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Mossoró - (BRA)
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Leitor, cinéfilo.

Últimas opiniões enviadas

  • Dantas

    Confesso que não esperava uma série tão pesada. E acho que tudo se torna ainda mais denso quando sabemos que é uma história real, tanto do Richard Gaad quanto de várias outras pessoas por aí que ainda desconhecemos, que passam diariamente por vários tipos de abusos e sofrimentos inimagináveis.

    Primeiro, destaco a coragem de Gaad em contar suas experiências para o público. Requer um alto nível de sensibilidade e de autoconhecimento. Sua história foi contada de forma responsável, alertando para outros tipos de violência que em muitas vezes nos passam despercebidas. Aquela cena

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    dele com o pai no último episódio

    foi muito simbólica, e o silêncio dela diz muito sobre a quantidade de pessoas que são violentadas sexualmente e são ignoradas pelas instituições que deveriam protege-las ou mesmo tem alguma vergonha de falar como se elas tivessem alguma culpa. Donny passou a sentir ódio de si mesmo, e pensou realmente que a Martha era o que ele merecia.

    E no segundo ponto, temos a figura da Martha que é de fato bastante complexa. Acho que não se trata somente de uma "stalker", mas sim de uma pessoa extremamente solitária, com sérios problemas mentais que foram se desenvolvendo desde cedo e que infelizmente não encontrou a ajuda necessária para impedir o avanço deles.

    Essa foi uma série complicada de assistir. Me deixou bastante angustiado. Mas a considerei muito importante, como uma espécie de alerta muito necessário.

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  • Dantas

    Mais um que vou pelo hype, mas dessa vez... gostei. Acho que a atmosfera poderia ter sido mais densa para transmitir mais o medo, mas ainda assim a execução de tudo foi bastante efetiva.

    Ficou aquela sensação de que o filme poderia ter apresentado mais coisas? Pra mim, sim. Mas, de toda forma, curti o resultado final.

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  • Dantas

    Esse filme possui muitas camadas interessantes e que se conectam com essa realidade efêmera e corrompida criada pelas redes sociais. O tema em si pode não ser novo, e sua abordagem também já é conhecida, mas "influencer de mentira" funciona muito bem como um alerta para o tanto de mentiras e exposição que são praticadas nas redes, e como em muitas das vezes as pessoas não se veem como responsáveis por aquilo que fazem na internet.

    O primeiro ponto é o privilégio branco, que acredito ter sido bem criticado nas entrelinhas do roteiro. Esse mundo dos influencers é formado, em sua maioria, por pessoas brancas. Elas que possuem as grandes oportunidades com as maiores marcas, e nós sabemos os motivos disso. Danni é extremamente superficial para estabelecer uma autocrítica com relação ao seu lugar, e o objetivo dela é um só: ser famosa. É uma personagem detestável, pois ela convoca para si todos esses aspectos bizarros desse privilégio... e ela não liga.

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    Mesmo quando conhece alguém que realmente passou por um grande trauma, é incapaz de demonstrar uma empatia verdadeira em primeiro momento. Ela se importa somente com os falsos sentimentos de algo que não viveu e com os números de seguidores. Ninguém vai checar a veracidade de suas falas, afinal... porque duvidar de uma pobre garota branca?! Até hoje temos personalidades de peso com falas problemáticas e criminosas se safando exatamente por esse privilégio. E aqui entra um ponto interessante: a Rowan vira um alvo quando a verdade é finalmente revelada. Mas ela não tem culpa, ela não sabia. Mas nas manchetes é mais fácil culpa-la por associação.


    E o segundo ponto é essa super exposição do "eu" nas redes sociais. "Abriu uma rede social nova? Preciso ter uma conta nela, preciso que as pessoas saibam o que eu estou sentindo, o que estou fazendo, com quem estou fazendo"... esse sempre me pareceu um pensamento podre. É verdade que temos essas páginas como forma de compartilhar coisas que gostamos, e não há nenhum problema nesse ponto. A questão é quando isso se torna uma necessidade, quando essas pessoas se misturam com os produtos que estão vendendo e perdem sua identidade, quando elas não se posicionam em assuntos realmente importantes e estão alheias a uma realidade social prestes a colapsar. Elas só querem vender imagens perfeitas, e quando erram sempre aparece o "mas tem que ensinar", "eles ainda estão aprendendo" e etc.

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    Não há redenção para Danni. E a fala final da Rowan foi perfeita: pessoas como ela (que sim, existem na nossa realidade. Não se enganem) não podem tomar um espaço de visibilidade, não podem esvaziar pautas.

    Muito cuidado com aqueles que damos visualizações e fama.

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