que não anula o preciosismo de Hitchcock, que consegue transmitir a angústia do personagem para o espectador e mante-lo atento até o final.
Submersão
2.6 95 Assista Agoraqual foi, Wim Wenders? Tá se passando, é?
Trama Fantasma
3.7 805 Assista AgoraTensão do início ao fim. O filme tem uma força que te pega, te envolve e e te afunda nas sutilezas da obra. As emoções que despertam, as sensações, as reflexões, as cores, a luz, o não-dito, o opressor, a transformação, o destrutivo, o amor e, sobretudo, as sombras. Phantom Thread é forte pra cacete! P.T.A. nunca decepciona!
O Apartamento
3.9 258 Assista AgoraAsghar Farhadi e seu estilo inconfundível que traz à tona o limiar entre a dúvida e a certeza, o bem e o mal, a justiça e a vingança, o premeditado e o acaso, o erro e o perdão, o banal e a reviravolta, as escolhas e suas consequências. O humano e o irreversível.
O Homem que Sabia Demais
3.5 74 Assista AgoraSe a versão de 1956 já envolve pelo enredo, a original de 1934 conquista pela técnica e os trejeitos que só Hitchcock tem a habilidade de fazer.
O Peso do Silêncio
4.2 57O Brasil daqui a pouco.
A Coleção Invisível
3.5 47Sempre bom ver a Bahia na tela. Do Dique do Tororó, na capital, às ruínas deixadas pela vassoura-de-bruxa. Contemporâneo, mas nostálgico. Ainda que o filme tenha pouco conteúdo do que promete a sinopse e tenha faltado química entre os atores, não deixa de ser um interessante passeio pelas nossas decadências.
Dias de Ira
4.3 38 Assista AgoraDeus abençoe todas as bruxas assassinadas em nome de Deus.
São Paulo Sociedade Anônima
4.2 172Recomeçar. Trabalhar. Mil vezes tentar ser um homem. Trabalhar com Arturo. Esquecer Ana. Apagar Luciana. Não lembrar-se senão do trabalho, das cinquenta obrigações diárias. Lembrar-se somente das mil chateações diárias do trabalho. Lembrar-se de uma engrenagem, e mais outra, e mais outra, e mais outra! De uma engrenagem e depois de um eixo que devem ser entregues dentro do prazo estabelecido. Mil vezes recomeçar. Recomeçar de novo. Recomeçar sempre. Esquecer Ana. Apagar Luciana. Lembrar-se das cinquenta obrigações diárias do trabalho. Recomeçar. Recomeçar. Aceitar. Aceitar. Aceitar! Recomeçar, recomeçar... Aceitar! Aceitar!!
A Constituição
3.9 11Os dramas pessoais e as contradições individuais em meio a uma sociedade em constante crise de identidade. Belo e divertido filme croata!
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraUm filme belíssimo, ousado, denso e difícil. Persona não se esgota em si. É preciso leitura e reflexão para tentar absorver o máximo possível daquilo que Bergman buscou expressar. E os dois exercícios valem à pena: de assistir e o de tentar entender.
Perdidos
3.3 22É um filme interessante, mas nada de excepcional e com um final que contém lições de moral a la He-Man. Apesar de curto, é arrastado. Mas é assistível.
Ceddo
3.8 22Belíssimo filme de Sembene, com uma fotografia e uma trilha sonora que enriquecem ainda mais o conteúdo dessa importante obra. É interessante perceber como se desenrola as micro relações de cultura e poder em uma sociedade tão distante, mas, ao mesmo tempo, com um processo histórico parecido. E mais interessante ainda é perceber o resultado atual dessas transformações marcadas ao custo de muito sangue e destruição cultural.
Las Insoladas
3.3 27Muito parlatório para pouco conteúdo. A proposta de fazer do filme um grande diálogo durante uma tarde de sol no terraço, com uma boa mescla de cores e enquadramentos até que é bom no início, mas não se sustenta e se torna cansativo. Uma pequena decepção com o diretor que fez o maravilhoso Medianeras.
A Informante
3.8 327 Assista AgoraNada de novo no front, seja o da Bósnia ou do Brasil. Falta de fiscalização, autoritarismo e força policial controlando regiões são ambientes propícios para o desenvolvimento da corrupção e da violência. Não são poucos os casos onde quem deveria contribuir com a paz acaba sendo um dos piores agressores.
Triste história, mas importante. Denuncia e revela as contradições das Forças de "Paz" da ONU.