Diego Schuster Paes

Mais um motivo pra eu amar ainda mais a Kathy Bates.
Fiquei com uma pulga atrás da orelha. Não seria Ninny Threadgoode a própria Idgie já idosa? Porque falam da morte de Ruth e, no final, que Idgie ainda está viva e na ativa. Tudo bem que Ninny relatou ter sido casada, ter tido um filho, mas eu fiquei com a plena impressão, ainda mais na última cena, que Ninny na verdade é a própria Idgie. Alguém poderia comentar ou responder, caso tenha lido o livro ou se teve também essa impressão? =)

Eu adoro a Julia Lemertz, acho uma atriz incrível. O Rafael Cardoso eu acho que se saiu bem também, mas o João Gabriel é fraco. Há alguns dias eu assisti a uma releitura de R&J em que ele era um dos atores, e juro: os outros 3 desconhecidos davam um baile de interpretação nele. É o típico "rostinho bonito".
Quanto ao filme em si, achei a história muito linear e como alguém comentou 'parece um comercial de margarina'. É claro que a vida de dois gays praticando incesto pode ser uma maravilha se tiver a grana que os caras tinham. Porém, acho que isso de fato está muito longe de ser algo aceito no mundo todo, não só no Brasil. Nesse sentido, apesar de o filme em si não ser lá aquelas coisas, ele traz esses debates que mesmo os mais progressistas tem medo de enfrentar.
Podem dizer que é vulgar, mas eu achei ÓTIMO que mostraram os caras nus, de pinto e tudo. O corpo da mulher é mercantilizado dia após dia, vendido nas novelas, nos outdoors, etc. Acho que um dos caminhos pra que a nudez seja tratada com mais naturalidade e que homens e mulheres sejam vistos de forma mais equânime é mostrar a nudez masculina. Parabéns ao diretor e aos atores pela coragem.

Assisti o musical em São Paulo, há uns 3 anos, mas a versão filme é incomparável. Tudo incrível, de causar enorme prazer e também tristeza. Um filme que mostra o quanto a vida é louca e o quanto precisamos ser loucos com ela para nos sairmos bem.