Situado em uma cidade confortavel e tipicamente americana e que ja nos faz entrar no clima casual do filme, In The Bedroom é um otimo trabalho de todas as partes envolvidas. Focando ao maximo na relação entre pessoas, mas sem perder a atmosfera cotidiana, o filme conta a historia de um casal que apos a morte do filho tem que lidar com a perda, com um ao outro e com eles mesmos. Sissy Spacek foi merecidamente agraciada com o golden globe por sua performace que apesar de pareçer coadjuvante no primeiro tempo do filme, se torna a presença mais marcante depois, como a super protetora e preocupada mãe que não consegue concorcordar com as escolhas do filho e nem suportar o peso de sua morte. Tom Wilkinson tambem marca o filme, se tornando um par perfeito em materia de atuação com Sissy como o pai desamparado que não consegue encontrar conforto, nem mesmo em sua amada esposa para a tragedia da perda de do filho. Marisa Tomei é sempre competente, mesmo em papeis coadjuvantes, que alias, costumam ser os seus melhores, sendo neste filme a chave que liga a familia Fowler com o violento Richard, mas que no começo do filme nos da a impressão de ser uma presença reconfortante que afasta o jovem Frank de uma vida de duvidas e indecisões. In The Bedroom foca muito no silencio, desde a escolha do estilo de trilha sonora quando para o numero de falas dos personagens, exigindo do espectador sensibilidade para captar e entender o filme a partir das expressões e ações dos protagonistas, que são marcados por um tremor interno que os impede de encontrar conforto um no outro ou em qualquer outra situação, e tocando o espectador por conseguir se aproximar de forma tão completa. Ruth e Matt não conseguem seguir de fato com suas vidas, se fechando e desesperando cada vez mais ate a tensa e perfeita sequencia onde apos uma explosão de nervos conseguem se expor um ao outro, e mesmo se enfrentando, conseguem finalmente encontrar no outro o apoio de um casal para enfim encontrarem uma solução para os diversos problemas que lhes afligem, mas sem cair erro de dialogos cliches e situações previsiveis, o que dá charme e originalidade para a trama. O titulo do filme retoma a todos esses sentimentos que Ruth e Matt tem que conviver, a todos os fantasmas que estão dentro deles, de forma individual que eles mesmos criam como forma de escapar da realidade e que precisão ser enfrentados e que se soma a outro ponto interessante, que são os diversos planos abertos, aliados ao silencio das cenas, a precisão das atuações e se completam perfeitamente para criar o clima unico do filme.
Um dos mais falados filmes da historia cinematografica, contando com diversos elementos que marcaram, em especial para a inesquecivel sequencia do assassinato no chuveiro de Janet Leigh, acopanhada da musica tensa criada por Bernard Herrmann que tambem demostra uma otima edição combinado musica, closes, movimentos sem perder o foco. Como de costume, Hitchcook vai levando o espectador a um clima de tensão e ansiedade desde os primeiros momentos do filme, começando com o que pareçe uma historia simples mas que se complica e dai vai prendento a atenção a cada minuto, numa especie de voyerismo que não acopanha apenas a fuga da personagem Marion, e dos outros personagems que apareçem depois da sequencia chave, mas de todos os seus sentimentos envolvidos que ficam em um tom charmoso e assustador, mas não violento, por ser filmado em preto e branco. Diferenciando do estilo comum de filmes, Hitchcook muda o protagonista do filme, que a meu ver, passa a ser o personagem de Anthony Perkins: Norman Bates. Normam é uma representação otima de uma pessoa psicotica, de aparencia fragil mas agressiva que reflete toda a conturbada relação dele com sua mãe e as coloca em conflito com aqueles que se hospedam em seu hotel. A sequencia final da 'mãe' de Normam explicando o seu comportamento é inexperada e otima. Psicose é o marco do diretor, por otimas razões.
Aquela tipica comedia romantica sem graça e que tem pra todo lado e que são lançadas aos montes o ano todo, e super a cara dos cansativos Adam Sandler e Jennifer Aniston. Uma estoria absurdamente boba e sem sentido sobre o Adam (sim, por que ele não é ator, é ele mesmo em todos os filmes e é sempre bobo) que por fingir ser casado acha que conquista todo mundo e pra conquistar o suposto amor da sua vida arma um plano com sua amiga e que mais tarde se torna o seu obvio par romantico Jennifer (ela tambem não muda de filme pra filme). Cheio de piadas exageradas, milhões de personagens coadjuvantes irritantes e desnecessarios, o filme segue aquela tipica receita de piadinhas, confusões e draminha pre final feliz previsivel. Nem Nicole Kidman que apesar de bonita ruiva, salva, pois tem um papel muito chato.
Me doi veer um bom ator ou atriz em um papel ruim, e em um filme ruim. Infelizmente é algo muito comum e o caso de Christina Ricci e Jesse Eisenberg em Cursed. Era de se esperar um filme ruim, ja que o diretor esta acostumado a fazer filmes de terror ruins e acertando em raros momentos como em Pânico, mas esse filme, cujo roteiro foi produzido as pressas durante a produção foi uma decepção para todos os envolvidos e para o gênero. Lobisomens mal feitos, atuações exageradas, efeitos visuais ruins e estoria pessima cheia de 'reviravoltas' sem sentidos e cansativas. Esse é aquele tipico filme que você tem vontade de ver pelo estilo ou atores e termina reclamando por que perdeu uma hora e meia de vida.
Junto a Rosemary's Baby e Repulsion, The Tenant completa a incrivel trilogia pessoal de Polanski sobre os temores que se passam em apartamentos. Com toques de surrealismo, o diretor conta a historia de Trelkowski, um polones que se muda para um pequeno apartamento em um predio um tanto quanto sombrio, com vizinhos misteriosos, onde a antiga inquilina havia se suicidado pulando pela janela. Trelkowski se sente um pouco culpado de ter ficado com o apartamento e se aproxima de uma amiga dela para tentar se consolar, mas ao mesmo tempo, todas as pessoas parecem desconfiar dele e trata-lo como se fosse a jovem suicida. O filme mexe com a psicologia humana, mostrando a evolução dos transtornos do personagem principal (Polanski atua e dirige com perfeição) que vão crescendo assustadoramente pela trama em diversas otimas e assustadoras sequencias, com toques sutis de humor negro, tudo para explorar ao maximo esse sentimento claustrofobico e paranoico que marcam toda a trilogia do apartamento onde o personagem se ve perseguido pelos vizinhos e faz o espectador ter a incomoda sensação de que não se pode confiar em ninguem a nossa volta e que algo perigoso pode surgir dos lugares e pessoas mais inusitadas. Polanski, como ja havia dito, esta otimo como diretor, captando perfeitamente a essencia do filme em planos longos em um local pequeno, fazendo forte uso e tons escuros e sombrios para dar efeito à narrativa e como ator, que encarna as memorias da garota suicida e toma forma fisica de todos os seus tremores(ele travestido de Simon Choule é tanto pertubador quanto hilario), criando uma trana densa, com uma sequencia final fantastica que explora tanto a boa atuação de Polanski quanto os elementos paranoicos do personagem. Apesar de mostrar que o personagem é claramente paranoico (como na cena que ele se estrangula, mas imagina que foi uma vizinha) o filme não nos responde se todos os outros eventos se passam somente na cabeça dele ou se acontecem a seu redor,no minimo parcialmente, deixando a trama livre para interpretações e sendo um pouco diferente dos outros filmes da trilogia.
Sempre andando pela linha de verdade x vingaça, Oldboy é o melhor trabalho do diretor Chan-wook Park em sua trilogia sobre vinganças. Oh Dae-su, personagem principal da trama, sai em busca de respostas sobre quem e por que foi trancafiado durante 15 anos. Dae-se é movido por vingança, assim como a protagonista do proximo filme da trilohia Lady Vingança, mas ao contrario dela, ele não tem noção nenhuma sobre nada que lhe acontence, apenas acumulando odio e enlouquencendo aos poucos. Personagens vigativos tendem a ser semlhantes, se alienando da sociedade, trabalhando mentalmente a todo instante em seus planos, o que é um trabalho dificil, mas que neste filme foi muito bem interpretado por Choi Min-sik que dispensou dubles para todas as cenas de ação, coreografadas, em planos longos que se destacam no filme. As relações que Dae-seu aceita/consegue manter são a de seu amigo de anos e da misteriosa jovem que se apaixona por ele e acheita viver os mesmos perigos que ele, tudo por tras de uma grande historia que so é revelada em uma tensa e longa cena final entre Dae-su e seu inimigo responsavel pelo seu encarceramento, revelando ser uma complicada vingança sobre outra. Apesar de ser um trilher recheado de ação e tortura, Oldboy da o devido espaço aos dramas e sentimentos do personagens ainda que regado por um sutil humor negro e com lições sobre solidão em meio a uma sociedade coletiva mas solitaria.
Calma New Yortk Times, Rolling Stones, New Yorker e outros; Social Network não é o o novo Citzen Kane, não merecendo nem mesmo indicações a melhor filme (quanto mais a vitoria no globo de ouro). Não é um marco revolucionario, nem brilhante e nem um filme memoravel, apensa um relato cansativo sobre a criação de uma das maiores redes sociais. Com dialogos chatos, confusos mas que combinam com a chata trilha sonora, o filme não explora direito um de seus melhores pontos: a amizade entre Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, que foram muito bem interpretados pelo sempre competente Jessie Eisenberg que nos mostra o eterno adolescente desesperado pelo sucesso e aprovação, inteligentemente plageia a ideia de colegas, mas que por tras de toda a sua experteza tecnica e 'profissional' se deixa ser controlado por outras pessoas e pela sua necessidade de superar sua vida de nerd e receber atenção de sua ex-namora, que é o dono do Facebook; e Andrew Garfield como o melhor amigo que é por não ser bom o bastante para os negocios (no ponto de vista distorcido de Mark) é esquecido. Justin Timberlake, apesar de representar um personagem importante para a historia, nos irrita com sua, de costume, pessima atuação. Enfim, o filme prefere focar em termos juridicos complicados sobre a disputa dos 'amigos' ao invez de focar nessa relação junto a tematica do site em si. É um filme muito overrated.
Apesar de começar de forma um tanto parada e ate cansativa, o começo de Travis andando no deserto arido do Texas, já faz referencia ao interior vazio e confuso, no qual ele caminha sem rumo. A essencia do filme é a comunicação, em especial a falha dela. Travis insiste em falar o minimo possivel, enquanto seu irmão tenta preocupadamente reintrega-lo ao convivo social enquanto pareçe estar ou arquitetando um plano ou tentando recordar-se de algo. O filme carrega essa duvida sobre o que pensa ou fez o personagem ate uma longa e sensivel cena de conversa no final, que se torna o ponto forte e mais aguardado da trama, que revela o que houve com Travis antes que gerou seus quatro anos de desaparecimento. O filme tambem é uma especie de analise das raizes humanas, da impulsividade e da emoção. Os laços dos personagens são feitos a partir disso, em especial para a relação deliciosamente inocente e infantil entre Travis e seu filho e o desejo do irmão em ajuda-lo e tentar entende-lo, uma pessoa não doente ou sem memoria, mas fortemente determinada em concertar acontecimentos que fugiram de seu controle.
Eu não encontrei nenhuma referencia que me falasse se era pra assistir Lady Vingança depois de Oldboy e Mr. Vingança ou se trilogia era so um conjunto de obras parecidas do diretor. Enfim, Lady Vingança me lembrou um pouco Kill Bill, por ser uma protagonista feminina atras de vingança, mas diferente da samurai ocidental, Geum-Ja não esta atras apenas de vingança contra o seu parceiro, mas tambem de perdão para aqueles que feriu e a si mesma. Lee Yeong-Ae representa perfeitamente a ambiguidade presente na protagonista, uma jovem que entrou na prisão por um crime que foi forçada a cometer e que, mesmo sendo boa e adorada por suas colegas presidiarias que a ajudam em seu plano no futuro, é engolida por seu proprio remorso e vingança, transformando de uma adolecente fragil para uma adulta fatal, algo que ja pode ser visto no interessante poster, que faz referencia à virgem maria. Com uma fotografia interessante, uso de cores e animações boas, o filme vai lentamente mostrando o plano de vingança se executando com o tempo e nos unindo ao tremor da protagonista, com sequencias finais dignas, mas com um 'meio' um tanto forçado para o drama e com alguns cliches desnecessarios.
Não foi atoa que eu recebi tantos aviso sobre o quão pesado e tenso é esse filme, por que meu deus, que 'horror'. Horror no sentido da realidade das cenas. Gaspar Noé quis manter a câmera parada em alguns planos longos para extair ao maximo a intensidade de cada cena, sendo muito chocante por mostrar cenas explicitas de violencia (de diversas formas)para ir a fundo na perversidade, decâdencia e maldade do ser humano. Com um titulo irônico por dois motivos: primeiro para mostrar que não importa o quanto os personagens lutassem para atingir seu objetivo de vingaça, o que ocorreu com Alex, e eles mesmos, foi irreversivel. e segundo por contar a historia de tras pra frente, gerando uma narrativa um pouco confusa a principio mas bem original, com uma câmera que roda muito deixando o espectador confuso o suficiente para se interragir com a trama, e com um jogo interessante de edição para unir uma sequencia à outra, que provavelmente complicaram o enquadramento e montagem. O zumbido presistente em muitas cenas tambem ajuda a 'enlouquecer' o espectador. As atuações ficam muito boas, correspondendo a exigencia da historia e do tipo de filmagem, em especial para Vincent Cassel, que no começo da trama nos assusta com seu comportamento altamente irracional e violento que vai sendo justificado e ate mudado com o decorrer do filme. Monica Bellucci tem um papel crucial, mas so tem sua personagem explorada, na cena que ela é bem, explorada sexualmente (desculpem a brincadeirinha rs), uma cena longa e absurdamente exigente e complicada de ser feita. O persongagem de Albert Dupontel tenta ser o contraparte calmo e racional de Vincet, mas é incopetente, se revelando em uma outra chocante cena de violencia assustadora (assistam os extras, pois vocês vão achar muito real). Irrevestible faz pareçer que quem gostou do filme apoia ess violencia maçante, mas o filme deve ser avaliado pelo seu conteudo tecnico e tambem pela mensagem: O homem é um ser assustador, capaz de coisas horriveis a qualquer instante.
Ah, eu queria ter crecido vendo filmes antigos de uma locadora assim como Tarantino!. Lady Snowblood é sem duvida, a maior inspiração para o seu melhor trabalho: Kill Bill. Contando uma ate simples historia de uma jovem que desde que nasceu foi trainada para vingar sua familia, o filme pega o melhor do estilo 'samurai' do cinema japones. Mortes e atuações absuramente dramaticas, movimentos coreografados e a critica ao tumultuado japão do seculo passado, moldam esse otimo e divertido filme. Claro que muitos fãs do trabalho de Tarantino vão indentificar diversas cenas que serviram de inspiração para Kill Bill: a batalha na neve, a musica "The Flower of Carnage", divisão em capitulos da historia, o arduo treinamento da protagonista, a cena dos vilões em grupo olhando para a câmera, muitos dialogos e edicão de cenas e angulos e claro, todas as cenas de luta e seu exagerado sangue para dar ainda causar ainda mais impacto. Miko Kaji esta fantastica como a protagonista. Ainda que uma presença deslumbrante em meio a um Japão decadente e pobre, Miko e o diretor souberam colocar essa beleza apenas como um 'alivo' a trama sangrenta e ao interior vazio, voltado para a vingança, do qual a personagem não consegue sair. Lady Snowblood virou uma expecie de cult para filmes do genero, influenciando tanto a cultura oriental no cinema e no mangá quanto a cultura oriental, permitindo a Tarantino remodela-lo com outros diversos elementos cult e pop.
De longe, o melhor trabalho, da sempre otima diretora Sofia Coppola, merecedor mais do que justo dos premios de melhor filme, roteiro e ator que recebeu no Academy Awards e Golden Globe, confirmando sua habilidade como roteirista e diretora. Sofia, Bill Murray e Scarlett Johansson mergulham fundo na alma de seus personagens em uma apaixonante historia, ambientada na linda complicada Tokyo sobre dois estranhos que por casualidade se hospedam no mesmo local e por sorte descobrem o conforto da compania um do outro. Bill interpreta um decadente ator que esta no Japão para gravar um comercial de bebida, e Scarllet a esposa negligenciada de um fotografo. Confinados em seus mundos e tristezas, os personagens encontram refugio de seus tormentos e insatisfações um no outro e com o crescer dessa relação começam a ver toda a cidade de forma diferente e se abrirem para a novas experiencias e sentimentos. Como marca da diretora, o filme vai lentamente construindo as relações e excencias dos personagens, muitas vezes sem a necessidade de som, com cenas mais intimistas que falam por si proprias devido a grande interpretação de Bill e Scarlett. Os titulos, tanto original como o traduzido, refletem as questões dos personagens que sozinhos em suas aflições se alienam do mundo, mas em alguns momentos conseguem finalmente se expressar com o desenvolvimento de sua relação sutil e pura que abre portas para uma melhor compreensão de si mesmos e do mundo que lhes cercam. Um dos melhores filmes que ja vi, que compreende questões intimas, capazes de tocar o espectador de forma inesperada e belissima.
Um dos melhores trabalhos da talentosa diretora e roteirista Sofia Coppola, Marie Antoinette infelizmente não recebeu toda a gratificação que merecia por parte dos festovais e academias. Contando a vida da rainha Maria Antonieta de forma sutil e emotiva, desde sua chegada ainda jovem, inesperiente e inocente no feroz, mas sutil mundo aristocratico ate seu auge e declinio, Sofia soube conduz o longa com perfeição. Propositalmente lento, com cenas que falam por si mesmas sem a necessidade de falas, a diretora põe o traços marcantes de seu ultimo, mas superior trabalho Lost In Translation para o seculo XVIII, mas com uma pefeita trilha sonora moderna, que se une a todos os momentos, festivos ou dramaticos do longa e representando o espirito festivo e jovem da protagonista com o audio. Visualmente, o filme é deslumbrante, com figurinos e fotografia que captaram o melhor do elegante mundo dos nobres desta epoca. Kirsten Dunst nos da sua melhor performance, mostrando a ja conhecida imagem irreverente e jovem da personagem, mas tambem mostrando o por tras disso, em um retrato de uma jovem forçada a entrar em um mundo que não compreendia, com pressões sociais constantes, e encontrar refugio na unica maneira que conseguia, em festas e diversões constantes, tornando-a uma eterna adolescente, que não difere das jovens modernas. Com um leve toque politico, mas focado mais no lado pessoal da protagonista, Marie Antoinette é um lindo retrato de sua alma, com sequencias fantasicas do inicio ao fim.
Com um nome de significado criativo, American Beauty é um grande classico do cinema. Foi chamado assim por uma rosa muito comum nos Estados Unidos, que não possuiu espinhos e nem aroma e de certa forma representa o interior vazio dos americanos, como o filme pretende aprofundar. Semelhante a Veludo Azul, na forma de mostrar o que se passa no suburbio aparentemente perfeito e inocente, o filme é uma critica recheada de humor negro sobre a realidade do sonho americano: pessoas sem carencias materiais, mas infelizes, insatisfeitas e e sem realizações, que são mostradas de varios maneiras pelos diferentes pontos de vista dos personagens. Kevin Spacey esta maravilhoso como o 'marido perfeito' que em uma crise de meia idade começa a questionar sua felicidade e liberdade, que julga ter perdido ao se didicar tanto ao trabalho e sua familia e ve em uma adolescente, uma forma de sair desse mundo perfeitamente controlado e libertar suas fantasias e desejos. Annette Bening tambem esta fantastica como a 'esposa perfeita' mas na verdade histerica que deseja as mesmas coisas que seu marido. Bonito e chocante, diveritido e melancolico, Sam Menders faz uma otima estreia no cinema ao retratar o que se passa entre quatro paredes na vida tipica dos americanos.
Um dos mais divertidos, mas ainda sim, misteriosos e elegantes de Hitchcook, To Catch a Thief é um dos meus favoritos do diretor. O primeiro filme que pude apreciar o talento tanto de Grace Kelly quanto de Cary Grant e que me fez ser fã dos dois. Com uma historia interessante, sobre um ex-ladão de joias, forçado a voltar a ativa para provar sua inocencia, o filme mistura doses de humor sofisticado, tipico dos personagens de Cary com a elegancia de Grace Kelly, que protagonizou muitos filmes do diretor, sendo um alivio gracioso em meio a tantos misterios e tensões, em uma das regiões mais belas da Europa. Com uma fotografia especial, mas ainda tipica do diretor, com boas doses de planos abertos e sugestivos com closes focando as reações de seus personagens, o filme prende a atenção não por ser uma trama complicada de se entender, mas por juntar suspense e romance de forma equilibrada, focando em um estilo policial para dar margem ao relacionamento sugestivo dos protagonistas.
Continuação digna da saga da vingativa 'noiva'. Relativamente menos violento que a primeira parte, Kill Bill 2 foca mais o lado emocional da protagonista, revelando o dia tragico de seu ensaio de casamento e seu duro e exaustante treinamento nas mãos do terrivel Pai Mei, que transformaram a linda Beatrix Kiddo na fatal Black Mamba e toda a questão de ter que lidar com o fato de que sua filha ainda vive e enferentar, tanto fisicamente quanto psicologicamente, seu maior inimigo e amor, Bill, com uma sequencia otima, que peca apenas em seu final, ainda que poetico. Mantendo outros diversos elementos do primeiro como os jogos de camera e edição e fotografia e uma viciante trilha sonora, o volume 2 da saga Kill Bill conta com sequencias marcantes, como a luta no trailer entre as rivais loiras e os treinamentos da protagonistas, que encerram (por enquanto) de forma gloriosa essa otima historia.
Vencedor do oscar de melhor filme merecido, se somente comparado a alguns outros indicados como Rede Social, mas inferior a Cisne Negro. Ainda sim, um filme que me surpreendeu e bem, mereceu seus premios de melhor filme e direção. Possuindo uma fotografia bonita e caracterização perfeita, o filme, apesar de focar na luta de um rei gago e inseguro a encontrar forças para reger seu país em um momento complicado, da espaço a outros dramas como a complicada relação do duque-rei George VI com seus familiares e seu medo de se expor aos tratamentos terapeuticos de Lionel, que não so o ajuda com sua gagueira mas o fortalesse para que vire o homem que é capaz de ser. As atuações são um destaque a parte. Colin Firth esta otimo e digno de um oscar (ainda que eu preferise que ele tivesse ganho por Direito de Amar e dado a estatueta deste anoa Jeff Bridges por Bravura Indômita), assim como seus colegas Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter, sempre impecaveis. Tom Hooper nos da seu melhor trabalho que soube captar muito bem a essencia do bom roteiro do filme. Não seria a minha escolha para a estatueta de melhor filme, mas fico feliz que um bom filme tenha ganho em detrimento a certos cliches que a academia adora glorificar.
Assustador e divertido em alguns momentos, Trick 'r Treat captou muito bem o espirito do Halloween. Cotando diversas historias, aparentemente disconexas, mas muito unidas, o filme provoca bons momentos de tensão e sustos, em especial para os 'blocos' das crianças que tentam fazer uma travessura e acabam cainda em uma, e para o rebujento vizinho que recebe inesperadas e perigosas visitas, em especial o pequeno Sam, criação de Michael Dougherty que une as historias e personifica todo o lado festivo e macabro do Halloween, vigiando os protagonistas e as tradições do feriado. Ainda que filmes de terror não são tãão aterrorizantes, esse filme soube inovar em certos aspectos e se tornar uma boa forma de entreterimento e contando com boas atuações por todo o elenco, fotografia, efeitos e maquiagem bons.
Drama intenso e tragico sobre a vida de tres pessoas que foram unidas, de maneira muito pessoal, por um acidente. Cristina perde seu marido, filhas e noção de felicidade e estabilidade em um acidente de carro, conduzido pelo ex-criminoso e religioso Jack. Paul, por sua vez, tem uma segunda e curta chance de vida ao receber um transplante de coração do falecido marido de Cristina. Em meio a todos esses tormentos, os personagens se encontram em desejos de vingança e vida, confundindo ainda mais suas vidas mas de certa forma libertando-os de velhos fantasmas. Naomi Watts fez por merecer uma indicação ao oscar, ao colocar em todo filme o sofrimento e uma mulher que perdeu tudo, menos o ardente desejo de vingança. Benicio Del Toro tambem otimo, como um pertubado ex-presidiario que por mais que não consiga tenta colocar sua fé desesperada em todos os aspectos de sua vida e Sean Peen, sempre otimo como o descontente e sem esperanças moribundo que desiste de sua vida para ajudar Cristina, alguem a quem ele deve dedicação total apos seu transplante e sendo o unico a de fato ir atras de uma dor, para se sentir vivo. Com uma fotografia precisa e edição que mistura passado, presente e futuro a todo instante, 21 Gramas prende a atenção do espectador ate seu ultimo minuto, com essa tocante historia sobre imprevistas tragedias e os laços que podem surgir com ela para mudar ainda mais o rumo da vida de uma pessoa.
Super tipica comedia romantica, mas como foi escrita pelo Woody tem um toque especial que deixa o filme mais interessante e divertido. Protagonizando seu filme, Woody, em um de seus tipicos personagens que lida com uma mulher forte e que o confunde e o contradiz na maior parte do filme, gerando diversas cenas de discussões. Contando a historia de um pai maravilhado pela singularidade do filho adotivo que decide procurar sua mãe biologica, cheio de espectativas, mas se choca ao encontrar uma desbocada e espirituosa prostituta, muito bem interpretada por Mira Sorvino. Apesar de renegar o fato de que Linda é mãe de seu brilhante filho e ainda uma prostituta, Lenny se envolve cada vez mais a ela, em suas tentativas de corrigir sua vida, levando a uma divertida relação que preenche sua solidão e frustração em seu casamento com uma mulher totalmente voltada ao trabalho (Helena Bonham Carter, sempre otima e falando incrivelmente sem seu sotaque britanico rs). Em meio as tipicas supresas dos filmes do diretor, o filme nos diverte ate um irônico final. para os personagens e historia, por que a sequencia de dança final e todas as cenas do teatro grego e as interferencias deste na narrativa, são muito cansativos. E é estranho ver a personagem de Mira ser considerado coadjuvante, mas felizmente lhe rendeu um oscar.
Um verdadeiro contra-ataque, àqueles que diziam que Tarantino não conseguiria ter criatividade suficiente para um bom filme após Jackie Brown, a primeira sequencia de Kill Bill foi um de seus melhores trabalhos e o que mais marcou o diretor. Tarantino nós da no mais geral, uma historia de vigança, de uma noiva, traida por seus aliados no dia de seu casamento. Sua busca por seus 5 inimigos é representado por uma câmera criativa e constante, edição e jogo de cenas precisos e uma ecletica e envolvente trilha sonora, provando que Tarantino é um diretor mais seguro e completo do que era quando começou nos anos 90. Inspirado e com milhõres de referencias a diversos filmes dos anos 70 e seriados, o filme foca em cenas de ação muito coreografadas e incriveis, misturando tambem elementos do cinema japones com o americano, e abusando da violencia que se torna algo divertido. Uma Thurman encarna a assassina vingativa e complexa "B" que é uma mistura de estilos: feminilidade de uma pantera(seriado) com o talento marcial e Bruce Lee e estoicismo de anti-herois. que preende a atenção do espectador do inicio ao 'final' da trama.
Um excepcional retrato do impacto que a fama tras à mente de uma pessoa, e a escolha entre sucesso profissional e vida pessoal. Billy Wilder proporciona um passeio acido, mas nostalgico e brilhante sobre a vida do fracassado roteirista Joe Gillis, que tem a chance de usar a megalomaniaca e emocionalmente carente Norma Desmond, esquecida diva do cinema mudo, para deslançar sua carreira. Porem, com o andar da narrativa o protagonisa começa a questionar se vale a pena deixar ser escravizado pela instavel atriz e descartar sua vida pessoal e liberdade. O diretor combina um estranho carinho pela situação dos protagonistas com uma critica sadica aos exageros que seus egos lhe causam. Gloria Swanson é o grande triunfo do filme combinando horror com glâmour, colocando toda a intensidade dramatica e surtos da personagem em cenas e dialogos marcantes, que são intensificados pela câmera precisa e closes que transforma ate o mais inocente personagem em uma criatura problematica e unica.
Uma grandiosa e dificl produção, que apesar de não ter sido bem recebido e fracassado nas bilheterias, felizmente se tornou um aclamado filme cult depois de seu relançamento, na edição do diretor, em 1992 e podê ser apreciado como devia. Em uma nostalgica atmosferica futuristica, muito comum nos anos 80, o filme conta a historia do caçador de androides Deckard que é encarregado de caçar cinco replicates (robós similares aos humanos)fugitivos. Toda a construção do mundo apocaliptico do futuro, que é de certa forma uma critica ao proprio presente da epoca, é muito bem feito, sendo um avanço para a construção dos cenarios digitais. O filme, alem de focar a ação do filme e mistura-la com a ficção cientifica, aborda temas interresantes. Os replicantes, por serem robós devem ser privados da vida? seus desejos e medos devem ser considerados menores do que os dos humanos? e o que é que faz de um ser humano? mente? emoção? esses temas estão frequentes em quase toda a trama, aproximanto o espectador do ponto de vista dos 'vilões' replicantes e do sentimento aflitivo de Deckard que se apaixona por uma. Harrison Ford esta como sempre, com uma boa interpretação em um bom filme e todo o elenco coadjuvante tambem esta digno de reconhecimento. Outro detalhe do filme é a diferente trilha sonora, que da espaço à tematica romantica e emocional do filme, em detrimento à ação tipica do genero, assim como a maioria de suas cenas, transformando Blade Runner em uma nostalgica historia de romance policial de atmosfera noir, em uma ficção cientifica.
Apaixonante, belissimo e grandioso. Rob Marshall faz com Memoirs of a Gueisha, o seu melhor trabalho. Ambientado no Japão pre e pos segunda guerra, o filme conta da historia da dedicada Chiyo que sonha em se tornar uma bela e elegante gueixa para conseguir seu amado e liberdade da sua dificil vida. O que logo chama a atenção com o filme é a escolha de 3 grandes atrizes chinesas para papeis japoneses, mas que passa completamente despercebido dos menos informados devido a perfeita interpretação das atrizes. Ziyi Zhang esta em seu melhor papel, mostrando a metamorfose da pequena e fragil Chiyo para a esculural Sayuri. Gong Li como a bela, mas invejosa gueixa esta impecavel como sempre. Michelle Yeoh tambem mostra talento para o genero dramatico, e Ken Watanabe em seu eterno estatus de galã oriental sensivel. Toda a magia do filme é pefeitamente captada por uma fotografia fabulosa, algo muito comum nos filmes do diretor, mas que tem destaque especial neste filme, que tem uma otima trilha sonora. A historia de superação e paciencia da protagonista é feita como um melodrama constante aliado à fascinante cultura japonesa. Zhang transmite com perfeição toda alma do filme tanto em momentos dramaticos quanto em momentos puramente fisico, com destaque para sua primeira performace como gueixa.
Entre Quatro Paredes
3.5 85Situado em uma cidade confortavel e tipicamente americana e que ja nos faz entrar no clima casual do filme, In The Bedroom é um otimo trabalho de todas as partes envolvidas. Focando ao maximo na relação entre pessoas, mas sem perder a atmosfera cotidiana, o filme conta a historia de um casal que apos a morte do filho tem que lidar com a perda, com um ao outro e com eles mesmos. Sissy Spacek foi merecidamente agraciada com o golden globe por sua performace que apesar de pareçer coadjuvante no primeiro tempo do filme, se torna a presença mais marcante depois, como a super protetora e preocupada mãe que não consegue concorcordar com as escolhas do filho e nem suportar o peso de sua morte. Tom Wilkinson tambem marca o filme, se tornando um par perfeito em materia de atuação com Sissy como o pai desamparado que não consegue encontrar conforto, nem mesmo em sua amada esposa para a tragedia da perda de do filho. Marisa Tomei é sempre competente, mesmo em papeis coadjuvantes, que alias, costumam ser os seus melhores, sendo neste filme a chave que liga a familia Fowler com o violento Richard, mas que no começo do filme nos da a impressão de ser uma presença reconfortante que afasta o jovem Frank de uma vida de duvidas e indecisões.
In The Bedroom foca muito no silencio, desde a escolha do estilo de trilha sonora quando para o numero de falas dos personagens, exigindo do espectador sensibilidade para captar e entender o filme a partir das expressões e ações dos protagonistas, que são marcados por um tremor interno que os impede de encontrar conforto um no outro ou em qualquer outra situação, e tocando o espectador por conseguir se aproximar de forma tão completa. Ruth e Matt não conseguem seguir de fato com suas vidas, se fechando e desesperando cada vez mais ate a tensa e perfeita sequencia onde apos uma explosão de nervos conseguem se expor um ao outro, e mesmo se enfrentando, conseguem finalmente encontrar no outro o apoio de um casal para enfim encontrarem uma solução para os diversos problemas que lhes afligem, mas sem cair erro de dialogos cliches e situações previsiveis, o que dá charme e originalidade para a trama. O titulo do filme retoma a todos esses sentimentos que Ruth e Matt tem que conviver, a todos os fantasmas que estão dentro deles, de forma individual que eles mesmos criam como forma de escapar da realidade e que precisão ser enfrentados e que se soma a outro ponto interessante, que são os diversos planos abertos, aliados ao silencio das cenas, a precisão das atuações e se completam perfeitamente para criar o clima unico do filme.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraUm dos mais falados filmes da historia cinematografica, contando com diversos elementos que marcaram, em especial para a inesquecivel sequencia do assassinato no chuveiro de Janet Leigh, acopanhada da musica tensa criada por Bernard Herrmann que tambem demostra uma otima edição combinado musica, closes, movimentos sem perder o foco. Como de costume, Hitchcook vai levando o espectador a um clima de tensão e ansiedade desde os primeiros momentos do filme, começando com o que pareçe uma historia simples mas que se complica e dai vai prendento a atenção a cada minuto, numa especie de voyerismo que não acopanha apenas a fuga da personagem Marion, e dos outros personagems que apareçem depois da sequencia chave, mas de todos os seus sentimentos envolvidos que ficam em um tom charmoso e assustador, mas não violento, por ser filmado em preto e branco. Diferenciando do estilo comum de filmes, Hitchcook muda o protagonista do filme, que a meu ver, passa a ser o personagem de Anthony Perkins: Norman Bates. Normam é uma representação otima de uma pessoa psicotica, de aparencia fragil mas agressiva que reflete toda a conturbada relação dele com sua mãe e as coloca em conflito com aqueles que se hospedam em seu hotel. A sequencia final da 'mãe' de Normam explicando o seu comportamento é inexperada e otima. Psicose é o marco do diretor, por otimas razões.
Esposa de Mentirinha
3.4 2,4K Assista AgoraAquela tipica comedia romantica sem graça e que tem pra todo lado e que são lançadas aos montes o ano todo, e super a cara dos cansativos Adam Sandler e Jennifer Aniston.
Uma estoria absurdamente boba e sem sentido sobre o Adam (sim, por que ele não é ator, é ele mesmo em todos os filmes e é sempre bobo) que por fingir ser casado acha que conquista todo mundo e pra conquistar o suposto amor da sua vida arma um plano com sua amiga e que mais tarde se torna o seu obvio par romantico Jennifer (ela tambem não muda de filme pra filme). Cheio de piadas exageradas, milhões de personagens coadjuvantes irritantes e desnecessarios, o filme segue aquela tipica receita de piadinhas, confusões e draminha pre final feliz previsivel. Nem Nicole Kidman que apesar de bonita ruiva, salva, pois tem um papel muito chato.
Amaldiçoados
2.3 337 Assista AgoraMe doi veer um bom ator ou atriz em um papel ruim, e em um filme ruim. Infelizmente é algo muito comum e o caso de Christina Ricci e Jesse Eisenberg em Cursed.
Era de se esperar um filme ruim, ja que o diretor esta acostumado a fazer filmes de terror ruins e acertando em raros momentos como em Pânico, mas esse filme, cujo roteiro foi produzido as pressas durante a produção foi uma decepção para todos os envolvidos e para o gênero. Lobisomens mal feitos, atuações exageradas, efeitos visuais ruins e estoria pessima cheia de 'reviravoltas' sem sentidos e cansativas. Esse é aquele tipico filme que você tem vontade de ver pelo estilo ou atores e termina reclamando por que perdeu uma hora e meia de vida.
O Inquilino
4.0 292Junto a Rosemary's Baby e Repulsion, The Tenant completa a incrivel trilogia pessoal de Polanski sobre os temores que se passam em apartamentos. Com toques de surrealismo, o diretor conta a historia de Trelkowski, um polones que se muda para um pequeno apartamento em um predio um tanto quanto sombrio, com vizinhos misteriosos, onde a antiga inquilina havia se suicidado pulando pela janela. Trelkowski se sente um pouco culpado de ter ficado com o apartamento e se aproxima de uma amiga dela para tentar se consolar, mas ao mesmo tempo, todas as pessoas parecem desconfiar dele e trata-lo como se fosse a jovem suicida. O filme mexe com a psicologia humana, mostrando a evolução dos transtornos do personagem principal (Polanski atua e dirige com perfeição) que vão crescendo assustadoramente pela trama em diversas otimas e assustadoras sequencias, com toques sutis de humor negro, tudo para explorar ao maximo esse sentimento claustrofobico e paranoico que marcam toda a trilogia do apartamento onde o personagem se ve perseguido pelos vizinhos e faz o espectador ter a incomoda sensação de que não se pode confiar em ninguem a nossa volta e que algo perigoso pode surgir dos lugares e pessoas mais inusitadas. Polanski, como ja havia dito, esta otimo como diretor, captando perfeitamente a essencia do filme em planos longos em um local pequeno, fazendo forte uso e tons escuros e sombrios para dar efeito à narrativa e como ator, que encarna as memorias da garota suicida e toma forma fisica de todos os seus tremores(ele travestido de Simon Choule é tanto pertubador quanto hilario), criando uma trana densa, com uma sequencia final fantastica que explora tanto a boa atuação de Polanski quanto os elementos paranoicos do personagem. Apesar de mostrar que o personagem é claramente paranoico (como na cena que ele se estrangula, mas imagina que foi uma vizinha) o filme não nos responde se todos os outros eventos se passam somente na cabeça dele ou se acontecem a seu redor,no minimo parcialmente, deixando a trama livre para interpretações e sendo um pouco diferente dos outros filmes da trilogia.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraSempre andando pela linha de verdade x vingaça, Oldboy é o melhor trabalho do diretor Chan-wook Park em sua trilogia sobre vinganças. Oh Dae-su, personagem principal da trama, sai em busca de respostas sobre quem e por que foi trancafiado durante 15 anos. Dae-se é movido por vingança, assim como a protagonista do proximo filme da trilohia Lady Vingança, mas ao contrario dela, ele não tem noção nenhuma sobre nada que lhe acontence, apenas acumulando odio e enlouquencendo aos poucos. Personagens vigativos tendem a ser semlhantes, se alienando da sociedade, trabalhando mentalmente a todo instante em seus planos, o que é um trabalho dificil, mas que neste filme foi muito bem interpretado por Choi Min-sik que dispensou dubles para todas as cenas de ação, coreografadas, em planos longos que se destacam no filme. As relações que Dae-seu aceita/consegue manter são a de seu amigo de anos e da misteriosa jovem que se apaixona por ele e acheita viver os mesmos perigos que ele, tudo por tras de uma grande historia que so é revelada em uma tensa e longa cena final entre Dae-su e seu inimigo responsavel pelo seu encarceramento, revelando ser uma complicada vingança sobre outra. Apesar de ser um trilher recheado de ação e tortura, Oldboy da o devido espaço aos dramas e sentimentos do personagens ainda que regado por um sutil humor negro e com lições sobre solidão em meio a uma sociedade coletiva mas solitaria.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraCalma New Yortk Times, Rolling Stones, New Yorker e outros; Social Network não é o o novo Citzen Kane, não merecendo nem mesmo indicações a melhor filme (quanto mais a vitoria no globo de ouro). Não é um marco revolucionario, nem brilhante e nem um filme memoravel, apensa um relato cansativo sobre a criação de uma das maiores redes sociais. Com dialogos chatos, confusos mas que combinam com a chata trilha sonora, o filme não explora direito um de seus melhores pontos: a amizade entre Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, que foram muito bem interpretados pelo sempre competente Jessie Eisenberg que nos mostra o eterno adolescente desesperado pelo sucesso e aprovação, inteligentemente plageia a ideia de colegas, mas que por tras de toda a sua experteza tecnica e 'profissional' se deixa ser controlado por outras pessoas e pela sua necessidade de superar sua vida de nerd e receber atenção de sua ex-namora, que é o dono do Facebook; e Andrew Garfield como o melhor amigo que é por não ser bom o bastante para os negocios (no ponto de vista distorcido de Mark) é esquecido. Justin Timberlake, apesar de representar um personagem importante para a historia, nos irrita com sua, de costume, pessima atuação. Enfim, o filme prefere focar em termos juridicos complicados sobre a disputa dos 'amigos' ao invez de focar nessa relação junto a tematica do site em si. É um filme muito overrated.
Paris, Texas
4.3 696 Assista AgoraApesar de começar de forma um tanto parada e ate cansativa, o começo de Travis andando no deserto arido do Texas, já faz referencia ao interior vazio e confuso, no qual ele caminha sem rumo. A essencia do filme é a comunicação, em especial a falha dela. Travis insiste em falar o minimo possivel, enquanto seu irmão tenta preocupadamente reintrega-lo ao convivo social enquanto pareçe estar ou arquitetando um plano ou tentando recordar-se de algo. O filme carrega essa duvida sobre o que pensa ou fez o personagem ate uma longa e sensivel cena de conversa no final, que se torna o ponto forte e mais aguardado da trama, que revela o que houve com Travis antes que gerou seus quatro anos de desaparecimento. O filme tambem é uma especie de analise das raizes humanas, da impulsividade e da emoção. Os laços dos personagens são feitos a partir disso, em especial para a relação deliciosamente inocente e infantil entre Travis e seu filho e o desejo do irmão em ajuda-lo e tentar entende-lo, uma pessoa não doente ou sem memoria, mas fortemente determinada em concertar acontecimentos que fugiram de seu controle.
Lady Vingança
4.0 455Eu não encontrei nenhuma referencia que me falasse se era pra assistir Lady Vingança depois de Oldboy e Mr. Vingança ou se trilogia era so um conjunto de obras parecidas do diretor. Enfim, Lady Vingança me lembrou um pouco Kill Bill, por ser uma protagonista feminina atras de vingança, mas diferente da samurai ocidental, Geum-Ja não esta atras apenas de vingança contra o seu parceiro, mas tambem de perdão para aqueles que feriu e a si mesma. Lee Yeong-Ae representa perfeitamente a ambiguidade presente na protagonista, uma jovem que entrou na prisão por um crime que foi forçada a cometer e que, mesmo sendo boa e adorada por suas colegas presidiarias que a ajudam em seu plano no futuro, é engolida por seu proprio remorso e vingança, transformando de uma adolecente fragil para uma adulta fatal, algo que ja pode ser visto no interessante poster, que faz referencia à virgem maria. Com uma fotografia interessante, uso de cores e animações boas, o filme vai lentamente mostrando o plano de vingança se executando com o tempo e nos unindo ao tremor da protagonista, com sequencias finais dignas, mas com um 'meio' um tanto forçado para o drama e com alguns cliches desnecessarios.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraNão foi atoa que eu recebi tantos aviso sobre o quão pesado e tenso é esse filme, por que meu deus, que 'horror'. Horror no sentido da realidade das cenas. Gaspar Noé quis manter a câmera parada em alguns planos longos para extair ao maximo a intensidade de cada cena, sendo muito chocante por mostrar cenas explicitas de violencia (de diversas formas)para ir a fundo na perversidade, decâdencia e maldade do ser humano. Com um titulo irônico por dois motivos: primeiro para mostrar que não importa o quanto os personagens lutassem para atingir seu objetivo de vingaça, o que ocorreu com Alex, e eles mesmos, foi irreversivel. e segundo por contar a historia de tras pra frente, gerando uma narrativa um pouco confusa a principio mas bem original, com uma câmera que roda muito deixando o espectador confuso o suficiente para se interragir com a trama, e com um jogo interessante de edição para unir uma sequencia à outra, que provavelmente complicaram o enquadramento e montagem. O zumbido presistente em muitas cenas tambem ajuda a 'enlouquecer' o espectador. As atuações ficam muito boas, correspondendo a exigencia da historia e do tipo de filmagem, em especial para Vincent Cassel, que no começo da trama nos assusta com seu comportamento altamente irracional e violento que vai sendo justificado e ate mudado com o decorrer do filme. Monica Bellucci tem um papel crucial, mas so tem sua personagem explorada, na cena que ela é bem, explorada sexualmente (desculpem a brincadeirinha rs), uma cena longa e absurdamente exigente e complicada de ser feita. O persongagem de Albert Dupontel tenta ser o contraparte calmo e racional de Vincet, mas é incopetente, se revelando em uma outra chocante cena de violencia assustadora (assistam os extras, pois vocês vão achar muito real). Irrevestible faz pareçer que quem gostou do filme apoia ess violencia maçante, mas o filme deve ser avaliado pelo seu conteudo tecnico e tambem pela mensagem: O homem é um ser assustador, capaz de coisas horriveis a qualquer instante.
Lady Snowblood: Vingança na Neve
4.1 128Ah, eu queria ter crecido vendo filmes antigos de uma locadora assim como Tarantino!. Lady Snowblood é sem duvida, a maior inspiração para o seu melhor trabalho: Kill Bill. Contando uma ate simples historia de uma jovem que desde que nasceu foi trainada para vingar sua familia, o filme pega o melhor do estilo 'samurai' do cinema japones. Mortes e atuações absuramente dramaticas, movimentos coreografados e a critica ao tumultuado japão do seculo passado, moldam esse otimo e divertido filme. Claro que muitos fãs do trabalho de Tarantino vão indentificar diversas cenas que serviram de inspiração para Kill Bill: a batalha na neve, a musica "The Flower of Carnage", divisão em capitulos da historia, o arduo treinamento da protagonista, a cena dos vilões em grupo olhando para a câmera, muitos dialogos e edicão de cenas e angulos e claro, todas as cenas de luta e seu exagerado sangue para dar ainda causar ainda mais impacto. Miko Kaji esta fantastica como a protagonista. Ainda que uma presença deslumbrante em meio a um Japão decadente e pobre, Miko e o diretor souberam colocar essa beleza apenas como um 'alivo' a trama sangrenta e ao interior vazio, voltado para a vingança, do qual a personagem não consegue sair. Lady Snowblood virou uma expecie de cult para filmes do genero, influenciando tanto a cultura oriental no cinema e no mangá quanto a cultura oriental, permitindo a Tarantino remodela-lo com outros diversos elementos cult e pop.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraDe longe, o melhor trabalho, da sempre otima diretora Sofia Coppola, merecedor mais do que justo dos premios de melhor filme, roteiro e ator que recebeu no Academy Awards e Golden Globe, confirmando sua habilidade como roteirista e diretora. Sofia, Bill Murray e Scarlett Johansson mergulham fundo na alma de seus personagens em uma apaixonante historia, ambientada na linda complicada Tokyo sobre dois estranhos que por casualidade se hospedam no mesmo local e por sorte descobrem o conforto da compania um do outro. Bill interpreta um decadente ator que esta no Japão para gravar um comercial de bebida, e Scarllet a esposa negligenciada de um fotografo. Confinados em seus mundos e tristezas, os personagens encontram refugio de seus tormentos e insatisfações um no outro e com o crescer dessa relação começam a ver toda a cidade de forma diferente e se abrirem para a novas experiencias e sentimentos. Como marca da diretora, o filme vai lentamente construindo as relações e excencias dos personagens, muitas vezes sem a necessidade de som, com cenas mais intimistas que falam por si proprias devido a grande interpretação de Bill e Scarlett. Os titulos, tanto original como o traduzido, refletem as questões dos personagens que sozinhos em suas aflições se alienam do mundo, mas em alguns momentos conseguem finalmente se expressar com o desenvolvimento de sua relação sutil e pura que abre portas para uma melhor compreensão de si mesmos e do mundo que lhes cercam. Um dos melhores filmes que ja vi, que compreende questões intimas, capazes de tocar o espectador de forma inesperada e belissima.
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraUm dos melhores trabalhos da talentosa diretora e roteirista Sofia Coppola, Marie Antoinette infelizmente não recebeu toda a gratificação que merecia por parte dos festovais e academias.
Contando a vida da rainha Maria Antonieta de forma sutil e emotiva, desde sua chegada ainda jovem, inesperiente e inocente no feroz, mas sutil mundo aristocratico ate seu auge e declinio, Sofia soube conduz o longa com perfeição.
Propositalmente lento, com cenas que falam por si mesmas sem a necessidade de falas, a diretora põe o traços marcantes de seu ultimo, mas superior trabalho Lost In Translation para o seculo XVIII, mas com uma pefeita trilha sonora moderna, que se une a todos os momentos, festivos ou dramaticos do longa e representando o espirito festivo e jovem da protagonista com o audio. Visualmente, o filme é deslumbrante, com figurinos e fotografia que captaram o melhor do elegante mundo dos nobres desta epoca. Kirsten Dunst nos da sua melhor performance, mostrando a ja conhecida imagem irreverente e jovem da personagem, mas tambem mostrando o por tras disso, em um retrato de uma jovem forçada a entrar em um mundo que não compreendia, com pressões sociais constantes, e encontrar refugio na unica maneira que conseguia, em festas e diversões constantes, tornando-a uma eterna adolescente, que não difere das jovens modernas. Com um leve toque politico, mas focado mais no lado pessoal da protagonista, Marie Antoinette é um lindo retrato de sua alma, com sequencias fantasicas do inicio ao fim.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraCom um nome de significado criativo, American Beauty é um grande classico do cinema. Foi chamado assim por uma rosa muito comum nos Estados Unidos, que não possuiu espinhos e nem aroma e de certa forma representa o interior vazio dos americanos, como o filme pretende aprofundar. Semelhante a Veludo Azul, na forma de mostrar o que se passa no suburbio aparentemente perfeito e inocente, o filme é uma critica recheada de humor negro sobre a realidade do sonho americano: pessoas sem carencias materiais, mas infelizes, insatisfeitas e e sem realizações, que são mostradas de varios maneiras pelos diferentes pontos de vista dos personagens. Kevin Spacey esta maravilhoso como o 'marido perfeito' que em uma crise de meia idade começa a questionar sua felicidade e liberdade, que julga ter perdido ao se didicar tanto ao trabalho e sua familia e ve em uma adolescente, uma forma de sair desse mundo perfeitamente controlado e libertar suas fantasias e desejos. Annette Bening tambem esta fantastica como a 'esposa perfeita' mas na verdade histerica que deseja as mesmas coisas que seu marido. Bonito e chocante, diveritido e melancolico, Sam Menders faz uma otima estreia no cinema ao retratar o que se passa entre quatro paredes na vida tipica dos americanos.
Ladrão de Casaca
3.7 259Um dos mais divertidos, mas ainda sim, misteriosos e elegantes de Hitchcook, To Catch a Thief é um dos meus favoritos do diretor. O primeiro filme que pude apreciar o talento tanto de Grace Kelly quanto de Cary Grant e que me fez ser fã dos dois.
Com uma historia interessante, sobre um ex-ladão de joias, forçado a voltar a ativa para provar sua inocencia, o filme mistura doses de humor sofisticado, tipico dos personagens de Cary com a elegancia de Grace Kelly, que protagonizou muitos filmes do diretor, sendo um alivio gracioso em meio a tantos misterios e tensões, em uma das regiões mais belas da Europa. Com uma fotografia especial, mas ainda tipica do diretor, com boas doses de planos abertos e sugestivos com closes focando as reações de seus personagens, o filme prende a atenção não por ser uma trama complicada de se entender, mas por juntar suspense e romance de forma equilibrada, focando em um estilo policial para dar margem ao relacionamento sugestivo dos protagonistas.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraContinuação digna da saga da vingativa 'noiva'. Relativamente menos violento que a primeira parte, Kill Bill 2 foca mais o lado emocional da protagonista, revelando o dia tragico de seu ensaio de casamento e seu duro e exaustante treinamento nas mãos do terrivel Pai Mei, que transformaram a linda Beatrix Kiddo na fatal Black Mamba e toda a questão de ter que lidar com o fato de que sua filha ainda vive e enferentar, tanto fisicamente quanto psicologicamente, seu maior inimigo e amor, Bill, com uma sequencia otima, que peca apenas em seu final, ainda que poetico. Mantendo outros diversos elementos do primeiro como os jogos de camera e edição e fotografia e uma viciante trilha sonora, o volume 2 da saga Kill Bill conta com sequencias marcantes, como a luta no trailer entre as rivais loiras e os treinamentos da protagonistas, que encerram (por enquanto) de forma gloriosa essa otima historia.
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista AgoraVencedor do oscar de melhor filme merecido, se somente comparado a alguns outros indicados como Rede Social, mas inferior a Cisne Negro. Ainda sim, um filme que me surpreendeu e bem, mereceu seus premios de melhor filme e direção.
Possuindo uma fotografia bonita e caracterização perfeita, o filme, apesar de focar na luta de um rei gago e inseguro a encontrar forças para reger seu país em um momento complicado, da espaço a outros dramas como a complicada relação do duque-rei George VI com seus familiares e seu medo de se expor aos tratamentos terapeuticos de Lionel, que não so o ajuda com sua gagueira mas o fortalesse para que vire o homem que é capaz de ser. As atuações são um destaque a parte. Colin Firth esta otimo e digno de um oscar (ainda que eu preferise que ele tivesse ganho por Direito de Amar e dado a estatueta deste anoa Jeff Bridges por Bravura Indômita), assim como seus colegas Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter, sempre impecaveis. Tom Hooper nos da seu melhor trabalho que soube captar muito bem a essencia do bom roteiro do filme. Não seria a minha escolha para a estatueta de melhor filme, mas fico feliz que um bom filme tenha ganho em detrimento a certos cliches que a academia adora glorificar.
Contos do Dia das Bruxas
3.3 558 Assista AgoraAssustador e divertido em alguns momentos, Trick 'r Treat captou muito bem o espirito do Halloween. Cotando diversas historias, aparentemente disconexas, mas muito unidas, o filme provoca bons momentos de tensão e sustos, em especial para os 'blocos' das crianças que tentam fazer uma travessura e acabam cainda em uma, e para o rebujento vizinho que recebe inesperadas e perigosas visitas, em especial o pequeno Sam, criação de Michael Dougherty que une as historias e personifica todo o lado festivo e macabro do Halloween, vigiando os protagonistas e as tradições do feriado. Ainda que filmes de terror não são tãão aterrorizantes, esse filme soube inovar em certos aspectos e se tornar uma boa forma de entreterimento e contando com boas atuações por todo o elenco, fotografia, efeitos e maquiagem bons.
21 Gramas
4.0 888 Assista AgoraDrama intenso e tragico sobre a vida de tres pessoas que foram unidas, de maneira muito pessoal, por um acidente. Cristina perde seu marido, filhas e noção de felicidade e estabilidade em um acidente de carro, conduzido pelo ex-criminoso e religioso Jack. Paul, por sua vez, tem uma segunda e curta chance de vida ao receber um transplante de coração do falecido marido de Cristina. Em meio a todos esses tormentos, os personagens se encontram em desejos de vingança e vida, confundindo ainda mais suas vidas mas de certa forma libertando-os de velhos fantasmas. Naomi Watts fez por merecer uma indicação ao oscar, ao colocar em todo filme o sofrimento e uma mulher que perdeu tudo, menos o ardente desejo de vingança. Benicio Del Toro tambem otimo, como um pertubado ex-presidiario que por mais que não consiga tenta colocar sua fé desesperada em todos os aspectos de sua vida e Sean Peen, sempre otimo como o descontente e sem esperanças moribundo que desiste de sua vida para ajudar Cristina, alguem a quem ele deve dedicação total apos seu transplante e sendo o unico a de fato ir atras de uma dor, para se sentir vivo. Com uma fotografia precisa e edição que mistura passado, presente e futuro a todo instante, 21 Gramas prende a atenção do espectador ate seu ultimo minuto, com essa tocante historia sobre imprevistas tragedias e os laços que podem surgir com ela para mudar ainda mais o rumo da vida de uma pessoa.
Poderosa Afrodite
3.7 235 Assista AgoraSuper tipica comedia romantica, mas como foi escrita pelo Woody tem um toque especial que deixa o filme mais interessante e divertido. Protagonizando seu filme, Woody, em um de seus tipicos personagens que lida com uma mulher forte e que o confunde e o contradiz na maior parte do filme, gerando diversas cenas de discussões. Contando a historia de um pai maravilhado pela singularidade do filho adotivo que decide procurar sua mãe biologica, cheio de espectativas, mas se choca ao encontrar uma desbocada e espirituosa prostituta, muito bem interpretada por Mira Sorvino. Apesar de renegar o fato de que Linda é mãe de seu brilhante filho e ainda uma prostituta, Lenny se envolve cada vez mais a ela, em suas tentativas de corrigir sua vida, levando a uma divertida relação que preenche sua solidão e frustração em seu casamento com uma mulher totalmente voltada ao trabalho (Helena Bonham Carter, sempre otima e falando incrivelmente sem seu sotaque britanico rs). Em meio as tipicas supresas dos filmes do diretor, o filme nos diverte ate um irônico final. para os personagens e historia, por que a sequencia de dança final e todas as cenas do teatro grego e as interferencias deste na narrativa, são muito cansativos. E é estranho ver a personagem de Mira ser considerado coadjuvante, mas felizmente lhe rendeu um oscar.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraUm verdadeiro contra-ataque, àqueles que diziam que Tarantino não conseguiria ter criatividade suficiente para um bom filme após Jackie Brown, a primeira sequencia de Kill Bill foi um de seus melhores trabalhos e o que mais marcou o diretor.
Tarantino nós da no mais geral, uma historia de vigança, de uma noiva, traida por seus aliados no dia de seu casamento. Sua busca por seus 5 inimigos é representado por uma câmera criativa e constante, edição e jogo de cenas precisos e uma ecletica e envolvente trilha sonora, provando que Tarantino é um diretor mais seguro e completo do que era quando começou nos anos 90. Inspirado e com milhõres de referencias a diversos filmes dos anos 70 e seriados, o filme foca em cenas de ação muito coreografadas e incriveis, misturando tambem elementos do cinema japones com o americano, e abusando da violencia que se torna algo divertido. Uma Thurman encarna a assassina vingativa e complexa "B" que é uma mistura de estilos: feminilidade de uma pantera(seriado) com o talento marcial e Bruce Lee e estoicismo de anti-herois. que preende a atenção do espectador do inicio ao 'final' da trama.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraUm excepcional retrato do impacto que a fama tras à mente de uma pessoa, e a escolha entre sucesso profissional e vida pessoal. Billy Wilder proporciona um passeio acido, mas nostalgico e brilhante sobre a vida do fracassado roteirista Joe Gillis, que tem a chance de usar a megalomaniaca e emocionalmente carente Norma Desmond, esquecida diva do cinema mudo, para deslançar sua carreira. Porem, com o andar da narrativa o protagonisa começa a questionar se vale a pena deixar ser escravizado pela instavel atriz e descartar sua vida pessoal e liberdade. O diretor combina um estranho carinho pela situação dos protagonistas com uma critica sadica aos exageros que seus egos lhe causam. Gloria Swanson é o grande triunfo do filme combinando horror com glâmour, colocando toda a intensidade dramatica e surtos da personagem em cenas e dialogos marcantes, que são intensificados pela câmera precisa e closes que transforma ate o mais inocente personagem em uma criatura problematica e unica.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraUma grandiosa e dificl produção, que apesar de não ter sido bem recebido e fracassado nas bilheterias, felizmente se tornou um aclamado filme cult depois de seu relançamento, na edição do diretor, em 1992 e podê ser apreciado como devia.
Em uma nostalgica atmosferica futuristica, muito comum nos anos 80, o filme conta a historia do caçador de androides Deckard que é encarregado de caçar cinco replicates (robós similares aos humanos)fugitivos. Toda a construção do mundo apocaliptico do futuro, que é de certa forma uma critica ao proprio presente da epoca, é muito bem feito, sendo um avanço para a construção dos cenarios digitais. O filme, alem de focar a ação do filme e mistura-la com a ficção cientifica, aborda temas interresantes. Os replicantes, por serem robós devem ser privados da vida? seus desejos e medos devem ser considerados menores do que os dos humanos? e o que é que faz de um ser humano? mente? emoção? esses temas estão frequentes em quase toda a trama, aproximanto o espectador do ponto de vista dos 'vilões' replicantes e do sentimento aflitivo de Deckard que se apaixona por uma. Harrison Ford esta como sempre, com uma boa interpretação em um bom filme e todo o elenco coadjuvante tambem esta digno de reconhecimento. Outro detalhe do filme é a diferente trilha sonora, que da espaço à tematica romantica e emocional do filme, em detrimento à ação tipica do genero, assim como a maioria de suas cenas, transformando Blade Runner em uma nostalgica historia de romance policial de atmosfera noir, em uma ficção cientifica.
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraApaixonante, belissimo e grandioso. Rob Marshall faz com Memoirs of a Gueisha, o seu melhor trabalho. Ambientado no Japão pre e pos segunda guerra, o filme conta da historia da dedicada Chiyo que sonha em se tornar uma bela e elegante gueixa para conseguir seu amado e liberdade da sua dificil vida. O que logo chama a atenção com o filme é a escolha de 3 grandes atrizes chinesas para papeis japoneses, mas que passa completamente despercebido dos menos informados devido a perfeita interpretação das atrizes. Ziyi Zhang esta em seu melhor papel, mostrando a metamorfose da pequena e fragil Chiyo para a esculural Sayuri. Gong Li como a bela, mas invejosa gueixa esta impecavel como sempre. Michelle Yeoh tambem mostra talento para o genero dramatico, e Ken Watanabe em seu eterno estatus de galã oriental sensivel. Toda a magia do filme é pefeitamente captada por uma fotografia fabulosa, algo muito comum nos filmes do diretor, mas que tem destaque especial neste filme, que tem uma otima trilha sonora. A historia de superação e paciencia da protagonista é feita como
um melodrama constante aliado à fascinante cultura japonesa. Zhang transmite com perfeição toda alma do filme tanto em momentos dramaticos quanto em momentos puramente fisico, com destaque para sua primeira performace como gueixa.