É interessante notar como o texto acerta na maneira que trata do tema beleza, do corpo perfeito e da nossa constante preocupação com a aparência, como se ela fosse tudo na vida do ser humano. Começamos o longa com Emma criando bonecas eróticas idênticas à uma pessoa, reproduzindo inclusive celebridades. Emma é uma personagem que se preocupa muito com seu corpo, em seus desenhos cria mulheres e homens bonitos, com aparência perfeita. Decide então colocar silicone para se sentir bonita. Seu “namorado” diz que se ela fosse como seus desenhos jamais ficaria com ele, já que ele é totalmente fora do padrão de beleza imposto pela indústria da moda. Como se o mais importante em um relacionamento fosse de fato a beleza física. Eddie é um cara interessante. Além de bonito, é comunicativo, inteligente e trabalha em Hollywood. Porém, quando Emma decide apagar seu pênis no quadrinho, deixando ele com o pênis menor, ele se sente menos, perde toda a confiança e não consegue de se relacionar com as mulheres, por medo de virar chacota por conta do tamanho de sua genital. Michelle é uma linda modelo, que sofre preconceitos por querer escrever um livro, esse preconceito vem inclusive do seu namorado. Ué, uma pessoa bonita não pode ser ao mesmo tempo inteligente?
Emily Blunt está segura em cena, com um olhar forte e ao mesmo tempo cheio de tensão, consegue convencer na pele daquela personagem que ao mesmo tempo em que liderava uma equipe, desconfia e não concorda com os métodos dos seus novos líderes durante a caçada na fronteira. Desnuda de sua costumeira sensualidade, – e seu parceiro Reggie Wayne (Daniel Kalluya) faz questão de nos lembrar isso em vários momentos com seus comentários: principalmente quando a recrimina por estar com o mesmo sutiã há tempos – Blunt realmente pareceu muito à vontade na pele da policial em conflito. Benício Del Toro vive Alejandro, o contraponto de Kate, que por ser um homem de poucas palavras, acaba tendo em seu olhar e expressões o grande mérito de seu trabalho já que interpreta um homem claramente perigoso, mas que deixa explícito ser alguém com tantos conflitos internos, que ao mesmo tempo em que é alguém inquieto para dormir, consegue manter um tom de voz calmo durante suas falas, alterando pouco ou quase nada o volume diante das mais diversas situações e estresses.
Com essa temática era difícil que Sicario não tivesse cenas de violência, mas Villeneuve consegue deixar isso em segundo plano, já que ao contar a história diante da perspectiva do olhar de Kate, deixa claro que o foco é o suspense e a tensão, que estão presentes desde os primeiros minutos. Mostrando total domínio do que quer, o diretor consegue construir o clima que permeia toda a projeção através da evolução de Alejandro, que lentamente deixa seu passado vir à tona até desvendarmos finalmente o real motivo daquela missão na fronteira mexicana. Outro ponto que mostra toda a segurança e inspiração da direção nesse projeto é durante o engarrafamento na estrada que liga a cidade de Juarez no México aos Estados Unidos. Ali, o diretor cria uma sequência de ação sem precisar utilizar perseguições malucas, escolhe usar planos fechados que demonstram toda a tensão vivida pelos policiais enquanto cercam e matam os bandidos e então só no final de toda essa ação é que os carros finalmente começam a correr, afastando-se do local.
A trilha sonora (Jóhann Jóhannsson) e principalmente a fotografia são aliados importantes do diretor na construção da narrativa, principalmente no ponto chave do filme, onde ao utilizar câmeras termais e de visão noturna o fotógrafo Roger Deakins (parceiro de Villeneuve também em Os Suspeitos) nos leva diretamente para o túnel claustrofóbico que liga os dois países. Além da escolha acertada do uso de câmeras especiais, existe também um trabalho magnífico de luz quando utiliza uma discreta superexposição em planos externos evidenciando cores mais quentes, enquanto nos ambientes internos faz uso de tons mais frios, dando ainda mais a impressão claustrofóbica que intensifica mais o suspense da trama.
Tratando de um tema importante mundialmente como o tráfico de drogas na América Latina e Estados Unidos, Sicario: Terra de Ninguém acerta ao não estabelecer o lado certo e errado. Não vilaniza nem santifica ninguém, mostra de maneira totalmente fria e necessária a realidade que existe não só ali, mas em muitas regiões do mundo, deixando claro o quão difícil é essa luta e que dificilmente teremos uma solução em curto prazo. Infelizmente.
Mais um grande trabalho da cada vez mais promissora carreira do canadense.
O filme é bonito visualmente, a Marion como sempre corretíssima em sua atuação, mas para por aí. O roteiro é arrastado e o diretor não conseguiu imprimir o mínimo de ritmo necessário para esse tipo de história.
Projeto X é um filme tecnicamente bem executado naquilo que propõe, mas que (ao menos pra mim) poderia divertir mais e não consegue justamente pela fraca construção do roteiro, carente de boas piadas.
(...) A direção de Morten Tyldum não é ruim, mas nota-se que é muito prejudicada pelo fraco roteiro. Não consegue dar realismo a uma biografia (!!!!), acaba dando a impressão em algumas passagens de que tudo é meio forçado: tanto a comédia quanto o suspense. No início da sequência você já espera por aqui, não te pega de surpresa em momento algum: evitando assim a tensão e o riso que caberiam ali. Ainda prejudicado pelo roteiro, o diretor não imprimi o ritmo certo, sendo veloz demais no início, arrastado além do necessário no segundo ato e finalmente terminando bem o terceiro ato. Ato esse que é o ponto alto do filme, aqui finalmente o roteiro coloca em discussão a homofobia que havia naquela época, e mesmo que siga o resgate biográfico de Turing, aqui evita-se o uso de artifícios melodramáticos. É uma pena que consiga prender realmente só nos últimos 15 minutos. (...) No final conhecemos mais da história desse brilhante matemático, nos revoltamos como questões como a “cura gay” são discutidas e colocadas em pauta até os dias de hoje, mas é só. O Jogo da Imitação está longe de ser essa coca-cola toda que é pintado pela quantidade de indicações que recebeu.
Mad Max, ele trata o cinema como uma arte visual. Tendo em seus pontos fortes o design de produção e a fotografia. O trabalho de Colin Gibson é sério candidato aos prêmios da temporada. Passando pela cenografia, maquiagem, figurino, e chegando nos imponentes carros, tudo tem personalidade e mesmo diante do realismo com que as cenas de ação são filmadas (utilizando mais do efeito especial do que computação gráfica), o exagero e a particularidade do design acaba sendo crível àquele universo maluco, onde em cenas de perseguição tem espaço para um gigante carro equipado com potentes caixas de som e transportando um guitarrista e vários percussionistas que ditam praticamente toda a trilha musical. Também digno de prêmio ou ao menos indicações (já que nessa categoria tudo é muito mais disputado) é o trabalho do fotógrafo John Seale. Além de essencial para a narrativa do filme, já que utiliza um frame mais baixo do que os tradicionais 24fps, ele não precisa do excessivo movimento de câmera e cortes frenéticos na montagem pra imprimir a ação. A fotografia é belíssima. Poucas vezes vi cenas noturnas tão lindas, Seale deu à elas um tom azulado contrapondo totalmente com o laranja das tomadas diurnas. E usou a tecnologia da pós-produção para corrigir e melhorar ainda mais as cores. É realmente belo, uma beleza muito mais comuns aos filmes poéticos do que aos filmes de ação.
Miller tira das cinzas uma franquia que parecia morta e mais: melhora e muito sua qualidade. Mad Max – Estrada da Fúria é dono de uma energia contagiante e não tem vergonha de ser um filme de ação. É, ao lado de Guardiões da Galáxia, o melhor entretenimento da década. Que venham os próximos.
Bolognesi quer fazer com que a sociedade para um pouco pra pensar no presente, para que nossos herdeiros não tenham que viver corrigindo e pagando dívidas por erros históricos, assim como fazemos hoje.
Ao final da exibição fica um gostinho de “quero mais”, aliás, de “poderia ser melhor”. Temos uma história rica. O enredo era rico. Mas, quando o roteiro não é bem desenvolvido, o filme como um todo deixa a desejar. Mas é bom ver uma animação nacional. Nosso cinema precisa de todos os gêneros para que fique cada vez mais forte.
Em um mundo onde as pessoas andam pelas ruas olhando somente seu smartphone e o egoísmo cresce a cada dia, não é difícil imaginar que nós deixamos de ver tantas pessoas e suas qualidades. Esbarramos sem pedir desculpas, nos preocupamos somente com nossos problemas. É exatamente isso que o filme discute: Bruno, ao estar recém divorciado, acha que só o problema dele importa, e a partir daí passa a não enxergar mais ninguém.
Mesmo não divertindo como uma comédia, Frank conseguiu me angustiar nos poucos momentos em que realmente é um drama. Com uma história interessante e atuações ótimas do elenco, peca em dois pontos: o fato de não funcionar nada como um filme sobre música e pela demora do roteiro e direção de nos mostrar exatamente ao que veio.
Uma clara homenagem ao gênero de espionagem, parece por muitas vezes que estamos assistindo à um da década de 1970. Com várias referências aos clássicos do gênero, principalmente ao ídolo britânico James Bond, Kingsman: Serviço Secreto consegue aliar ação, drama e comédia, tudo na medida certa e se transforma em um divertido filme. Se não é perfeito, funciona e consegue ser diferente das grandes estreias dos últimos tempos. Agradou.
Chef é uma obra gostosa de assistir. Leve o tempo todo, transforma-se em um road movie na metade do segundo ato. Contando com todas as características desse gênero, principalmente a resolução de problemas e a consequente aproximação de personagens que até então estavam distantes – aqui, o pai e filho. Viajamos não só geograficamente pelos Estados Unidos, mas também de forma gastronômica. Somos convidados, mesmo à distância, a experimentar vários sabores, que realmente conseguem nos deixar com água na boca. Conta também a trilha sonora pontual. A cada cidade que “passamos”, toca-se uma música regional. Esse um acerto grande.
Vamos falar daquele que é o ponto máximo de Birdman: a fotografia. Temos uma tendência de achar que uma boa fotografia é somente aquela com imagens bonitas, simétricas e com ótima paleta de cores. Claro que tudo isso é importante e deve ser levado em conta na hora de planejarmos os planos, porém quando a fotografia é determinante para a narrativa do filme ela se torna ainda mais brilhante, independente de todas essas outras questões. Emmanuel Lubezki é um gênio da fotografia cinematográfica. Em Gravidade e A Árvore da Vida conseguiu sempre imagens deslumbrantes, era como um deleite para nosso olhar. Aqui ele vai além. O genial plano sequência planejado junto com Iñarritu faz com que tenhamos uma fluidez e regularidade que torna quase que impossível acharmos todos os pontos de corte, por mais óbvios que possam ser. Sempre que se usa esse tipo de filmagem é para mostrarmos coisas que estão acontecendo em “tempo real”. Aqui não o plano sequência passa por dias, noites e ambientes diferentes. Sem a genial fotografia, o roteiro não fluiria tão bem e é aí que temos a importância narrativa e também se explica a coleção de prêmios.
Gone Girl não é somente sobre casamento e psicopatia. Faz também uma crítica grande à forma como a mídia trata a tragédia alheia, principalmente quando temos uma celebridade envolvida. Explora o máximo possível daquela história, inclusive inventando e fazendo insinuações. Mas tudo isso por quê? Porque vende! No fundo somos carentes e precisamos de alguém para nos identificar ou então, porque dessa forma acabamos nos sentindo mais próximo daquele que parece tão distante. É na tragédia que o povo percebe que mesmo famoso, a pessoa é um ser humano mortal como nós.
Fincher amadure a cada projeto seu, sempre nos fazendo imaginar se chegou ou não ao ápice de seu talento. Traz aqui o melhor de todos os seus projetos, e mais uma vez consegue criar cenas que ficarão marcadas pra sempre na memória dos cinéfilos.
Longe a obviedade costumeira no cinema atual e com algumas referências (cito duas: O Curioso Caso de Benjamin Button e O Show de Truman), Mr. Nobody é um filme complexo e de difícil compreensão. Mas quando consegue absorver o seu significado, nos dá uma grande lição. A vida é feita de escolhas e se por um acaso você tomar a escolha errada, o que fazer? Imaginar como seria caso sua decisão fosse outra ou então correr atrás daquilo que você realmente pensa ser o ideal? Particularmente, fico com a segunda, mesmo que seja inevitável não criar em sua mente situações que você nunca viveu. No momento só posso agradecer ao Senhor Ninguém por me fazer refletir sobre essas questões.
Dono de um título que realmente traduz seu sentido, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (ou Eternal Sunshine of the Spotless Mind) veio pra mostrar que uma comédia romântica não precisa ser banal. Ela pode sim nos fazer refletir. Mesmo que seja pelo amor da sua vida.
No final nos deixa uma questão: Precisamos mesmo apagar da nossa mente aquilo que alguma vez nos fez mal? Tudo que acontece na sua vida deve ser preservado em sua memória, afinal, o que seria do seu amadurecimento se não fossem suas experiências, más ou boas? São nossas histórias que forma quem realmente somos.
Classificá-lo como um filme gay seria como o estereotipar, afinal, é muito mais do que isso, a temática gay fica apenas como um pano de fundo, mas bem no fundo mesmo. É um filme sensível, delicado, adolescente. É sobre a descoberta, não só a da sexualidade, mas toda ela pela qual passamos quando jovens, prestes a nos formar no ensino médio.
Daniel Ribeiro em nenhum momento quis que sua obra tivesse o tom de aceitação, mesmo que seu protagonista seja cego e gay, ele não busca que as pessoas o aceite. Lida sempre com naturalidade, sensibilidade e também bom humor. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho veio pra completar a boa leva de filmes com temática adolescente. E o fato de não ter vergonha de ser adolescente é o que o torna ainda melhor. É insuportável obras audiovisuais repletas de jovens que mais parecem mini adultos. Aqui tudo é retratado como realmente é. Temos as festas, as gírias, os namoros, as brincadeiras, as zoações, essas mais brandas do que realmente costumam ser. Não vi isso como um deslize, foi proposital, trata-se de um filme leve.
Mas, o melhor de tudo isso, é mostrar que nosso cinema está caminhando muito bem, e que há sim, vida longe das comédias nacionais que invadem as salas. Basta que o circuito compre o barulho dos nossos cineastas. Prêmios eles ganham, agora falta ganhar o grande público.
O Grande Hotel Budapeste mostra a ruptura da Europa antiga para a moderna, no período entre as guerras e usa da sátira para ilustrar aquele período. Temos um país fictício (Zubrowka) que parece muito com os lados soviéticos, exércitos fascistas, hoteis luxuosos, preconceito com estrangeiro, trabalho ilegal, etc. Isso faz do filme uma comédia de mão cheia, daquelas sutis, sem usar o artifício de cenas apelativas recheadas de drogas e sexo, como é costume em terras norte americanas. Wes Anderson consegue nos fazer rir pela inteligência dele, como de costume. E não é só essa característica de sua carreira que está explítica aqui. O cuidado com toda a produção também. É nítido que ele esteve a frente de tudo: cenário, figurino, arte, fotografia. E todo esse conjunto torna o filme ainda melhor, acredito muito que se a parte técnica aqui estivesse mal executada, teríamos apenas mais uma obra entre tantas. Não chamaria atenção. Sendo assim, o mais interessante disso tudo, é que ele conseguiu melhorar, amadurecer e fazer o melhor sem deixar de lado tudo aquilo que sempre o marcou. Insistiu tanto que deu certo.
O que eu vi aqui foi um autêntico filme europeu perdido na terra de Tio Sam.
Um tema como esse, daria certamente um ótimo filme na mão de qualquer roteirista/diretor ao menos razoável. É um prato cheio para discussão. Mas aqui, a produção preferiu focar apenas em um lado da moeda. E criticando o tempo todo a imposição do professor ateu, no final das contas, a obra nos impõe uma religião. Contraditório, não?! Sim, e preconceituoso!
Breaking Bad pra mim é um marco, nunca mais eu verei séries com o mesmo olhar de antes, vou procurar algo a mais, não que eu procure coisa melhor, mas quero a partir de agora sempre me surpreender. Ficará marcado na minha cabeça e tenho certeza de que em pouco tempo vou pegar pra ver tudo de novo e diante disso tirar ainda novas conclusões. É, das que eu vi, a melhor de todas. E merece muito todos esses prêmios que levou ano após ano.
E acima de tudo, uma aula de roteiro. Qualquer um que se arrisque em escrever alguma coisa voltada pro audiovisual deveria ao menos dar uma olhada antes nessa magnífica criação de Vince Gilligan.
Repleto de carisma, com personagens marcantes (como esquecer Groot e Rocket?), me vi diante de algo que se tornará clássico, tal qual aqueles filmes da década de 1980 que tanto vi na sessão da tarde na minha infância. Só que com a qualidade pelo menos 3 vezes superior, não só em efeitos, mas como cinema propriamente dito. Com ótimas sequências de ação (incrível como a Marvel melhorou nesse sentido) e piadas no momento certo, Guardiões da Galáxia realmente diverte. Ficou marcado.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraÉ bonito, mas o roteiro é um nada.
Zoom
3.3 127É interessante notar como o texto acerta na maneira que trata do tema beleza, do corpo perfeito e da nossa constante preocupação com a aparência, como se ela fosse tudo na vida do ser humano. Começamos o longa com Emma criando bonecas eróticas idênticas à uma pessoa, reproduzindo inclusive celebridades. Emma é uma personagem que se preocupa muito com seu corpo, em seus desenhos cria mulheres e homens bonitos, com aparência perfeita. Decide então colocar silicone para se sentir bonita. Seu “namorado” diz que se ela fosse como seus desenhos jamais ficaria com ele, já que ele é totalmente fora do padrão de beleza imposto pela indústria da moda. Como se o mais importante em um relacionamento fosse de fato a beleza física. Eddie é um cara interessante. Além de bonito, é comunicativo, inteligente e trabalha em Hollywood. Porém, quando Emma decide apagar seu pênis no quadrinho, deixando ele com o pênis menor, ele se sente menos, perde toda a confiança e não consegue de se relacionar com as mulheres, por medo de virar chacota por conta do tamanho de sua genital. Michelle é uma linda modelo, que sofre preconceitos por querer escrever um livro, esse preconceito vem inclusive do seu namorado. Ué, uma pessoa bonita não pode ser ao mesmo tempo inteligente?
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraEmily Blunt está segura em cena, com um olhar forte e ao mesmo tempo cheio de tensão, consegue convencer na pele daquela personagem que ao mesmo tempo em que liderava uma equipe, desconfia e não concorda com os métodos dos seus novos líderes durante a caçada na fronteira. Desnuda de sua costumeira sensualidade, – e seu parceiro Reggie Wayne (Daniel Kalluya) faz questão de nos lembrar isso em vários momentos com seus comentários: principalmente quando a recrimina por estar com o mesmo sutiã há tempos – Blunt realmente pareceu muito à vontade na pele da policial em conflito. Benício Del Toro vive Alejandro, o contraponto de Kate, que por ser um homem de poucas palavras, acaba tendo em seu olhar e expressões o grande mérito de seu trabalho já que interpreta um homem claramente perigoso, mas que deixa explícito ser alguém com tantos conflitos internos, que ao mesmo tempo em que é alguém inquieto para dormir, consegue manter um tom de voz calmo durante suas falas, alterando pouco ou quase nada o volume diante das mais diversas situações e estresses.
Com essa temática era difícil que Sicario não tivesse cenas de violência, mas Villeneuve consegue deixar isso em segundo plano, já que ao contar a história diante da perspectiva do olhar de Kate, deixa claro que o foco é o suspense e a tensão, que estão presentes desde os primeiros minutos. Mostrando total domínio do que quer, o diretor consegue construir o clima que permeia toda a projeção através da evolução de Alejandro, que lentamente deixa seu passado vir à tona até desvendarmos finalmente o real motivo daquela missão na fronteira mexicana. Outro ponto que mostra toda a segurança e inspiração da direção nesse projeto é durante o engarrafamento na estrada que liga a cidade de Juarez no México aos Estados Unidos. Ali, o diretor cria uma sequência de ação sem precisar utilizar perseguições malucas, escolhe usar planos fechados que demonstram toda a tensão vivida pelos policiais enquanto cercam e matam os bandidos e então só no final de toda essa ação é que os carros finalmente começam a correr, afastando-se do local.
A trilha sonora (Jóhann Jóhannsson) e principalmente a fotografia são aliados importantes do diretor na construção da narrativa, principalmente no ponto chave do filme, onde ao utilizar câmeras termais e de visão noturna o fotógrafo Roger Deakins (parceiro de Villeneuve também em Os Suspeitos) nos leva diretamente para o túnel claustrofóbico que liga os dois países. Além da escolha acertada do uso de câmeras especiais, existe também um trabalho magnífico de luz quando utiliza uma discreta superexposição em planos externos evidenciando cores mais quentes, enquanto nos ambientes internos faz uso de tons mais frios, dando ainda mais a impressão claustrofóbica que intensifica mais o suspense da trama.
Tratando de um tema importante mundialmente como o tráfico de drogas na América Latina e Estados Unidos, Sicario: Terra de Ninguém acerta ao não estabelecer o lado certo e errado. Não vilaniza nem santifica ninguém, mostra de maneira totalmente fria e necessária a realidade que existe não só ali, mas em muitas regiões do mundo, deixando claro o quão difícil é essa luta e que dificilmente teremos uma solução em curto prazo. Infelizmente.
Mais um grande trabalho da cada vez mais promissora carreira do canadense.
Era Uma Vez em Nova York
3.5 296 Assista AgoraO filme é bonito visualmente, a Marion como sempre corretíssima em sua atuação, mas para por aí. O roteiro é arrastado e o diretor não conseguiu imprimir o mínimo de ritmo necessário para esse tipo de história.
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista AgoraProjeto X é um filme tecnicamente bem executado naquilo que propõe, mas que (ao menos pra mim) poderia divertir mais e não consegue justamente pela fraca construção do roteiro, carente de boas piadas.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/06/02/projeto-x-uma-festa-fora-de-controle-nima-nourizadeh-60/
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista Agora(...)
A direção de Morten Tyldum não é ruim, mas nota-se que é muito prejudicada pelo fraco roteiro. Não consegue dar realismo a uma biografia (!!!!), acaba dando a impressão em algumas passagens de que tudo é meio forçado: tanto a comédia quanto o suspense. No início da sequência você já espera por aqui, não te pega de surpresa em momento algum: evitando assim a tensão e o riso que caberiam ali. Ainda prejudicado pelo roteiro, o diretor não imprimi o ritmo certo, sendo veloz demais no início, arrastado além do necessário no segundo ato e finalmente terminando bem o terceiro ato. Ato esse que é o ponto alto do filme, aqui finalmente o roteiro coloca em discussão a homofobia que havia naquela época, e mesmo que siga o resgate biográfico de Turing, aqui evita-se o uso de artifícios melodramáticos. É uma pena que consiga prender realmente só nos últimos 15 minutos.
(...)
No final conhecemos mais da história desse brilhante matemático, nos revoltamos como questões como a “cura gay” são discutidas e colocadas em pauta até os dias de hoje, mas é só. O Jogo da Imitação está longe de ser essa coca-cola toda que é pintado pela quantidade de indicações que recebeu.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/05/30/o-jogo-da-imitacao-morten-tyldum-65/
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMad Max, ele trata o cinema como uma arte visual. Tendo em seus pontos fortes o design de produção e a fotografia. O trabalho de Colin Gibson é sério candidato aos prêmios da temporada. Passando pela cenografia, maquiagem, figurino, e chegando nos imponentes carros, tudo tem personalidade e mesmo diante do realismo com que as cenas de ação são filmadas (utilizando mais do efeito especial do que computação gráfica), o exagero e a particularidade do design acaba sendo crível àquele universo maluco, onde em cenas de perseguição tem espaço para um gigante carro equipado com potentes caixas de som e transportando um guitarrista e vários percussionistas que ditam praticamente toda a trilha musical. Também digno de prêmio ou ao menos indicações (já que nessa categoria tudo é muito mais disputado) é o trabalho do fotógrafo John Seale. Além de essencial para a narrativa do filme, já que utiliza um frame mais baixo do que os tradicionais 24fps, ele não precisa do excessivo movimento de câmera e cortes frenéticos na montagem pra imprimir a ação. A fotografia é belíssima. Poucas vezes vi cenas noturnas tão lindas, Seale deu à elas um tom azulado contrapondo totalmente com o laranja das tomadas diurnas. E usou a tecnologia da pós-produção para corrigir e melhorar ainda mais as cores. É realmente belo, uma beleza muito mais comuns aos filmes poéticos do que aos filmes de ação.
Miller tira das cinzas uma franquia que parecia morta e mais: melhora e muito sua qualidade. Mad Max – Estrada da Fúria é dono de uma energia contagiante e não tem vergonha de ser um filme de ação. É, ao lado de Guardiões da Galáxia, o melhor entretenimento da década. Que venham os próximos.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/05/26/mad-max-estrada-da-furia-george-miller-80/
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657Bolognesi quer fazer com que a sociedade para um pouco pra pensar no presente, para que nossos herdeiros não tenham que viver corrigindo e pagando dívidas por erros históricos, assim como fazemos hoje.
Ao final da exibição fica um gostinho de “quero mais”, aliás, de “poderia ser melhor”. Temos uma história rica. O enredo era rico. Mas, quando o roteiro não é bem desenvolvido, o filme como um todo deixa a desejar. Mas é bom ver uma animação nacional. Nosso cinema precisa de todos os gêneros para que fique cada vez mais forte.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/05/16/uma-historia-de-amor-e-furia-luiz-bolognesi-65/
Entre Abelhas
3.4 830Em um mundo onde as pessoas andam pelas ruas olhando somente seu smartphone e o egoísmo cresce a cada dia, não é difícil imaginar que nós deixamos de ver tantas pessoas e suas qualidades. Esbarramos sem pedir desculpas, nos preocupamos somente com nossos problemas. É exatamente isso que o filme discute: Bruno, ao estar recém divorciado, acha que só o problema dele importa, e a partir daí passa a não enxergar mais ninguém.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/05/13/entre-abelhas-ian-sbf-80/
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista Agora"O ódio é um peso. A vida é curta pra viver indignado o tempo todo". Levarei pra sempre comigo essa frase.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraO final não sai da minha cabeça.
Ida
3.7 439É no máximo "ok"
Frank
3.7 597 Assista AgoraMesmo não divertindo como uma comédia, Frank conseguiu me angustiar nos poucos momentos em que realmente é um drama. Com uma história interessante e atuações ótimas do elenco, peca em dois pontos: o fato de não funcionar nada como um filme sobre música e pela demora do roteiro e direção de nos mostrar exatamente ao que veio.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/03/21/frank/
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraUma clara homenagem ao gênero de espionagem, parece por muitas vezes que estamos assistindo à um da década de 1970. Com várias referências aos clássicos do gênero, principalmente ao ídolo britânico James Bond, Kingsman: Serviço Secreto consegue aliar ação, drama e comédia, tudo na medida certa e se transforma em um divertido filme. Se não é perfeito, funciona e consegue ser diferente das grandes estreias dos últimos tempos. Agradou.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/03/21/kingsman/
Chef
3.7 784 Assista AgoraChef é uma obra gostosa de assistir. Leve o tempo todo, transforma-se em um road movie na metade do segundo ato. Contando com todas as características desse gênero, principalmente a resolução de problemas e a consequente aproximação de personagens que até então estavam distantes – aqui, o pai e filho. Viajamos não só geograficamente pelos Estados Unidos, mas também de forma gastronômica. Somos convidados, mesmo à distância, a experimentar vários sabores, que realmente conseguem nos deixar com água na boca. Conta também a trilha sonora pontual. A cada cidade que “passamos”, toca-se uma música regional. Esse um acerto grande.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/03/08/chef/
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraVamos falar daquele que é o ponto máximo de Birdman: a fotografia. Temos uma tendência de achar que uma boa fotografia é somente aquela com imagens bonitas, simétricas e com ótima paleta de cores. Claro que tudo isso é importante e deve ser levado em conta na hora de planejarmos os planos, porém quando a fotografia é determinante para a narrativa do filme ela se torna ainda mais brilhante, independente de todas essas outras questões. Emmanuel Lubezki é um gênio da fotografia cinematográfica. Em Gravidade e A Árvore da Vida conseguiu sempre imagens deslumbrantes, era como um deleite para nosso olhar. Aqui ele vai além. O genial plano sequência planejado junto com Iñarritu faz com que tenhamos uma fluidez e regularidade que torna quase que impossível acharmos todos os pontos de corte, por mais óbvios que possam ser. Sempre que se usa esse tipo de filmagem é para mostrarmos coisas que estão acontecendo em “tempo real”. Aqui não o plano sequência passa por dias, noites e ambientes diferentes. Sem a genial fotografia, o roteiro não fluiria tão bem e é aí que temos a importância narrativa e também se explica a coleção de prêmios.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2015/03/07/birdman/
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraGone Girl não é somente sobre casamento e psicopatia. Faz também uma crítica grande à forma como a mídia trata a tragédia alheia, principalmente quando temos uma celebridade envolvida. Explora o máximo possível daquela história, inclusive inventando e fazendo insinuações. Mas tudo isso por quê? Porque vende! No fundo somos carentes e precisamos de alguém para nos identificar ou então, porque dessa forma acabamos nos sentindo mais próximo daquele que parece tão distante. É na tragédia que o povo percebe que mesmo famoso, a pessoa é um ser humano mortal como nós.
Fincher amadure a cada projeto seu, sempre nos fazendo imaginar se chegou ou não ao ápice de seu talento. Traz aqui o melhor de todos os seus projetos, e mais uma vez consegue criar cenas que ficarão marcadas pra sempre na memória dos cinéfilos.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2014/10/13/garota-exemplar/
Sr. Ninguém
4.3 2,7KLonge a obviedade costumeira no cinema atual e com algumas referências (cito duas: O Curioso Caso de Benjamin Button e O Show de Truman), Mr. Nobody é um filme complexo e de difícil compreensão. Mas quando consegue absorver o seu significado, nos dá uma grande lição. A vida é feita de escolhas e se por um acaso você tomar a escolha errada, o que fazer? Imaginar como seria caso sua decisão fosse outra ou então correr atrás daquilo que você realmente pensa ser o ideal? Particularmente, fico com a segunda, mesmo que seja inevitável não criar em sua mente situações que você nunca viveu. No momento só posso agradecer ao Senhor Ninguém por me fazer refletir sobre essas questões.
http://clockworkcorleone.wordpress.com/2014/09/29/mrnobody/
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraDono de um título que realmente traduz seu sentido, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (ou Eternal Sunshine of the Spotless Mind) veio pra mostrar que uma comédia romântica não precisa ser banal. Ela pode sim nos fazer refletir. Mesmo que seja pelo amor da sua vida.
No final nos deixa uma questão: Precisamos mesmo apagar da nossa mente aquilo que alguma vez nos fez mal? Tudo que acontece na sua vida deve ser preservado em sua memória, afinal, o que seria do seu amadurecimento se não fossem suas experiências, más ou boas? São nossas histórias que forma quem realmente somos.
https://clockworkcorleone.wordpress.com/2014/09/22/brilhoeterno/
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraClassificá-lo como um filme gay seria como o estereotipar, afinal, é muito mais do que isso, a temática gay fica apenas como um pano de fundo, mas bem no fundo mesmo. É um filme sensível, delicado, adolescente. É sobre a descoberta, não só a da sexualidade, mas toda ela pela qual passamos quando jovens, prestes a nos formar no ensino médio.
Daniel Ribeiro em nenhum momento quis que sua obra tivesse o tom de aceitação, mesmo que seu protagonista seja cego e gay, ele não busca que as pessoas o aceite. Lida sempre com naturalidade, sensibilidade e também bom humor. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho veio pra completar a boa leva de filmes com temática adolescente. E o fato de não ter vergonha de ser adolescente é o que o torna ainda melhor. É insuportável obras audiovisuais repletas de jovens que mais parecem mini adultos. Aqui tudo é retratado como realmente é. Temos as festas, as gírias, os namoros, as brincadeiras, as zoações, essas mais brandas do que realmente costumam ser. Não vi isso como um deslize, foi proposital, trata-se de um filme leve.
Mas, o melhor de tudo isso, é mostrar que nosso cinema está caminhando muito bem, e que há sim, vida longe das comédias nacionais que invadem as salas. Basta que o circuito compre o barulho dos nossos cineastas. Prêmios eles ganham, agora falta ganhar o grande público.
http://clockworkcorleone.wordpress.com/2014/09/13/hoje-eu-quero-voltar-sozinho-daniel-ribeiro-85/
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KO Grande Hotel Budapeste mostra a ruptura da Europa antiga para a moderna, no período entre as guerras e usa da sátira para ilustrar aquele período. Temos um país fictício (Zubrowka) que parece muito com os lados soviéticos, exércitos fascistas, hoteis luxuosos, preconceito com estrangeiro, trabalho ilegal, etc. Isso faz do filme uma comédia de mão cheia, daquelas sutis, sem usar o artifício de cenas apelativas recheadas de drogas e sexo, como é costume em terras norte americanas. Wes Anderson consegue nos fazer rir pela inteligência dele, como de costume. E não é só essa característica de sua carreira que está explítica aqui. O cuidado com toda a produção também. É nítido que ele esteve a frente de tudo: cenário, figurino, arte, fotografia. E todo esse conjunto torna o filme ainda melhor, acredito muito que se a parte técnica aqui estivesse mal executada, teríamos apenas mais uma obra entre tantas. Não chamaria atenção. Sendo assim, o mais interessante disso tudo, é que ele conseguiu melhorar, amadurecer e fazer o melhor sem deixar de lado tudo aquilo que sempre o marcou. Insistiu tanto que deu certo.
O que eu vi aqui foi um autêntico filme europeu perdido na terra de Tio Sam.
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Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraUm tema como esse, daria certamente um ótimo filme na mão de qualquer roteirista/diretor ao menos razoável. É um prato cheio para discussão. Mas aqui, a produção preferiu focar apenas em um lado da moeda. E criticando o tempo todo a imposição do professor ateu, no final das contas, a obra nos impõe uma religião. Contraditório, não?! Sim, e preconceituoso!
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Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraBreaking Bad pra mim é um marco, nunca mais eu verei séries com o mesmo olhar de antes, vou procurar algo a mais, não que eu procure coisa melhor, mas quero a partir de agora sempre me surpreender. Ficará marcado na minha cabeça e tenho certeza de que em pouco tempo vou pegar pra ver tudo de novo e diante disso tirar ainda novas conclusões. É, das que eu vi, a melhor de todas. E merece muito todos esses prêmios que levou ano após ano.
E acima de tudo, uma aula de roteiro. Qualquer um que se arrisque em escrever alguma coisa voltada pro audiovisual deveria ao menos dar uma olhada antes nessa magnífica criação de Vince Gilligan.
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Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraRepleto de carisma, com personagens marcantes (como esquecer Groot e Rocket?), me vi diante de algo que se tornará clássico, tal qual aqueles filmes da década de 1980 que tanto vi na sessão da tarde na minha infância. Só que com a qualidade pelo menos 3 vezes superior, não só em efeitos, mas como cinema propriamente dito. Com ótimas sequências de ação (incrível como a Marvel melhorou nesse sentido) e piadas no momento certo, Guardiões da Galáxia realmente diverte. Ficou marcado.
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