danilo teixeira

Acho que nem precisava colocar os elementos de terror. O relacionamento entre as duas já segura muito bem o filme e se trabalhassem focando nisso podia ficar realmente bom.

Eu gosto muito do começo, o primeiro terço todo, onde o filme constrói a presença predominante do Elvis, e o quão bizarro era ele estar atrás daquela garota tão nova.
Mas a parte final pra mim é bem fraca, e corrida, cada corte de cena passa bastante tempo e a criança cresce depressa.
Acho isso é bem ruim, porque muito provavelmente o Elvis se tornou um homem ainda pior depois que virou pai. E ainda mais negligente com a Priscilla.

A estética é toda muito bonita, mas em alguns momentos eu sinto como se o filme tivesse deixado mais leve e pegado mais o lado da solidão da Priscilla. Não existem tantos conflitos. Me dá um pouco a impressão de que não quiseram pegar tão pesado com o cantor, pra não prejudicar a imagem tanto assim afinal.
E nessa horas, onde a tensão deveria crescer, e o filme deveria fazer uma curva emocional tão forte, nada acontece, e a história volta ao tédio e a solidão da Priscilla.

Os dois protagonistas são irritantes. Mas isso que faz o filme funcionar tão bem!
Aliás, a Signe é muito bem escrita! Que personagem boa!
Ótimos diálogos, assim como os delírios dela. É muito bem dirigido.