Carlos

O filme é um esboço do que viria a ser Fogo Contra Fogo, e é muito interessante notar como Michael Mann conseguiu melhorar o filme. Como seria o piloto de uma série, o filme em alguns momentos tem todo o jeito de uma série dos anos 80, o que não é necessariamente ruim, porém soa estranho. É até meio injusto falar das atuações, principalmente dos atores principais, porque a comparação entre De Niro e Al Pacino é inevitável, e obviamente nenhum dos dois está no nível dessas duas lendas. Além disso, seus personagens são parcamente desenvolvidos e têm menos tempo. Porém, considero o trabalho de ambos bem competente. Nas cenas de tiroteio dá para ver a assinatura de Mann. Enfim, é um filme que vale pela curiosidade de ser um esboço de Fogo Contra Fogo e trazer a curiosidade do desenvolvimento do roteiro e do próprio Mann.

Não há muito o que dizer sobre "Sopranos"; acho que nunca havia assistido a uma série com tantos personagens bem desenvolvidos. O final é absolutamente genial, mas o que o torna genial é o caminho percorrido por Tony durante as seis temporadas. Gandolfini, sem dúvida, era um ator fabuloso, no nível dos grandes de seu tempo, como Day Lewis, e anteriores a ele, como De Niro e Al Pacino. É uma pena sua partida tão jovem, mas se tivesse feito apenas "Sopranos", já teria marcado seu nome na história. Só digo mais uma coisa: crianças, vejam "Sopranos".

James Nunn é um dos bons nomes do cinema de ação contemporâneo. Scott Adkins não precisa nem ser elogiado; suas habilidades cênicas evoluíram muito desde o início da carreira, e sua fisicalidade e entrega ao papel são inquestionáveis. Outro excelente filme nessa que agora se constitui como uma franquia.