Em termos de gore, o Massacre da Serra Elétrica não deixa NADA a desejar, dá um twist na abordagem clássica e cansada do gênero e tem umas mortes simplesmente IRADAS e brilhantes no neon. É meio trash as vezes devido à algumas situações propostas (incluindo a minha favorita, que envolve uma live no Instagram), mas é exatamente isso que traz um sabor especial para o longa.
Se eu adorei que metade dessa relação é composta por um professor? Sim! E os motivos pelo qual o coitado decide entrar nesse rolê são os mais nobres e mais “decadência da educação dos Estados Unidos” possível. Há uma química inegável entre Owen Wilson e Jennifer Lopez — que, em boa parte do filme, entrega um trabalho extremamente decente. Maluma não aparece tanto quanto seu crédito no cartaz sugere, mas fico impressionado em quanto ele alcançou em tão pouco tempo.
A música, que deveria ser o ponto alto do filme pois há a Jennifer Lopez né, é bem ladeira abaixo. Se você não for fã da artista talvez vá sentir seu cérebro derretendo pelos ouvidos com o tema principal do filme (que soa ainda mais patético na versão Troy e Gabriella — é sério que essa música ganhou um Grammy ficcional?), mas há momentos: a música “On My Way” é a melhor do filme (e a que foi possivelmente colocada como estratégia para um Oscar de melhor canção original: Jennifer Lopez também atua como produtora do longa e de boba ela não tem nada).
No mais, fazia MUITO tempo que não ia ao cinema ver uma comédia romântica, e foi mais que um alívio sentar por duas horas e ver gente normal — um PROFESSOR ainda por cima — na telona.
O filme é bastante especial. Você percebe o carinho com que tudo dele é feito nas menores nuances da tela. As cores do longa estão belíssimas – não à toa, foi gravado em 35mm com lentes da década de setenta, mesmo período no qual a história se desenrola – e a trilha sonora é muito boa.
Também é um registro histórico interessantíssimo – é o primeiro filme que vejo abordar a falta de gasolina gerada por questões políticas nos EUA naquela época. A atuação dos protagonistas está incrível, e os atores já estabelecidos que aparecem em participações mais-que-especiais dão show. Destaque para Bradley Cooper e Sean Penn.
É uma carta de amor para os anos oitenta. Fica bem explícito até pela colorização da imagem. Não é o que as pessoas esperavam, mas dentro do que se propõe a fazer, é simplesmente fantástico <3
particularmente, gostei muito de como a narrativa do filme é construída. parece um documentario e um mockumentary ao mesmo tempo devido a personalidade dos protagonistas e ao show de atuação. é divertido, instigante e um olhar interessante sob os eventos reais que inspiram a obra.
sexista, gordofóbico, e quando não é isso é piada de peido como se eu tivesse vendo filme pra menino de dez anos, roteiro falhíssimo e cheio de tentativas chatonildes de puxar uma emoção, quando na verdade o que dá pra gente querer fazer é socar a cara do Adam Sandler até ele prometer que jamais faria outro filme novamente, ultrapassado desde o ano de seu lançamento. uma tentativa baratíssima de tentar fazer um Todo Poderoso que só serviu pra me fazer entrar pro clã de gente que passa longe de qualquer filme com Adam Sandler. um pesadelo! Eu gosto muito de filme ruim, visto meu histórico de coisas que dou cinco estrelas, mas esse parece que se esforçou pra me fazer RAIVA.
Esse filme é MUITO bom, mas tenho certeza que as pessoas de hoje em dia não iam aguentar a forma de contar história dele. É divertido, e ainda tem um momento bem digno de 'among us' e um monte de reviravolta doida no final. Simplesmente genial
Eu simplesmente AMEI a forma como a história foi contada. Você passa o filme INTEIRO construindo uma visão sobre a Linda e de repente é tombado no final. É pesado, é triste e é necessário. Amanda fez um ótimo trabalho aqui.
É um filme bem interessante, mas a cena em que Robert tenta beijar Marilyn à força é tão desnecessária... acabou me fazendo gostar menos do personagem.
As monocelhas me incomodaram bastante, mas esse filme tem aquela energia de filme anos oitenta que te deixa inexplicavelmente BEM no final, que é bem mais subjetivo do que talvez devesse ser. A química da Bete com a mulher lá deveria ter sido mais explorada.
Esse filme é muito cara de filme que dono de locadora compra pra iludir os fãs de comédia romântica. A história poderia ser muito melhor trabalhada -- ela perde o sentido em alguns momentos, especialmente próximo ao final -- e há diálogos problemáticos para 2020, mas é um filme nível "bom passa-tempo" para quem gosta muito de rom coms.
Por aqui continuo chocado em como o Eddie Murphy ficou a cara do Chuck Berry. O elenco feminino dispensa comentários. É simplesmente incrível. Beyoncé parece uma boneca de porcelana nesse filme, e Jennifer Hudson... meu DEUS!!! Maravilhosa. Apesar de conhecer pouco do R&B, dá pra pegar várias referências da vida real que são utilizadas no filme -- incluindo os Jackson 5.
Um dos filmes que marcou o final da minha adolescência foi Segundas Intenções, reimaginação do clássico As Relações Perigosas de Choderlos de Laclos que saiu em 1999. Possivelmente uma tentativa de ganhar em cima do sucesso de Romeu + Julieta, que traz o texto de William Shakespeare para o mundo de gangues da década de 90, mas com um diferente charme (vamos falar sobre isso a seguir), o filme é um dos grandes marcos da carreira de Selma Blair, Sarah Michelle Gellar Ryan Phillippe e Reese Whiterspoon - que se conheceram durante as filmagens e acabaram se casando na vida real -, sendo até hoje lembrado e "cultuado" por seu fandom.
Na história, os meio-irmãos Kathryn Merteuil e Sebastian Valmont são adolescentes ricos e problemáticos, cada um à sua maneira. Sebastian tem a reputação questionável e se vangloria constantemente disso, Kathryn esconde sua perversão embaixo da máscara de boa garota. Ambos, no entanto, tratam relações amorosas da mesma forma como tratam bens pessoais: tudo não passa de um jogo de conquistas, onde nenhum está disposto a perder.
Para se vingar de um ex-namorado, Kathryn decide fazer o possível para destroçar a reputação de Cecile, a garota por quem ele se apaixonou. E Sebastian, cansado das "adolescentes insípidas de Manhattan que acham que já viram de tudo", decide investir em transar com a autora de um manifesto sobre manter-se virgem até o casamento, Annette Hargrove. Os dois irmãos decidem fazer uma aposta onde um Jaguar caríssimo - e uma noite com Kathryn - estão em jogo.
Dentre os inúmeros acertos do filme, a escolha do elenco certamente é um deles. Sarah Michelle Gellar dá uma profundidade interessante à Kathryn, que é uma personagem bastante complexa devido ao seu comportamento volátil. Ela é capaz de ter um orgasmo e, em questão de segundos, voltar a sua normalidade apática como quem troca de roupa, e seu único prazer real vem jogar, vencer e destruir o oponente. Reese Whiterspoon rouba a cena diversas vezes, e mesmo quando ela deve soar como uma bad bitch ela consegue emular perfeitamente a inocência de sua personagem. Selma Blair e sua Cecil Caldwell acabam sendo um alívio cômico na maior parte do tempo - mas nada que diminua o trabalho da atriz, que soube explorar bem as camadas da personagem.
Ryan Phillippe, no entanto, apesar de sua aparência carismática e da inegável química com as três garotas, deixa a desejar em alguns aspectos da sua performance como Sebastian. Em diversos momentos, o personagem acaba parecendo forçado como um personagem de sitcom escondendo uma mentira, e há uma cena importante e dramática em que ele soa apático quando deveria estar emocionalmente destruído, mas sua atuação acaba funcionando em favor do teor cômico do filme a ponto de ter passado despercebido por mim durante as inúmeras vezes que o assisti no passado.
O figurino é uma escolha certeira e atemporal, e reflete bastante a personalidade de cada personagem, contribuindo de forma positiva para a narrativa geral. Destaque para a roupa de Kathryn em sua primeira cena, que julguei representar toda a complexidade de sua personagem. Os cenários escolhidos também são muito bonitos e, especialmente as cenas internas nas mansões, trazem um ar de luxo e sofisticação. É uma pena que a cinematografia do filme muitas vezes falhe em dar visibilidade a esses espaços.
Há muitos zooms desnecessários, o que dá um ar de amadorismo à fotografia do longa e prejudica alguns enquadramentos. Algumas cenas, no entanto, se beneficiam desse modo de funcionar - a grande revelação durante o velório é uma delas. Outras, porém, acabam perdendo um pouco seu potencial. E a trilha sonora dispensa palavras: é um marco da época por um motivo. Não apenas a escolha das bandas é perfeita, mas também as músicas são extremamente bem colocadas e somam à narrativa. Meu eu adolescente se arrepiou bastante ao ouvir Bittersweet Symphony no final deste filme a primeira vez. E o roteiro cumpre bem seu papel, transformando o material original "clássico" em um "kitsch" dos anos noventa que incorpora não só elementos da modernidade em sua história, mas também gírias e concepções dos jovens daquela época.
No mais, é a soma de todos esses fatores que justificam Segundas Intenções ser um marco meio cult dos anos noventa que, mesmo com sua narrativa problemática para os dias de hoje, ainda permanece querido por todos que cresceram com ele.
Bem-Vinda a Quixeramobim
3.2 99 Assista AgoraPerfeito e político.
A Noiva Desconhecida
4.1 19achei divertidíssimo, um enemies to lovers bem interessante que acho que serviu de inspiração para alguns filmes mais modernos como you've got mail.
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
2.2 697 Assista AgoraEm termos de gore, o Massacre da Serra Elétrica não deixa NADA a desejar, dá um twist na abordagem clássica e cansada do gênero e tem umas mortes simplesmente IRADAS e brilhantes no neon. É meio trash as vezes devido à algumas situações propostas (incluindo a minha favorita, que envolve uma live no Instagram), mas é exatamente isso que traz um sabor especial para o longa.
Case Comigo
3.1 106 Assista AgoraSe eu adorei que metade dessa relação é composta por um professor? Sim! E os motivos pelo qual o coitado decide entrar nesse rolê são os mais nobres e mais “decadência da educação dos Estados Unidos” possível. Há uma química inegável entre Owen Wilson e Jennifer Lopez — que, em boa parte do filme, entrega um trabalho extremamente decente. Maluma não aparece tanto quanto seu crédito no cartaz sugere, mas fico impressionado em quanto ele alcançou em tão pouco tempo.
A música, que deveria ser o ponto alto do filme pois há a Jennifer Lopez né, é bem ladeira abaixo. Se você não for fã da artista talvez vá sentir seu cérebro derretendo pelos ouvidos com o tema principal do filme (que soa ainda mais patético na versão Troy e Gabriella — é sério que essa música ganhou um Grammy ficcional?), mas há momentos: a música “On My Way” é a melhor do filme (e a que foi possivelmente colocada como estratégia para um Oscar de melhor canção original: Jennifer Lopez também atua como produtora do longa e de boba ela não tem nada).
No mais, fazia MUITO tempo que não ia ao cinema ver uma comédia romântica, e foi mais que um alívio sentar por duas horas e ver gente normal — um PROFESSOR ainda por cima — na telona.
Licorice Pizza
3.5 597O filme é bastante especial. Você percebe o carinho com que tudo dele é feito nas menores nuances da tela. As cores do longa estão belíssimas – não à toa, foi gravado em 35mm com lentes da década de setenta, mesmo período no qual a história se desenrola – e a trilha sonora é muito boa.
Também é um registro histórico interessantíssimo – é o primeiro filme que vejo abordar a falta de gasolina gerada por questões políticas nos EUA naquela época. A atuação dos protagonistas está incrível, e os atores já estabelecidos que aparecem em participações mais-que-especiais dão show. Destaque para Bradley Cooper e Sean Penn.
Carmen Miranda: Bananas Is My Business
4.2 51 Assista AgoraTerminei o documentário com um aperto ENORME no coração.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraÉ uma carta de amor para os anos oitenta. Fica bem explícito até pela colorização da imagem. Não é o que as pessoas esperavam, mas dentro do que se propõe a fazer, é simplesmente fantástico <3
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista Agoraparticularmente, gostei muito de como a narrativa do filme é construída. parece um documentario e um mockumentary ao mesmo tempo devido a personalidade dos protagonistas e ao show de atuação. é divertido, instigante e um olhar interessante sob os eventos reais que inspiram a obra.
Tudo Bem no Natal Que Vem
3.5 563Achei divertidíssimo como a versão brasileira do conto de Charles Dickens
Pacarrete
4.1 106 Assista AgoraPra mim não tem cena melhor que aquela que ela mete a vassoura nas crianças. Simplesmente icônica.
Click
3.4 2,5K Assista Agorasexista, gordofóbico, e quando não é isso é piada de peido como se eu tivesse vendo filme pra menino de dez anos, roteiro falhíssimo e cheio de tentativas chatonildes de puxar uma emoção, quando na verdade o que dá pra gente querer fazer é socar a cara do Adam Sandler até ele prometer que jamais faria outro filme novamente, ultrapassado desde o ano de seu lançamento. uma tentativa baratíssima de tentar fazer um Todo Poderoso que só serviu pra me fazer entrar pro clã de gente que passa longe de qualquer filme com Adam Sandler. um pesadelo! Eu gosto muito de filme ruim, visto meu histórico de coisas que dou cinco estrelas, mas esse parece que se esforçou pra me fazer RAIVA.
O Inventor da Mocidade
3.7 71 Assista AgoraEsse filme é muito divertido, e a atuação de Cary Grant e Ginger Rogers como crianças é simplesmente sensacional!
A Casa dos Maus Espíritos
3.6 162 Assista AgoraEsse filme é MUITO bom, mas tenho certeza que as pessoas de hoje em dia não iam aguentar a forma de contar história dele. É divertido, e ainda tem um momento bem digno de 'among us' e um monte de reviravolta doida no final. Simplesmente genial
Lovelace
3.4 548 Assista AgoraEu simplesmente AMEI a forma como a história foi contada. Você passa o filme INTEIRO construindo uma visão sobre a Linda e de repente é tombado no final. É pesado, é triste e é necessário. Amanda fez um ótimo trabalho aqui.
Ghost, Homens Mortos Não Morrem
3.5 5curiosamente, esse deve ser o filme do gênero mais próximo de respeitar a religião africana na qual os zumbis foram """"inspirados""""
O Rio das Almas Perdidas
3.5 86É um filme bem interessante, mas a cena em que Robert tenta beijar Marilyn à força é tão desnecessária... acabou me fazendo gostar menos do personagem.
Bete Balanço
3.1 114 Assista AgoraAs monocelhas me incomodaram bastante, mas esse filme tem aquela energia de filme anos oitenta que te deixa inexplicavelmente BEM no final, que é bem mais subjetivo do que talvez devesse ser. A química da Bete com a mulher lá deveria ter sido mais explorada.
O Jovem Tataravô
3.2 3Achei muito divertido e interessante. Uma pena que a cópia que assisti possuía muitos problemas no áudio.
Rock Estrela
2.6 33 Assista AgoraDa trilogia do rock, esse é o com o roteiro mais fraco porém com as performances mais marcantes.
Paixão Sem Limite
3.4 188Não consegui superar o confronto final até hoje
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraAprofundou minha ideia sobre o assunto e, honestamente, intensificou minha vontade de simplesmente sumir da internet.
O Ex-Namorado da Minha Mulher
2.5 140 Assista AgoraEsse filme é muito cara de filme que dono de locadora compra pra iludir os fãs de comédia romântica. A história poderia ser muito melhor trabalhada -- ela perde o sentido em alguns momentos, especialmente próximo ao final -- e há diálogos problemáticos para 2020, mas é um filme nível "bom passa-tempo" para quem gosta muito de rom coms.
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
3.6 456 Assista AgoraPor aqui continuo chocado em como o Eddie Murphy ficou a cara do Chuck Berry. O elenco feminino dispensa comentários. É simplesmente incrível. Beyoncé parece uma boneca de porcelana nesse filme, e Jennifer Hudson... meu DEUS!!! Maravilhosa. Apesar de conhecer pouco do R&B, dá pra pegar várias referências da vida real que são utilizadas no filme -- incluindo os Jackson 5.
Segundas Intenções
3.6 1,1KUm dos filmes que marcou o final da minha adolescência foi Segundas Intenções, reimaginação do clássico As Relações Perigosas de Choderlos de Laclos que saiu em 1999. Possivelmente uma tentativa de ganhar em cima do sucesso de Romeu + Julieta, que traz o texto de William Shakespeare para o mundo de gangues da década de 90, mas com um diferente charme (vamos falar sobre isso a seguir), o filme é um dos grandes marcos da carreira de Selma Blair, Sarah Michelle Gellar Ryan Phillippe e Reese Whiterspoon - que se conheceram durante as filmagens e acabaram se casando na vida real -, sendo até hoje lembrado e "cultuado" por seu fandom.
Na história, os meio-irmãos Kathryn Merteuil e Sebastian Valmont são adolescentes ricos e problemáticos, cada um à sua maneira. Sebastian tem a reputação questionável e se vangloria constantemente disso, Kathryn esconde sua perversão embaixo da máscara de boa garota. Ambos, no entanto, tratam relações amorosas da mesma forma como tratam bens pessoais: tudo não passa de um jogo de conquistas, onde nenhum está disposto a perder.
Para se vingar de um ex-namorado, Kathryn decide fazer o possível para destroçar a reputação de Cecile, a garota por quem ele se apaixonou. E Sebastian, cansado das "adolescentes insípidas de Manhattan que acham que já viram de tudo", decide investir em transar com a autora de um manifesto sobre manter-se virgem até o casamento, Annette Hargrove. Os dois irmãos decidem fazer uma aposta onde um Jaguar caríssimo - e uma noite com Kathryn - estão em jogo.
Dentre os inúmeros acertos do filme, a escolha do elenco certamente é um deles. Sarah Michelle Gellar dá uma profundidade interessante à Kathryn, que é uma personagem bastante complexa devido ao seu comportamento volátil. Ela é capaz de ter um orgasmo e, em questão de segundos, voltar a sua normalidade apática como quem troca de roupa, e seu único prazer real vem jogar, vencer e destruir o oponente. Reese Whiterspoon rouba a cena diversas vezes, e mesmo quando ela deve soar como uma bad bitch ela consegue emular perfeitamente a inocência de sua personagem. Selma Blair e sua Cecil Caldwell acabam sendo um alívio cômico na maior parte do tempo - mas nada que diminua o trabalho da atriz, que soube explorar bem as camadas da personagem.
Ryan Phillippe, no entanto, apesar de sua aparência carismática e da inegável química com as três garotas, deixa a desejar em alguns aspectos da sua performance como Sebastian. Em diversos momentos, o personagem acaba parecendo forçado como um personagem de sitcom escondendo uma mentira, e há uma cena importante e dramática em que ele soa apático quando deveria estar emocionalmente destruído, mas sua atuação acaba funcionando em favor do teor cômico do filme a ponto de ter passado despercebido por mim durante as inúmeras vezes que o assisti no passado.
O figurino é uma escolha certeira e atemporal, e reflete bastante a personalidade de cada personagem, contribuindo de forma positiva para a narrativa geral. Destaque para a roupa de Kathryn em sua primeira cena, que julguei representar toda a complexidade de sua personagem. Os cenários escolhidos também são muito bonitos e, especialmente as cenas internas nas mansões, trazem um ar de luxo e sofisticação. É uma pena que a cinematografia do filme muitas vezes falhe em dar visibilidade a esses espaços.
Há muitos zooms desnecessários, o que dá um ar de amadorismo à fotografia do longa e prejudica alguns enquadramentos. Algumas cenas, no entanto, se beneficiam desse modo de funcionar - a grande revelação durante o velório é uma delas. Outras, porém, acabam perdendo um pouco seu potencial. E a trilha sonora dispensa palavras: é um marco da época por um motivo. Não apenas a escolha das bandas é perfeita, mas também as músicas são extremamente bem colocadas e somam à narrativa. Meu eu adolescente se arrepiou bastante ao ouvir Bittersweet Symphony no final deste filme a primeira vez. E o roteiro cumpre bem seu papel, transformando o material original "clássico" em um "kitsch" dos anos noventa que incorpora não só elementos da modernidade em sua história, mas também gírias e concepções dos jovens daquela época.
No mais, é a soma de todos esses fatores que justificam Segundas Intenções ser um marco meio cult dos anos noventa que, mesmo com sua narrativa problemática para os dias de hoje, ainda permanece querido por todos que cresceram com ele.