Nessa épica minissérie documental britânica ganhadora do Emmy e narrada pelo ator James Mason (meses antes de falecer), conhecemos um outro lado do gênio da comédia Charles Chaplin, com foco nele trabalhando fora da cena, no caso como diretor. A dupla de cineastas Kevin Brownlow e David Gill, historiadores do cinema mudo que ganharam quatro Emmys e criadores da série “American masters”, recuperaram um imenso material raro de Chaplin, nunca antes visto, com cenas editadas de seus filmes e curtas engavetados, que só foram encontrados na década de 80 – a minissérie é de 1983, seis anos depois da morte de Chaplin. Dividido em três capítulos, “Os anos mais felizes”, “O grande diretor” e Tesouro escondido”, a série também explora com detalhes o processo de criação do diretor e ator quando fez obras-primas como “Tempos modernos, “Luzes da cidade”, “O garoto” e “O grande ditador” – como making of mesmo, Chaplin dirigindo, orientando o elenco em cena, refazendo passagens etc Indicado a dois Baftas (melhor série e desenho de produção), é uma obra preciosa para os fãs do maior ator da comédia muda, disponível em DVD pela Obras-primas do Cinema em sua metragem original (156 minutos). POR FELIPE BRIDA - Blog Cinema na Web
Só teve uma temporada (2017-2018); o Filmow inseriu uma segunda temporada, que não existe, pois foi cancelada pelo Netflix (a primeira temporada foi dividida em duas partes, mas apenas uma temporada).
Uma das melhores experiências que tive com seriado recentemente. Perturbador, intenso, com interpretações soberbas de Matthew McConaughey e Woody Harrelson.
Segunda e última parte da nova microssérie produzida na França e na Alemanha, com bonitas locações na Bulgária e África do Sul, ainda sem exibição na TV brasileira – foi lançada diretamente em home vídeo pela Paramount. Este capítulo final contém mais adrenalina e situações inusitadas, misturando o real e o imaginário numa intrínseca trama de mistério. Tudo porque o personagem central, que estuda aves exóticas, também é viciado em drogas injetáveis, viajando em seus delírios – e é aí que se confundem as situações reais com as loucuras da cabeça do protagonista. Um pouco melhor que a primeira parte, esta segunda tem desfecho pobre, com perguntas que ficam no ar sem respostas precisas. Vai do público escolher o que melhor o agrada diante do quebra-cabeça dessa história policial cheia de reviravoltas e esquisitices. O autor do best seller que deu origem a este seriado, Jean Christopher Grangé, é o mesmo de “Rios vermelhos” e “O pacto dos lobos”, especialista na linha policial investigativa com a utilização da violência. As duas sequências estão disponíveis para locação. Uma microssérie curiosa, fora do padrão, porém irregular em muitos aspectos de narrativa e amarração das histórias paralelas. POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
Nova microssérie produzida na Europa (co-produção França e Alemanha), rodada em locações na Bulgária, África do Sul e Israel e que não foi exibida na TV Brasileira até agora, saindo direto em home vídeo pela Paramount. Contém uma trama inusitada de mistério que envolve estudo de aves e perigosos assassinos integrantes de uma rede de espionagem. O autor do best seller que deu origem a este seriado, Jean Christopher Grangé, é o mesmo de “Rios vermelhos” e “O pacto dos lobos”, ou seja, conhecemos já sua linha policial investigativa com a utilização da violência, do aspecto psicológico dos personagens em intermitente saga pela vida e, claro, do tom nada convencional da ação paralela (em um dos capítulos para o cinema de “Rios vermelhos”, a dupla de policiais lideradas pelo ator Jean Reno assume um caso de seita demoníaca, por exemplo). Nesta primeira parte de “O voo das cegonhas” (um pouco irregular, mas realçada com belas paisagens de cidades de praia e uma fotografia bem sólida), um jovem que estuda a migração de aves depara-se com a morte do mestre e, por estar a trabalho em um local desconhecido, segue a toada para terminar a labuta. Só que as cegonhas indicam um caminho sem volta para ele, que irá se deparar com um rastro de mortes horríveis em um jogo de gato e rato. Há muitas reviravoltas, por isto me atenho na escrita para não cometer desagrados ao leitor. Está bem distante do impacto visual das duas partes de “Rios vermelhos”, mas causa certa curiosidade pelo tratamento diferenciado de um tema batido. Ainda não assisti à segunda e última parte, que já está nas locadoras. Na próxima semana assistirei e posto aqui a resenha do desfecho da microssérie. Aguardem. POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
Último episódio da microssérie “Mundo sem fim”, continuação de “Os pilares da Terra”, ambos best sellers escritos pelo britânico Ken Follett (vale destacar que “Os pilares” virou seriado, premiado com Globos de Ouro e distribuído no mercado também pela Paramount). É o melhor momento da série, junto com o primeiro capítulo, “O jogo” – os anteriores “O duelo” e “A peste” não cumpriram o dever de casa, ficaram extremamente arrastados, sem incrementar na trama emoções fortes, sequer doses de ação empolgante. Muitos dos personagens já morreram, restando alguns poucos principais e um ou outro coadjuvante para dar novos rumos à Kingsbridge, devastada pela Peste Negra e pela guerra com a França. Os habitantes tentam reconstruir suas vidas, enquanto pessoas de feudos vizinhos migram para lá. Estamos no final do século XIV, poucas décadas antes de terminar a Idade Média. Em razão disso há um clima persistente de adeus, no velho estilo de mudança de ares, desde a filha do rei inglês que muda de país para se casar com um príncipe espanhol até as revelações do cavaleiro Langley. Nos minutos finais Kingsbridge sucumbirá a um fato surpresa de proporções definitivas. “Mundo sem fim” termina bem com esse capítulo sucinto. Pena que a microssérie, como um todo, tenha ficado defasada, abrindo de forma explosivamente dinâmica e aos poucos perdendo velocidade e fôlego. Só ressuscita no episódio final, este aqui, quando o público já perdera o interesse. POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
Terceiro capítulo de “Mundo sem fim”, lançada em DVD no Brasil pela Paramount. Saiu junto com o quarto e último episódio, ”Xeque-mate”, encerrando assim a microssérie baseada no best seller de Ken Follet, o mesmo de “Os pilares da Terra”. Os eventos do capítulo anterior, “O duelo”, abrem a nova história. A Inglaterra continua a poderosa guerra com a França, o rei Eduardo encabeça as batalhas, em Kingsbridge a situação econômica não é das melhores, a população morre de fome, há violência em toda parte, como estupros e roubos nos feudos. A novidade, como o próprio título menciona, envolve a Peste Negra, a pandemia da febre bubônica que dizimou 70 milhões de pessoas na Europa no século XIV, ou seja, um terço da população da época. Porém o episódio apenas pincela a situação alarmante da doença, a partir da metade da trama, sem riqueza de detalhes ou mesmo impacto. Mostra pouco a peste e informa menos ainda. No capítulo, grande parte dos personagens que já conhecemos morre, uns com a doença e outros na guerra, sinal de desfecho da microssérie. Tanto o anterior, “O duelo”, quanto este, “A peste”, resultam nos episódios mais fracos de “Mundo sem fim”. Não há impulsos que provoquem emoção, vibração ou mesmo ação! Uma pena. Em “Xeque-mate”, a última parte, o clima de tragédia anunciada permanece com todo vapor. POR FELIPE BRIDA - Cinema na Web
Dos produtores de “Gladiador” e do seriado “Os Bórgias”, chega em DVD no Brasil a primeira parte de “Mundo sem fim”, intitulado “O jogo”. Na verdade, é uma continuação adequada de outra microssérie primorosa, “Os pilares da Terra”, indicada a três Globos de Ouro em 2011. Segue a mesma estrutura de narrativa - ambas são adaptações do best seller de Ken Follett, um estudioso escritor especializado em Idade Média. A história de “Mundo sem fim” transcorre no ano de 1377, dois séculos depois dos últimos acontecimentos de “Os pilares da Terra”. Os descendentes dos principais personagens da outra microssérie são o foco de tramas de assassinato, poder e ganância. “Mundo sem fim” resgata tradições do cenário medieval, como a figura dos reis, que pregavam o terror e deixavam a população na miséria, além do controle absoluto da sociedade pela Igreja Católica, que condenava à morte cidadãos considerados hereges e outros culpados por crimes diversos. Tudo narrado com clima de violência, de impacto, reprodução fiel de uma época turbulenta da História. Temos em voga personagens fictícios num pano de fundo real, mostrados com traços fortes e comuns do período medieval: o rei vingativo, a rainha dominada pelo poder, mulheres místicas, que fazem bruxaria, além de intrigas no reinado, população organizando revide contra os déspotas – e também a figura de um cavaleiro misterioso que poderá mudar os rumos da cidade (o sumido Ben Chaplin, em papel fraco). Falando no ator, o elenco conta com muitos vindos da TV britânica e alguns poucos rostos conhecidos, como Cynthia Nixon (uma personagem forte, de uma mulher meio feiticeira) e dois indicados ao Oscar, Miranda Richardson e Peter Firth (dois bons vilões caracterizados). Dentre as dezenas de produtores da microssérie destacam-se os irmãos Scott, Ridley e Tony (falecido esse ano), que também assinaram “Os pilares da Terra”. Sem dúvida um trabalho estonteante, com produção caprichada (toda rodada em estúdio na Hungria), rico em detalhes de uma época tão tenebrosa e distante - e que o cinema sempre explorou com maestria (“Coração valente”, “O leão no inverno”, “Cruzada”, “El Cid” e “O feitiço de Áquila”). A partir de 2013, a cada mês sairá em DVD as três outras sequências, intituladas “O duelo”, “A peste” e “Xeque-mate”. Imperdível! Por Felipe Brida
Mundo sem fim – Volume I: O jogo (World without end). Inglaterra/Canadá/Alemanha, 2012, 98 min. Aventura/Drama. Dirigido por: Michael Caton-Jones. Distribuição: Paramount
Acaba de sair em DVD no Brasil a segunda parte da microssérie “Mundo sem fim”, que é a continuação de “Os pilares da Terra”, escrita pelo mesmo autor, Ken Follett, e também produzida pelos irmãos Ridley e Tony Scott. Inferior ao capítulo anterior, é conduzida com lentidão, diálogos incessantes e poucas sequências de batalha ou duelos. A figura central da história, o cavaleiro desconhecido interpretado por Ben Chaplin, mal aparece. O ponto de partida se dá com a tragédia da queda da ponte, que desencadeia uma série de intrigas e confusões em Kingsbridge. A população passa fome, a violência cresce em larga escala, e para completar uma guerra com a França começa a ser traçada. Mostra a Inglaterra ameaçada em todos os níveis: pelo próprio povo abandonado, por países vizinhos, pelos reis gananciosos, pelo poder sem medida. Apesar de ser ‘menos’ que a primeira parte, é indiscutível o apuro do contexto histórico, que, segundos historiadores, torna a microssérie realista. Há um cuidado especial também na parte de ambientação e reconstrução de cenários medievais (filmado na Hungria), figurinos do século XIV, que provoca no público uma dimensão daquela época. Vale lembrar que os acontecimentos de “Mundo sem fim” datam do ano de 1377, dois séculos depois do que ocorrera em “Os pilares da Terra”, aproveitando os descendentes dos principais personagens do outro seriado, que foi premiado e fez muito sucesso na TV fechada em 2011. Nota-se no elenco nomes sumidos do cinema, em especial os que interpretam os vilões marcantes – Peter Firth, Miranda Richardson e Cynthia Nixon (pra mim uma surpresa sensacional, na pele de uma mulher feiticeira que guarda em casa um ingrediente potente para seus desafetos). Aqueles que assistiram à primeira parte sentirão diferença nessa segunda, que, como já comentei, é lenta e sem as boas novidades da anterior. Ainda vale pela produção caprichada e ainda mais pela curiosidade em saber como termina. De que forma a Inglaterra será conduzida diante de tantos problemas pela frente? Nos próximos meses, as duas sequências finais (“A peste” e “Xeque-mate”) irão contar tudo, em detalhes! Por Felipe Brida
Mundo sem fim – Volume II: O duelo (World without end). Inglaterra/Canadá/Alemanha, 2012, 105 min. Aventura/Drama. Dirigido por: Michael Caton-Jones. Distribuição: Paramount
O Chaplin que Ninguém Viu
4.6 12Nessa épica minissérie documental britânica ganhadora do Emmy e narrada pelo ator James Mason (meses antes de falecer), conhecemos um outro lado do gênio da comédia Charles Chaplin, com foco nele trabalhando fora da cena, no caso como diretor. A dupla de cineastas Kevin Brownlow e David Gill, historiadores do cinema mudo que ganharam quatro Emmys e criadores da série “American masters”, recuperaram um imenso material raro de Chaplin, nunca antes visto, com cenas editadas de seus filmes e curtas engavetados, que só foram encontrados na década de 80 – a minissérie é de 1983, seis anos depois da morte de Chaplin.
Dividido em três capítulos, “Os anos mais felizes”, “O grande diretor” e Tesouro escondido”, a série também explora com detalhes o processo de criação do diretor e ator quando fez obras-primas como “Tempos modernos, “Luzes da cidade”, “O garoto” e “O grande ditador” – como making of mesmo, Chaplin dirigindo, orientando o elenco em cena, refazendo passagens etc
Indicado a dois Baftas (melhor série e desenho de produção), é uma obra preciosa para os fãs do maior ator da comédia muda, disponível em DVD pela Obras-primas do Cinema em sua metragem original (156 minutos).
POR FELIPE BRIDA - Blog Cinema na Web
Desenrolados (1ª Temporada)
3.7 81 Assista AgoraSó teve uma temporada (2017-2018); o Filmow inseriu uma segunda temporada, que não existe, pois foi cancelada pelo Netflix (a primeira temporada foi dividida em duas partes, mas apenas uma temporada).
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraUma das melhores experiências que tive com seriado recentemente. Perturbador, intenso, com interpretações soberbas de Matthew McConaughey e Woody Harrelson.
Separados, Mas Iguais
3.9 4Acaba de sair em DVD no Brasil pela Versátil, em cópia restaurada e com duração a mais (192 min).
O Vôo das Cegonhas
2.7 10PARTE 2
Segunda e última parte da nova microssérie produzida na França e na Alemanha, com bonitas locações na Bulgária e África do Sul, ainda sem exibição na TV brasileira – foi lançada diretamente em home vídeo pela Paramount. Este capítulo final contém mais adrenalina e situações inusitadas, misturando o real e o imaginário numa intrínseca trama de mistério. Tudo porque o personagem central, que estuda aves exóticas, também é viciado em drogas injetáveis, viajando em seus delírios – e é aí que se confundem as situações reais com as loucuras da cabeça do protagonista.
Um pouco melhor que a primeira parte, esta segunda tem desfecho pobre, com perguntas que ficam no ar sem respostas precisas. Vai do público escolher o que melhor o agrada diante do quebra-cabeça dessa história policial cheia de reviravoltas e esquisitices.
O autor do best seller que deu origem a este seriado, Jean Christopher Grangé, é o mesmo de “Rios vermelhos” e “O pacto dos lobos”, especialista na linha policial investigativa com a utilização da violência.
As duas sequências estão disponíveis para locação. Uma microssérie curiosa, fora do padrão, porém irregular em muitos aspectos de narrativa e amarração das histórias paralelas.
POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
O Vôo das Cegonhas
2.7 10PARTE 1
Nova microssérie produzida na Europa (co-produção França e Alemanha), rodada em locações na Bulgária, África do Sul e Israel e que não foi exibida na TV Brasileira até agora, saindo direto em home vídeo pela Paramount. Contém uma trama inusitada de mistério que envolve estudo de aves e perigosos assassinos integrantes de uma rede de espionagem.
O autor do best seller que deu origem a este seriado, Jean Christopher Grangé, é o mesmo de “Rios vermelhos” e “O pacto dos lobos”, ou seja, conhecemos já sua linha policial investigativa com a utilização da violência, do aspecto psicológico dos personagens em intermitente saga pela vida e, claro, do tom nada convencional da ação paralela (em um dos capítulos para o cinema de “Rios vermelhos”, a dupla de policiais lideradas pelo ator Jean Reno assume um caso de seita demoníaca, por exemplo).
Nesta primeira parte de “O voo das cegonhas” (um pouco irregular, mas realçada com belas paisagens de cidades de praia e uma fotografia bem sólida), um jovem que estuda a migração de aves depara-se com a morte do mestre e, por estar a trabalho em um local desconhecido, segue a toada para terminar a labuta. Só que as cegonhas indicam um caminho sem volta para ele, que irá se deparar com um rastro de mortes horríveis em um jogo de gato e rato. Há muitas reviravoltas, por isto me atenho na escrita para não cometer desagrados ao leitor.
Está bem distante do impacto visual das duas partes de “Rios vermelhos”, mas causa certa curiosidade pelo tratamento diferenciado de um tema batido.
Ainda não assisti à segunda e última parte, que já está nas locadoras. Na próxima semana assistirei e posto aqui a resenha do desfecho da microssérie. Aguardem.
POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
Agente 86 (1ª Temporada)
4.3 29Há cinco temporadas... seria interessante terem cadastrado uma a uma, igual fazem com as séries recentes.
A Pantera Cor de Rosa
3.8 55A série clássica da Pantera (1963 a 1976) saiu toda em DVD no Brasil, em 5 DVDs.
Dexter (4ª Temporada)
4.6 1,0K Assista AgoraJohn Lithgow e Michael C. Hall! Embate primoroso nos últimos capítulos da temporada. 10
Mundo Sem Fim
3.8 48Último episódio da microssérie “Mundo sem fim”, continuação de “Os pilares da Terra”, ambos best sellers escritos pelo britânico Ken Follett (vale destacar que “Os pilares” virou seriado, premiado com Globos de Ouro e distribuído no mercado também pela Paramount).
É o melhor momento da série, junto com o primeiro capítulo, “O jogo” – os anteriores “O duelo” e “A peste” não cumpriram o dever de casa, ficaram extremamente arrastados, sem incrementar na trama emoções fortes, sequer doses de ação empolgante.
Muitos dos personagens já morreram, restando alguns poucos principais e um ou outro coadjuvante para dar novos rumos à Kingsbridge, devastada pela Peste Negra e pela guerra com a França. Os habitantes tentam reconstruir suas vidas, enquanto pessoas de feudos vizinhos migram para lá. Estamos no final do século XIV, poucas décadas antes de terminar a Idade Média. Em razão disso há um clima persistente de adeus, no velho estilo de mudança de ares, desde a filha do rei inglês que muda de país para se casar com um príncipe espanhol até as revelações do cavaleiro Langley. Nos minutos finais Kingsbridge sucumbirá a um fato surpresa de proporções definitivas.
“Mundo sem fim” termina bem com esse capítulo sucinto. Pena que a microssérie, como um todo, tenha ficado defasada, abrindo de forma explosivamente dinâmica e aos poucos perdendo velocidade e fôlego. Só ressuscita no episódio final, este aqui, quando o público já perdera o interesse. POR FELIPE BRIDA - CINEMA NA WEB
Mundo Sem Fim
3.8 48Terceiro capítulo de “Mundo sem fim”, lançada em DVD no Brasil pela Paramount. Saiu junto com o quarto e último episódio, ”Xeque-mate”, encerrando assim a microssérie baseada no best seller de Ken Follet, o mesmo de “Os pilares da Terra”.
Os eventos do capítulo anterior, “O duelo”, abrem a nova história. A Inglaterra continua a poderosa guerra com a França, o rei Eduardo encabeça as batalhas, em Kingsbridge a situação econômica não é das melhores, a população morre de fome, há violência em toda parte, como estupros e roubos nos feudos. A novidade, como o próprio título menciona, envolve a Peste Negra, a pandemia da febre bubônica que dizimou 70 milhões de pessoas na Europa no século XIV, ou seja, um terço da população da época. Porém o episódio apenas pincela a situação alarmante da doença, a partir da metade da trama, sem riqueza de detalhes ou mesmo impacto. Mostra pouco a peste e informa menos ainda.
No capítulo, grande parte dos personagens que já conhecemos morre, uns com a doença e outros na guerra, sinal de desfecho da microssérie.
Tanto o anterior, “O duelo”, quanto este, “A peste”, resultam nos episódios mais fracos de “Mundo sem fim”. Não há impulsos que provoquem emoção, vibração ou mesmo ação! Uma pena. Em “Xeque-mate”, a última parte, o clima de tragédia anunciada permanece com todo vapor. POR FELIPE BRIDA - Cinema na Web
Mundo Sem Fim
3.8 48Dos produtores de “Gladiador” e do seriado “Os Bórgias”, chega em DVD no Brasil a primeira parte de “Mundo sem fim”, intitulado “O jogo”. Na verdade, é uma continuação adequada de outra microssérie primorosa, “Os pilares da Terra”, indicada a três Globos de Ouro em 2011. Segue a mesma estrutura de narrativa - ambas são adaptações do best seller de Ken Follett, um estudioso escritor especializado em Idade Média.
A história de “Mundo sem fim” transcorre no ano de 1377, dois séculos depois dos últimos acontecimentos de “Os pilares da Terra”. Os descendentes dos principais personagens da outra microssérie são o foco de tramas de assassinato, poder e ganância. “Mundo sem fim” resgata tradições do cenário medieval, como a figura dos reis, que pregavam o terror e deixavam a população na miséria, além do controle absoluto da sociedade pela Igreja Católica, que condenava à morte cidadãos considerados hereges e outros culpados por crimes diversos. Tudo narrado com clima de violência, de impacto, reprodução fiel de uma época turbulenta da História.
Temos em voga personagens fictícios num pano de fundo real, mostrados com traços fortes e comuns do período medieval: o rei vingativo, a rainha dominada pelo poder, mulheres místicas, que fazem bruxaria, além de intrigas no reinado, população organizando revide contra os déspotas – e também a figura de um cavaleiro misterioso que poderá mudar os rumos da cidade (o sumido Ben Chaplin, em papel fraco).
Falando no ator, o elenco conta com muitos vindos da TV britânica e alguns poucos rostos conhecidos, como Cynthia Nixon (uma personagem forte, de uma mulher meio feiticeira) e dois indicados ao Oscar, Miranda Richardson e Peter Firth (dois bons vilões caracterizados).
Dentre as dezenas de produtores da microssérie destacam-se os irmãos Scott, Ridley e Tony (falecido esse ano), que também assinaram “Os pilares da Terra”.
Sem dúvida um trabalho estonteante, com produção caprichada (toda rodada em estúdio na Hungria), rico em detalhes de uma época tão tenebrosa e distante - e que o cinema sempre explorou com maestria (“Coração valente”, “O leão no inverno”, “Cruzada”, “El Cid” e “O feitiço de Áquila”).
A partir de 2013, a cada mês sairá em DVD as três outras sequências, intituladas “O duelo”, “A peste” e “Xeque-mate”. Imperdível! Por Felipe Brida
Mundo sem fim – Volume I: O jogo (World without end). Inglaterra/Canadá/Alemanha, 2012, 98 min. Aventura/Drama. Dirigido por: Michael Caton-Jones. Distribuição: Paramount
Mundo Sem Fim
3.8 48Acaba de sair em DVD no Brasil a segunda parte da microssérie “Mundo sem fim”, que é a continuação de “Os pilares da Terra”, escrita pelo mesmo autor, Ken Follett, e também produzida pelos irmãos Ridley e Tony Scott.
Inferior ao capítulo anterior, é conduzida com lentidão, diálogos incessantes e poucas sequências de batalha ou duelos. A figura central da história, o cavaleiro desconhecido interpretado por Ben Chaplin, mal aparece.
O ponto de partida se dá com a tragédia da queda da ponte, que desencadeia uma série de intrigas e confusões em Kingsbridge. A população passa fome, a violência cresce em larga escala, e para completar uma guerra com a França começa a ser traçada. Mostra a Inglaterra ameaçada em todos os níveis: pelo próprio povo abandonado, por países vizinhos, pelos reis gananciosos, pelo poder sem medida.
Apesar de ser ‘menos’ que a primeira parte, é indiscutível o apuro do contexto histórico, que, segundos historiadores, torna a microssérie realista. Há um cuidado especial também na parte de ambientação e reconstrução de cenários medievais (filmado na Hungria), figurinos do século XIV, que provoca no público uma dimensão daquela época.
Vale lembrar que os acontecimentos de “Mundo sem fim” datam do ano de 1377, dois séculos depois do que ocorrera em “Os pilares da Terra”, aproveitando os descendentes dos principais personagens do outro seriado, que foi premiado e fez muito sucesso na TV fechada em 2011.
Nota-se no elenco nomes sumidos do cinema, em especial os que interpretam os vilões marcantes – Peter Firth, Miranda Richardson e Cynthia Nixon (pra mim uma surpresa sensacional, na pele de uma mulher feiticeira que guarda em casa um ingrediente potente para seus desafetos).
Aqueles que assistiram à primeira parte sentirão diferença nessa segunda, que, como já comentei, é lenta e sem as boas novidades da anterior. Ainda vale pela produção caprichada e ainda mais pela curiosidade em saber como termina. De que forma a Inglaterra será conduzida diante de tantos problemas pela frente? Nos próximos meses, as duas sequências finais (“A peste” e “Xeque-mate”) irão contar tudo, em detalhes! Por Felipe Brida
Mundo sem fim – Volume II: O duelo (World without end). Inglaterra/Canadá/Alemanha, 2012, 105 min. Aventura/Drama. Dirigido por: Michael Caton-Jones. Distribuição: Paramount