Enxerguei semelhança entre Knives Out e Parasita. Enquanto o filme coreano relata uma revolta de classe, delineada pela esperteza dos Kim, em Knives Out o final do filme entrega o mesmo gosto de revolta, até mesmo vingança, mas claro que os contornos disso foram hollywoodianamente desenhados pelo bom coração da personagem - ainda que o final também entregue que esse bom coração é antes de tudo um coração justo.
Achei ótima a representação da família Thrombey, um retrato muito correspondente à realidade. Há o jovem microrracista que não é repreendido em nome de uma suposta liberdade de expressão; a jovem que é liberal e amável à medida em que o dinheiro pinga à manutenção de sua boa vida; e os anciãos, que estufam o peito para verbalizar a enfermeira imigrante enquanto ~da família~ (quem diabos iria querer fazer parte de uma família assim?) em uma espécie do que chamo de xenofobia/racismo politicamente correto. A revolta é cada vez mais difícil nesse ambiente mascarado de respeito que pós-modernamente impera nas relações de classes. Tanto que suponho ter ocorrido com todos a hipótese: "ah, mas o correto seria ela renunciar aos bens ou ao menos reparti-los" - comigo, ao menos, ocorreu. Não digo que o autoritarismo ostensivo de décadas atrás era melhor e nem que esse respeito atual não seja reflexo de determinada progressão social importante. Contudo, naqueles tempos idos ao menos a revolta era a única saída frente a uma imposição. Hoje em dia a esfera do politicamente correto entrega ao pobre como único caminho supostamente moral a devolução do respeito e obediência: um agradecimento à própria possibilidade de ser explorado.
O filme me lembrou de um poema do Álvaro de Campos: "Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar/ Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem)./ Acendo o cigarro para adiar a viagem,/ Para adiar todas as viagens./ Para adiar o universo inteiro." As personagens do filme encontram-se no momento da vida em que arrumar as malas é necessário, mas, cigarro após cigarro, a arrumação é adiada. E então temos o que Chet diz: "fiz do meu tempo um adiamento da minha vida"; mas ele, a única pessoa bem resolvida do filme, percebeu que, em algum momento, tornou-se esse adiamento, e que adiar o que normalmente se tem por vida - uma carreira - era o sentido de sua própria.
Filme um tanto desnecessário à medida em que a série não deixa pontas soltas. Não chega a ser ruim, mas passa longe da qualidade vista em Breaking Bad. Vale a pena pela nostalgia.
Até o suicídio do personagem do Isaac o estrago não era tão evidente, ainda que esse trauma que o fez negar a morte da mulher tenha sido posto sem qualquer justificativa ou coerência. Se tivessem desenvolvido o filme a partir da filha, Dylan, teria sido bem menos pior, mesmo se transformassem em um drama adolescente. O que fizeram foi patético. Introduziram novos personagens e forçaram uma conexão absolutamente não natural.
O filme é filosoficamente pretensioso e filosoficamente pobre. Atribui à vida uma dualidade mentirosa: tragédia e sofrimento de um lado, amor e redenção do outro. A vida não se constitui por um processo constante de traumas e 'voltasporcima', fosse isso ela seria pobre, desinteressante, igual a este filme.
Desconhecia a existência de negadores do Holocausto. Trata-se de uma imbecilidade complicada de conceber. Difícil, também, não fazer um paralelo aos que, em terras tupiniquim, negam a ditadura militar - dentre eles, um candidato à presidência, inclusive. Oremos.
"Das doenças da alma, o amor é a mais bela", mas ainda assim é uma doença. A beleza não age como antídoto, e nem sempre, ou quase nunca, beleza compactua com bondade; e muitas vezes, ou quase sempre, as confundimos.
O amor põe em suspensão a moral e sobressalta o egoísmo. São sintomas.
Ginny agiu de má fé, mas não sei até que ponto podemos atribuir culpa a quem está doente. No diálogo entre ela e Mickey, no bar, ele diz que o Destino cumpre parte importante em nossa tragédia, e portanto nem tudo está sob nosso controle, e desse modo nem toda responsabilidade recairia diretamente sobre nós.
Talvez haja mais responsabilidade, culpa, em Mickey, que pôde ver a instabilidade de Ginny e não recuou, e foi desonesto ao fazê-la criar ilusões, planos. Na conversa com seu amigo, o conselho foi optar pelo amor incondicional de Ginny em relação à incerteza que uma ex-mulher de um gângster traria consigo. Mas sobre sua escolha já não se pode culpá-lo, idem: encontrou-se doente.
"No amor muitas vezes acabamos sendo nossos piores inimigos".
O ponto de fuga do filme é a morte da filha da protagonista, mas ele se desenvolve de forma a valorizar os bastidores, os envolvidos indiretamente, seja pela dor (Mildred) ou pela obrigação civil (Xerife e Dixon). Isso é positivo. Não houve uma tentativa forçada de empatia do espectador para com a vítima, o que poderia ser feito por meio de demasiados flashbacks; no único que houve, a vítima foi retratada sem esse apelo, sem o carisma exagerado de boa filha. Aliás, o mesmo ocorre com Mildred, que não exatamente cumpre o papel de boa mãe ou exemplo social, e Dixon, que dispensa qualquer retratação a respeito de suas ações. O Xerife é o mocinho da história, e é ele quem sofre danos morais com os anúncios e, mesmo assim, entende a intenção de Mildred, vide o que diz na carta a ela.
O que me incomodou um pouco, primeiro, foi o flashback da filha, que citei acima. Para mim, se a intenção foi unicamente afastar uma possível empatia a priori com a vítima tenho dúvidas quanto a ser necessário (o flashback). Subestima o espectador entregar uma cena assim. Dava para ter diluído no roteiro, facilmente. Em segundo lugar, achei o diálogo da cena forçado. "Espero que seja estuprada", e a mãe confirma o desejo mútuo, blá, blá. Coincidências trágicas existem, mas essa parece que justamente tentou dar aquele pingo de dramatização exagerada que o roteiro alhures evitou.
O fim foi muito coerente e imprevisível. O que disse o Xerife, na visita que fez a Mildred, que alguns crimes não deixam rastros até que um falastrão se gaba dele em um bar, ou presídio, fez-me lembrar de Shawshank Redemption e o cara que inocentaria o personagem principal.
E quando o roteiro parecia nos entregar um final café com leite, a partir de uma redenção de Dixon ao pegar o assassino de Angela, o que acontece é o oposto. Ademais, a cena final deixa tudo em aberto, apesar de dar a entender que não matariam o cara do bar. No momento em que se encerra o filme, parece realmente haver um entendimento de que não é o correto a se fazer, mas não sabemos se ambos não veriam novamente como uma fuga, uma espécie de justiça, alguns quilômetros adiante.
Sempre gostei de filmes despretensiosamente norteados pela simplicidade, pela cotidianidade. Nesse ponto, Lady Bird vai bem. O que não ajuda mesmo é o roteiro. Fraco, no qual nada parece que foi realmente explorado: a homossexualidade do primeiro namorado, a amizade com a Julie, a depressão do pai, os irmãos adotivos largados à história sem mais ou menos. Concluo então tratar-se de um roteiro de bom prospecto, mas preguiçoso. Talvez a relação com a mãe, que foi destaque, sirva de exceção; e sobre isto palmas para as atuações de Laurie Metcalf e Saiorse Ronan. Ademais, gostei da trilha sonora de Jon Brion, que sempre manda bem.
C.K., por vezes, consegue colocar-se no roteiro de maneira honesta e brilhante. Jamais esqueço do diálogo final do episódio "So did the fat lady", da terceira temporada de Louie. Ele, seu personagem, como o vilão, vendo-se enrolado nos próprios preconceitos a partir da interlocução da "fat lady". O roteiro desse episódio, aliás, lhe rendeu um Emmy. Já neste filme, claro está, o contexto externamente criado às vésperas do lançamento o fez parecer algo mais do que uma "denúncia" à conduta de produtores, diretores, hollywoodianos em geral, conforme anteriormente se especulou. Algo mais, no sentido de pôr em dúvida o caráter ético da obra e do autor - e esse pensamento vindo de um enorme fã de C.K., como sou e continuo sendo. Isto é, até que ponto podemos separar a obra do criador? Penso que o caso de Louis talvez seja mais grave, dado que a sua produção artística, desde sempre polêmica e no limite, apresenta-se indissociável de seu comportamento lamentável fora dos palcos. Fora isso, não lhe deve ter sido custoso dirigir um elenco desse nível.
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Uma Historia de Amor Americana
3.6 13 Assista Agora"You need to take it down a notch."
Sorry
4.3 6"Your needs change when you get older. In my age a big pile of shit is as good as anybody."
First Girl I Loved
3.0 74Moral da história: adolescentes americanos não sabem abrir uma garrafa de vinho sem um saca-rolhas.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agora22 de julho de 2020: Jeff Bezos lucra, em apenas um dia, 13 bilhões de dólares.
Esse filme é sobre o capitalismo dando certo. A outra face da meritocracia neoliberal.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraEnxerguei semelhança entre Knives Out e Parasita. Enquanto o filme coreano relata uma revolta de classe, delineada pela esperteza dos Kim, em Knives Out o final do filme entrega o mesmo gosto de revolta, até mesmo vingança, mas claro que os contornos disso foram hollywoodianamente desenhados pelo bom coração da personagem - ainda que o final também entregue que esse bom coração é antes de tudo um coração justo.
Achei ótima a representação da família Thrombey, um retrato muito correspondente à realidade. Há o jovem microrracista que não é repreendido em nome de uma suposta liberdade de expressão; a jovem que é liberal e amável à medida em que o dinheiro pinga à manutenção de sua boa vida; e os anciãos, que estufam o peito para verbalizar a enfermeira imigrante enquanto ~da família~ (quem diabos iria querer fazer parte de uma família assim?) em uma espécie do que chamo de xenofobia/racismo politicamente correto. A revolta é cada vez mais difícil nesse ambiente mascarado de respeito que pós-modernamente impera nas relações de classes. Tanto que suponho ter ocorrido com todos a hipótese: "ah, mas o correto seria ela renunciar aos bens ou ao menos reparti-los" - comigo, ao menos, ocorreu. Não digo que o autoritarismo ostensivo de décadas atrás era melhor e nem que esse respeito atual não seja reflexo de determinada progressão social importante. Contudo, naqueles tempos idos ao menos a revolta era a única saída frente a uma imposição. Hoje em dia a esfera do politicamente correto entrega ao pobre como único caminho supostamente moral a devolução do respeito e obediência: um agradecimento à própria possibilidade de ser explorado.
Tempo de Decisão
3.2 38 Assista AgoraO filme me lembrou de um poema do Álvaro de Campos: "Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar/ Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem)./ Acendo o cigarro para adiar a viagem,/ Para adiar todas as viagens./ Para adiar o universo inteiro."
As personagens do filme encontram-se no momento da vida em que arrumar as malas é necessário, mas, cigarro após cigarro, a arrumação é adiada. E então temos o que Chet diz: "fiz do meu tempo um adiamento da minha vida"; mas ele, a única pessoa bem resolvida do filme, percebeu que, em algum momento, tornou-se esse adiamento, e que adiar o que normalmente se tem por vida - uma carreira - era o sentido de sua própria.
El Camino: Um Filme de Breaking Bad
3.7 842 Assista AgoraFilme um tanto desnecessário à medida em que a série não deixa pontas soltas. Não chega a ser ruim, mas passa longe da qualidade vista em Breaking Bad.
Vale a pena pela nostalgia.
A cena do bang-bang foi patética.
Dor e Glória
4.2 619 Assista Agora"El amor no es suficiente. El amor tal vez mueva montañas, pero no basta para salvar a la pessoa que quieres."
A Vida em Si
4.0 336 Assista AgoraNão costumo ou gosto de criticar negativamente um filme. Mas preciso perguntar: como, ao menos neste site, ao que parece gostaram desse filme?
Um filme vazio, com um roteiro conduzido sob vários sentidos ao mesmo tempo. Isto é, sem qualquer sentido.
Até o suicídio do personagem do Isaac o estrago não era tão evidente, ainda que esse trauma que o fez negar a morte da mulher tenha sido posto sem qualquer justificativa ou coerência. Se tivessem desenvolvido o filme a partir da filha, Dylan, teria sido bem menos pior, mesmo se transformassem em um drama adolescente. O que fizeram foi patético. Introduziram novos personagens e forçaram uma conexão absolutamente não natural.
O filme é filosoficamente pretensioso e filosoficamente pobre. Atribui à vida uma dualidade mentirosa: tragédia e sofrimento de um lado, amor e redenção do outro. A vida não se constitui por um processo constante de traumas e 'voltasporcima', fosse isso ela seria pobre, desinteressante, igual a este filme.
Negação
3.8 132 Assista AgoraDesconhecia a existência de negadores do Holocausto. Trata-se de uma imbecilidade complicada de conceber. Difícil, também, não fazer um paralelo aos que, em terras tupiniquim, negam a ditadura militar - dentre eles, um candidato à presidência, inclusive. Oremos.
A Maldição da Casa Winchester
2.6 460 Assista AgoraA casa fica em Lawrence, Kansas?
Roda Gigante
3.3 309"Das doenças da alma, o amor é a mais bela", mas ainda assim é uma doença. A beleza não age como antídoto, e nem sempre, ou quase nunca, beleza compactua com bondade; e muitas vezes, ou quase sempre, as confundimos.
O amor põe em suspensão a moral e sobressalta o egoísmo. São sintomas.
Ginny agiu de má fé, mas não sei até que ponto podemos atribuir culpa a quem está doente. No diálogo entre ela e Mickey, no bar, ele diz que o Destino cumpre parte importante em nossa tragédia, e portanto nem tudo está sob nosso controle, e desse modo nem toda responsabilidade recairia diretamente sobre nós.
Talvez haja mais responsabilidade, culpa, em Mickey, que pôde ver a instabilidade de Ginny e não recuou, e foi desonesto ao fazê-la criar ilusões, planos. Na conversa com seu amigo, o conselho foi optar pelo amor incondicional de Ginny em relação à incerteza que uma ex-mulher de um gângster traria consigo. Mas sobre sua escolha já não se pode culpá-lo, idem: encontrou-se doente.
"No amor muitas vezes acabamos sendo nossos piores inimigos".
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraO ponto de fuga do filme é a morte da filha da protagonista, mas ele se desenvolve de forma a valorizar os bastidores, os envolvidos indiretamente, seja pela dor (Mildred) ou pela obrigação civil (Xerife e Dixon). Isso é positivo. Não houve uma tentativa forçada de empatia do espectador para com a vítima, o que poderia ser feito por meio de demasiados flashbacks; no único que houve, a vítima foi retratada sem esse apelo, sem o carisma exagerado de boa filha. Aliás, o mesmo ocorre com Mildred, que não exatamente cumpre o papel de boa mãe ou exemplo social, e Dixon, que dispensa qualquer retratação a respeito de suas ações. O Xerife é o mocinho da história, e é ele quem sofre danos morais com os anúncios e, mesmo assim, entende a intenção de Mildred, vide o que diz na carta a ela.
O que me incomodou um pouco, primeiro, foi o flashback da filha, que citei acima. Para mim, se a intenção foi unicamente afastar uma possível empatia a priori com a vítima tenho dúvidas quanto a ser necessário (o flashback). Subestima o espectador entregar uma cena assim. Dava para ter diluído no roteiro, facilmente. Em segundo lugar, achei o diálogo da cena forçado. "Espero que seja estuprada", e a mãe confirma o desejo mútuo, blá, blá. Coincidências trágicas existem, mas essa parece que justamente tentou dar aquele pingo de dramatização exagerada que o roteiro alhures evitou.
O fim foi muito coerente e imprevisível. O que disse o Xerife, na visita que fez a Mildred, que alguns crimes não deixam rastros até que um falastrão se gaba dele em um bar, ou presídio, fez-me lembrar de Shawshank Redemption e o cara que inocentaria o personagem principal.
E quando o roteiro parecia nos entregar um final café com leite, a partir de uma redenção de Dixon ao pegar o assassino de Angela, o que acontece é o oposto. Ademais, a cena final deixa tudo em aberto, apesar de dar a entender que não matariam o cara do bar. No momento em que se encerra o filme, parece realmente haver um entendimento de que não é o correto a se fazer, mas não sabemos se ambos não veriam novamente como uma fuga, uma espécie de justiça, alguns quilômetros adiante.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraSempre gostei de filmes despretensiosamente norteados pela simplicidade, pela cotidianidade. Nesse ponto, Lady Bird vai bem. O que não ajuda mesmo é o roteiro. Fraco, no qual nada parece que foi realmente explorado: a homossexualidade do primeiro namorado, a amizade com a Julie, a depressão do pai, os irmãos adotivos largados à história sem mais ou menos. Concluo então tratar-se de um roteiro de bom prospecto, mas preguiçoso. Talvez a relação com a mãe, que foi destaque, sirva de exceção; e sobre isto palmas para as atuações de Laurie Metcalf e Saiorse Ronan.
Ademais, gostei da trilha sonora de Jon Brion, que sempre manda bem.
I Love You, Daddy
2.8 12C.K., por vezes, consegue colocar-se no roteiro de maneira honesta e brilhante. Jamais esqueço do diálogo final do episódio "So did the fat lady", da terceira temporada de Louie. Ele, seu personagem, como o vilão, vendo-se enrolado nos próprios preconceitos a partir da interlocução da "fat lady". O roteiro desse episódio, aliás, lhe rendeu um Emmy.
Já neste filme, claro está, o contexto externamente criado às vésperas do lançamento o fez parecer algo mais do que uma "denúncia" à conduta de produtores, diretores, hollywoodianos em geral, conforme anteriormente se especulou. Algo mais, no sentido de pôr em dúvida o caráter ético da obra e do autor - e esse pensamento vindo de um enorme fã de C.K., como sou e continuo sendo. Isto é, até que ponto podemos separar a obra do criador? Penso que o caso de Louis talvez seja mais grave, dado que a sua produção artística, desde sempre polêmica e no limite, apresenta-se indissociável de seu comportamento lamentável fora dos palcos.
Fora isso, não lhe deve ter sido custoso dirigir um elenco desse nível.