Um dos piores CGI que eu já vi na vida. Completamente plastificado é perceptível a todo momento que se tratava de algo fake. O roteiro também é risível, parece ter sido produzido pelo chatGPT. Enfim, o primeiro Aquaman tinha sido bem satisfatório, já esse segundo foi desastroso, praticamente enterrando a possibilidade de uma continuação.
Continuação sem a mesma alma dos antecessores. A ausência do Balboa e de personagens que conseguem remeter algum sentimento de nostalgia fizeram muita falta. O roteiro cheio de soluções fáceis deixa toda a história muito pouco crível. Até as lutas estão mais picotadas, sem a mesma fluidez que nos filmes anteriores. Michael B. Jordan continua bem mas sem a mesma paixão de Creed 2.
O Mark Rylance é um ator tão espetacular (e subestimado) que quase consegue salvar o fiapo de roteiro que existe aqui (e por isso as 2 estrelas). Esse filme não decola nunca. Não é drama, não é terror, não é nada. No começo pensei q podia se tratar de uma abordagem nova sobre o vampirismo, mas depois vi que era sobre o canibalismo como uma “condição humana” inescapável, sem pé nem cabeça. Quase me fez sentir pena dos canibais, coitadinhos, igual ao meu sentimento de quase gostar desse filme. Só que não.
Acho incrível a galera querendo julgar esse tipo de filme sob o mesmo prisma de um filme de arte. Caraca, vc se prestou a assistir um filme de ação com o Jason Statham com um tubarão gigante pré histórico! É totalmente incoerente querer cobrar que o filme seja verossimilhante! A suspensão da descrença aqui é premissa básica! Chega a ser injusto a nota tão baixa, pois o filme cumpre exatamente o que promete: um ritmo bacana, com um fundo de pano científico à lá Jurassic Park, e muitas cenas com um Megalodon de arrepiar. Parem de implicar com o filme, Cidadão Kane está em outra página do filmow.
Uma das gratas surpresas do terror de 2022. O caráter psicanalítico é deveras intrigante, apesar do teor sobrenatural acabar se sobressaindo por questões mercadológicas óbvias. Mas a mera tentativa de abordagem que foge do padrão dos filmes do gênero foi muito interessante de se ver.
Há muito, muito tempo, não via uma reunião de tantos grandes astros da indústria Norte-Americana ser tão banalizada, improdutiva. O roteiro parece ter sido escrito após uma única noite de bebedeira, tamanha a precariedade, a quantidade de furos, a falta de nexo por menor que seja. Os últimos minutos demonstram um relance de ideia que PODERIA ter rendido um bom filme, mas de resto, apenas a sensação exdrúxula de ter perdido mais de 2 horas da minha vida para assistir esse lixo cinematográfico!
A série começa de forma bastante arrastada mas, aos poucos, vai prendendo a atenção do espectador pelo desenvolvimento complexo de seus personagens e seus sub-plots cada vez mais entrelaçados. Tudo aqui é uma grande metáfora, desde o figurino até a trilha sonora/sonoplastia, de uma pitoresca e bizarra selva humana, onde a lei do mais forte (neste caso, o privilegiado branco rico americano) subjuga toda e qualquer minoria que ousar contestar tal dominância. Gays, afro-americanos, nativos havaianos, mulheres com sede de independência, todos aqueles que tentam se rebelar contra esse poder hegemônico, sucumbe invariavelmente ao longo da série. Seja de forma mais literal, como a morte ou a prisão, seja tendo qualquer aspiração ou sonho de um futuro melhor esmagado cruelmente pela dura realidade. The White Lotus pode parecer uma série de comédia bobinha, despretensiosa e até mesmo superestimada à primeira vista. Mas basta analisar suas camadas mais profundas que verás uma das séries mais bombásticas dos últimos tempos, uma crítica feroz ao status quo do American Way of Life, que engole de forma impiedosa qualquer um que se atrever a se colocar no seu caminho. Mas, para fechar com um sopro de esperança, somos brindados com o bonito final do filho dos Mossbacher que consegue, de forma surpreendente, fugir de sua autoproclamada prisão e decide “viver a vida”, como ela realmente é. Recomendo muitíssimo.
A caracterização do palhaço Art é o ponto alto da obra. De fato, é o palhaço assassino mais macabro que já vi. De resto, a suspensão de descrença tão obrigatória para os filmes do gênero está presente multiplicada à décima potência! A burrice das personagens supera qualquer coisa já vista antes, ficando muitas vezes irritante de se ver. Curioso para ver o que fizeram com a continuação, que encontra-se num hype mundial. Os fãs de slasher/gore podem se divertir despretensiosamente se souberem relevar os exageros apontados.
Sou um fã raiz de AHS, tanto que mesmo muitos falando mal e afirmando que a série “acabou”, continuo acompanhando com muito entusiasmo e discordando de muitas avaliações negativas. 1984, por exemplo, é uma delicia de assistir! Entretanto, essa última temp. é pura vergonha alheia! Um tapa na cara dos fãs. Material de péssima qualidade, sem nenhuma originalidade ou esforço. Ou eles demitem TODOS os roteiristas presentes nessa temporada, ou infelizmente terei q concordar que AHS está chegando ao fim!
Esse filme é uma vergonha em quase todos os aspectos. E levar a alcunha de “continuação” de um dos maiores clássicos do gênero é a maior lástima de todas. Fãs de Lobisomem Americano em Londres, passem longe dessa imitação barata e sem o menor resquícios de encanto do original.
Dono de um argumento bem interessante apesar de não original - trata-se de uma nova roupagem para o eterno embate Humanos X Natureza - a direção se perde por completo no desenvolvimento de um roteiro repleto de furos, apesar de termos q levar em conta o baixo orçamento evidente. Ficou com cara de programa da National Geographic sobre formigas costurado com um arremedo de ficção científica capenga. Desafiador ficar acordado até o final da sessão
Temporada fenomenal, resgatando todo o propósito original da série: o Terror genuíno. Rivaliza com Asylum pela melhor temporada de AHS. Falar que Kathy Bates esteve genial é chover no molhado né! Provavelmente o melhor aproveitamento do formato found footage desde A Bruxa de Blair original!
A paranoia e tensão dos tempos da Guerra Fria elevado a terceira potencia por uma ameaça comum: inteligência artificial. Longe de ser pioneira nesta trama, Colossus é uma obra bastante interessante de conferir, se conseguirmos abstrair o baixo orçamento da obra, pouquíssimas locações, ausência de um grande astro e uma direção oscilante. O final é deveras empolgante, e um remake seria bem vindo para corrigir a falta de orçamento necessária para a grandiloquência de seu argumento.
Pouco importa o non sense niilista do roteiro quando o mesmo é uma bagunça absoluta. A forma irresponsável e preconceituosa que retrataram o movimento punk é imperdoável. Além disso, o filme se arrasta de forma morosa quase insuportável, sem qualquer nexo ou trama minimamente interessante. De positivo apenas a trilha sonora repleta de clássicos do punk rock oitentista.
Repleta de altos e baixos, a temporada tinha uma premissa interessantíssima, por criar uma ambientação que habita o imaginário popular desde clássicos do terror como O Iluminado, o Hotel mal assombrado e palco de inúmeros assassinados. Por si só já é um ponto de partida maravilhoso. Porém, os roteiristas capricharam na dosagem de inverosimilhança e no caricato. Fantasmas assassinos, vampiros, serial killers... só faltou lobisomens pra bagunça ser mais completa.
Claro, com um elenco tão poderoso é virtualmente impossível não tirarmos pontos positivos. Angela Basset novamente está incrível em toda cena que aparece. Sarah Paulson, na minha opinião a atriz mais constante de todo o estelar elenco da série, novamente enche os olhos do espectador. Porém, é inegável reconhecer que esta temporada pertenceu a duas figuras: Denis O’Hare e sua Liz Taylor é a alma do Hotel e Tb da temporada, e a nossa protagonista Lady Gaga que conseguiu imprimir uma atuação convincente e incrivelmente carismática de sua Condessa. Ela entra no rol das vilãs que, de tão carismáticas, acabamos de certa forma torcendo por ela. Por mais que ela não passe de uma psicopata da pior espécie.
De toda forma, AHS continua sendo uma série interessante de se ver, porém perdendo cada ano que passa sua maior essência: O terror. Nesta 5a temporada, pouquíssimos foram os momentos que experimentei medo ou ao menos aquele susto básico. Virou um caldeirão de humor negro, cheio de referências do mundo pop dos serial killers.
Minha motivação maior em continuar assistindo AHS não é definitivamente mais pelo horror, mas sim pelo prazer de ver as grandes atuações deste elenco formidável que os produtores conseguiram manter em todas as suas temporadas.
Um roteiro genial porém sob a direção pouco astuta e menos ainda inspirada de George Roy Hill. A história, extremamente ambiciosa e complexa por si só, demora a engrenar devido ao ritmo lento da película e existe pouca empatia pelo protagonista, muito provavelmente pela sua aparente apatia diante de tudo que o cerca. O ponto mais positivo do filme é provocar no espectador uma vontade genuína de descobrir o livro que o originou, pois deve ser exponencialmente mais interessante que esta adaptação cinematográfica.
De início, o filme não empolga. Acreditava se tratar de mais um dentre tantos clássicos do gênero que "envelheceram mal". Os efeitos especiais da nave espacial, bem "flying sausage", e do planeta alienígena semelhante a uma pintura, são bastante rudimentares. Porém, a medida que adentramos na trama, começamos a perceber o grau de esmero que Fred Wilcox teve pela obra. A começar pela ousadia em adaptar um conto dramático Shakespeareano ( A Tempestade) e transportá-lo para um gênero completamente menosprezado pelos autores de sua geração. O desejo de transformar a obra em um produto autoral é flagrante. O roteiro esconde um argumento surpreendentemente complexo, com toques Freudianos, e permeado por um existencialismo contido, exteriorizado em filmes posteriores como 2001 uma Odisséia no espaço e Solaris, além de inspirar grandes sucessos de público como Star Wars e a série Star Trek.
A simples presença magnética de Walter Pidgeon como Morbius é suficiente para conferir esta pérola cinquentista, assim como presenciar Leslie Nielsen em início de carreira, em raro papel "sério" e ainda por cima como galã. A trilha sonora, em tons eletrônicos completamente inéditos para sua época, é absolutamente vanguardista. Porém, ao adentrar no subterrâneo mundo do povo alienígena, a magnitude da obra nos é apresentada por inteiro. Ao percorrer o mundo "proibido", cenários grandiloquentes nos são revelados, nos remetendo imediatamente a Metrópolis de Fritz Lang e sua suntuosidade criativa. Por fim, não podemos esquecer do robô Robby, o primeiro com certo grau de verossimilhança na historia do cinema, vindo a inspirar inúmeros robôs clássicos da cultura pop, como o tão querido C3PO.
Uma pena que a trama engenhosa porém de difícil compreensão (digressões sobre astro-física, subconsciente e ID não eram costumeiros em 1956, época em que o Homem não havia ao menos pisado na lua) aliada a um ritmo moderadamente lento não tenha caído nas graças do público e, portanto, determinado um fracasso de bilheteria para o estúdio MGM. Entretanto, a obra viria a ganhar cada vez mais adeptos ao passar dos anos, transformando-se em um exemplar cult do gênero sci-fi, obrigatório para grandes cinéfilos.
Há muito, muito tempo, talvez desde Cidade dos Sonhos, que uma obra não me perturba e suscita tantas reflexões quanto esta película, que transita a todo instante entre o bizarro e o surrealista, com toques de humor negro por vezes hilariantes, e um teor crítico brutal de toda a sociedade pós moderna. Esqueça as cenas romantizadas. Nem mesmo a suposta beleza sagrada do nascimento/parto é respeitado. Com Giraudie, você só encontrará a versão mais hardcore e, por que não dizer, mais humano de nós mesmos. Toda a hipocrisia rotineira mas camuflada da sociedade nos é escarrada, de forma nua, crua e, para muita gente, certamente grosseira. Mas uma coisa é certa: você poderá amá-lo ou odiá-lo, mas nunca sairá indiferente após os créditos finais. Não seria esta indiferença, incomoda e silenciosa referente a tudo e a todos, o maior dos males da vida contemporânea? Bingo!
O novo e tão aguardado longa do diretor Denis Villeneuve foi considerado uma prova de fogo para testar seu talento à frente de um gênero que nunca antes havia trabalhado, a ficção científica. Diga-se de passagem, seu próximo desafio, o remake do clássico atemporal Blade Runner, é possivelmente um dos filmes mais aguardados pela comunidade cinéfila mundial, justamente por ter sido a pedra fundamental que elevou de uma vez por todas o patamar da ficção científica no mundo do cinema. Sempre existiu o sci-fi pré e pós Blade Runner. Pois bem, com sua nova obra A Chegada Villeneuve não apenas demonstra grandiloquência e domínio absoluto de seu métier, como vem calando a boca de seus poucos críticos remanescentes ao ser alçado ano após ano ao posto de melhor diretor de sua geração. Arrival é um deleite em todos os sentidos. Desde seu roteiro primoroso, sem reviravoltas desnecessárias e quase obrigatórias do gênero, à direção impecável de Villeneuve, que imprime um ritmo incrivelmente contemplativo (algo raramente visto no gênero, à exceção de outras grandes obras primas como 2001 ou Solaris), auxiliado por uma fotografia exuberante e recheada de planos detalhes caprichosos ao estilo do mestre Terrence Malick, perpassando por uma trilha sonora muito eficiente, sem a megalomania costumeira dos arrasa-quarteirões Hollywoodianos. Poderia passar horas divagando sobre as 2001 camadas presentes em Arrival. Mas vou me limitar a dizer: Muito obrigado Villeneuve! Você acaba de transformar a história da sci-fi contemporânea.
Melodrama nem sempre foi sinônimo de piegas. Diversos bons diretores ao longo da historia souberam dar um tratamento digno para o subgênero cinematográfico, muito antes de ser identificado com o formato televisivo, com as "novelas". Excesso de teor dramático na narrativa e presença de uma trilha sonora invasiva, com o intuito claro de emocionar o espectador, são os dois principais traços do melodrama. Pois bem, Pequeno Segredo é, sem duvidas, um autentico melodrama. Porém, dos ruins. A mão pesada do diretor influenciou muito negativamente para um resultado sofrível, além de uma péssima condução de seu elenco. A única e grata exceção é Julia Lemmertz, demonstrando mais uma vez que seu talento consegue se sobressair em meio ao completo caos, sendo responsável pelos únicos exemplares de emoção genuína no filme. Nem entrarei na discussão da escolha do filme para representar o Brasil no Oscar, pois os livros de historia haverão de apontar o dedo para o ano de 2016 como um dos momentos mais criminosos já protagonizados pelo Ministério da Cultura.
Adaptar uma obra de Shakespeare não é para qualquer um. Adaptar Macbeth, sua peça maldita, exige um desafio ainda maior. A falta de independência no corte final pode comprometer muito a integridade de seus outros filmes. Mas, em se tratando de Macbeth, foi fatal. A falta de ritmo é constante, conduzindo a obra de forma excessivamente teatral, o que por vezes incomoda o espectador. Falhas de continuidade também estão presentes, sobretudo na transformação quase instantânea de Lady Macbeth de maquiavélica personagem em uma enlouquecida que clama por redenção. Sabemos que tais fatos se dão de forma progressiva, mas nesta versão há um comprometimento grave desta natureza. A atuação de Welles é o que há de mais louvável, com uma interpretação segura e forte no ponto certo. Já não se pode dizer o mesmo de sua companheira de cena, ao meu ver um erro do próprio Welles em arriscar colocar no elenco principal uma atriz principiante para o lugar de Lady Macbeth, um dos papéis mais difíceis e complexos da história. Elogiar a fotografia e a condução de Welles é chover no molhado, todos sabem de sua genialidade e grau de inovação técnica. Pena que não se pode dizer o mesmo do roteiro de alguns de seus filmes, aliado a uma edição castradora mais uma vez. Fica a lembrança positiva das bruxas Shakespeareanas, dando um toque de horror em uma peça que expressa exatamente isso: o mais profundo horror da mente humana.
Aquaman 2: O Reino Perdido
2.9 290 Assista AgoraUm dos piores CGI que eu já vi na vida. Completamente plastificado é perceptível a todo momento que se tratava de algo fake. O roteiro também é risível, parece ter sido produzido pelo chatGPT. Enfim, o primeiro Aquaman tinha sido bem satisfatório, já esse segundo foi desastroso, praticamente enterrando a possibilidade de uma continuação.
Creed III
3.4 237 Assista AgoraContinuação sem a mesma alma dos antecessores. A ausência do Balboa e de personagens que conseguem remeter algum sentimento de nostalgia fizeram muita falta. O roteiro cheio de soluções fáceis deixa toda a história muito pouco crível. Até as lutas estão mais picotadas, sem a mesma fluidez que nos filmes anteriores. Michael B. Jordan continua bem mas sem a mesma paixão de Creed 2.
Até os Ossos
3.3 260 Assista AgoraO Mark Rylance é um ator tão espetacular (e subestimado) que quase consegue salvar o fiapo de roteiro que existe aqui (e por isso as 2 estrelas). Esse filme não decola nunca. Não é drama, não é terror, não é nada. No começo pensei q podia se tratar de uma abordagem nova sobre o vampirismo, mas depois vi que era sobre o canibalismo como uma “condição humana” inescapável, sem pé nem cabeça. Quase me fez sentir pena dos canibais, coitadinhos, igual ao meu sentimento de quase gostar desse filme. Só que não.
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 353 Assista AgoraQue dó da Hellen Mirren nesse lixo de filme. Só podia estar precisando de grana pra topar esse roteiro debiloide.
Megatubarão
2.8 842Acho incrível a galera querendo julgar esse tipo de filme sob o mesmo prisma de um filme de arte. Caraca, vc se prestou a assistir um filme de ação com o Jason Statham com um tubarão gigante pré histórico! É totalmente incoerente querer cobrar que o filme seja verossimilhante! A suspensão da descrença aqui é premissa básica! Chega a ser injusto a nota tão baixa, pois o filme cumpre exatamente o que promete: um ritmo bacana, com um fundo de pano científico à lá Jurassic Park, e muitas cenas com um Megalodon de arrepiar.
Parem de implicar com o filme, Cidadão Kane está em outra página do filmow.
Sorria
3.1 841 Assista AgoraUma das gratas surpresas do terror de 2022. O caráter psicanalítico é deveras intrigante, apesar do teor sobrenatural acabar se sobressaindo por questões mercadológicas óbvias. Mas a mera tentativa de abordagem que foge do padrão dos filmes do gênero foi muito interessante de se ver.
Amsterdã
3.0 157Há muito, muito tempo, não via uma reunião de tantos grandes astros da indústria Norte-Americana ser tão banalizada, improdutiva. O roteiro parece ter sido escrito após uma única noite de bebedeira, tamanha a precariedade, a quantidade de furos, a falta de nexo por menor que seja. Os últimos minutos demonstram um relance de ideia que PODERIA ter rendido um bom filme, mas de resto, apenas a sensação exdrúxula de ter perdido mais de 2 horas da minha vida para assistir esse lixo cinematográfico!
The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraA série começa de forma bastante arrastada mas, aos poucos, vai prendendo a atenção do espectador pelo desenvolvimento complexo de seus personagens e seus sub-plots cada vez mais entrelaçados. Tudo aqui é uma grande metáfora, desde o figurino até a trilha sonora/sonoplastia, de uma pitoresca e bizarra selva humana, onde a lei do mais forte (neste caso, o privilegiado branco rico americano) subjuga toda e qualquer minoria que ousar contestar tal dominância. Gays, afro-americanos, nativos havaianos, mulheres com sede de independência, todos aqueles que tentam se rebelar contra esse poder hegemônico, sucumbe invariavelmente ao longo da série. Seja de forma mais literal, como a morte ou a prisão, seja tendo qualquer aspiração ou sonho de um futuro melhor esmagado cruelmente pela dura realidade.
The White Lotus pode parecer uma série de comédia bobinha, despretensiosa e até mesmo superestimada à primeira vista. Mas basta analisar suas camadas mais profundas que verás uma das séries mais bombásticas dos últimos tempos, uma crítica feroz ao status quo do American Way of Life, que engole de forma impiedosa qualquer um que se atrever a se colocar no seu caminho.
Mas, para fechar com um sopro de esperança, somos brindados com o bonito final do filho dos Mossbacher que consegue, de forma surpreendente, fugir de sua autoproclamada prisão e decide “viver a vida”, como ela realmente é. Recomendo muitíssimo.
Aterrorizante
2.9 454 Assista AgoraA caracterização do palhaço Art é o ponto alto da obra. De fato, é o palhaço assassino mais macabro que já vi. De resto, a suspensão de descrença tão obrigatória para os filmes do gênero está presente multiplicada à décima potência! A burrice das personagens supera qualquer coisa já vista antes, ficando muitas vezes irritante de se ver. Curioso para ver o que fizeram com a continuação, que encontra-se num hype mundial. Os fãs de slasher/gore podem se divertir despretensiosamente se souberem relevar os exageros apontados.
American Horror Story: Double Feature (10ª Temporada)
2.7 251Sou um fã raiz de AHS, tanto que mesmo muitos falando mal e afirmando que a série “acabou”, continuo acompanhando com muito entusiasmo e discordando de muitas avaliações negativas. 1984, por exemplo, é uma delicia de assistir! Entretanto, essa última temp. é pura vergonha alheia! Um tapa na cara dos fãs. Material de péssima qualidade, sem nenhuma originalidade ou esforço. Ou eles demitem TODOS os roteiristas presentes nessa temporada, ou infelizmente terei q concordar que AHS está chegando ao fim!
Um Lobisomem Americano em Paris
3.0 275 Assista AgoraEsse filme é uma vergonha em quase todos os aspectos. E levar a alcunha de “continuação” de um dos maiores clássicos do gênero é a maior lástima de todas. Fãs de Lobisomem Americano em Londres, passem longe dessa imitação barata e sem o menor resquícios de encanto do original.
Fase IV: Destruição
3.3 33Dono de um argumento bem interessante apesar de não original - trata-se de uma nova roupagem para o eterno embate Humanos X Natureza - a direção se perde por completo no desenvolvimento de um roteiro repleto de furos, apesar de termos q levar em conta o baixo orçamento evidente. Ficou com cara de programa da National Geographic sobre formigas costurado com um arremedo de ficção científica capenga. Desafiador ficar acordado até o final da sessão
American Horror Story: Roanoke (6ª Temporada)
3.9 716 Assista AgoraTemporada fenomenal, resgatando todo o propósito original da série: o Terror genuíno. Rivaliza com Asylum pela melhor temporada de AHS. Falar que Kathy Bates esteve genial é chover no molhado né! Provavelmente o melhor aproveitamento do formato found footage desde A Bruxa de Blair original!
Colossus 1980
3.8 24A paranoia e tensão dos tempos da Guerra Fria elevado a terceira potencia por uma ameaça comum: inteligência artificial. Longe de ser pioneira nesta trama, Colossus é uma obra bastante interessante de conferir, se conseguirmos abstrair o baixo orçamento da obra, pouquíssimas locações, ausência de um grande astro e uma direção oscilante. O final é deveras empolgante, e um remake seria bem vindo para corrigir a falta de orçamento necessária para a grandiloquência de seu argumento.
Repo Man: A Onda Punk
3.3 94 Assista AgoraPouco importa o non sense niilista do roteiro quando o mesmo é uma bagunça absoluta. A forma irresponsável e preconceituosa que retrataram o movimento punk é imperdoável. Além disso, o filme se arrasta de forma morosa quase insuportável, sem qualquer nexo ou trama minimamente interessante. De positivo apenas a trilha sonora repleta de clássicos do punk rock oitentista.
American Horror Story: Hotel (5ª Temporada)
3.6 980Repleta de altos e baixos, a temporada tinha uma premissa interessantíssima, por criar uma ambientação que habita o imaginário popular desde clássicos do terror como O Iluminado, o Hotel mal assombrado e palco de inúmeros assassinados. Por si só já é um ponto de partida maravilhoso. Porém, os roteiristas capricharam na dosagem de inverosimilhança e no caricato. Fantasmas assassinos, vampiros, serial killers... só faltou lobisomens pra bagunça ser mais completa.
Claro, com um elenco tão poderoso é virtualmente impossível não tirarmos pontos positivos. Angela Basset novamente está incrível em toda cena que aparece. Sarah Paulson, na minha opinião a atriz mais constante de todo o estelar elenco da série, novamente enche os olhos do espectador. Porém, é inegável reconhecer que esta temporada pertenceu a duas figuras: Denis O’Hare e sua Liz Taylor é a alma do Hotel e Tb da temporada, e a nossa protagonista Lady Gaga que conseguiu imprimir uma atuação convincente e incrivelmente carismática de sua Condessa. Ela entra no rol das vilãs que, de tão carismáticas, acabamos de certa forma torcendo por ela. Por mais que ela não passe de uma psicopata da pior espécie.
De toda forma, AHS continua sendo uma série interessante de se ver, porém perdendo cada ano que passa sua maior essência: O terror. Nesta 5a temporada, pouquíssimos foram os momentos que experimentei medo ou ao menos aquele susto básico. Virou um caldeirão de humor negro, cheio de referências do mundo pop dos serial killers.
Minha motivação maior em continuar assistindo AHS não é definitivamente mais pelo horror, mas sim pelo prazer de ver as grandes atuações deste elenco formidável que os produtores conseguiram manter em todas as suas temporadas.
Matadouro Cinco
3.6 31Um roteiro genial porém sob a direção pouco astuta e menos ainda inspirada de George Roy Hill. A história, extremamente ambiciosa e complexa por si só, demora a engrenar devido ao ritmo lento da película e existe pouca empatia pelo protagonista, muito provavelmente pela sua aparente apatia diante de tudo que o cerca. O ponto mais positivo do filme é provocar no espectador uma vontade genuína de descobrir o livro que o originou, pois deve ser exponencialmente mais interessante que esta adaptação cinematográfica.
O Planeta dos Vampiros
3.2 50Única incursão do mestre Bava no gênero sci-fi. Sabe-se o por que ao ver o filme... Melhor decisão possível. Filme medíocre do início ao fim
Planeta Proibido
3.7 114 Assista AgoraDe início, o filme não empolga. Acreditava se tratar de mais um dentre tantos clássicos do gênero que "envelheceram mal". Os efeitos especiais da nave espacial, bem "flying sausage", e do planeta alienígena semelhante a uma pintura, são bastante rudimentares. Porém, a medida que adentramos na trama, começamos a perceber o grau de esmero que Fred Wilcox teve pela obra. A começar pela ousadia em adaptar um conto dramático Shakespeareano ( A Tempestade) e transportá-lo para um gênero completamente menosprezado pelos autores de sua geração. O desejo de transformar a obra em um produto autoral é flagrante. O roteiro esconde um argumento surpreendentemente complexo, com toques Freudianos, e permeado por um existencialismo contido, exteriorizado em filmes posteriores como 2001 uma Odisséia no espaço e Solaris, além de inspirar grandes sucessos de público como Star Wars e a série Star Trek.
A simples presença magnética de Walter Pidgeon como Morbius é suficiente para conferir esta pérola cinquentista, assim como presenciar Leslie Nielsen em início de carreira, em raro papel "sério" e ainda por cima como galã. A trilha sonora, em tons eletrônicos completamente inéditos para sua época, é absolutamente vanguardista. Porém, ao adentrar no subterrâneo mundo do povo alienígena, a magnitude da obra nos é apresentada por inteiro. Ao percorrer o mundo "proibido", cenários grandiloquentes nos são revelados, nos remetendo imediatamente a Metrópolis de Fritz Lang e sua suntuosidade criativa. Por fim, não podemos esquecer do robô Robby, o primeiro com certo grau de verossimilhança na historia do cinema, vindo a inspirar inúmeros robôs clássicos da cultura pop, como o tão querido C3PO.
Uma pena que a trama engenhosa porém de difícil compreensão (digressões sobre astro-física, subconsciente e ID não eram costumeiros em 1956, época em que o Homem não havia ao menos pisado na lua) aliada a um ritmo moderadamente lento não tenha caído nas graças do público e, portanto, determinado um fracasso de bilheteria para o estúdio MGM. Entretanto, a obra viria a ganhar cada vez mais adeptos ao passar dos anos, transformando-se em um exemplar cult do gênero sci-fi, obrigatório para grandes cinéfilos.
Na Vertical
3.2 55Há muito, muito tempo, talvez desde Cidade dos Sonhos, que uma obra não me perturba e suscita tantas reflexões quanto esta película, que transita a todo instante entre o bizarro e o surrealista, com toques de humor negro por vezes hilariantes, e um teor crítico brutal de toda a sociedade pós moderna. Esqueça as cenas romantizadas. Nem mesmo a suposta beleza sagrada do nascimento/parto é respeitado. Com Giraudie, você só encontrará a versão mais hardcore e, por que não dizer, mais humano de nós mesmos. Toda a hipocrisia rotineira mas camuflada da sociedade nos é escarrada, de forma nua, crua e, para muita gente, certamente grosseira. Mas uma coisa é certa: você poderá amá-lo ou odiá-lo, mas nunca sairá indiferente após os créditos finais. Não seria esta indiferença, incomoda e silenciosa referente a tudo e a todos, o maior dos males da vida contemporânea? Bingo!
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraO novo e tão aguardado longa do diretor Denis Villeneuve foi considerado uma prova de fogo para testar seu talento à frente de um gênero que nunca antes havia trabalhado, a ficção científica. Diga-se de passagem, seu próximo desafio, o remake do clássico atemporal Blade Runner, é possivelmente um dos filmes mais aguardados pela comunidade cinéfila mundial, justamente por ter sido a pedra fundamental que elevou de uma vez por todas o patamar da ficção científica no mundo do cinema. Sempre existiu o sci-fi pré e pós Blade Runner. Pois bem, com sua nova obra A Chegada Villeneuve não apenas demonstra grandiloquência e domínio absoluto de seu métier, como vem calando a boca de seus poucos críticos remanescentes ao ser alçado ano após ano ao posto de melhor diretor de sua geração. Arrival é um deleite em todos os sentidos. Desde seu roteiro primoroso, sem reviravoltas desnecessárias e quase obrigatórias do gênero, à direção impecável de Villeneuve, que imprime um ritmo incrivelmente contemplativo (algo raramente visto no gênero, à exceção de outras grandes obras primas como 2001 ou Solaris), auxiliado por uma fotografia exuberante e recheada de planos detalhes caprichosos ao estilo do mestre Terrence Malick, perpassando por uma trilha sonora muito eficiente, sem a megalomania costumeira dos arrasa-quarteirões Hollywoodianos.
Poderia passar horas divagando sobre as 2001 camadas presentes em Arrival. Mas vou me limitar a dizer: Muito obrigado Villeneuve! Você acaba de transformar a história da sci-fi contemporânea.
Pequeno Segredo
3.3 118 Assista AgoraMelodrama nem sempre foi sinônimo de piegas. Diversos bons diretores ao longo da historia souberam dar um tratamento digno para o subgênero cinematográfico, muito antes de ser identificado com o formato televisivo, com as "novelas". Excesso de teor dramático na narrativa e presença de uma trilha sonora invasiva, com o intuito claro de emocionar o espectador, são os dois principais traços do melodrama. Pois bem, Pequeno Segredo é, sem duvidas, um autentico melodrama. Porém, dos ruins. A mão pesada do diretor influenciou muito negativamente para um resultado sofrível, além de uma péssima condução de seu elenco. A única e grata exceção é Julia Lemmertz, demonstrando mais uma vez que seu talento consegue se sobressair em meio ao completo caos, sendo responsável pelos únicos exemplares de emoção genuína no filme. Nem entrarei na discussão da escolha do filme para representar o Brasil no Oscar, pois os livros de historia haverão de apontar o dedo para o ano de 2016 como um dos momentos mais criminosos já protagonizados pelo Ministério da Cultura.
É o Amor
2.6 4Pior experiência cinematográfica dos últimos anos! Não recomendo para ninguém!
Macbeth: Reinado de Sangue
4.0 43 Assista AgoraAdaptar uma obra de Shakespeare não é para qualquer um. Adaptar Macbeth, sua peça maldita, exige um desafio ainda maior. A falta de independência no corte final pode comprometer muito a integridade de seus outros filmes. Mas, em se tratando de Macbeth, foi fatal. A falta de ritmo é constante, conduzindo a obra de forma excessivamente teatral, o que por vezes incomoda o espectador. Falhas de continuidade também estão presentes, sobretudo na transformação quase instantânea de Lady Macbeth de maquiavélica personagem em uma enlouquecida que clama por redenção. Sabemos que tais fatos se dão de forma progressiva, mas nesta versão há um comprometimento grave desta natureza. A atuação de Welles é o que há de mais louvável, com uma interpretação segura e forte no ponto certo. Já não se pode dizer o mesmo de sua companheira de cena, ao meu ver um erro do próprio Welles em arriscar colocar no elenco principal uma atriz principiante para o lugar de Lady Macbeth, um dos papéis mais difíceis e complexos da história. Elogiar a fotografia e a condução de Welles é chover no molhado, todos sabem de sua genialidade e grau de inovação técnica. Pena que não se pode dizer o mesmo do roteiro de alguns de seus filmes, aliado a uma edição castradora mais uma vez. Fica a lembrança positiva das bruxas Shakespeareanas, dando um toque de horror em uma peça que expressa exatamente isso: o mais profundo horror da mente humana.