nem preciso dizer que tô destruída por dentro depois de ver esse filme. também faço parte do grupo que adiou até enquanto pôde pra assistir. na real, não tive nem como desabar, era paulada atrás de paulada. me senti atormentada vendo tanta violência física e psicológica. tantas formas de opressão. é revoltante ver um filme desse e perceber como a escravização de corpos pretos se perpetua de outras maneiras. basta ver os assassinatos no brasil (o menino joão pedro de 14 anos, morto enquanto brincava em casa), o norte-americano george floyd, também assassinado pela polícia. percebe-se como as vidas negras são interrompidas na hora que os "senhores" bem entenderem. o negro é destituído de nome, identidade na sua acepção mais ampla, família, amigos, há um esvaziamento da sua humanidade. é visto como coisa ainda. enquanto essa idéia perpetuar, a opressão contra nós, pessoas negras, será tida, querendo ou não, como algo natural.
Nossa, acabei de ver esse filme delicado, sensível. Estou maravilhada. Eu assisti há poucos dias Forrest Gump, filme em que o protagonista tem Asperger e hoje, assisto a este filme incrível, cujo protagonista tem dislexia. É nítido nos dos filmes o quão cruel e competitivo é o mundo. E como a gente sofre, cada qual em um nível, por não se encaixar nos padrões sociais. Afinal, quem define os padrões? Nossas habilidades são tantas e tão diferentes... Como é doloroso ver e ter pais que nos comparam e despejam suas ambições nxs filhxs. Como ainda muita gente acha que é o bastante prover materialmente xs filhxs. Acho que esse filme fala muito de amor e carinho. Educar com amor, seja na família, na escola, na vida de uma forma geral.
Roma, além de ser o nome do bairro, também é a palavra “amor” de trás para frente, pode ser uma viagem minha, mas faz sentido se a gente pensar que com o desenrolar do filme, as relações de afeto foram se tornando mais fortes. Do fim para o início. Quem sabe com essa nova configuração familiar,
com o pai que já era ausente, agora oficialmente alheio à família, e as mulheres tomando a frente mais do que nunca (a vó, Cleo e a mãe), simbolize um recomeço de uma dinâmica familiar muito mais calçada na proteção, atenção e no amor, de fato.
tô tirando a poeira do filmow escrevendo sobre esse filme lindo. na real, ele que escreveu algo em mim, ou melhor, algumas coisas. o filme me atraiu na primeira cena, o ar pesado e misterioso que ronit carregava me aguçou totalmente a curiosidade. a forma como o roteiro foi sendo desenvolvido, a eclosão das emoções, parecia um vulcão prestes a entrar em erupção. a tensão cênica entre esti e ronit, meu deus... eu daria tudo pra ver mais do desenrolar da história entre elas duas, me restou apenas imaginar...
Assisti o filme há dois dias e ele não pára de ecoar na minha cabeça. Aquela trilha sonora foi o fermento do bolo. Aquela sequência de cenas com a música "experience" de fundo borrou totalmente os meus óculos e o barulho do meu choro se fundiu totalmente a ela. Dolan teve umas sacadas muito legais, velho.
Naquele momento em que Steve pega a foto do pai e o rosto dele aparece no reflexo do porta-retrato, revelando uma forte identificação entre os dois, até mesmo já denunciada por Die em algum momento do filme e em outros que Steve mesmo procura essa identificação, reproduzindo frases ditas pelo pai, espelhando-se nele. Outra sacada muito interessante foi no momento em que Die vai internar Steve. Assim que Steve avista os três caras que iriam levá-lo, começa a chover no local e as gotinhas caem e descem melancolicamente no vidro da janela, como se fosse o choro do próprio Steve.
Eu indiquei esse filme pra uma galerinha brother já, mas queria mesmo que todo mundo o visse. Esse filme é muito humano e minha esperança é que ele vá nos devolvendo a humanidade aos pouquinhos.
Rapaz, sabe quando você fica grávidx de um filme? Pois, tou passando por uma gestação complicada e achei melhor tornar público antes que as pessoas me vissem estranha por aí. Tou nervosa, ansiosa, enjoada e, ao mesmo tempo, com fome de algumas coisas... Meio tonta (tá, tá... Tomei umas cervejinhas ontem - algo perfeitamente acordado com minha amiga (Gabriela ♥) que me acompanhou e astutamente percebeu que não ia rolar deitar na caminha e mimir depois "daquilo"). Definitivamente, não iria... Ontem fomos ver o documentário sobre Cássia Eller (por favor, adicione muitos corações) e a sensação é que eu ainda estou lá, tentando com a força do pensamento fazer com que ele passasse devagar e aquele momento de tamanha intimidade com aquele SER demorasse, como se fosse pra compensar o fato dela ter partido tão cedo e eu sendo tão fucking novinha. Fui duplamente besta. Primeiro porque nada compensa a ausência dela no nosso cenário musical e segundo porque, por mais que tenha sido muito interessante descobri-la nos bastidores, a impressão de intimidade com ela eu sempre tive. Não, a palavra certa é identificação, intimidade é aquilo que eu gostaria de ter tido! Só que, por um lado, a identificação já se faz tão plena... Eu falei mais lá em cima de sensação, não sei como essa palavra apareceu tão pouco nesse texto se é o que mais a caracteriza, seja pelo que ela passava em palco como pelo que ela provocava. Talvez seja porque a(s) sensação(s) é tão somente o que me faz estar pondo essas palavras enfileiradas aqui. Antes eu me perguntei como poderia parir um texto sobre o documentário de Cássia sem dar spoiler (por mais que fosse um documentário!), daí preferi tratar da minha experiência (hmm... Acho que tá mais pra necessidade do que pra escolha) e deixar cada um bem a vontade pra viver a sua. É claro que posso adiantar que você verá uma outra Cássia fora dos palcos, a sua relação com sua FAMÍLIA (Eugênia e Chicão), com seus companheiros de estrada/palco e sua relação de admiração mútua com a mãe. Só não estranhe se você se apaixonar por Cássia...
Gente, que texto excelente. Acabo o filme querendo falar com esse sotaque pernambucano gostoso rs, e olhe que sou nordestina, mas é que o de lááá... <3
Eu cá intrigada porque não tou conseguindo esquecer, deixar passar esse filme, se em momento algum, salvo o final, algum acontecimento me chamou mais atenção, me surpreendeu... Quero dizer, não houve nada de extraordinário, pelo contrário, foi extremamente condizente com a realidade, talvez a surpresa esteja aí, acho que o choque se deu de outra forma, esse filme foi tipo a vida sendo flagrada, a impressão é que ele continua acontecendo, talvez porque esses personagens acontecem demais...
Eu não vou conseguir fazer uma análise digna desse filme agora, acabo de vê-lo e tou ainda emocionada. Vim aqui mais pra incentivar quem, que assim como eu, como quem não quer nada, parou nessa página ou quem já tava pensando em ver esse filme há algum tempo e tá enrolando pra ver, a assisti-lo! É um tempo muito bem investido! Seja pelo tema, pela forma como ele é abordado, pelas atuações surpreendentes e pelo sentimento que ele desperta, amor e mais amor. Esse filme não é um tapa na cara da sociedade, é um beijo.
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12 Anos de Escravidão
4.3 3,0Knem preciso dizer que tô destruída por dentro depois de ver esse filme. também faço parte do grupo que adiou até enquanto pôde pra assistir. na real, não tive nem como desabar, era paulada atrás de paulada. me senti atormentada vendo tanta violência física e psicológica. tantas formas de opressão. é revoltante ver um filme desse e perceber como a escravização de corpos pretos se perpetua de outras maneiras. basta ver os assassinatos no brasil (o menino joão pedro de 14 anos, morto enquanto brincava em casa), o norte-americano george floyd, também assassinado pela polícia. percebe-se como as vidas negras são interrompidas na hora que os "senhores" bem entenderem. o negro é destituído de nome, identidade na sua acepção mais ampla, família, amigos, há um esvaziamento da sua humanidade. é visto como coisa ainda. enquanto essa idéia perpetuar, a opressão contra nós, pessoas negras, será tida, querendo ou não, como algo natural.
Como Estrelas na Terra
4.4 794Nossa, acabei de ver esse filme delicado, sensível. Estou maravilhada. Eu assisti há poucos dias Forrest Gump, filme em que o protagonista tem Asperger e hoje, assisto a este filme incrível, cujo protagonista tem dislexia. É nítido nos dos filmes o quão cruel e competitivo é o mundo. E como a gente sofre, cada qual em um nível, por não se encaixar nos padrões sociais. Afinal, quem define os padrões? Nossas habilidades são tantas e tão diferentes... Como é doloroso ver e ter pais que nos comparam e despejam suas ambições nxs filhxs. Como ainda muita gente acha que é o bastante prover materialmente xs filhxs. Acho que esse filme fala muito de amor e carinho. Educar com amor, seja na família, na escola, na vida de uma forma geral.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraRoma, além de ser o nome do bairro, também é a palavra “amor” de trás para frente, pode ser uma viagem minha, mas faz sentido se a gente pensar que com o desenrolar do filme, as relações de afeto foram se tornando mais fortes. Do fim para o início. Quem sabe com essa nova configuração familiar,
com o pai que já era ausente, agora oficialmente alheio à família, e as mulheres tomando a frente mais do que nunca (a vó, Cleo e a mãe), simbolize um recomeço de uma dinâmica familiar muito mais calçada na proteção, atenção e no amor, de fato.
Desobediência
3.7 720 Assista Agoratô tirando a poeira do filmow escrevendo sobre esse filme lindo. na real, ele que escreveu algo em mim, ou melhor, algumas coisas. o filme me atraiu na primeira cena, o ar pesado e misterioso que ronit carregava me aguçou totalmente a curiosidade. a forma como o roteiro foi sendo desenvolvido, a eclosão das emoções, parecia um vulcão prestes a entrar em erupção. a tensão cênica entre esti e ronit, meu deus... eu daria tudo pra ver mais do desenrolar da história entre elas duas, me restou apenas imaginar...
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraAssisti o filme há dois dias e ele não pára de ecoar na minha cabeça. Aquela trilha sonora foi o fermento do bolo. Aquela sequência de cenas com a música "experience" de fundo borrou totalmente os meus óculos e o barulho do meu choro se fundiu totalmente a ela. Dolan teve umas sacadas muito legais, velho.
Naquele momento em que Steve pega a foto do pai e o rosto dele aparece no reflexo do porta-retrato, revelando uma forte identificação entre os dois, até mesmo já denunciada por Die em algum momento do filme e em outros que Steve mesmo procura essa identificação, reproduzindo frases ditas pelo pai, espelhando-se nele. Outra sacada muito interessante foi no momento em que Die vai internar Steve. Assim que Steve avista os três caras que iriam levá-lo, começa a chover no local e as gotinhas caem e descem melancolicamente no vidro da janela, como se fosse o choro do próprio Steve.
Eu indiquei esse filme pra uma galerinha brother já, mas queria mesmo que todo mundo o visse. Esse filme é muito humano e minha esperança é que ele vá nos devolvendo a humanidade aos pouquinhos.
Cássia Eller
4.5 308Rapaz, sabe quando você fica grávidx de um filme? Pois, tou passando por uma gestação complicada e achei melhor tornar público antes que as pessoas me vissem estranha por aí. Tou nervosa, ansiosa, enjoada e, ao mesmo tempo, com fome de algumas coisas... Meio tonta (tá, tá... Tomei umas cervejinhas ontem - algo perfeitamente acordado com minha amiga (Gabriela ♥) que me acompanhou e astutamente percebeu que não ia rolar deitar na caminha e mimir depois "daquilo"). Definitivamente, não iria... Ontem fomos ver o documentário sobre Cássia Eller (por favor, adicione muitos corações) e a sensação é que eu ainda estou lá, tentando com a força do pensamento fazer com que ele passasse devagar e aquele momento de tamanha intimidade com aquele SER demorasse, como se fosse pra compensar o fato dela ter partido tão cedo e eu sendo tão fucking novinha. Fui duplamente besta. Primeiro porque nada compensa a ausência dela no nosso cenário musical e segundo porque, por mais que tenha sido muito interessante descobri-la nos bastidores, a impressão de intimidade com ela eu sempre tive. Não, a palavra certa é identificação, intimidade é aquilo que eu gostaria de ter tido! Só que, por um lado, a identificação já se faz tão plena... Eu falei mais lá em cima de sensação, não sei como essa palavra apareceu tão pouco nesse texto se é o que mais a caracteriza, seja pelo que ela passava em palco como pelo que ela provocava. Talvez seja porque a(s) sensação(s) é tão somente o que me faz estar pondo essas palavras enfileiradas aqui. Antes eu me perguntei como poderia parir um texto sobre o documentário de Cássia sem dar spoiler (por mais que fosse um documentário!), daí preferi tratar da minha experiência (hmm... Acho que tá mais pra necessidade do que pra escolha) e deixar cada um bem a vontade pra viver a sua. É claro que posso adiantar que você verá uma outra Cássia fora dos palcos, a sua relação com sua FAMÍLIA (Eugênia e Chicão), com seus companheiros de estrada/palco e sua relação de admiração mútua com a mãe. Só não estranhe se você se apaixonar por Cássia...
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraGente, que texto excelente. Acabo o filme querendo falar com esse sotaque pernambucano gostoso rs, e olhe que sou nordestina, mas é que o de lááá... <3
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraEsse filme é um mal necessário aos adoradores dessa arte.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraEu cá intrigada porque não tou conseguindo esquecer, deixar passar esse filme, se em momento algum, salvo o final, algum acontecimento me chamou mais atenção, me surpreendeu... Quero dizer, não houve nada de extraordinário, pelo contrário, foi extremamente condizente com a realidade, talvez a surpresa esteja aí, acho que o choque se deu de outra forma, esse filme foi tipo a vida sendo flagrada, a impressão é que ele continua acontecendo, talvez porque esses personagens acontecem demais...
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraEu não vou conseguir fazer uma análise digna desse filme agora, acabo de vê-lo e tou ainda emocionada. Vim aqui mais pra incentivar quem, que assim como eu, como quem não quer nada, parou nessa página ou quem já tava pensando em ver esse filme há algum tempo e tá enrolando pra ver, a assisti-lo! É um tempo muito bem investido! Seja pelo tema, pela forma como ele é abordado, pelas atuações surpreendentes e pelo sentimento que ele desperta, amor e mais amor. Esse filme não é um tapa na cara da sociedade, é um beijo.