A coisa mais interessante sobre críticas cinematográficas e opiniões, em geral, é que elas costumam mostrar todo o tipo de construto social, por exemplo, esse filme foi tido como horrível e como maravilhoso por apenas alguns usuários daqui. Eu me encaixo completamente na categoria dos que ficaram maravilhados. Não por conta de suas citações bem marcantes ou seu final emocionante, mas mesmo sem estas coisas, ainda assim ficaria completamente e indefinidamente apaixonado por esta obra. Dizer que ficar três horas no universo das telas é tanto quanto cansativo não se aplica aqui, porque simplesmente não lembrei da tela ao assistir, é um novo universo que se abriu na minha mente e na minha forma de lidar com a vida. Sei que "Cloud Atlas" é uma adaptação de um livro e ainda não tive o prazer de lê-lo, mas quero acreditar pela extensão e complexidade do filme que esta foi realmente uma adaptação maravilhosa. Afinal esse roteiro, ou seu livro-base, são poesias em prosa. Quanto aos aspectos técnicos eu direi que uma produção baseada completamente em uma gama mínima de atores tem sérios problemas em conseguir bons personagens e aqui não temos nenhum problema. Os atores principais que aparecem serpenteando toda a história provam em muitas cenas que são capazes de deixar o seu eu para tornar-se personagens e isso obviamente não é só uma questão de atuação. Com certeza eles estão de parabéns, mas algo desse nível não se consegue tendo apenas uma excelente atuação, mas sim no conjunto da fotografia, do cenário, do vestuário e da maquiagem, por exemplo. Por isso tudo e mais várias outras coisas que não lembrarei nunca de colocar aqui, por ainda estar comovido com o filme, digo que "A Viagem (Cloud Atlas)" entrou na minha lista de favoritos dos favoritos e me arrependo amargamente de não ter assistido o mesmo no cinema.
É difícil você ver um filme que tenha um jeitão "sessão da tarde", como alguns já colocaram, e que ainda assim não te dá um sono, porque afinal você só estava assistindo pra passar o tempo entediado. Esse é "Alexander e o Dia Terrível, (...)", um filme que não traz nenhuma novidade cinematográfica, não tenta escapar de clichês e nada do tipo, inclusive se prestar atenção ao elenco você tem Jennifer Garner e Steve Carell que já estrelaram em várias outras comédias, principalmente a Jennifer Garner que lembro de alguns filmes que são esse tipo de comédia voltada para a família. Ou seja, não temos aqui nada de surpreendente. É um filme básico e no básico eles fizeram muito bem, porque todas as cenas se encaixam, dá para se divertir bastante e não consigo imaginar alguém desgostando desse filme. Não é o tipo de filme que te faz gargalhar, até porque não precisamos disso. A fotografia do filme se sobressai entretanto, porque temos um trabalho detalhista com a apresentação do cenário no início, o que se interlaça ao filme no meio e no final volta a aparecer de forma mais presente. As cores são bem vívidas e as composições não pecam. Eu recomendo a todos que tenham um espirito pra comédias e diferente do que deveria ser, não recomendo só para quem está entediado, com tempo livre ou sem maiores planos pro dia. Realmente dediquem um tempo pra assistir esse filme, não porque ele é sensacional, mas porque ele é muito bom em ser simples.
Um filme com uma temática de discussões que naturalmente são tomadas por seus representantes mais extremos não poderia deixar algo diferente do que o que esse filme me transpareceu. Acho que é relevante pra validade da minha opinião deixar claro que sou mais associado a um ateu do que a um cristão, com certeza. Inicialmente eu gostaria de fazer um revisão de cada um dos personagens, mas acabarei fazendo essa interpretação coligada a história, porque é inevitável:
Josh Weaton, é claro, não só é o personagem principal, como também o único cristão a defender sua crença em frente a todas as situações que foram passadas a ele, minha opinião é que nos foi colocado um personagem que acredita e confia prontamente em sua crença, mas em momento algum tenta impor isso a alguém, assim como ele diz em uma das cenas, ele apenas está oferecendo aos alunos uma escolha sobre o que acreditar, diferentemente do Professor Radisson. O professor, assim como Weaton coloca, não representa o ateísmo e diferente do primeiro personagem, ele é um "ateu" extremista. A perspectiva religiosa do filme obviamente não permitiu que este se aprofundasse também nos problemas da crença que existem, entretanto os problemas da falta da crença foram exacerbados. É interessante você perceber que nos créditos existem vários casos sobre alunos que tiveram suas crenças desrespeitadas pelos professores e ainda assim foram condenados, nesse caso eu não sei da realidade dos Estados Unidos, mas se lá é assim então realmente temos um problema, porque cada um merece o direito de acreditar no que quiser, seja uma crença justificada, seja uma crença não justificada, seja uma religião, a ciência ou um conto de fadas. Entretanto, trazendo para a realidade brasileira temos o problema oposto, pois num Estado laico a religião domina cada um dos setores e os extremistas e conservadores se impõem de forma desrespeitosa para com os ateístas, agindo muitas vezes de forma contrária ao que eles mesmos propõem. Falando nisso, mencionarei os atores/personagens do Willie e Korie Robertson que pagam dos cristões do ano enquanto cometem atrocidades mundo a fora (e sabemos que eles não são os únicos). Os próximos personagens que acho interessantes são Misrab e Ayisha. Começarei por Ayisha, uma garota muçulmana que mora nos EUA (não se sabe desde quando) e que decide ser cristã, nada demais, se não fosse pela concepção que a cultura ocidental tem dos muçulmanos sobre religião como obrigação (o que pode ser verdade para algumas famílias, talvez até a maioria, mas definitivamente não em todas) e toda essa concepção é passada pelo personagem do pai de Ayisha, Misrab. Assim que ele descobre sobre a opção religiosa da filha ele a violenta fisicamente duas vezes e a expulsa de casa, um cenário provável dada a situação. Apesar disso, serei petulante nessa questão, porque é muito fácil num filme totalmente pago por cristões falar mal dos muçulmanos, mas o que acontece mesmo quando temos filhos ateus e filhos gays (para citar apenas o terreno que conheço) em famílias cristãs extremistas? Bom, só pesquisar.
Este filme como foi feito, colocando tais personagens e suas condições acho que mostrou uma coisa maravilhosa, pra ser sincero. Mostrou uma pessoa que sabe ter senso crítico e defender seu ponto de vista independentemente da opinião majoritária. Inclusive eu acredito que ficaria do lado de Josh Weaton se fosse nessas condições, apenas para provar um ponto pro Professor dele. Entretanto esse filme realça alguns problemas que temos em filmes religiosos, a facilidade em julgar e converter as pessoas, mas a extrema dificuldade de admitir e conscientizar seus erros. Acredito que são coisas que se alteradas tornariam as religiões muito mais harmoniosas e condizentes com o discurso de amor que é proferido por elas e eu concordo plenamente. Para finalizar, eu tenho sim que recomendar esse filme, é um grande filme, mas todos que o assistirem devem tomar cuidado para não agirem contra suas vontades e crenças, para não serem influenciados como todos os outros alunos daquela turma.
"The Lone Ranger" é bem completo quanto a história, roteiro, cenários, figurino, mitologia, dentre inúmeras outras coisas. O fato de contar com grandes atores para os papeis e produção da Disney com certeza não é apenas um atrativo como também uma gratificação para o filme, entretanto alguns desses elementos podem entrar em confronto quando colocados de forma a chamar muita atenção. Não sei onde, quando e como, mas lembro-me de ter visto alguma 'review' deste quando estava nos cinemas e ela ressaltava como era uma releitura do conto do Zorro. Eu posso dizer que não conheço até então quase nada sobre a Lenda de Zorro, mas do pouco que sei ficou uma boa adaptação. O fator da narração desta história ser no passado faz com que tenhamos um roteiro completo e sem brechas, mesmo que para isso faça-se uso de "elementos imaginários do Tonto". Foi bastante impressionante, também, o que fizeram com os cenários, pois estes foram bastante abertos e claros, ou seja, existia um foco em que fosse visualizado não só o ato e os atores como toda a cena, inclusive se arriscando numa reconstituição de cenários e na seguimentação destes. Entretanto se fosse para criticar algo seria, não a escolha, mas a forma de enfoque dado aos personagens. Prestando atenção puramente na história você diria que as personagens principais são John Reld, Tonto, Butch Cavendish e Rebecca Reld e por uma questão de 'casting' eles reordenaram para Tonto (Johnny Depp), John Reld (Armie Hammer) e Red Harrington (Helena Bonhan Carter). Nada contra a atuação de nenhum deles, Depp fez um ótimo trabalho como sempre, apesar de mostrar todos seus típicos trejeitos e Bonhan Carter também esteve incrível, sendo que dessa vez nem parecia tanto ser ela a atriz. Ainda assim a Red não aparece tantas vezes e nem é tão importante quanto a Rebecca que apesar de ser a dama indefesa na maior parte do filme, é também a musa do nosso herói. Não consigo pensar em nada além disso para criticar e acredito que para algumas risadas e 149 minutos de diversão todos deveriam assistir este filme, que está realmente maravilhoso.
É uma pena dar a esse filme 3 estrelas, ainda mais depois dos trailers espetaculares que me deixaram desejando assistir o quanto antes. Enquanto colocaram bons atores, um tema comercial e adicionaram um quê de diferente a esse tema, se perderam completamente em montar uma unidade e construir ela de forma coesa. Talvez no livro que baseou esse filme tenha feito mais sentido, mas a adaptação começa do nada e segue ligando a trama de forma forçada. Tive a impressão durante os primeiros trinta minutos de filme que nenhum soldado era do "Monuments Men" até mesmo porque o capitão deles não fica junto com eles durante o início. E eles pareciam simplesmente perdidos ali. Entretanto o que me agradou mais foi o fato de abordarem outro lado da guerra e ainda assim me decepcionei porque momento algum os nazistas se mostraram como uma verdadeira oposição ao exército norte-americano, ou seja nesse filme pode-se esperar o grande império dos EUA dominando tudo e controlando a todos. Por isso considero uma grande personagem e uma das minhas favoritas a srta. Claire Simone (Cate Blanchett) que se mostra mais resistente a força deste exército do que a própria Alemanha. Se perceberem ela controla eles durante todo o filme praticamente. Em aspectos técnicos não tenho nada a retirar e nem acrescentar, a produção tem um bom acabamento e parece fechada, inclusive em sua última cena onde instiga toda a importância desta história. Recomendo na falta de outra fonte pra saber desse lado da história, caso contrário, não tenho muito o que recomendar.
O filme como qualquer outro tem seus pontos fortes e fracos, mas não acho que seja ruim ou horrível como vi descreverem nos comentários anteriores. É interessante notar que o maior problema pra todo mundo é pensar que uma criança possa ser capaz de fazer isso, mas se formos colocar no papel, hoje em dia, existem muitos gênios-mirins de programação e medicina que foram apenas condicionados a isso, então quando o diretor traz todo um histórico familiar do Ender mostrando que toda a família passou pelo mesmo processo, é mais do que certo que ele teria a possibilidade de se tornar exemplar no que faz. O diferencial e também o pecado do filme é exatamente querer mostrar que apesar de viver numa sociedade de violência legalizada, as crianças, mais especificamente, ainda mantém uma certa bondade. No caso o erro é só colocar como se todo ser humano depois de adulto sucumbisse ao instinto animal. Acho importante frisar que a sinopse do filme não faz jus nenhum, por dar a entender outra coisa. Os efeitos especiais são muito bons e não exageram quanto ao objetivo da história e quanto as atuações eu considero que foram muito boas, já que para uma criança fazer o papel de um adulto insensível e sério é algo bastante complicado, sendo que a forma que os personagens se apresentam faz total jus ao ideal do filme. Entretanto seria totalmente decepcionante se não houver uma continuação para este final, porque ele deixa muitas brechas e poucas respostas. Ainda assim eu duvido, pelo que percebi da opinião geral, que façam uma... Por fim, eu recomendaria o filme, mas a maioria já se decepcionou.
O filme é muito maravilhoso, traz uma mensagem de paz e amor que é ainda mais digna, por se dizer, do que o primeiro e consegue manter a história do Ciclo da Vida que foi apresentada antes... Entretanto ao mesmo tempo que o Ciclo da Vida é o que une e modela ambos os filmes é também o que os deixam tão parecidos que muitas das cenas e dos clímax de "O Reino de Simba" acabam ficando apagados por serem praticamente idênticos aos de "O Rei Leão". O filme também conta com muito mais musicalidade, mas fica a dúvida: Qual dos dois tem as melhores músicas? Sinceramente eu acho que é o primeiro. O ritmo é bem mais relaxado e divertido, sem contar que o Simba é um filhote como esperamos que seja qualquer um, enquanto a Kiara é muito mais contida...
Seguindo a linha de comentário que fiz sobre o filme de 1939, essa foi a segunda produção baseada no livro de Brontë que assisto. Em comparação com a primeira posso dizer que a anterior oculta mais partes do livro e essa ainda mostrando apenas o primeiro volume acaba seguindo a mesma ideia, com exceção de que fez mais modificações na história (principalmente nesse final). Finalmente o ator de Heathcliff me parece com o que tinha imaginado para ele, apesar de ter faltado um pouco de emoções ao personagem flamejante que já conheci. A atriz de Cathy ficou maravilhosa assim como todos os outros do elenco... Acho que enquanto o filme anterior se volta mais ao sofrimento de Heathcliff este se foca no de Cathy deixando o enredo mais frio. Por fim, como não posso apenas criticar, esse filme conseguiu mesmo quebrando a história original ao meio colocar um final que não te faz esperar ou questionar nada mais,
Sem fazer comparações este filme é, como eu coloco pra tantos outros filmes que vejo, bom. Apenas bom. Não desmerecendo a qualidade de algo bom, mas ainda assim as classificações vão até maravilhoso, incrível, fabuloso, dentre outras, então bom simplesmente não excede expectativas... Como produção "John Carter" é muito atrativo. Seja por conta de seus efeitos especiais (não tão extraordinário), seu elenco (um tanto irresistível), seus personagens maravilhosos ou seu enredo 'beyond Earth' o filme prende o espectador até o final sem problemas. Inclusive trazendo um final muito bom e de certa forma surpreendente, entretanto a sensação de que está faltando alguma coisa permanece e persegue durante e após o filme. Muitos outros já comentaram, mas vale a pena ressaltar que este filme usa de elementos similares a tantas outras histórias que acaba sendo um clichê e esse é a desgraça dele.
Esqueça "Uma aventura congelante" e pense em "Frozen". Agora sim podemos falar sobre essa produção maravilhosa e cativante! A Disney aposta numa forma totalmente diferente e já esquecida de fazer suas animações quando já àlgum tempo começa a investir novamente nas princesas e agora nos musicais (lembrem-se de Fantasia). Provavelmente por uma questão comercial este filme teve algumas de suas músicas retiradas para que não ficasse tão cantado e ganhasse assim mais ação! Por isso ao assistir deve-se pensar nele primeiramente como um musical e depois como uma animação e acrescentando informações ao vento, quem ouvir a trilha sonora vai descobrir que existe um segundo CD com as demos das músicas que foram retiradas e contam um pouco mais da história que o filme deixou faltando...
Quanto aos personagens primeiramente devo dizer que são incríveis e têm histórias de fundo bem desenvolvidas, sendo totalmente divertidos e emocionantes. Inclusive existe toda uma questão: quem vocês consideram a personagem principal? Elsa ou Anna? A história pode ser lida de várias formas diferentes, afinal conta a história de Elsa, mas vivemos praticamente todas as cenas a partir de Anna. Por isso acredito que sejam duas histórias contadas de formas diferentes.
Anna foi a filha de certa forma abandonada devido às necessidades da mais velha, mas que nunca se revoltou com isso e tudo que queria era voltar a ter a antiga relação com a irmã. Quando ocorreu o primeiro incidente ela se vê fechada num mundo seco e frio, principalmente após a morte de seus pais, sempre sozinha e obrigada a crescer com uma irmã que nunca vê ou fala. Ela é inocente e mantém seu ritmo infantil mesmo quando envelhece. Para ela a história é sobre reencontrar um amor que pensou nunca mais ter. Elsa é a mais velha, criada como amaldiçoada, mas também a que precisa tomar todas as responsabilidades, ela perde desde o primeiro incidente toda sua infância e se afasta de todos por medo, se tornando fria e insensível, porém por tudo isso ela nunca deixa de ser criança e quando precisa se deparar com a irmã na coroação se enche de dor e mágoas, cometendo todos os erros e fugindo para se esconder de todos novamente. Para ela a história é sobre amadurecer, descobrir e controlar, permitindo sentimentos que não causassem destruição.
Isso tudo é claro, fazendo um resumo de alto do que me lembro, mas com certeza tem muitas mais coisas para pensar sobre e redescobrir nessa história. Outra informação irrelevante: até as feministas radicais vão adorar essas princesas, rs.
Ao contrário do que todos colocaram aqui, não acho que o filme seja muito ruim. Na verdade quando vi que o filme iria passar nem acreditei, porque realmente não sabia sobre uma continuação de "Marley & eu". Não sabia, obviamente porque o filme não fez o sucesso esperado. "Marley & eu 2" não é continuação do primeiro filme. Também não tem nenhuma ligação com o primeiro, até a temporalidade está toda errada se for considerar que ele viria antes do primeiro... Logo me peguei perguntando porque insistiram em colocar que era "Marley & eu". Sinceramente deveriam ter colocado outro nome para o filme ou talvez criado uma história com um cachorro totalmente novo, ficaria melhor, porque do jeito que fizeram os que vão assistir ficam esperando o Marley do primeiro filme e se decepcionam imensamente com todo o rumo que a história leva! Fora isso o filme é bom, não é maravilhoso, mas é uma produção "Sessão da tarde". É um filme muito infantil e parecido com outros tantos filmes infantis do estilo, mas é bom. Enfim, não tem muito o que dizer e faz sentido toda a indignação com esse filme, levando em conta o primeiro, mas se for ignorar tudo do primeiro filme, ele merecia até umas 3 estrelas e é o que eu dou.
É sempre uma encruzilhada quando encontramos um filme que te dá um choque de realidade, traz vários elementos estranhos e consegue ser diferente de tudo o que já viu antes. Para mim este foi "O Futuro". Os atores principais foram secos, exatamente como o filme precisava, e os secundários traziam uma aura (se posso chamar assim) muito mais envolvente e alegre, criando uma mescla de extremos totalmente necessária para a construção do final. A trilha sonora tem uma melodia suave e nostálgica, mantendo o contraste com a ideia do futuro que o filme traz. Aliás, todos os elementos plásticos trazem essa ideia, por exemplo a fotografia é azulada com aquela ideia do nublado durante todo o filme e assim vai... Um elemento me chamou muito a atenção, entretanto. A narração do gato, acho que isso seria extremamente cômico se não fosse pelas questões que ele traz e acabou se fazendo totalmente necessário. Por fim, quanto ao enredo não tive nada da interpretação que a sinopse propõe, na verdade eu viajei junto com o filme para o futuro e de lá fui criando minha própria interpretação. Muitos spoilers abaixo:
Inicialmente não concordo que eles fossem mudar de vida por conta do medo da responsabilidade em ter um gato. O diálogo no filme deixa bem claro que o gato representa na verdade o ponto máximo de evolução da vida deles e isso que os assusta, isso que os leva a querer evoluir dentro deste tempo antes da chegada do gato. Durante todo o tempo o amor que existe entre Jason e Sophie é muito percebido por ser diferente e na verdade percebemos também um cansaço, o amor estando um pouco apagado, porém acredito que essa seja apenas nossa percepção. Já que começamos o filme com essa impressão e ao assisti-lo percebemos que na verdade eles se amam demais, mas o fazem de uma forma totalmente diferente. Quando, enfim, ambos decidem mudar de vida o primeiro momento é de um êxtase total e ambos tomam decisões de que se arrependem, quando tempo depois percebem que tudo isso é muito mais trabalhoso e exigente do que como eram antes. Assim o tempo vai passando e o amor deles vai decaindo... Jason busca segurança com o velhinho que tem várias histórias para contar sobre o amor e Sophie busca com um homem solteiro que lhe deu atenção, na verdade tanta atenção que fez até suportável perder o Jason. Então vamos avançando ao futuro e Sophie está junto com o homem, trabalhando e não muito feliz. Jason se encontra parado no tempo, não literalmente como temos a impressão de ser, mas de uma forma metafórica, pois o tempo continua passando, apenas ele que está preso no mesmo momento em que ela foi embora. Ao fim do mês, ambos se lembram da primeira mudança que haviam prometido, o gato. Porém o tempo já passou e assim como o relacionamento deles o gato se foi. Eles se sentem arrependidos e voltam a se encontrar. Fim. Finalmente o fim. É a parte mais especial do filme, porque ele permite qualquer interpretação e finalmente temos a vida agora realmente perdida e talvez sem a possibilidade de um futuro.
Enfim, o comentário ficou gigante, mas eu não conseguiria fazer diferente, espero que todos assistam e gostem!
Fui assistir esse filme um tanto preconceituoso, porque quando li a sinopse pensei duas coisas: mais um romance bobo e a versão britânica de "A mulher do viajante do tempo", logo clichê, sem surpresas e simplesmente cansativo. Agora imaginem que surpresa foi a minha quando entrei nos cinemas e tive que me emocionar, surpreender e rir com esse. A produção é magnífica, os atores são maravilhosos, a pegada da viagem no tempo é totalmente diferente do que já esperava, a trilha sonora me deixou cheio de desejos e tenho que dizer que pretendo adquiri-la e por fim, mas não menos importante, o enredo é totalmente idealista e apaixonante. Os ingleses se superaram nesta produção, com certeza! O filme tem as medidas certas de comédia, romance e drama, não ficando cansativo nunca. Eu não tenho muito mais o que falar porque realmente não encontrarei palavras para usar, mas recomendo muito que todos assistam!
Esse filme é uma grande decepção desde seu trailer até o último minuto. Não vou entrar nos méritos de produção porque ele parece ter sido bem feito apesar de tudo, mas apenas a produção não faz com que o filme seja bom. Definitivamente não. Então quando falar da produção será apenas para pontuar o que teve de ruim e deixar remarcado tudo o que detestei neste. Pelo nome e sinopse eu imaginei que a proposta seria provar a loucura que existe num concurso público. Sou totalmente a favor desta proposta, porque a loucura da maioria dos brasileiros realmente não tem limites quando convém a isso. Entretanto a história acaba se perdendo na proposta para se tornar "apenas mais uma face de como os brasileiros são", porque sinceramente é isso que eu pensaria se fosse um estrangeiro a assistir este e vários outros filmes que sujam completamente a imagem do brasileiro. Puxando e estendendo a crítica a imagem que esse filme passa só posso dizer que ainda estamos bitolados em forçar a comedia nos estereótipos (muitas vezes errôneos). Eis a leitura que faço dos nossos quatro personagens e as relações com as quais se metem (infelizmente tive que colocar como spoiler):
Caio (Danton Mello) faz o carioca malandro que se aproveita de todas as possíveis oportunidades para se dar bem passando por cima de qualquer outro e que no final tem um lapso de bondade que o faz querer ajudar (ou não, considerando o trabalho que ele assume); Rogerio Carlos (Fábio Porchat) é o gaúcho orgulhoso e enrustido que "queima a rosca" (desculpem a expressão, mas é a utilizada várias vezes por aqui); Bernardo (Rodrigo Pandolfo) é o pacato do interior com problemas sexuais por ser tão inocente e tímido, como chamariam também o "bicho do mato"; Freitas (Anderson Di Rizzi) é o nordestino miserável que não tem esperança de crescer na vida sozinho, por isso precisa sempre de seus santos e da piedade dos amigos e que apesar disso tudo se dá melhor por ter um espirito tão bom e inocente que merece recompensa; o grupo de Drag Queens que obviamente se tornaram feiticeiras do demônio no meio tempo, por que fazem um ritual usando a música do demônio (provavelmente) e transformam qualquer um na Drag mais espalhafatosa que já existiu (parece possessão demoníaca para vocês? porque para mim soou como isso); e finalmente o grupo de religiosos (perdão a falta de conhecimento sobre qual) que parece disposto a acreditar em qualquer coisa por mais imbecil que seja portanto que tenha um tom divino ou superior...
Enfim, talvez vocês concordem comigo, talvez não. Eu acho que os tais estereótipos até podem ser usados para a comédia, não quero ser nenhum politicamente correto, mas esse filme não teve nenhuma graça e ainda abusou da maioria desses pensamentos ultrapassados e errôneos. Eu me sentiria extremamente desrespeitado se fizesse parte de algum desses grupos citados... Quanto ao filme só tenho a dizer que não merece nem a meia estrela que dei, mas assistam e julguem por si próprios.
Só fui descobrir no final que o filme era baseado em fatos reais, entretanto desde o início tive aquela sensação de que era histórico e etc. A produção é maravilhosa, extremamente realista e minimalista. A história é boa, contudo clichê. Os franceses tem algumas manias nas produções, por exemplo, cenas desconexas de total silêncio ou até imagens que duram apenas tempo o suficiente para incomodar (não no mal sentido necessariamente) seguidas por outras cenas que envolvem barulhos cotidianos. Como já disse isso não é algo ruim, mas também pode ser extremamente cansativo. Afinal você tem 122 minutos de filme e provavelmente 30 a 60 minutos de cenas assim. Entretanto nesse filme essa quantidade de cenas pode ser entendida quando se pensa que ele busca o maior realismo possível e estamos falando sobre a vida de monges. Bom, se for para serem realistas nada mais justo do que retratar como é e toda a vida dos monges a partir do momento que se envolvem na trama proposta e obviamente mesmo com a trama algumas coisas se mantém conforme a rotina, logo uma vida pacata e devagar é totalmente justificável! Contrário a todas as minhas defesas do filme deve-se notar que ele é só mais uma história com base em fatos falando sobre guerras e paz e ainda assim não a melhor delas, por isso a nota que dei.
O filme é bom. Nenhum tipo de produção fantástica, mas bom. A estética é bela, as cenas bem criadas, trilha sonora legal, efeitos mais obscuros e parecem um pouco uma atualização dos usados em "O Grito", talvez?, e ainda conta com ótimas atuações. Como disse um filme bom. O pecado é se propor ao terror extremamente dark causando assim certa decepção para os que assistem. Este é um filme de terror, o que já significa alguma coisa, mas ele se baseia mais em ser um filme que contará uma história e por isso algumas cenas (poucas) tem que formar uma base e infelizmente essa ficou cambaleante. Entretanto o pecado quanto ao terror é quase que balanceado pela história que realmente é maravilhosa! Descobri agora que o filme é baseado num curta de 3 minutos do mesmo diretor. Li algumas criticas a respeito do curta e parece que ele não conseguiu fazer tudo que propunha com o pouco tempo, mas que foi excelente quanto ao terror. Ainda não o vi, por isso não posso dizer nada, porém fica a dica.
Gostei muito do comentário do André, abaixo. Entretanto, gostaria de colocar minhas próprias opiniões sobre quando vi esse filme... Sinceramente eu gostei da animação num aspecto visual. Todo feito com estilo de fotografia em "tilt-shift" e "stop motion", com o design muito parecido do "Fuga das galinhas". Quanto a história eu acho decepcionante ver um filme em que o Brasil tem que colocar novamente correlatos do futebol (como se só pensássemos e produzíssemos isso), triste também a falta de significado na produção fazendo com que ela seja apenas algo infantil para rir e etc. Eu sinceramente adoro animações e filmes infantis, realmente gosto da maioria, mas esse só me trouxe tédio. A história e as piadas só agregam as crianças e provavelmente nem todas.
Todos sempre me indicaram que assistisse esse filme e lembro que quando ele lançou foi uma febre realmente gigantesca de homens e mulheres adorando a ele. Devo dizer que naturalmente evito ir com o sentimento modal e tento realmente formular algo para gostar ou desgostar de um filme, mas essa é uma exceção. Acho engraçado notar que nas indicações do Filmow os dois primeiros filmes (caso apareça diferente são "Um amor para recordar" e "Diário de uma paixão") são extremamente similares a esse quanto a ideia de como formatar o romance ou do clímax dramático. Porém, voltemos a "P.S. Eu te amo". Eu percebi na produção alguns detalhes que já foram vistos em outras produções, mas que não chega a ser igual ou mesmo clichê. As cenas e fotografia ficaram lindas e a beleza estética com certeza é um grande ponto. No início para os mais atentos aparece que a trilha sonora é de John Powell o que significa uma música extremamente bem pensada e adaptada, fazendo a experiência não apenas visual, mas também totalmente auditiva. Quanto aos atores eu devo dizer que não tinha como dar errado. Peguemos quatro personagens: Holly, Gerry, Denise e Patricia; eles são interpretados por, respectivamente, Hilary Swank (que teve um ápice nesse filme), Gerard Butler, Lisa Kudrow (pros fãs de FRIENDS, não tem como não amar a Phoebe) e Kathy Bates (que sempre foi uma atriz maravilhosa). Por isso em aspectos produtivos esse filme não tinha como dar errado... Quanto ao enredo assistimos a vida pessoal e também a morte (não literal, obviamente) de Holly. Quando esta tem que redescobrir como viver e daí partimos nos aprofundando num romance maravilhoso, surrealista e cheio de diálogos geniais. O enredo não surpreende numa nova tendência, mas usa desta (principalmente sendo adaptação de livro) para conquistar seu espaço dentre os vários que existem. Recomendo!
Não entendi o que todos amaram nela, mas por fazer me ajudem a melhorar minha opinião, porque sinceramente esse filme foi um dos piores que vi. Achei cada minuto extremamente cansativo! Assisti dois filmes com tema gay hoje: um com o homossexual feminino e outro (esse) como o homossexual masculino. É incrível ver como o feminino é colocado ainda dentro de um enredo, romântico e sexual bem construído, enquanto o masculino vai do início ao fim dentro do sexo e apenas do sexo como se fossemos uma máquina de prazer. Minha leitura da mensagem final é: o tesão faz os homens estúpidos. Li alguns comentários e não encontrei no filme os tais diálogos tão bons e etc. O suspense foi forçado, o sexo foi forçado e na verdade todo o enredo passa longe da realidade. Só tenho uma coisa a elogiar e é a fuga dos arquétipos físicos, onde os gays não são apenas homens com corpos musculosos ou maravilhosos e sim homens comuns. A produção também não foi das melhores no sentido de que a fotografia é do início ao fim seca e o trabalho entre sombra e luz é grosseiro, inclusive duvido que alguém não tenha se sentido incomodado quando a cena vai da total escuridão direto para uma total claridade (ainda nas pedras brancas), sinceramente eu quase fiquei cego. Outro detalhe é o uso repetitivo de cenas similares ou idênticas que só me provaram um total descuido com a ambientação e desenvoltura do roteiro. Existem muitos filmes, franceses ou não, com temática gay que abrangem fatos muito mais importantes e não beiram ao ridículo igual esse, mas que infelizmente não fizeram tanto sucesso... Mas infelizmente muitos ainda preferem que os gays sejam vistos por seu desejo sexual incontrolável (e até perigoso) sem o menor cuidado com a vida, porque é isso que o filme me passou.
PS: quando digo "sem o menor cuidado com a vida" me refiro as indefinidas cenas em que eles negam o uso da camisinha independente de qualquer circunstância.
O filme é lindo, seguindo desde o início o que se propõe. A ideia das cores é bem retratada tanto no visível quanto no sensível e no enredo. É interessante perceber como do início ao fim a vida da Adèle é passada toda no azul e no final é explicado o que realmente representa isso, sendo que durante o filme todo acabamos ligando a cor (inevitavelmente) a Emma, o que não é verdade. Quanto à produção podemos perceber fotografia, temperaturas e figurinos azulados quando não azuis propriamente. Voltando ao enredo me chateia assistir mais um filme francês cheio dos clichês da vida francesa, mas acredito que sou sendo chato, apenas. Já completando o que coloquei na primeira frase, acredito que "Azul é a cor mais quente" mostre apenas o estritamente necessário para a construção da história. Costumo ser da opinião de que os filmes mostram mais sexo do que necessário, este não, ele se propõe desde o início a mostrar o sexo e o trata de uma maneira ordinária. Ainda não me contentei do porquê a classificação ser 18 anos. É um filme para qualquer opção sexual e na minha sala de cinema tinham várias lésbicas (desculpe se o nome ofender), vários gays e até mesmo vários heterossexuais o que foi interessante notar. Isso acontece, afinal, devido à profundidade emocional que é colocada no filme, fugindo assim da superficialidade que existe em "este é um filme com tema LGBT).
Ah, os ilusionistas <3 Enfim, a produção é muito boa, a fotografia, os efeitos especiais e a sonoplastia (é claro) são extremamente bons, assim como devem ser para causar uma inserção na ilusão proposta. O enredo foi muito bem desenvolvido e acaba sendo cheio de reviravoltas (algumas previsíveis e outras nem tanto), mas de certo é maravilhoso assistir como as coisas vão se formando e deformando, construindo e desconstruindo... Até que chegamos ao fim e que maravilhoso este, porque deixa as medidas certas de dúvida sem ficar em aberto.
Aliás eu fiquei morrendo de curiosidade para conhecer o tal Olho, mesmo sabendo que eles fizeram uma reconstrução gigantesca sobre o mito do Olho de Hórus.
Como produção o filme é muito bom e isso eu digo porque a fotografia é bela, a remodelagem geográfica e temporal é extremamente detalhada, os personagens são agradáveis sem a necessidade de serem extremos e os atores completaram os papeis muito bem. Posso até dizer que o trio Garrett Hedlund, Kristen Stewart e Sam Riley estavam totalmente sincronizados. Entretanto o filme não me comprou e me pego dando as 3,5 estrelas por uma tentativa de visualizar o todo, porque o enredo foi vendido de uma forma diferente do que é e o longa com seus 124 minutos acaba se tornando bastante longo e cansativo. O final é aparentemente uma retomada e uma fechada genial para quebrar tudo o que foi sendo criado durante o filme e é agradável apesar de uma sensação do já esperado. Enfim, fiquei buscando vários simbolismos e significados para elogiar o enredo, mesmo não tendo achado ele particularmente bom e cheguei a concepção de que:
o filme trata basicamente sobre dicotomias como a necessidade da estrada e a busca desta, além do vínculo que essa diferença traz; também se trata da ilegalidade (no sentido de não ser abrangido pelas leis), o que para mim é muito retratado no México que é considerado por americanos como a maior fuga possível dessa legislação que também reprime todas as ações que reverberariam sem ela, resultando no que conhecemos pelas consequências da liberdade e que pode vir a ser assustadora; e obviamente tudo isso contribui para uma questão relacionada à independência e responsabilidade.
No mais assistam, quando não estiverem com sono e tiverem um bom tempo a gastar, rs.
Quanto a esse segmento da produção, eu tenho dizer que estou ao mesmo tempo surpreso e decepcionado. Este filme passa com mais leveza do que o anterior, sendo que 132 minutos se parecem muito mais 30. Os efeitos especiais e o enredo ajudou muito para isso, afinal fizeram deste muito mais chamativo, sem contar com as batalhas do início ao fim. A entrada de alguns personagens e a manutenção de outros já tão agradáveis foi também definitivo para o sucesso, na minha opinião... Entretanto me decepcionei por conta das reviravoltas que apareceram, algumas até mesmo extraordinárias ao ponto do ridículo, na minha opinião. De qualquer forma o filme cresceu e a direção de J.J. Abrams é sempre um grande ponto!
Acabei de ver e tenho que repetir um comentário abaixo "Maravilhoso, maravilhoso (...)", porque é isso que o filme é. Uma produção belíssima em quesito fotografia, inclusive a qualidade visual melhorou muito em relação ao primeiro, a trilha sonora é ótima e os efeitos especiais ficaram muito bons, apesar de faltar alguns acabamentos em certas partes. Quanto a adaptação do livro eu tenho dizer que senti falta de algumas coisas que explicam bastante da história, mas ainda assim a tradução ficou brilhante (ou maravilhosa, rs) seguindo basicamente tudo que vem no livro e principalmente (um salve de palmas para) o final que é exatamente o mesmo que o do livro. Por fim, só posso dizer que espero muito para as sequências e mais superações, já que esse com certeza superou o primeiro.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraA coisa mais interessante sobre críticas cinematográficas e opiniões, em geral, é que elas costumam mostrar todo o tipo de construto social, por exemplo, esse filme foi tido como horrível e como maravilhoso por apenas alguns usuários daqui.
Eu me encaixo completamente na categoria dos que ficaram maravilhados. Não por conta de suas citações bem marcantes ou seu final emocionante, mas mesmo sem estas coisas, ainda assim ficaria completamente e indefinidamente apaixonado por esta obra. Dizer que ficar três horas no universo das telas é tanto quanto cansativo não se aplica aqui, porque simplesmente não lembrei da tela ao assistir, é um novo universo que se abriu na minha mente e na minha forma de lidar com a vida.
Sei que "Cloud Atlas" é uma adaptação de um livro e ainda não tive o prazer de lê-lo, mas quero acreditar pela extensão e complexidade do filme que esta foi realmente uma adaptação maravilhosa. Afinal esse roteiro, ou seu livro-base, são poesias em prosa.
Quanto aos aspectos técnicos eu direi que uma produção baseada completamente em uma gama mínima de atores tem sérios problemas em conseguir bons personagens e aqui não temos nenhum problema. Os atores principais que aparecem serpenteando toda a história provam em muitas cenas que são capazes de deixar o seu eu para tornar-se personagens e isso obviamente não é só uma questão de atuação. Com certeza eles estão de parabéns, mas algo desse nível não se consegue tendo apenas uma excelente atuação, mas sim no conjunto da fotografia, do cenário, do vestuário e da maquiagem, por exemplo.
Por isso tudo e mais várias outras coisas que não lembrarei nunca de colocar aqui, por ainda estar comovido com o filme, digo que "A Viagem (Cloud Atlas)" entrou na minha lista de favoritos dos favoritos e me arrependo amargamente de não ter assistido o mesmo no cinema.
Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso
3.2 344 Assista AgoraÉ difícil você ver um filme que tenha um jeitão "sessão da tarde", como alguns já colocaram, e que ainda assim não te dá um sono, porque afinal você só estava assistindo pra passar o tempo entediado. Esse é "Alexander e o Dia Terrível, (...)", um filme que não traz nenhuma novidade cinematográfica, não tenta escapar de clichês e nada do tipo, inclusive se prestar atenção ao elenco você tem Jennifer Garner e Steve Carell que já estrelaram em várias outras comédias, principalmente a Jennifer Garner que lembro de alguns filmes que são esse tipo de comédia voltada para a família.
Ou seja, não temos aqui nada de surpreendente. É um filme básico e no básico eles fizeram muito bem, porque todas as cenas se encaixam, dá para se divertir bastante e não consigo imaginar alguém desgostando desse filme. Não é o tipo de filme que te faz gargalhar, até porque não precisamos disso.
A fotografia do filme se sobressai entretanto, porque temos um trabalho detalhista com a apresentação do cenário no início, o que se interlaça ao filme no meio e no final volta a aparecer de forma mais presente. As cores são bem vívidas e as composições não pecam.
Eu recomendo a todos que tenham um espirito pra comédias e diferente do que deveria ser, não recomendo só para quem está entediado, com tempo livre ou sem maiores planos pro dia. Realmente dediquem um tempo pra assistir esse filme, não porque ele é sensacional, mas porque ele é muito bom em ser simples.
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraUm filme com uma temática de discussões que naturalmente são tomadas por seus representantes mais extremos não poderia deixar algo diferente do que o que esse filme me transpareceu. Acho que é relevante pra validade da minha opinião deixar claro que sou mais associado a um ateu do que a um cristão, com certeza.
Inicialmente eu gostaria de fazer um revisão de cada um dos personagens, mas acabarei fazendo essa interpretação coligada a história, porque é inevitável:
Josh Weaton, é claro, não só é o personagem principal, como também o único cristão a defender sua crença em frente a todas as situações que foram passadas a ele, minha opinião é que nos foi colocado um personagem que acredita e confia prontamente em sua crença, mas em momento algum tenta impor isso a alguém, assim como ele diz em uma das cenas, ele apenas está oferecendo aos alunos uma escolha sobre o que acreditar, diferentemente do Professor Radisson.
O professor, assim como Weaton coloca, não representa o ateísmo e diferente do primeiro personagem, ele é um "ateu" extremista. A perspectiva religiosa do filme obviamente não permitiu que este se aprofundasse também nos problemas da crença que existem, entretanto os problemas da falta da crença foram exacerbados. É interessante você perceber que nos créditos existem vários casos sobre alunos que tiveram suas crenças desrespeitadas pelos professores e ainda assim foram condenados, nesse caso eu não sei da realidade dos Estados Unidos, mas se lá é assim então realmente temos um problema, porque cada um merece o direito de acreditar no que quiser, seja uma crença justificada, seja uma crença não justificada, seja uma religião, a ciência ou um conto de fadas. Entretanto, trazendo para a realidade brasileira temos o problema oposto, pois num Estado laico a religião domina cada um dos setores e os extremistas e conservadores se impõem de forma desrespeitosa para com os ateístas, agindo muitas vezes de forma contrária ao que eles mesmos propõem.
Falando nisso, mencionarei os atores/personagens do Willie e Korie Robertson que pagam dos cristões do ano enquanto cometem atrocidades mundo a fora (e sabemos que eles não são os únicos).
Os próximos personagens que acho interessantes são Misrab e Ayisha. Começarei por Ayisha, uma garota muçulmana que mora nos EUA (não se sabe desde quando) e que decide ser cristã, nada demais, se não fosse pela concepção que a cultura ocidental tem dos muçulmanos sobre religião como obrigação (o que pode ser verdade para algumas famílias, talvez até a maioria, mas definitivamente não em todas) e toda essa concepção é passada pelo personagem do pai de Ayisha, Misrab. Assim que ele descobre sobre a opção religiosa da filha ele a violenta fisicamente duas vezes e a expulsa de casa, um cenário provável dada a situação. Apesar disso, serei petulante nessa questão, porque é muito fácil num filme totalmente pago por cristões falar mal dos muçulmanos, mas o que acontece mesmo quando temos filhos ateus e filhos gays (para citar apenas o terreno que conheço) em famílias cristãs extremistas? Bom, só pesquisar.
Este filme como foi feito, colocando tais personagens e suas condições acho que mostrou uma coisa maravilhosa, pra ser sincero. Mostrou uma pessoa que sabe ter senso crítico e defender seu ponto de vista independentemente da opinião majoritária. Inclusive eu acredito que ficaria do lado de Josh Weaton se fosse nessas condições, apenas para provar um ponto pro Professor dele.
Entretanto esse filme realça alguns problemas que temos em filmes religiosos, a facilidade em julgar e converter as pessoas, mas a extrema dificuldade de admitir e conscientizar seus erros. Acredito que são coisas que se alteradas tornariam as religiões muito mais harmoniosas e condizentes com o discurso de amor que é proferido por elas e eu concordo plenamente.
Para finalizar, eu tenho sim que recomendar esse filme, é um grande filme, mas todos que o assistirem devem tomar cuidado para não agirem contra suas vontades e crenças, para não serem influenciados como todos os outros alunos daquela turma.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista Agora"The Lone Ranger" é bem completo quanto a história, roteiro, cenários, figurino, mitologia, dentre inúmeras outras coisas. O fato de contar com grandes atores para os papeis e produção da Disney com certeza não é apenas um atrativo como também uma gratificação para o filme, entretanto alguns desses elementos podem entrar em confronto quando colocados de forma a chamar muita atenção.
Não sei onde, quando e como, mas lembro-me de ter visto alguma 'review' deste quando estava nos cinemas e ela ressaltava como era uma releitura do conto do Zorro. Eu posso dizer que não conheço até então quase nada sobre a Lenda de Zorro, mas do pouco que sei ficou uma boa adaptação.
O fator da narração desta história ser no passado faz com que tenhamos um roteiro completo e sem brechas, mesmo que para isso faça-se uso de "elementos imaginários do Tonto". Foi bastante impressionante, também, o que fizeram com os cenários, pois estes foram bastante abertos e claros, ou seja, existia um foco em que fosse visualizado não só o ato e os atores como toda a cena, inclusive se arriscando numa reconstituição de cenários e na seguimentação destes.
Entretanto se fosse para criticar algo seria, não a escolha, mas a forma de enfoque dado aos personagens. Prestando atenção puramente na história você diria que as personagens principais são John Reld, Tonto, Butch Cavendish e Rebecca Reld e por uma questão de 'casting' eles reordenaram para Tonto (Johnny Depp), John Reld (Armie Hammer) e Red Harrington (Helena Bonhan Carter). Nada contra a atuação de nenhum deles, Depp fez um ótimo trabalho como sempre, apesar de mostrar todos seus típicos trejeitos e Bonhan Carter também esteve incrível, sendo que dessa vez nem parecia tanto ser ela a atriz. Ainda assim a Red não aparece tantas vezes e nem é tão importante quanto a Rebecca que apesar de ser a dama indefesa na maior parte do filme, é também a musa do nosso herói.
Não consigo pensar em nada além disso para criticar e acredito que para algumas risadas e 149 minutos de diversão todos deveriam assistir este filme, que está realmente maravilhoso.
Caçadores de Obras-Primas
3.1 476 Assista AgoraÉ uma pena dar a esse filme 3 estrelas, ainda mais depois dos trailers espetaculares que me deixaram desejando assistir o quanto antes. Enquanto colocaram bons atores, um tema comercial e adicionaram um quê de diferente a esse tema, se perderam completamente em montar uma unidade e construir ela de forma coesa. Talvez no livro que baseou esse filme tenha feito mais sentido, mas a adaptação começa do nada e segue ligando a trama de forma forçada.
Tive a impressão durante os primeiros trinta minutos de filme que nenhum soldado era do "Monuments Men" até mesmo porque o capitão deles não fica junto com eles durante o início. E eles pareciam simplesmente perdidos ali.
Entretanto o que me agradou mais foi o fato de abordarem outro lado da guerra e ainda assim me decepcionei porque momento algum os nazistas se mostraram como uma verdadeira oposição ao exército norte-americano, ou seja nesse filme pode-se esperar o grande império dos EUA dominando tudo e controlando a todos. Por isso considero uma grande personagem e uma das minhas favoritas a srta. Claire Simone (Cate Blanchett) que se mostra mais resistente a força deste exército do que a própria Alemanha. Se perceberem ela controla eles durante todo o filme praticamente.
Em aspectos técnicos não tenho nada a retirar e nem acrescentar, a produção tem um bom acabamento e parece fechada, inclusive em sua última cena onde instiga toda a importância desta história.
Recomendo na falta de outra fonte pra saber desse lado da história, caso contrário, não tenho muito o que recomendar.
Ender's Game: O Jogo do Exterminador
3.4 891 Assista AgoraO filme como qualquer outro tem seus pontos fortes e fracos, mas não acho que seja ruim ou horrível como vi descreverem nos comentários anteriores. É interessante notar que o maior problema pra todo mundo é pensar que uma criança possa ser capaz de fazer isso, mas se formos colocar no papel, hoje em dia, existem muitos gênios-mirins de programação e medicina que foram apenas condicionados a isso, então quando o diretor traz todo um histórico familiar do Ender mostrando que toda a família passou pelo mesmo processo, é mais do que certo que ele teria a possibilidade de se tornar exemplar no que faz.
O diferencial e também o pecado do filme é exatamente querer mostrar que apesar de viver numa sociedade de violência legalizada, as crianças, mais especificamente, ainda mantém uma certa bondade. No caso o erro é só colocar como se todo ser humano depois de adulto sucumbisse ao instinto animal.
Acho importante frisar que a sinopse do filme não faz jus nenhum, por dar a entender outra coisa. Os efeitos especiais são muito bons e não exageram quanto ao objetivo da história e quanto as atuações eu considero que foram muito boas, já que para uma criança fazer o papel de um adulto insensível e sério é algo bastante complicado, sendo que a forma que os personagens se apresentam faz total jus ao ideal do filme.
Entretanto seria totalmente decepcionante se não houver uma continuação para este final, porque ele deixa muitas brechas e poucas respostas. Ainda assim eu duvido, pelo que percebi da opinião geral, que façam uma...
Por fim, eu recomendaria o filme, mas a maioria já se decepcionou.
O Rei Leão 2: O Reino de Simba
3.6 477 Assista AgoraO filme é muito maravilhoso, traz uma mensagem de paz e amor que é ainda mais digna, por se dizer, do que o primeiro e consegue manter a história do Ciclo da Vida que foi apresentada antes...
Entretanto ao mesmo tempo que o Ciclo da Vida é o que une e modela ambos os filmes é também o que os deixam tão parecidos que muitas das cenas e dos clímax de "O Reino de Simba" acabam ficando apagados por serem praticamente idênticos aos de "O Rei Leão".
O filme também conta com muito mais musicalidade, mas fica a dúvida: Qual dos dois tem as melhores músicas? Sinceramente eu acho que é o primeiro. O ritmo é bem mais relaxado e divertido, sem contar que o Simba é um filhote como esperamos que seja qualquer um, enquanto a Kiara é muito mais contida...
O Morro dos Ventos Uivantes
3.1 27Seguindo a linha de comentário que fiz sobre o filme de 1939, essa foi a segunda produção baseada no livro de Brontë que assisto. Em comparação com a primeira posso dizer que a anterior oculta mais partes do livro e essa ainda mostrando apenas o primeiro volume acaba seguindo a mesma ideia, com exceção de que fez mais modificações na história (principalmente nesse final).
Finalmente o ator de Heathcliff me parece com o que tinha imaginado para ele, apesar de ter faltado um pouco de emoções ao personagem flamejante que já conheci. A atriz de Cathy ficou maravilhosa assim como todos os outros do elenco...
Acho que enquanto o filme anterior se volta mais ao sofrimento de Heathcliff este se foca no de Cathy deixando o enredo mais frio. Por fim, como não posso apenas criticar, esse filme conseguiu mesmo quebrando a história original ao meio colocar um final que não te faz esperar ou questionar nada mais,
já que os dois personagens principais morrem.
John Carter: Entre Dois Mundos
3.2 1,6K Assista AgoraSem fazer comparações este filme é, como eu coloco pra tantos outros filmes que vejo, bom. Apenas bom. Não desmerecendo a qualidade de algo bom, mas ainda assim as classificações vão até maravilhoso, incrível, fabuloso, dentre outras, então bom simplesmente não excede expectativas...
Como produção "John Carter" é muito atrativo. Seja por conta de seus efeitos especiais (não tão extraordinário), seu elenco (um tanto irresistível), seus personagens maravilhosos ou seu enredo 'beyond Earth' o filme prende o espectador até o final sem problemas. Inclusive trazendo um final muito bom e de certa forma surpreendente, entretanto a sensação de que está faltando alguma coisa permanece e persegue durante e após o filme.
Muitos outros já comentaram, mas vale a pena ressaltar que este filme usa de elementos similares a tantas outras histórias que acaba sendo um clichê e esse é a desgraça dele.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraEsqueça "Uma aventura congelante" e pense em "Frozen". Agora sim podemos falar sobre essa produção maravilhosa e cativante! A Disney aposta numa forma totalmente diferente e já esquecida de fazer suas animações quando já àlgum tempo começa a investir novamente nas princesas e agora nos musicais (lembrem-se de Fantasia). Provavelmente por uma questão comercial este filme teve algumas de suas músicas retiradas para que não ficasse tão cantado e ganhasse assim mais ação! Por isso ao assistir deve-se pensar nele primeiramente como um musical e depois como uma animação e acrescentando informações ao vento, quem ouvir a trilha sonora vai descobrir que existe um segundo CD com as demos das músicas que foram retiradas e contam um pouco mais da história que o filme deixou faltando...
como por exemplo a explicação para a maldição.
Quanto aos personagens primeiramente devo dizer que são incríveis e têm histórias de fundo bem desenvolvidas, sendo totalmente divertidos e emocionantes. Inclusive existe toda uma questão: quem vocês consideram a personagem principal? Elsa ou Anna?
A história pode ser lida de várias formas diferentes, afinal conta a história de Elsa, mas vivemos praticamente todas as cenas a partir de Anna. Por isso acredito que sejam duas histórias contadas de formas diferentes.
Anna foi a filha de certa forma abandonada devido às necessidades da mais velha, mas que nunca se revoltou com isso e tudo que queria era voltar a ter a antiga relação com a irmã. Quando ocorreu o primeiro incidente ela se vê fechada num mundo seco e frio, principalmente após a morte de seus pais, sempre sozinha e obrigada a crescer com uma irmã que nunca vê ou fala. Ela é inocente e mantém seu ritmo infantil mesmo quando envelhece. Para ela a história é sobre reencontrar um amor que pensou nunca mais ter.
Elsa é a mais velha, criada como amaldiçoada, mas também a que precisa tomar todas as responsabilidades, ela perde desde o primeiro incidente toda sua infância e se afasta de todos por medo, se tornando fria e insensível, porém por tudo isso ela nunca deixa de ser criança e quando precisa se deparar com a irmã na coroação se enche de dor e mágoas, cometendo todos os erros e fugindo para se esconder de todos novamente. Para ela a história é sobre amadurecer, descobrir e controlar, permitindo sentimentos que não causassem destruição.
Isso tudo é claro, fazendo um resumo de alto do que me lembro, mas com certeza tem muitas mais coisas para pensar sobre e redescobrir nessa história. Outra informação irrelevante: até as feministas radicais vão adorar essas princesas, rs.
Marley e Eu 2: O Filhote Encrenqueiro
2.0 280Ao contrário do que todos colocaram aqui, não acho que o filme seja muito ruim. Na verdade quando vi que o filme iria passar nem acreditei, porque realmente não sabia sobre uma continuação de "Marley & eu". Não sabia, obviamente porque o filme não fez o sucesso esperado.
"Marley & eu 2" não é continuação do primeiro filme. Também não tem nenhuma ligação com o primeiro, até a temporalidade está toda errada se for considerar que ele viria antes do primeiro... Logo me peguei perguntando porque insistiram em colocar que era "Marley & eu". Sinceramente deveriam ter colocado outro nome para o filme ou talvez criado uma história com um cachorro totalmente novo, ficaria melhor, porque do jeito que fizeram os que vão assistir ficam esperando o Marley do primeiro filme e se decepcionam imensamente com todo o rumo que a história leva!
Fora isso o filme é bom, não é maravilhoso, mas é uma produção "Sessão da tarde". É um filme muito infantil e parecido com outros tantos filmes infantis do estilo, mas é bom.
Enfim, não tem muito o que dizer e faz sentido toda a indignação com esse filme, levando em conta o primeiro, mas se for ignorar tudo do primeiro filme, ele merecia até umas 3 estrelas e é o que eu dou.
O Futuro
3.5 155 Assista AgoraÉ sempre uma encruzilhada quando encontramos um filme que te dá um choque de realidade, traz vários elementos estranhos e consegue ser diferente de tudo o que já viu antes. Para mim este foi "O Futuro".
Os atores principais foram secos, exatamente como o filme precisava, e os secundários traziam uma aura (se posso chamar assim) muito mais envolvente e alegre, criando uma mescla de extremos totalmente necessária para a construção do final. A trilha sonora tem uma melodia suave e nostálgica, mantendo o contraste com a ideia do futuro que o filme traz. Aliás, todos os elementos plásticos trazem essa ideia, por exemplo a fotografia é azulada com aquela ideia do nublado durante todo o filme e assim vai...
Um elemento me chamou muito a atenção, entretanto. A narração do gato, acho que isso seria extremamente cômico se não fosse pelas questões que ele traz e acabou se fazendo totalmente necessário.
Por fim, quanto ao enredo não tive nada da interpretação que a sinopse propõe, na verdade eu viajei junto com o filme para o futuro e de lá fui criando minha própria interpretação. Muitos spoilers abaixo:
Inicialmente não concordo que eles fossem mudar de vida por conta do medo da responsabilidade em ter um gato. O diálogo no filme deixa bem claro que o gato representa na verdade o ponto máximo de evolução da vida deles e isso que os assusta, isso que os leva a querer evoluir dentro deste tempo antes da chegada do gato.
Durante todo o tempo o amor que existe entre Jason e Sophie é muito percebido por ser diferente e na verdade percebemos também um cansaço, o amor estando um pouco apagado, porém acredito que essa seja apenas nossa percepção. Já que começamos o filme com essa impressão e ao assisti-lo percebemos que na verdade eles se amam demais, mas o fazem de uma forma totalmente diferente. Quando, enfim, ambos decidem mudar de vida o primeiro momento é de um êxtase total e ambos tomam decisões de que se arrependem, quando tempo depois percebem que tudo isso é muito mais trabalhoso e exigente do que como eram antes.
Assim o tempo vai passando e o amor deles vai decaindo... Jason busca segurança com o velhinho que tem várias histórias para contar sobre o amor e Sophie busca com um homem solteiro que lhe deu atenção, na verdade tanta atenção que fez até suportável perder o Jason.
Então vamos avançando ao futuro e Sophie está junto com o homem, trabalhando e não muito feliz. Jason se encontra parado no tempo, não literalmente como temos a impressão de ser, mas de uma forma metafórica, pois o tempo continua passando, apenas ele que está preso no mesmo momento em que ela foi embora.
Ao fim do mês, ambos se lembram da primeira mudança que haviam prometido, o gato. Porém o tempo já passou e assim como o relacionamento deles o gato se foi. Eles se sentem arrependidos e voltam a se encontrar. Fim.
Finalmente o fim. É a parte mais especial do filme, porque ele permite qualquer interpretação e finalmente temos a vida agora realmente perdida e talvez sem a possibilidade de um futuro.
Enfim, o comentário ficou gigante, mas eu não conseguiria fazer diferente, espero que todos assistam e gostem!
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraFui assistir esse filme um tanto preconceituoso, porque quando li a sinopse pensei duas coisas: mais um romance bobo e a versão britânica de "A mulher do viajante do tempo", logo clichê, sem surpresas e simplesmente cansativo.
Agora imaginem que surpresa foi a minha quando entrei nos cinemas e tive que me emocionar, surpreender e rir com esse. A produção é magnífica, os atores são maravilhosos, a pegada da viagem no tempo é totalmente diferente do que já esperava, a trilha sonora me deixou cheio de desejos e tenho que dizer que pretendo adquiri-la e por fim, mas não menos importante, o enredo é totalmente idealista e apaixonante.
Os ingleses se superaram nesta produção, com certeza! O filme tem as medidas certas de comédia, romance e drama, não ficando cansativo nunca. Eu não tenho muito mais o que falar porque realmente não encontrarei palavras para usar, mas recomendo muito que todos assistam!
O Concurso
2.3 665Esse filme é uma grande decepção desde seu trailer até o último minuto. Não vou entrar nos méritos de produção porque ele parece ter sido bem feito apesar de tudo, mas apenas a produção não faz com que o filme seja bom. Definitivamente não. Então quando falar da produção será apenas para pontuar o que teve de ruim e deixar remarcado tudo o que detestei neste.
Pelo nome e sinopse eu imaginei que a proposta seria provar a loucura que existe num concurso público. Sou totalmente a favor desta proposta, porque a loucura da maioria dos brasileiros realmente não tem limites quando convém a isso. Entretanto a história acaba se perdendo na proposta para se tornar "apenas mais uma face de como os brasileiros são", porque sinceramente é isso que eu pensaria se fosse um estrangeiro a assistir este e vários outros filmes que sujam completamente a imagem do brasileiro.
Puxando e estendendo a crítica a imagem que esse filme passa só posso dizer que ainda estamos bitolados em forçar a comedia nos estereótipos (muitas vezes errôneos). Eis a leitura que faço dos nossos quatro personagens e as relações com as quais se metem (infelizmente tive que colocar como spoiler):
Caio (Danton Mello) faz o carioca malandro que se aproveita de todas as possíveis oportunidades para se dar bem passando por cima de qualquer outro e que no final tem um lapso de bondade que o faz querer ajudar (ou não, considerando o trabalho que ele assume); Rogerio Carlos (Fábio Porchat) é o gaúcho orgulhoso e enrustido que "queima a rosca" (desculpem a expressão, mas é a utilizada várias vezes por aqui); Bernardo (Rodrigo Pandolfo) é o pacato do interior com problemas sexuais por ser tão inocente e tímido, como chamariam também o "bicho do mato"; Freitas (Anderson Di Rizzi) é o nordestino miserável que não tem esperança de crescer na vida sozinho, por isso precisa sempre de seus santos e da piedade dos amigos e que apesar disso tudo se dá melhor por ter um espirito tão bom e inocente que merece recompensa; o grupo de Drag Queens que obviamente se tornaram feiticeiras do demônio no meio tempo, por que fazem um ritual usando a música do demônio (provavelmente) e transformam qualquer um na Drag mais espalhafatosa que já existiu (parece possessão demoníaca para vocês? porque para mim soou como isso); e finalmente o grupo de religiosos (perdão a falta de conhecimento sobre qual) que parece disposto a acreditar em qualquer coisa por mais imbecil que seja portanto que tenha um tom divino ou superior...
Enfim, talvez vocês concordem comigo, talvez não. Eu acho que os tais estereótipos até podem ser usados para a comédia, não quero ser nenhum politicamente correto, mas esse filme não teve nenhuma graça e ainda abusou da maioria desses pensamentos ultrapassados e errôneos. Eu me sentiria extremamente desrespeitado se fizesse parte de algum desses grupos citados...
Quanto ao filme só tenho a dizer que não merece nem a meia estrela que dei, mas assistam e julguem por si próprios.
Homens e Deuses
3.8 124 Assista AgoraSó fui descobrir no final que o filme era baseado em fatos reais, entretanto desde o início tive aquela sensação de que era histórico e etc. A produção é maravilhosa, extremamente realista e minimalista. A história é boa, contudo clichê.
Os franceses tem algumas manias nas produções, por exemplo, cenas desconexas de total silêncio ou até imagens que duram apenas tempo o suficiente para incomodar (não no mal sentido necessariamente) seguidas por outras cenas que envolvem barulhos cotidianos. Como já disse isso não é algo ruim, mas também pode ser extremamente cansativo. Afinal você tem 122 minutos de filme e provavelmente 30 a 60 minutos de cenas assim.
Entretanto nesse filme essa quantidade de cenas pode ser entendida quando se pensa que ele busca o maior realismo possível e estamos falando sobre a vida de monges. Bom, se for para serem realistas nada mais justo do que retratar como é e toda a vida dos monges a partir do momento que se envolvem na trama proposta e obviamente mesmo com a trama algumas coisas se mantém conforme a rotina, logo uma vida pacata e devagar é totalmente justificável!
Contrário a todas as minhas defesas do filme deve-se notar que ele é só mais uma história com base em fatos falando sobre guerras e paz e ainda assim não a melhor delas, por isso a nota que dei.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraO filme é bom. Nenhum tipo de produção fantástica, mas bom. A estética é bela, as cenas bem criadas, trilha sonora legal, efeitos mais obscuros e parecem um pouco uma atualização dos usados em "O Grito", talvez?, e ainda conta com ótimas atuações.
Como disse um filme bom. O pecado é se propor ao terror extremamente dark causando assim certa decepção para os que assistem. Este é um filme de terror, o que já significa alguma coisa, mas ele se baseia mais em ser um filme que contará uma história e por isso algumas cenas (poucas) tem que formar uma base e infelizmente essa ficou cambaleante. Entretanto o pecado quanto ao terror é quase que balanceado pela história que realmente é maravilhosa!
Descobri agora que o filme é baseado num curta de 3 minutos do mesmo diretor. Li algumas criticas a respeito do curta e parece que ele não conseguiu fazer tudo que propunha com o pouco tempo, mas que foi excelente quanto ao terror. Ainda não o vi, por isso não posso dizer nada, porém fica a dica.
Minhocas
2.4 63Gostei muito do comentário do André, abaixo. Entretanto, gostaria de colocar minhas próprias opiniões sobre quando vi esse filme...
Sinceramente eu gostei da animação num aspecto visual. Todo feito com estilo de fotografia em "tilt-shift" e "stop motion", com o design muito parecido do "Fuga das galinhas".
Quanto a história eu acho decepcionante ver um filme em que o Brasil tem que colocar novamente correlatos do futebol (como se só pensássemos e produzíssemos isso), triste também a falta de significado na produção fazendo com que ela seja apenas algo infantil para rir e etc.
Eu sinceramente adoro animações e filmes infantis, realmente gosto da maioria, mas esse só me trouxe tédio. A história e as piadas só agregam as crianças e provavelmente nem todas.
P.S. Eu Te Amo
3.7 2,7K Assista AgoraTodos sempre me indicaram que assistisse esse filme e lembro que quando ele lançou foi uma febre realmente gigantesca de homens e mulheres adorando a ele. Devo dizer que naturalmente evito ir com o sentimento modal e tento realmente formular algo para gostar ou desgostar de um filme, mas essa é uma exceção. Acho engraçado notar que nas indicações do Filmow os dois primeiros filmes (caso apareça diferente são "Um amor para recordar" e "Diário de uma paixão") são extremamente similares a esse quanto a ideia de como formatar o romance ou do clímax dramático.
Porém, voltemos a "P.S. Eu te amo". Eu percebi na produção alguns detalhes que já foram vistos em outras produções, mas que não chega a ser igual ou mesmo clichê. As cenas e fotografia ficaram lindas e a beleza estética com certeza é um grande ponto. No início para os mais atentos aparece que a trilha sonora é de John Powell o que significa uma música extremamente bem pensada e adaptada, fazendo a experiência não apenas visual, mas também totalmente auditiva.
Quanto aos atores eu devo dizer que não tinha como dar errado. Peguemos quatro personagens: Holly, Gerry, Denise e Patricia; eles são interpretados por, respectivamente, Hilary Swank (que teve um ápice nesse filme), Gerard Butler, Lisa Kudrow (pros fãs de FRIENDS, não tem como não amar a Phoebe) e Kathy Bates (que sempre foi uma atriz maravilhosa). Por isso em aspectos produtivos esse filme não tinha como dar errado...
Quanto ao enredo assistimos a vida pessoal e também a morte (não literal, obviamente) de Holly. Quando esta tem que redescobrir como viver e daí partimos nos aprofundando num romance maravilhoso, surrealista e cheio de diálogos geniais. O enredo não surpreende numa nova tendência, mas usa desta (principalmente sendo adaptação de livro) para conquistar seu espaço dentre os vários que existem.
Recomendo!
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraNão entendi o que todos amaram nela, mas por fazer me ajudem a melhorar minha opinião, porque sinceramente esse filme foi um dos piores que vi. Achei cada minuto extremamente cansativo!
Assisti dois filmes com tema gay hoje: um com o homossexual feminino e outro (esse) como o homossexual masculino. É incrível ver como o feminino é colocado ainda dentro de um enredo, romântico e sexual bem construído, enquanto o masculino vai do início ao fim dentro do sexo e apenas do sexo como se fossemos uma máquina de prazer. Minha leitura da mensagem final é: o tesão faz os homens estúpidos.
Li alguns comentários e não encontrei no filme os tais diálogos tão bons e etc. O suspense foi forçado, o sexo foi forçado e na verdade todo o enredo passa longe da realidade. Só tenho uma coisa a elogiar e é a fuga dos arquétipos físicos, onde os gays não são apenas homens com corpos musculosos ou maravilhosos e sim homens comuns.
A produção também não foi das melhores no sentido de que a fotografia é do início ao fim seca e o trabalho entre sombra e luz é grosseiro, inclusive duvido que alguém não tenha se sentido incomodado quando a cena vai da total escuridão direto para uma total claridade (ainda nas pedras brancas), sinceramente eu quase fiquei cego. Outro detalhe é o uso repetitivo de cenas similares ou idênticas que só me provaram um total descuido com a ambientação e desenvoltura do roteiro.
Existem muitos filmes, franceses ou não, com temática gay que abrangem fatos muito mais importantes e não beiram ao ridículo igual esse, mas que infelizmente não fizeram tanto sucesso... Mas infelizmente muitos ainda preferem que os gays sejam vistos por seu desejo sexual incontrolável (e até perigoso) sem o menor cuidado com a vida, porque é isso que o filme me passou.
PS: quando digo "sem o menor cuidado com a vida" me refiro as indefinidas cenas em que eles negam o uso da camisinha independente de qualquer circunstância.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraO filme é lindo, seguindo desde o início o que se propõe. A ideia das cores é bem retratada tanto no visível quanto no sensível e no enredo. É interessante perceber como do início ao fim a vida da Adèle é passada toda no azul e no final é explicado o que realmente representa isso, sendo que durante o filme todo acabamos ligando a cor (inevitavelmente) a Emma, o que não é verdade. Quanto à produção podemos perceber fotografia, temperaturas e figurinos azulados quando não azuis propriamente.
Voltando ao enredo me chateia assistir mais um filme francês cheio dos clichês da vida francesa, mas acredito que sou sendo chato, apenas. Já completando o que coloquei na primeira frase, acredito que "Azul é a cor mais quente" mostre apenas o estritamente necessário para a construção da história. Costumo ser da opinião de que os filmes mostram mais sexo do que necessário, este não, ele se propõe desde o início a mostrar o sexo e o trata de uma maneira ordinária. Ainda não me contentei do porquê a classificação ser 18 anos.
É um filme para qualquer opção sexual e na minha sala de cinema tinham várias lésbicas (desculpe se o nome ofender), vários gays e até mesmo vários heterossexuais o que foi interessante notar. Isso acontece, afinal, devido à profundidade emocional que é colocada no filme, fugindo assim da superficialidade que existe em "este é um filme com tema LGBT).
Só uma sacada final. O azul na verdade é a cor da Adèle, não da Emma, por isso o filme continua seguindo o azul quando elas se separam.
Recomendo a todos!
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraAh, os ilusionistas <3
Enfim, a produção é muito boa, a fotografia, os efeitos especiais e a sonoplastia (é claro) são extremamente bons, assim como devem ser para causar uma inserção na ilusão proposta.
O enredo foi muito bem desenvolvido e acaba sendo cheio de reviravoltas (algumas previsíveis e outras nem tanto), mas de certo é maravilhoso assistir como as coisas vão se formando e deformando, construindo e desconstruindo... Até que chegamos ao fim e que maravilhoso este, porque deixa as medidas certas de dúvida sem ficar em aberto.
Aliás eu fiquei morrendo de curiosidade para conhecer o tal Olho, mesmo sabendo que eles fizeram uma reconstrução gigantesca sobre o mito do Olho de Hórus.
Na Estrada
3.3 1,9KComo produção o filme é muito bom e isso eu digo porque a fotografia é bela, a remodelagem geográfica e temporal é extremamente detalhada, os personagens são agradáveis sem a necessidade de serem extremos e os atores completaram os papeis muito bem. Posso até dizer que o trio Garrett Hedlund, Kristen Stewart e Sam Riley estavam totalmente sincronizados.
Entretanto o filme não me comprou e me pego dando as 3,5 estrelas por uma tentativa de visualizar o todo, porque o enredo foi vendido de uma forma diferente do que é e o longa com seus 124 minutos acaba se tornando bastante longo e cansativo.
O final é aparentemente uma retomada e uma fechada genial para quebrar tudo o que foi sendo criado durante o filme e é agradável apesar de uma sensação do já esperado. Enfim, fiquei buscando vários simbolismos e significados para elogiar o enredo, mesmo não tendo achado ele particularmente bom e cheguei a concepção de que:
o filme trata basicamente sobre dicotomias como a necessidade da estrada e a busca desta, além do vínculo que essa diferença traz; também se trata da ilegalidade (no sentido de não ser abrangido pelas leis), o que para mim é muito retratado no México que é considerado por americanos como a maior fuga possível dessa legislação que também reprime todas as ações que reverberariam sem ela, resultando no que conhecemos pelas consequências da liberdade e que pode vir a ser assustadora; e obviamente tudo isso contribui para uma questão relacionada à independência e responsabilidade.
No mais assistam, quando não estiverem com sono e tiverem um bom tempo a gastar, rs.
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraQuanto a esse segmento da produção, eu tenho dizer que estou ao mesmo tempo surpreso e decepcionado. Este filme passa com mais leveza do que o anterior, sendo que 132 minutos se parecem muito mais 30.
Os efeitos especiais e o enredo ajudou muito para isso, afinal fizeram deste muito mais chamativo, sem contar com as batalhas do início ao fim. A entrada de alguns personagens e a manutenção de outros já tão agradáveis foi também definitivo para o sucesso, na minha opinião...
Entretanto me decepcionei por conta das reviravoltas que apareceram, algumas até mesmo extraordinárias ao ponto do ridículo, na minha opinião. De qualquer forma o filme cresceu e a direção de J.J. Abrams é sempre um grande ponto!
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraAcabei de ver e tenho que repetir um comentário abaixo "Maravilhoso, maravilhoso (...)", porque é isso que o filme é. Uma produção belíssima em quesito fotografia, inclusive a qualidade visual melhorou muito em relação ao primeiro, a trilha sonora é ótima e os efeitos especiais ficaram muito bons, apesar de faltar alguns acabamentos em certas partes.
Quanto a adaptação do livro eu tenho dizer que senti falta de algumas coisas que explicam bastante da história, mas ainda assim a tradução ficou brilhante (ou maravilhosa, rs) seguindo basicamente tudo que vem no livro e principalmente (um salve de palmas para) o final que é exatamente o mesmo que o do livro. Por fim, só posso dizer que espero muito para as sequências e mais superações, já que esse com certeza superou o primeiro.