Julia

Viciei.
A série demonstra o contexto atual da nossa Era. Gosto de como o personagem "conversa" com o telespectador, nos trazendo para uma realidade que também é a nossa. Não só questões de tecnologia, mais também filosofia, trazem à tona que somos seres tão insignificantes diante da extensão do universo e da nossa "normalidade".

Em algum momento da vida nos questionamos sobre o modo que desenvolvemos nossos papéis em sociedade. A não conformidade, o isolamento e o desejo de mudar o mundo confronta o ser humano quando este se vê em desarmonia com o próprio ser. É tão brilhante... Scorsesse consegue transmitir essa ideologia de forma ampla, partindo do ponto de vista de um taxista: O olhar o mundo.
De Niro estava no auge <3

Uma jornalista séria que almeja fazer as melhores entrevistas com mulheres que sobrevivem da Prostituição. Achei muito boa a evolução da personagem interpretada pela Juliette, aliás, não sei qual personagem essa mulher não sabe fazer (na sinceridade).

Ela vivenciou desde o início a típica empregada de um jornal que estava apenas em busca de informações, e acabou descobrindo que essas moças, senhoras...vivem outras vidas, não só aquelas vistas nos olhos frios de outros. Porém aos poucos, Anne, começa a enxergar de fato a situação a qual se entregou, e não será fácil para ela evoluir numa reportagem que lhe permitiu a vivência de laços que batem de frente com sua a própria história.

Na minha opinião é um ótimo filme que transmite a intimidade da mulher não só no quesito sexual como demonstrado, mas no próprio seio familiar, a questão do respeito, da atenção e do próprio encontro com a vida que achamos que vivemos, mas que na realidade está sendo vivida ´por outras pessoas. Um convite a Filosofia e a psicologia, muito bom, recomendo.