Não é um terror porque os fantasmas não assustam. Não é um suspense porque o roteiro antecipa qualquer teoria que o espectador pode construir. Não é um romance porque o casal protagonista não empolga.
Além disso, o primeiro ato é mal construído, o que prejudica o restante do filme. As atuações são esquecíveis (menos Jessica Chastain que parece se divertir como uma vilã exagerada) e o roteiro muito didático
As atuações são boas, mas as personagens estão ali apenas com um propósito: virar comida de alienígena. Até acredito na estupidez humana, mas o especialista biólogo ficar brincando de alienígena bonitinho é foda. O roteiro parece adequar a inteligência do alien às suas necessidades: quando a comandante se mata para salvar a nave, o alien pula de volta para a nave (inteligente); mas quando a personagem do Jake Gylenhall o atrai com bastões de oxigênio, o alien obedece tranquilamente (não tanto). E o final, embora corajoso, não é surpreendente.
Realmente, não estava vendo uma cópia de Alien. Se assim fosse, eu teria me importado com as personagens. Não rolou.
O filme tenta fazer um comentário social sobre um problema recorrente às mulheres, mas falha porque a direção é incompetente e o roteiro não é sólido o suficiente.
As reviravoltas do filme não são surpreendentes. Quando Megan está transando no mato e não vemos o rosto da pessoa, já sabemos que é Tom. O filme tenta maquiar isso jogando a culpa pra cima do psiquiatra, mas a própria reação dele já nos mostra que ele não é o amante.
Gaslighting é um problema muito sério, mas acho que o filme falha ao mostrar isso de uma forma competente. Até acredito que Tom possa ter agido assim em relação à Rachel, mas em relação à atual esposa apenas soa arbitrário, visto que ele é mostrado como um marido atencioso. A trama é mal construída.
Além disso, a atuação de Emily Blunt não tem nada demais. A atuação dela se resume a chorar o tempo inteiro e o arco dela nem é tão interessante. Particularmente, prefiro a atuação de Haley Bennett e até a trama de sua personagem é melhor construída.
E para coroar tudo, o diretor parece não ter certeza de como filmar a sua produção, pois usa enquadramentos estranhos e até efeitos como câmera lenta são mal empregados. Fiquei pensando que essa história seria interessante na mão de um diretor competente, mas o resultado é esse filme decepcionante.
Esse é um filme muito bonito. Consegue ser esperançoso sem cair no sentimentalismo e consegue ser bem verdadeiro. O elenco é muito bom (as crianças são um verdadeiro achado), mas Brie Larson arrebenta. Excelente!
É um bom filme de ficção científica, mas o roteiro pesa a mão nas explicações. As atuações são muito sólidas, mas em certos momentos os atores são obrigados a entregar frases clichês e pouco convincentes. O visual é espetacular na maioria das vezes, mas às vezes falha ao tentar expressar a grandiosidade do universo. O investimento no silêncio compensa em certas cenas, mas em outras a trilha sonora distrai.
Para cada acerto, parece que Nolan contrapõe com uma falha.
É bem clichê e a direção não tem imaginação, mas me surpreendi com a qualidade das atuações. Fora que é bem bonitinho e o roteiro tem uns momentos divertidos.
A mensagem do filme é muito boa, assim como as atuações. Pena que o roteiro tenta constantemente sabotar tudo que está sendo visto em tela.
É interessante perceber como o filme trata a sensação de isolamento dos nativos americanos e como o lugar é um personagem do filme. No entanto, para pessoas que têm uma noção de comunidade tão forte é estranho perceber como eles falam sobre tudo. Não existe sofrimento sem que ele seja exposto no texto e isso é uma sabotagem do roteiro com os atores.
Além disso, é bizarro notar que o filme chama atenção à situação das mulheres indígenas, mas as próprias figuras femininas do filme estão lá como elementos decorativos. Olsen, em especial, é tratada como uma agente ingênua e despreparada, e que nada acrescenta à trama.
No entanto, há boas coisas no filme. A crítica social tratada no filme é bem feita e há cenas que mostram que o diretor e roteirista realmente pensou no filme que estava fazendo.
A cena inicial, mostrando a futura vítima andando pela neve, é muito bonita e revela bem o ambiente que lidaremos no resto do filme.
Pena que a direção não é constante e vai caindo em modos de narrar mais óbvios.
Terra Selvagem é um comentário sobre um grupo de pessoas que vivem marginalizadas, o que é sempre muito bem vindo. No entanto, a produção precisa acompanhar a mensagem. Infelizmente, faltou apuro.
É um filme autoral e tem momentos interessantes, mas se perde nas suas ambições e, ao testar os limites do público, acaba caindo na armadilha de criar choque pelo choque.
A câmera acompanha o tempo todo a personagem de Jennifer Lawrence no intuito que a vejamos como a única pessoa sã no meio de um antro de loucos, mas uma protagonista que só reage não consegue inspirar muita coisa além de pena.
As analogias do filme estão lá, sempre presentes nos filmes de Aronofsky. No entanto, creio que há um reforço de comportamentos errados (a personagem de Jennifer Lawrence está fadada a ser punida) do que uma crítica.
E ao direcionar o olho do espectador para os detalhes (preste atenção nesse elemento do cenário! Você viu o isqueiro? Bom menino!), Aronofsky só confirma sua inabilidade de acreditar no espectador.
É uma pena que não funcione. Poderia ter discussões interessantes, mas enquanto o diretor testa os limites através da violência (embora ao mostrar sexo seja bastante pudico), ele colapsa na sua própria megalomania ao mostrar que a violência não explica os problemas de um roteiro com discussões temáticas incipientes e, por isso, problemáticas.
O primeiro episódio é bom. Tem boas atuações e o roteiro explora temas interessantes. A mais nítida é a questão da mídia e da audiência. Mas a questão do poder na política é bem mais interessante e sutil.
Ora, por que raios o primeiro-ministro não renunciou? E aí sabemos que ele pouco se importa com a princesa, pois o que importa é estar no poder. Existe a questão da ruína pessoal e familiar, mas creio que o poder é o que controla tudo.
Apesar disso, o primeiro episódio tem um furo de roteiro que me incomodou bastante.
Um artista visual consegue sozinho raptar uma princesa e é um hacker habilidoso. Isso poderia ter sido melhor explicado. Claro que o foco do episódio é outro, mas acho que o roteiro poderia ter tido mais cuidado.
O segundo episódio tem bons efeitos visuais, o design de produção é interessante e tem boas atuações.
Não há como acreditar que o protagonista entregaria 15 milhões para alguém que acabou de conhecer. Devia haver algumas cenas da evolução do romance. Além disso, o cara se preparou durante meses para não ter discurso algum? E, com relação ao primeiro episódio, traz praticamente as mesmas discussões, com a diferença que o outro aborda de melhor forma.
O último episódio começa muito bem e creio que tem a crítica mais interessante, mas uma decepção vê-la sendo desperdiçada com uma trama tão besta.
Sério que vai usar a ideia de ter acesso à memória e como ficar obcecado para uma historinha de triângulo amoroso? Além disso, a cena final é tipo um power point sensorial: um bando de imagem aleatória com uma cena grotesca.
Em termos gerais, a série é bem produzida, mas o hype não se justifica, pelo menos não por essa temporada. Talvez eu dê chance pras próximas.
Achei a ideia bem interessante, mas não é bem desenvolvida. O bom é que o diretor sabe filmar e a atuação da protagonista é boa. Só que dá pra perceber que precisava de um orçamento maior e de mais tempo pra desenvolver melhor a premissa. Apesar disso, achei bom.
O primeiro episódio é bom. Tem boas atuações e o roteiro explora temas interessantes. A mais nítida é a questão da mídia e da audiência. Mas a questão do poder na política é bem mais interessante e sutil.
Ora, por que raios o primeiro-ministro não renunciou? E aí sabemos que ele pouco se importa com a princesa, pois o que importa é estar no poder. Existe a questão da ruína pessoal e familiar, mas creio que o poder é o que controla tudo.
Apesar disso, o primeiro episódio tem um furo de roteiro que me incomodou bastante.
Um artista visual consegue sozinho raptar uma princesa e é um hacker habilidoso. Isso poderia ter sido melhor explicado. Claro que o foco do episódio é outro, mas acho que o roteiro poderia ter tido mais cuidado.
O segundo episódio tem bons efeitos visuais, o design de produção é interessante e tem boas atuações.
O problema é o roteiro. Não há como acreditar que o protagonista entregaria 15 milhões para alguém que acabou de conhecer. Devia haver algumas cenas da evolução do romance. Além disso, o cara se preparou durante meses para não ter discurso algum? E, com relação ao primeiro episódio, traz praticamente as mesmas discussões, com a diferença que o outro aborda de melhor forma.
Esse é um filme que não envelhece bem na memória e, com o tempo, você percebe o quão problemático é o discurso dele. A ideia de ver a grandiosidade de um homem comum é uma parada batida no cinema, mas esse não é o problema. O lado ruim é enaltecer a resignação como forma de luta contra o racismo.
Veja bem, não há como negar o sofrimento que o protagonista passou.
No entanto, Cecil Gaines é o exemplo de um homem resignado, que pouco fez além de baixar a cabeça e aceitar o mundo ao redor dele. Além disso, o roteiro nunca aceita isso como um problema e até as falhas dele são validadas por outros personagens. A cena em que ele expulsa o filho exemplifica bem: Gloria se levanta para defender, mas acaba desferindo o tapa no filho. Cecil é mostrado como uma personagem inquestionável.
Pra piorar, o filme faz um juízo de valor e cria um "lado bom versus lado ruim". Louis Gaines é a essência da luta, de alguém que não aceita o mundo racista em que vive. E o que o filme faz?
Mostra como se a luta dele fosse um excesso. Que o importante é se resignar, voltar a estudar, que o mundo vai mudar sozinho. É deprimente.
Ainda mais porque a personagem do David Oyelowo é a melhor coisa deste filme.
Quando terminou o filme, eu havia gostado. O elenco está bom. A personagem da Oprah tem um arco interessante. Depois de um tempo, os problemas vão se acentuando até chegar o ponto em que ele se torna uma produção problemática. Bem, pelo menos O Mordomo da Casa Branca é um filme memorável. Pena que pelos motivos errados.
Tem seus momentos, mas não consegui me envolver com a história por causa do protagonista. Veja bem, não é uma questão de atuação, pois Oscar Isaac é excelente. O problema é que não consegui ter empatia pelo personagem.
Mas as cenas que John Goodman aparece são excelentes. De longe, a melhor coisa do filme. O final também é muito bom. Talvez, eu reveja algum dia e goste. Quem sabe?
A trama de redenção do personagem do Paul Rudd é qualquer coisa. Fora que trata o espectador como estúpido. A cena do parto de Peaches, além de inverossímil (só porque Ben já teve um filho, ele sabe fazer parto? WTF?), serve pro roteiro dizer "olha, tá vendo o arco de redenção do Ben? Ele perdeu o filho e agora deu vida a alguém!".
Mas tem seus momentos. Quando a produção entra no segundo ato, funciona bem. A química entre Paul Rudd, Craig Roberts e Selena Gomez é boa. As piadas funcionam e a trama do romance adolescente é bonitinha.
O problema é que não inova em nada, não acrescenta muita coisa ao gênero e não é memorável. É bonitinho, mas insosso.
- O protagonista ganha poderes ao levar um tiro (!) e ficar com fragmentos do seu celular no cérebro (!!!). - Falando no protagonista, escolha um ator que consegue fazer com que o herói seja alguém com o carisma de uma samambaia. - Adicione um grupo de adolescentes que não veem problema em estuprar uma menina e atirar no colega de sala, mas que no final do filme tem crise de consciência ao atirar na moça que estupraram. - Complete com um vilão genérico aliado a uma twist de "melhor amigo que vendeu o protagonista" e teremos uma trama que não surpreende ninguém. - Coloque uma trama de estupro (um tema pesado) que não serve a nenhum propósito. Além disso, mude o tom do filme o tempo inteiro e espero que daí saia algo positivo.
O que salva o filme: Maisie Williams e algumas cenas, que são bem filmadas. De resto, uma perda de tempo.
Tive a impressão de estar assistindo uma paródia do primeiro filme. Este pega os acontecimentos do primeiro e tenta reproduzi-los em uma escala maior, mas falha. Não consegue amplificar nem consegue replicar com a mesma força.
O elenco é bom, mas é desperdiçado. Há multi-tramas, mas elas não são bem desenvolvidas.
Acho que o grande problema é não focar na relação entre Eggsy e Harry. Além disso, o personagem do Pedro Pascal deveria ter mais profundidade, já que se revela o grande vilão do filme. Julianne Moore está excelente, mas novamente o roteiro a sabota.
E o pior de tudo é ver que nem as cenas de ação compensam. Ok, tem a cena do início do filme, que é bem legal. Mas perto da cena da igreja do primeiro filme, não há nenhuma cena que chegue perto.
Decepcionante, Kingsman: O Círculo Dourado não é um filme ruim. É esquecível.
Uma crítica soberba ao capitalismo feroz e à burocracia, o filme traz personagens bem desenvolvidos e cria um cenário que, embora seja marcado pela tragédia, não deixe de trazer otimismo.
Dave Johns compõe Daniel (Dan, para os íntimos) como um homem duro e até mesmo razinza, mas que têm um grande coração.
Por isso, nada mais irônico que esse mesmo coração seja a sua ruína.
Katie, por outro lado, é o contraponto. E Hayley Squires cria uma personagem forte, que faz o necessário para alimentar os filhos, mas que nunca perde a dignidade.
A relação entre os dois personagens é construída com muito cuidado.
A beleza reside em que os dois mantém um relacionamento quase de pai e filha. Por isso, quando Katie decide virar uma acompanhante, o desespero de Daniel não advém de desejo, mas do medo dela não ser mais digna.
Quando Daniel revela a doença da mulher para Katie e a filha dela, o assunto aparece naturalmente. O vizinho de Daniel tem um trabalho "alternativo", mas isso jamais é visto com julgamento.
Eis a beleza da produção: mesmo diante de um Estado desumano, que pouco se importa com os cidadãos, os personagens são carismáticos e solidários. Além disso, o diretor não pesa a mão no melodrama, o que torna as situações mais críveis. Embora o discurso esteja ali nítido, o filme jamais soa panfletário. Eu, Daniel Blake é um filme muito atual, e muito necessário.
Não vejo o menor problema de filme de super-herói ser comédia e esse é o grande trunfo desse filme. O timing cômico do elenco é excelente, as piadas são certeiras e funcionam na maioria da produção, e o elenco está uniformemente bom.
A química entre Thor e Hulk é a melhor coisa do filme. Os dois se complementam e até nas cenas que o Dr. Banner aparece, as piadas continuam funcionando. Chris Hemsworth está excelente no filme, assim como o resto do elenco. Um destaque é Jeff Goldblum, que está sensacional.
O roteiro, às vezes, é muito explicativo. Cate Blanchett compõe uma personagem excelente, mas falta profundidade à vilã. E o principal problema é não dar peso às cenas que deveriam ter carga dramática. Quando Thor perde o olho, parece que nada demais aconteceu. A cena em que ele tem uma visão de Odin e finalmente entende que o poder não está no martelo é muito fugaz.
Um filme estranho. A construção da personagem da Melanie Lynskey é muito bem feita, assim como a do Elijah Wood. É uma comédia absurda, acerta no humor negro e não se torna piegas, tentando dar uma lição de moral. Estranho, mas muito interessante.
A proposta do filme é mostrar o jovem Barry antes de ser o presidente Obama e seus conflitos de pertencimento, de raça e de sua própria identidade. Isso tudo é louvável, mas precisava mostrar o protagonista como alguém tão detestável?
Devon Terrell é bem intencionado e a composição do personagem é boa (apesar de falhar na entonação que, às vezes, lembra Barack, mas em outros momentos parece outra pessoa), mas o roteiro constantemente derruba essas boas intenções e faz Barry parecer um babaca.
O relacionamento que ele constrói com Charlotte (Taylor-Joy, boa como sempre) é minado pelo próprio Barry.
Em nenhum momento, o filme nos passa a impressão de que Charlotte não gosta dele, mas parece que o roteiro nos quer mostrar o protagonista como alguém detestável, daí ele acabar tudo simplesmente porque está confuso
.
Mais interessante, no entanto, são as cenas que mostram os diversos círculos que Barry vive. Para isso, o filme conta com um excelente elenco de apoio. E o filme tem algumas discussões interessantes: o fato dele ficar no meio de um mundo dividido por raças e como ele é perdido nesse mundo.
As cenas da quadra de basquete, onde ele evolui de alguém indesejado para querido, contrastando com a cena da festa com pessoas negras é um bom exemplo.
Acho que o filme seria melhor se entrasse de cabeça nessas discussões e tentasse criar um protagonista mais empático, mas ao presumir que o espectador já gosta automaticamente de Barack Obama, a produção erra feio. Barry é um jovem confuso. Eu também fiquei depois de acompanhar sua história.
Esse filme é um exemplo de como uma produção pode começar de uma forma excelente e sucumbir completamente no último ato. Tem um excelente elenco, bons efeitos visuais e uma premissa interessante, mas tudo fica apressado no final.
Toda a parte da mudança das cores é uma sacada muito boa para explicar o extremo quase nazista de viver na nova sociedade. Além disso, o primeiro ato é muito bem feito. Jonas é um personagem carismático e o roteiro constrói bem a relação dele com os outros personagens.
Asher, por exemplo, é um personagem mal apresentado. Ora, se ele é o brincalhão da turma, por que ele DE REPENTE vira o careta? Inveja? Ciúme? Medo? O roteiro não explica isso.
E a partir do final do segundo ato os problemas começam a tomar conta da história, e tudo passa a ser inverossímil.
Jonas salvar o dia com o bebê a tiracolo é pedir muita suspensão de descrença e aí toda a trama dele se torna bizarra. Além disso, os efeitos visuais não são tão apurados (a cena em que o drone comandado por Asher joga Jonas no rio é patética) e o roteiro enche a tela com falas clichês.
Eu queria muito gostar desse filme por causa do início dele, que é excelente. Mas não rolou. Não é horrível, mas existem distopias do gênero bem melhores. Essa só é esquecível.
Ela foge do estereótipo de personagem feminina que precisa ser salva, afinal ela consegue se libertar sozinha e até salva o próprio Dredd de ser morto. Além disso, ela também se mostra importante pra que o Dredd questione sua imobilidade em relação à lei.
Além disso, Lena Headey está ótima como a vilã e os efeitos visuais são interessantes. Achei bem divertido!
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraA pior coisa desse filme é sua indecisão.
Não é um terror porque os fantasmas não assustam.
Não é um suspense porque o roteiro antecipa qualquer teoria que o espectador pode construir.
Não é um romance porque o casal protagonista não empolga.
Além disso, o primeiro ato é mal construído, o que prejudica o restante do filme. As atuações são esquecíveis (menos Jessica Chastain que parece se divertir como uma vilã exagerada) e o roteiro muito didático
Pelo menos, é bonito. Mas é só isso.
Vida
3.4 1,2K Assista AgoraDurante boa parte do filme, fiquei com a impressão de estar vendo uma cópia de Aline. Aí quando a impressão passou, nada restou.
As atuações são boas, mas as personagens estão ali apenas com um propósito: virar comida de alienígena. Até acredito na estupidez humana, mas o especialista biólogo ficar brincando de alienígena bonitinho é foda.
O roteiro parece adequar a inteligência do alien às suas necessidades: quando a comandante se mata para salvar a nave, o alien pula de volta para a nave (inteligente); mas quando a personagem do Jake Gylenhall o atrai com bastões de oxigênio, o alien obedece tranquilamente (não tanto).
E o final, embora corajoso, não é surpreendente.
Realmente, não estava vendo uma cópia de Alien. Se assim fosse, eu teria me importado com as personagens. Não rolou.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraO filme tenta fazer um comentário social sobre um problema recorrente às mulheres, mas falha porque a direção é incompetente e o roteiro não é sólido o suficiente.
As reviravoltas do filme não são surpreendentes. Quando Megan está transando no mato e não vemos o rosto da pessoa, já sabemos que é Tom. O filme tenta maquiar isso jogando a culpa pra cima do psiquiatra, mas a própria reação dele já nos mostra que ele não é o amante.
Gaslighting é um problema muito sério, mas acho que o filme falha ao mostrar isso de uma forma competente. Até acredito que Tom possa ter agido assim em relação à Rachel, mas em relação à atual esposa apenas soa arbitrário, visto que ele é mostrado como um marido atencioso. A trama é mal construída.
Além disso, a atuação de Emily Blunt não tem nada demais. A atuação dela se resume a chorar o tempo inteiro e o arco dela nem é tão interessante. Particularmente, prefiro a atuação de Haley Bennett e até a trama de sua personagem é melhor construída.
E para coroar tudo, o diretor parece não ter certeza de como filmar a sua produção, pois usa enquadramentos estranhos e até efeitos como câmera lenta são mal empregados. Fiquei pensando que essa história seria interessante na mão de um diretor competente, mas o resultado é esse filme decepcionante.
Temporário 12
4.3 590Esse é um filme muito bonito. Consegue ser esperançoso sem cair no sentimentalismo e consegue ser bem verdadeiro. O elenco é muito bom (as crianças são um verdadeiro achado), mas Brie Larson arrebenta. Excelente!
Minha Festa de 30 Anos
2.6 50 Assista AgoraComparado a Camp Takota, esse filme é bem ruim. O que salva é o carisma de Mamrie, mas o filme passa mensagens muito negativas.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraÉ um bom filme de ficção científica, mas o roteiro pesa a mão nas explicações.
As atuações são muito sólidas, mas em certos momentos os atores são obrigados a entregar frases clichês e pouco convincentes.
O visual é espetacular na maioria das vezes, mas às vezes falha ao tentar expressar a grandiosidade do universo.
O investimento no silêncio compensa em certas cenas, mas em outras a trilha sonora distrai.
Para cada acerto, parece que Nolan contrapõe com uma falha.
Camp Takota
3.4 12É bem clichê e a direção não tem imaginação, mas me surpreendi com a qualidade das atuações. Fora que é bem bonitinho e o roteiro tem uns momentos divertidos.
Terra Selvagem
3.8 596 Assista AgoraA mensagem do filme é muito boa, assim como as atuações. Pena que o roteiro tenta constantemente sabotar tudo que está sendo visto em tela.
É interessante perceber como o filme trata a sensação de isolamento dos nativos americanos e como o lugar é um personagem do filme. No entanto, para pessoas que têm uma noção de comunidade tão forte é estranho perceber como eles falam sobre tudo. Não existe sofrimento sem que ele seja exposto no texto e isso é uma sabotagem do roteiro com os atores.
Além disso, é bizarro notar que o filme chama atenção à situação das mulheres indígenas, mas as próprias figuras femininas do filme estão lá como elementos decorativos. Olsen, em especial, é tratada como uma agente ingênua e despreparada, e que nada acrescenta à trama.
No entanto, há boas coisas no filme. A crítica social tratada no filme é bem feita e há cenas que mostram que o diretor e roteirista realmente pensou no filme que estava fazendo.
A cena inicial, mostrando a futura vítima andando pela neve, é muito bonita e revela bem o ambiente que lidaremos no resto do filme.
Terra Selvagem é um comentário sobre um grupo de pessoas que vivem marginalizadas, o que é sempre muito bem vindo. No entanto, a produção precisa acompanhar a mensagem. Infelizmente, faltou apuro.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraÉ um filme autoral e tem momentos interessantes, mas se perde nas suas ambições e, ao testar os limites do público, acaba caindo na armadilha de criar choque pelo choque.
A câmera acompanha o tempo todo a personagem de Jennifer Lawrence no intuito que a vejamos como a única pessoa sã no meio de um antro de loucos, mas uma protagonista que só reage não consegue inspirar muita coisa além de pena.
As analogias do filme estão lá, sempre presentes nos filmes de Aronofsky. No entanto, creio que há um reforço de comportamentos errados (a personagem de Jennifer Lawrence está fadada a ser punida) do que uma crítica.
E ao direcionar o olho do espectador para os detalhes (preste atenção nesse elemento do cenário! Você viu o isqueiro? Bom menino!), Aronofsky só confirma sua inabilidade de acreditar no espectador.
É uma pena que não funcione. Poderia ter discussões interessantes, mas enquanto o diretor testa os limites através da violência (embora ao mostrar sexo seja bastante pudico), ele colapsa na sua própria megalomania ao mostrar que a violência não explica os problemas de um roteiro com discussões temáticas incipientes e, por isso, problemáticas.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraO primeiro episódio é bom. Tem boas atuações e o roteiro explora temas interessantes. A mais nítida é a questão da mídia e da audiência. Mas a questão do poder na política é bem mais interessante e sutil.
Ora, por que raios o primeiro-ministro não renunciou? E aí sabemos que ele pouco se importa com a princesa, pois o que importa é estar no poder. Existe a questão da ruína pessoal e familiar, mas creio que o poder é o que controla tudo.
Apesar disso, o primeiro episódio tem um furo de roteiro que me incomodou bastante.
Um artista visual consegue sozinho raptar uma princesa e é um hacker habilidoso. Isso poderia ter sido melhor explicado. Claro que o foco do episódio é outro, mas acho que o roteiro poderia ter tido mais cuidado.
O segundo episódio tem bons efeitos visuais, o design de produção é interessante e tem boas atuações.
O problema é o roteiro.
Não há como acreditar que o protagonista entregaria 15 milhões para alguém que acabou de conhecer. Devia haver algumas cenas da evolução do romance. Além disso, o cara se preparou durante meses para não ter discurso algum? E, com relação ao primeiro episódio, traz praticamente as mesmas discussões, com a diferença que o outro aborda de melhor forma.
O último episódio começa muito bem e creio que tem a crítica mais interessante, mas uma decepção vê-la sendo desperdiçada com uma trama tão besta.
Sério que vai usar a ideia de ter acesso à memória e como ficar obcecado para uma historinha de triângulo amoroso? Além disso, a cena final é tipo um power point sensorial: um bando de imagem aleatória com uma cena grotesca.
Em termos gerais, a série é bem produzida, mas o hype não se justifica, pelo menos não por essa temporada. Talvez eu dê chance pras próximas.
Outra Vida
3.1 105 Assista AgoraAchei a ideia bem interessante, mas não é bem desenvolvida. O bom é que o diretor sabe filmar e a atuação da protagonista é boa. Só que dá pra perceber que precisava de um orçamento maior e de mais tempo pra desenvolver melhor a premissa. Apesar disso, achei bom.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraO primeiro episódio é bom. Tem boas atuações e o roteiro explora temas interessantes. A mais nítida é a questão da mídia e da audiência. Mas a questão do poder na política é bem mais interessante e sutil.
Ora, por que raios o primeiro-ministro não renunciou? E aí sabemos que ele pouco se importa com a princesa, pois o que importa é estar no poder. Existe a questão da ruína pessoal e familiar, mas creio que o poder é o que controla tudo.
Apesar disso, o primeiro episódio tem um furo de roteiro que me incomodou bastante.
Um artista visual consegue sozinho raptar uma princesa e é um hacker habilidoso. Isso poderia ter sido melhor explicado. Claro que o foco do episódio é outro, mas acho que o roteiro poderia ter tido mais cuidado.
O segundo episódio tem bons efeitos visuais, o design de produção é interessante e tem boas atuações.
O problema é o roteiro. Não há como acreditar que o protagonista entregaria 15 milhões para alguém que acabou de conhecer. Devia haver algumas cenas da evolução do romance. Além disso, o cara se preparou durante meses para não ter discurso algum? E, com relação ao primeiro episódio, traz praticamente as mesmas discussões, com a diferença que o outro aborda de melhor forma.
O Mordomo da Casa Branca
4.0 595 Assista AgoraEsse é um filme que não envelhece bem na memória e, com o tempo, você percebe o quão problemático é o discurso dele. A ideia de ver a grandiosidade de um homem comum é uma parada batida no cinema, mas esse não é o problema. O lado ruim é enaltecer a resignação como forma de luta contra o racismo.
Veja bem, não há como negar o sofrimento que o protagonista passou.
No entanto, Cecil Gaines é o exemplo de um homem resignado, que pouco fez além de baixar a cabeça e aceitar o mundo ao redor dele. Além disso, o roteiro nunca aceita isso como um problema e até as falhas dele são validadas por outros personagens. A cena em que ele expulsa o filho exemplifica bem: Gloria se levanta para defender, mas acaba desferindo o tapa no filho. Cecil é mostrado como uma personagem inquestionável.
Pra piorar, o filme faz um juízo de valor e cria um "lado bom versus lado ruim". Louis Gaines é a essência da luta, de alguém que não aceita o mundo racista em que vive. E o que o filme faz?
Mostra como se a luta dele fosse um excesso. Que o importante é se resignar, voltar a estudar, que o mundo vai mudar sozinho. É deprimente.
Quando terminou o filme, eu havia gostado. O elenco está bom. A personagem da Oprah tem um arco interessante. Depois de um tempo, os problemas vão se acentuando até chegar o ponto em que ele se torna uma produção problemática. Bem, pelo menos O Mordomo da Casa Branca é um filme memorável. Pena que pelos motivos errados.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraTem seus momentos, mas não consegui me envolver com a história por causa do protagonista. Veja bem, não é uma questão de atuação, pois Oscar Isaac é excelente. O problema é que não consegui ter empatia pelo personagem.
Mas as cenas que John Goodman aparece são excelentes. De longe, a melhor coisa do filme. O final também é muito bom. Talvez, eu reveja algum dia e goste. Quem sabe?
Amizades Improváveis
3.8 786 Assista AgoraUAHUAHAUHA esse título wtf em português.
O filme é bonitinho, tem o ar indie e as atuações são decentes. Mas ô filminho previsível e que não leva a canto nenhum, né?
A trama de redenção do personagem do Paul Rudd é qualquer coisa. Fora que trata o espectador como estúpido. A cena do parto de Peaches, além de inverossímil (só porque Ben já teve um filho, ele sabe fazer parto? WTF?), serve pro roteiro dizer "olha, tá vendo o arco de redenção do Ben? Ele perdeu o filho e agora deu vida a alguém!".
Mas tem seus momentos. Quando a produção entra no segundo ato, funciona bem. A química entre Paul Rudd, Craig Roberts e Selena Gomez é boa. As piadas funcionam e a trama do romance adolescente é bonitinha.
O problema é que não inova em nada, não acrescenta muita coisa ao gênero e não é memorável. É bonitinho, mas insosso.
iBoy
2.8 239 Assista AgoraComo fazer um filme estúpido:
- O protagonista ganha poderes ao levar um tiro (!) e ficar com fragmentos do seu celular no cérebro (!!!).
- Falando no protagonista, escolha um ator que consegue fazer com que o herói seja alguém com o carisma de uma samambaia.
- Adicione um grupo de adolescentes que não veem problema em estuprar uma menina e atirar no colega de sala, mas que no final do filme tem crise de consciência ao atirar na moça que estupraram.
- Complete com um vilão genérico aliado a uma twist de "melhor amigo que vendeu o protagonista" e teremos uma trama que não surpreende ninguém.
- Coloque uma trama de estupro (um tema pesado) que não serve a nenhum propósito. Além disso, mude o tom do filme o tempo inteiro e espero que daí saia algo positivo.
O que salva o filme: Maisie Williams e algumas cenas, que são bem filmadas. De resto, uma perda de tempo.
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraTive a impressão de estar assistindo uma paródia do primeiro filme. Este pega os acontecimentos do primeiro e tenta reproduzi-los em uma escala maior, mas falha. Não consegue amplificar nem consegue replicar com a mesma força.
O elenco é bom, mas é desperdiçado. Há multi-tramas, mas elas não são bem desenvolvidas.
Acho que o grande problema é não focar na relação entre Eggsy e Harry. Além disso, o personagem do Pedro Pascal deveria ter mais profundidade, já que se revela o grande vilão do filme. Julianne Moore está excelente, mas novamente o roteiro a sabota.
E o pior de tudo é ver que nem as cenas de ação compensam. Ok, tem a cena do início do filme, que é bem legal. Mas perto da cena da igreja do primeiro filme, não há nenhuma cena que chegue perto.
Decepcionante, Kingsman: O Círculo Dourado não é um filme ruim. É esquecível.
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraUma crítica soberba ao capitalismo feroz e à burocracia, o filme traz personagens bem desenvolvidos e cria um cenário que, embora seja marcado pela tragédia, não deixe de trazer otimismo.
Dave Johns compõe Daniel (Dan, para os íntimos) como um homem duro e até mesmo razinza, mas que têm um grande coração.
Por isso, nada mais irônico que esse mesmo coração seja a sua ruína.
A relação entre os dois personagens é construída com muito cuidado.
A beleza reside em que os dois mantém um relacionamento quase de pai e filha. Por isso, quando Katie decide virar uma acompanhante, o desespero de Daniel não advém de desejo, mas do medo dela não ser mais digna.
O roteiro consegue ser incrivelmente sutil.
Quando Daniel revela a doença da mulher para Katie e a filha dela, o assunto aparece naturalmente. O vizinho de Daniel tem um trabalho "alternativo", mas isso jamais é visto com julgamento.
Eis a beleza da produção: mesmo diante de um Estado desumano, que pouco se importa com os cidadãos, os personagens são carismáticos e solidários. Além disso, o diretor não pesa a mão no melodrama, o que torna as situações mais críveis. Embora o discurso esteja ali nítido, o filme jamais soa panfletário. Eu, Daniel Blake é um filme muito atual, e muito necessário.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraQue roteiro lindo.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraNão vejo o menor problema de filme de super-herói ser comédia e esse é o grande trunfo desse filme. O timing cômico do elenco é excelente, as piadas são certeiras e funcionam na maioria da produção, e o elenco está uniformemente bom.
A química entre Thor e Hulk é a melhor coisa do filme. Os dois se complementam e até nas cenas que o Dr. Banner aparece, as piadas continuam funcionando. Chris Hemsworth está excelente no filme, assim como o resto do elenco. Um destaque é Jeff Goldblum, que está sensacional.
Claro que o filme tem problemas.
O roteiro, às vezes, é muito explicativo. Cate Blanchett compõe uma personagem excelente, mas falta profundidade à vilã. E o principal problema é não dar peso às cenas que deveriam ter carga dramática. Quando Thor perde o olho, parece que nada demais aconteceu. A cena em que ele tem uma visão de Odin e finalmente entende que o poder não está no martelo é muito fugaz.
Apesar disso, o filme faz escolhas interessantes.
O próprio Ragnarok não ser algo que a vilã traz, mas que o próprio Thor resolve deixar que aconteça, é uma escolha ousada.
Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo
3.3 382 Assista AgoraUm filme estranho. A construção da personagem da Melanie Lynskey é muito bem feita, assim como a do Elijah Wood. É uma comédia absurda, acerta no humor negro e não se torna piegas, tentando dar uma lição de moral. Estranho, mas muito interessante.
Barry
3.1 85 Assista AgoraA proposta do filme é mostrar o jovem Barry antes de ser o presidente Obama e seus conflitos de pertencimento, de raça e de sua própria identidade. Isso tudo é louvável, mas precisava mostrar o protagonista como alguém tão detestável?
Devon Terrell é bem intencionado e a composição do personagem é boa (apesar de falhar na entonação que, às vezes, lembra Barack, mas em outros momentos parece outra pessoa), mas o roteiro constantemente derruba essas boas intenções e faz Barry parecer um babaca.
O relacionamento que ele constrói com Charlotte (Taylor-Joy, boa como sempre) é minado pelo próprio Barry.
Em nenhum momento, o filme nos passa a impressão de que Charlotte não gosta dele, mas parece que o roteiro nos quer mostrar o protagonista como alguém detestável, daí ele acabar tudo simplesmente porque está confuso
Mais interessante, no entanto, são as cenas que mostram os diversos círculos que Barry vive. Para isso, o filme conta com um excelente elenco de apoio. E o filme tem algumas discussões interessantes: o fato dele ficar no meio de um mundo dividido por raças e como ele é perdido nesse mundo.
As cenas da quadra de basquete, onde ele evolui de alguém indesejado para querido, contrastando com a cena da festa com pessoas negras é um bom exemplo.
Acho que o filme seria melhor se entrasse de cabeça nessas discussões e tentasse criar um protagonista mais empático, mas ao presumir que o espectador já gosta automaticamente de Barack Obama, a produção erra feio. Barry é um jovem confuso. Eu também fiquei depois de acompanhar sua história.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisEsse filme é um exemplo de como uma produção pode começar de uma forma excelente e sucumbir completamente no último ato. Tem um excelente elenco, bons efeitos visuais e uma premissa interessante, mas tudo fica apressado no final.
Toda a parte da mudança das cores é uma sacada muito boa para explicar o extremo quase nazista de viver na nova sociedade. Além disso, o primeiro ato é muito bem feito. Jonas é um personagem carismático e o roteiro constrói bem a relação dele com os outros personagens.
Claro que o filme tem problemas no início.
Asher, por exemplo, é um personagem mal apresentado. Ora, se ele é o brincalhão da turma, por que ele DE REPENTE vira o careta? Inveja? Ciúme? Medo? O roteiro não explica isso.
E a partir do final do segundo ato os problemas começam a tomar conta da história, e tudo passa a ser inverossímil.
Jonas salvar o dia com o bebê a tiracolo é pedir muita suspensão de descrença e aí toda a trama dele se torna bizarra. Além disso, os efeitos visuais não são tão apurados (a cena em que o drone comandado por Asher joga Jonas no rio é patética) e o roteiro enche a tela com falas clichês.
Eu queria muito gostar desse filme por causa do início dele, que é excelente. Mas não rolou. Não é horrível, mas existem distopias do gênero bem melhores. Essa só é esquecível.
Dredd
3.6 1,4K Assista AgoraQue filme excelente! A violência no filme não é gratuita e acho interessante como a personagem da Anderson é tratada no filme.
Ela foge do estereótipo de personagem feminina que precisa ser salva, afinal ela consegue se libertar sozinha e até salva o próprio Dredd de ser morto. Além disso, ela também se mostra importante pra que o Dredd questione sua imobilidade em relação à lei.
Além disso, Lena Headey está ótima como a vilã e os efeitos visuais são interessantes. Achei bem divertido!