Em um mundo onde filmes de super-heróis são levados extremamente a sério, o novo Esquadrão Suicida de James Gunn consegue uma certa nostalgia a trasheira que o gênero era 15 anos atrás, com um orçamento de milhões de dólares envolvido nisso.
É o filme que a DC teve muito medo de fazer 5 anos atrás, mas que entende o que o público dela busca atualmente, acho que tem seus erros e suas falhas em alguns momentos mas consegue equilibrar bem isso com momentos em que o filme cumpre seu papel de divertir.
Não é uma obra-prima, mas também não é um desastre, e em um mundo onde tudo parece pender aos extremos, é bom as vezes sentar para ver um filme que não tem compromisso nenhum além de fazer você esquecer as coisas por 2 horas.
Uma bela homenagem ao cinema slasher e giallo, as referências ao longo do filme são inúmeras e ele acerta principalmente em suas mortes e em sua estética. Toda a ambientação do cinema é muito boa, sem dizer que a fotografia do filme também é um grande destaque.
Por alguns momentos as coisas se estendem demais, mas é válido para o desenvolvimento dos personagens. Não é um filme perfeito, mas é o tipo de filme que qualquer fã do cinema de terror dos anos 70 e 80 vai ficar sorrindo sem mesmo perceber, sempre bom ver esse tipo de homenagem, ainda mais quando elas saem da América Latina.
Depois de quase 20 anos já pode chamar de clássico? Acho que House of Wax é quase um resumo de tudo que o terror dos anos 2000 foi, todos os clichês que a época reforçou e criou estão aplicados nesse filme de maneira quase que perfeita e por incrível que pareça, a maioria deles funciona muito bem.
Acho que muito do hate que se criou por esse filme na época de seu lançamento veio do fato da Paris Hilton fazer parte do elenco, que aqui não faz nada além de ser uma versão dela mesma, em um mundo pré-Instagram personagens como Paris Hilton ainda geravam uma revolta completamente desnecessária no público, em 2021 influencers já não são figuras tão absurdas assim quando aparecem em filmes de terror.
É claro, o filme tem buracos no roteiro, atuações duvidosas e por alguns momentos se estende mais do que deveria, mas no geral boa parte dele funciona muito bem. Existem sustos genuínos, bons momentos de tensão e todo o cenário da cidade de cera é completamente absurdo e bizarro.
Não é uma obra-prima, mas diverte bastante e trás uma grande nostalgia de uma época onde o horror produziu alguns de seus maiores (e melhores) absurdos.
O documentário toca em diversos pontos importantes para entender o tamanho e a dimensão do que foi o Woodstock 99, acho que é uma leitura bastante interessante mas que exagera em determinados pontos de vista, principalmente no de culpabilizar algumas bandas mas se quer citar outras que participaram também do festival.
Talvez o mais interessante fique por conta de como a organização do festival até hoje não admite a sua parcela do erro e fica como um reflexão do porque emular certas experiências do passado no presente ao invés de deixar cada geração criar sua própria experiência particular, serviu como lição do que não fazer em um festival.
É interessante aqui como o filme tenta uma nova abordagem para um clássico conto de fadas, trazendo uma nova moral para a história e até colocando o lado feminino como protagonista e explorando as origens do machismo através de pequenas atitudes reproduzidas desde a infância. Apesar de não ser um filme infantil, vale por trazer essa nova abordagem para a história.
O destaque fica por conta da direção de Oz Perkins, apesar de achar que ele se sente um pouco mais a vontade em The Blackcoat’s Daughter, o diretor consegue criar quadros muito bonitos (auxiliado por uma direção de fotografia e direção de arte impecáveis) e mais uma vez cria um filme com visuais bastante impressionantes, conseguindo criar uma atmosfera de um conto de fadas que mais parece ter saído de um pesadelo.
É o tipo de filme onde não existe muito meio termo, é muito fácil se apaixonar ou odiar por completo, apesar de não ser para todos é o tipo de filme que eu gostaria de ver acontecendo com mais frequência.
É bem claro que esse não é o filme que Craven e Williamson idealizaram, grande parte do filme parece ter sido montada sem muita lógica ou continuidade, o que acaba prejudicando bastante a história. É um filme com potencial, parece querer oferecer uma história clássica de lobisomens mas preenche algumas momentos com referências típicas dos roteiros de Williamson e consegue até criar uma atmosfera divertida em algumas sequências, equilibrando um humor mais pastelão e um terror adolescente da maneira que apenas os anos 2000 conseguiam.
Mas no geral se perde em diversos momentos e deixa apenas um gostinho do que poderia ter sido, é uma pena que o conceito original do lobisomen de Rick Baker tenha sido rejeitado e substituído por lobisomens de CG que envelheceram absurdamente mal, o que não ajuda o filme em nada.
Vale pela nostalgia e por ser do Craven, é uma pena que o Wes não tenha nos deixado um filme de lobisomem a sua altura.
Acho que não é exagero nenhum dizer que Pig é um dos melhores e mais interessantes trabalhos da carreira de Cage, com uma fotografia impecável e com uma direção extremamente sensível e preocupada com os detalhes, o filme subverte qualquer expectativa que possamos criar sobre um filme de vingança pós-John Wick e nos coloca na mesma posição dos coadjuvantes do filme, apenas tendo o poder de observar e refletir sobre aquilo que está sendo visto.
É interessante como o texto de Michael Sarnoski toca de maneira bastante sútil sobre o verdadeiro valor das coisas. Em um mundo onde o lucro e a violência são respostas cotidianas, o personagem de Cage surge como um antagonista a essas forças, nunca partindo para a resposta óbvia mas sempre colocando em questão o porque esse tipo de resposta é esperada.
É o tipo de filme que vai ficar dias martelando na cabeça daqueles que realmente mergulharem na experiência e sem dúvidas já pode fazer parte da lista de melhores do ano.
Bom, eu tenho quase certeza que esse filme é uma espécie de mensagem secreta. Eu acredito que a Warner realmente tenha tentando desenvolver um algoritmo para ajudá-los de alguma maneira a criar um universo expandido, como a Disney criou. Claramente a situação saiu de controle e o algoritmo ameaçou toda a vida do planeta terra, a única maneira de parar essa destruição seria fazendo e lançando Space Jam: A New Legacy, é bem claro no decorrer de todo o filme que os atores estão sendo mantidos reféns e que o roteiro foi escrito por uma máquina que queria proporcionar 2 horas de tortura para qualquer pessoa que se proponha a assistir esse filme.
Se serve de conforto, os Looney Tunes estão bem e eu espero que eles se mantenham o mais longe possível de qualquer jogador de basquete.
Embora a segunda parte seja minha favorita, acho que é impossível analisar Rua do Medo como filmes individuais, quando na verdade a trilogia soa mais como uma série divida em episódio de 2 horas cada, com todas as partes estabelecendo boas conversas entre elas.
Acho que a parte final é bastante interessante, embora algumas escolhas de roteiro soem quase como um Deus Ex Machina eu acho que dentro da proposta da trilogia desde o início elas funcionam muito bem. Acho que a ambientação em 1666 é muito bem feita e os diversos temas levantados por ela também conversam muito bem com o público atual, a fotografia de neon quando voltamos para 1994 também é muito bem feita e trás um confronto que diverte e surpreende em diversos momentos.
Leigh Janiak soube adaptar muito bem a obra de R.L Stine em 2021, e eu acho que é exatamente esse tipo de filme que o terror precisa dentro das plataformas de streaming, serve como um introdução ao horror para novas gerações e uma diversão incrível para aqueles que gostam do gênero e sabem não levá-lo tão a sério o tempo todo. Soube quebrar com diversos estereótipos dentro do gênero de slasher que já não cabem mais serem reforçados em 2021 e estabeleceu uma linha de diálogo bastante interessante com temáticas atuais (Mesmo que o momento mais recente da trilogia se passe em 1994).
No geral, é um filme divertido assim como toda a trilogia, reconhece seu público e seu espaço e tenta surpreender mesmo os mais céticos em relação a produções atuais, me lembrou o porque eu comecei a gostar de terror.
É impossível descrever a morte, existe um misto de sentimentos mais diversos relacionados ao ato de morrer ou perder alguém. É possível rir, chorar, ter medo, se assustar com ela e antes de enfrentá-la só podemos fazer uma coisa: Viver.
Sinfonia da Necrópole é sem dúvidas uma das melhores experiências que o cinema nacional pode proporcionar, é difícil encontrar um filme que consiga de maneira tão leve e tão equilibrada navegar entre os mais diversos gêneros do cinema e ainda assim, amarrar todas essas pontas com uma história e um sentimento praticamente universal.
Tudo funciona aqui, e a direção e o texto de Juliana Rojas são carregados de uma sensibilidade incrível, mas deixa claro que a morte também não precisa estar sempre carregada de dor e tristeza. Morrer pode ser feliz, triste, engraçado e principalmente caro, escancara nas entrelinhas que até pra se morrer dentro de uma cidade como São Paulo tem que ter dinheiro, mas mostra que existe muito mais na vida do que apenas o ato de aguardar a morte.
Se tem uma coisa que Italianos sabem fazer, são filmes de terror. Com um legado quase impecável para se aproveitar e se inspirar, o cinema Italiano de horror é um prato cheio para se olhar e homenagear.
Mas A Classic Horror Story faz exatamente o contrário, partindo de uma metalinguagem bem fraca (Nem todo mundo é Craven e Williamson) o filme tenta construir sua história a partir dos mais diversos clichês e homenagens possíveis a clássicos do gênero, mas não consegue criar sua própria originalidade dentro disso.
Não acho que exista nenhum problema em homenagear filmes, o cinema se auto referência praticamente o tempo todo, o problema aqui é que o filme não passa de uma grande referência, algo para que fãs olhem e falem "Ah, eu sei de onde isso veio" mas não existe uma história que você se importa ou queria realmente acompanhar, você sabe pra onde ela está indo o tempo todo e sabe como tudo vai terminar.
O final tenta soar como uma rasteira no espectador, como se ele estivesse também fazendo parte de uma experiência e agora foi completamente surpreendido, mas eu acho um pouco difícil que as pessoas caiam nessa.
No geral, é bem dirigido, tem uma fotografia bastante interessante e algumas sequências legais, mas como história não trás absolutamente nada e como metalinguagem simplesmente não funciona.
The Editor de 2014 segue sendo uma homenagem muito mais interessante e válida ao cinema de terror italiano.
Madman é um slasher divertido na medida certa, que sabe criar bem suas cenas de tensão e entrega algumas mortes divertidas e recheadas de gore e decapitações.
Acho que a mitologia em volta do assassino é bem apresentada, apesar de ser bastante simples, o filme não vai muito além do que se espera de um slasher e um summer camp horror, mas ainda assim consegue se prender bem a proposta e divertir aqueles que se interessam pelo gênero.
Os anos 2000 não são particularmente lembrados por suas grandes produções de horror. Apesar de grandes nomes se destacarem na década, o período é muitas vezes lembrado por inúmeras produções de qualidade duvidosa, que 20 anos depois conseguem divertir e até trazer uma certa nostalgia.
13 Fantasmas é uma delas, são poucas coisas que convencem ou funcionam nesse filme. Atuações fracas, personagens insuportáveis, um roteiro que não se preocupa com quase nada, mas ainda assim consegue trazer exatamente o espírito das produções da época e diverte qualquer um que não queria levar o filme tão a sério.
O design dos fantasmas é legal e tem algumas mortes memoráveis, única cereja que faltou no bolo para ganhar o carimbo oficial de terror anos 2000 foi uma trilha recheada de Nu Metal, fica pra próxima.
Bom, acho que apenas três palavras são necessárias para descrever esse filme: Summer Camp Horror. Desde que Pamela Voorhees resolveu se vingar de adolescentes, os acampamentos de verão Norte-Americanos nunca mais foram os mesmos e os fãs de horror ganharam inúmeros filmes que exploram o mesmo ambiente, mas de maneiras extremamente divertidas.
Como slasher funciona melhor do que o primeiro, ainda acho que a mitologia da série é um pouco mal trabalhada e forçada demais, a montagem do filme segue tentado entregar o máximo de conteúdo no menor tempo possível, o que acaba por impedir que algumas coisas tenham um respiro um pouco maior e tenham o tempo necessário para se entender.
Mas continua sendo um filme extremamente divertido, talvez por focar um pouco menos em homenagens pontuais e assumir que o filme todo é uma grande homenagem a um subgênero específico do terror, a segunda parte de rua do medo consegue despertar o sentimento de nostalgia nos fãs do gênero ao mesmo tempo que serve como uma excelente introdução para toda uma nova geração que vai ter esses filmes como um porta de entrada para o horror.
Assim como a série de televisão Goosebumps conseguiu atrair pessoas para o horror durante a década de 90, Fear Street cumpre exatamente o mesmo papel e mostra de maneira bastante inteligente como o streaming possibilita novos formatos e novos meios para que esse tipo de história seja contada.
Tem bons momentos, mas está longe de explorar o potencial que todos sabemos que Craven tem. O filme tem algumas claras falhas de roteiro e acaba por não conseguir criar situações plausíveis para seus personagens, fazendo com que em todo momento as escolhas de roteiro sejam questionadas e criando situações muito mais constrangedoras do que divertidas ou assustadoras.
Mesmo quando Craven tenta trabalhar a ideia de pesadelos nesse filme ele acaba deixando por desejar, e fazendo com que tudo acabe soando como uma tentativa de inserir uma referência que não deveria estar lá.
Não acho que chega a ser um filme horrível, mas ele parece ser preguiçoso em algumas partes, talvez hoje funcione um pouco melhor pela nostalgia que carrega pela época que foi feito do que como um bom filme de terror.
Pode não ser o melhor filme do mundo, mas também não é o desastre completo que muita gente tem pintado, afinal de contas é só um live-action da Disney.
Eu acho que ele funciona tanto quanto certos live-action da Disney dos anos 90, no mundo pós-Marvel existe uma sede do público para que tudo seja completamente grandioso e épico, quando a narrativa aqui nem se quer pede isso. Levando em consideração que o público alvo continua sendo composto em sua grande maioria por crianças, apresenta a Cruella para uma nova geração tão bem quanto o filme de 96 e diverte aqueles que entendem que isso não passa de um filme da Disney.
Emma Stone está bem no papel, a direção de arte do filme é muito bem colocada e consegue criar um ambientação que funciona na maior parte do tempo, poderia ser um pouco mais curto e esticar um pouco menos situações que não acrescentam nada na trama, mas no final funciona da maneira que se propôs desde seu início.
Provavelmente o meu filme favorito da adaptação da história de Mary Shelley, The Curse of Frankenstein carrega mais uma vez um direção impecável de Terence Fisher, com uma fotografia incrível e um design de produção que apenas ajuda em criar uma atmosfera perfeita para o tipo de história que está sendo contada.
O elenco é pequeno, mas ainda assim é muito forte e Peter Cushing está aqui em um de seus melhores papéis. O filme retrata bem como Frankenstein é na verdade a história de Victor Frankenstein e coloca a criatura apenas como o ápice da loucura do Doutor, vale destacar também como é incrível ver Christopher Lee no papel da criatura.
Elementos góticos, atuações excelentes e a dose certa de suspense fazem de The Curse of Frankenstein um dos filmes de terror mais interessantes e memoráveis dos anos 50.
É interessante ver a Pixar apostar em histórias menos ambiciosas e colocar em primeiro lugar o seu público mais importante, as crianças.
Luca é um filme feito para encher os olhos de crianças e fazer com que elas mergulhem em uma história cheia de cores e personagens extremamente divertidos e cativantes, e isso a Pixar sabe fazer como ninguém.
Talvez não seja tão ambicioso quanto Divertidamente ou tão complexo quanto Soul, mas é ótimo ver que o estúdio ainda consegue apostar em histórias um pouco mais simples, em filmes mais curtos e com um visual cada vez mais impressionante. Pode não ser o filme mais incrível da Pixar para aqueles que já assistiram todo o catálogo do estúdio, mas sem dúvidas vai cumprir o seu papel como um grande filme para uma nova geração que está descobrindo a magia da Pixar agora.
Um Lugar Silencioso Parte II entrega tudo aquilo que o filme promete e funciona muito bem como uma sequência, conseguindo expandir a mitologia criada no primeiro filme e trabalhar melhor alguns elementos.
Ainda que não seja superior ao primeiro, acho que esse filme consegue manter o mesmo nível e entregar exatamente a tensão que o seu antecessor entregou, a direção de Krasinski aqui funciona muito bem também e todo o mundo pós-apocalíptico criado nesse universo consegue funcionar apenas como uma obra de ficção, sem precisar se apoiar como uma metáfora para algo mais profundo, entregando no final um bom entretenimento que consegue misturar bem os gêneros de suspense e apocalipse.
Talvez tenha achado o final um pouco corrido demais e não tenha me agradado tanto assim, mas ainda assim não tira nada do filme e deixa claramente aberto para uma continuação (que já havia sido divulgada antes mesmo do lançamento desse filme), talvez por isso esse filme possa funcionar melhor em um futuro onde ele será um capítulo intermediário entre o começo e o final de uma história.
Sempre tive um carinho muito grande por Goosebumps e quase tudo que R.L Stine escreveu, e a primeira parte de Rua do Medo conseguiu transmitir exatamente o tipo de atmosfera que eu esperava que fosse criada. Qualquer pessoa que seja fã de terror infanto-juvenil e slashers dos anos 90 vão se ver sorrindo várias vezes durante o filme e se divertindo muito mais do que esperavam.
Eu realmente não achava que o filme iria apostar tanto no gore, mas ele sabe exatamente onde colocar e quando colocar suas mortes e consegue servir muito bem como um slasher interessante, e fazer isso em pleno 2021 não é uma tarefa fácil. Tem bons personagens, momentos divertidos, uma história digna das melhores produções de terror para a TV dos anos 90 e conseguiu me deixar na expectativa pelos próximos filmes.
Talvez ele não faça pelos slashers o que Pânico fez em 96, mas é realmente incrível ver o gênero respirando e sabendo se reinventar depois de tantos anos, conversando com novas gerações mesmo ao ambientar o filme em 1994. A direção funciona muito bem e as referências e homenagens a outros clássicos do gênero apenas colocam a cereja definitiva nesse bolo, não pode existir escolha melhor para uma sexta-feira a noite.
Eu realmente acho que The Living Dead at Manchester Morgue é um dos grandes clássicos de zumbi e talvez um dos meu favoritos do anos 70 ( Só não é primeiro porque Messiah of Evil existe), mas sem dúvidas esse filme merece todo reconhecimento que tem dentro do gênero.
Eu gosto de como as coisas vão acontecendo em um ritmo mais lento, como os zumbis são usados como um crítica social bastante clara, do conflito de geração, do gore e de como todo esse filme é uma aula de como honrar o que George A. Romero criou anos antes.
Em um mundo onde filmes de zumbis se tornaram sinônimo de ação e grandes explosões, The Living Dead at Manchester Morgue serve para nos lembrar o porque amamos esse gênero e como ele pode ser sempre um passeio divertido, cheio de tripas e também ser acompanhado de um texto excelente que não deixa nada a desejar.
Pink Flamingos
3.4 878"Kill everyone now! Condone first degree murder! Advocate cannibalism! Eat shit! Filth are my politics, filth is my life!"
Quase 50 anos depois continua a cumprir a sua proposta original com uma maestria que poucos filmes conseguem.
Robôs Assassinos
3.0 48Sangue, robôs, Barbara Crampton e todos os clichês de um bom trash dos anos 80 no mesmo lugar, bom para passar o tempo.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraEm um mundo onde filmes de super-heróis são levados extremamente a sério, o novo Esquadrão Suicida de James Gunn consegue uma certa nostalgia a trasheira que o gênero era 15 anos atrás, com um orçamento de milhões de dólares envolvido nisso.
É o filme que a DC teve muito medo de fazer 5 anos atrás, mas que entende o que o público dela busca atualmente, acho que tem seus erros e suas falhas em alguns momentos mas consegue equilibrar bem isso com momentos em que o filme cumpre seu papel de divertir.
Não é uma obra-prima, mas também não é um desastre, e em um mundo onde tudo parece pender aos extremos, é bom as vezes sentar para ver um filme que não tem compromisso nenhum além de fazer você esquecer as coisas por 2 horas.
Bo Burnham: Inside
4.3 109 Assista AgoraQueria poder escrever algo legal sobre, mas ainda estou tentando sair do vazio existencial que esse filme me colocou.
Provavelmente a melhor coisa que 2021 nos proporcionou.
Mortes na Matinê
3.2 25 Assista AgoraUma bela homenagem ao cinema slasher e giallo, as referências ao longo do filme são inúmeras e ele acerta principalmente em suas mortes e em sua estética. Toda a ambientação do cinema é muito boa, sem dizer que a fotografia do filme também é um grande destaque.
Por alguns momentos as coisas se estendem demais, mas é válido para o desenvolvimento dos personagens. Não é um filme perfeito, mas é o tipo de filme que qualquer fã do cinema de terror dos anos 70 e 80 vai ficar sorrindo sem mesmo perceber, sempre bom ver esse tipo de homenagem, ainda mais quando elas saem da América Latina.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraDepois de quase 20 anos já pode chamar de clássico? Acho que House of Wax é quase um resumo de tudo que o terror dos anos 2000 foi, todos os clichês que a época reforçou e criou estão aplicados nesse filme de maneira quase que perfeita e por incrível que pareça, a maioria deles funciona muito bem.
Acho que muito do hate que se criou por esse filme na época de seu lançamento veio do fato da Paris Hilton fazer parte do elenco, que aqui não faz nada além de ser uma versão dela mesma, em um mundo pré-Instagram personagens como Paris Hilton ainda geravam uma revolta completamente desnecessária no público, em 2021 influencers já não são figuras tão absurdas assim quando aparecem em filmes de terror.
É claro, o filme tem buracos no roteiro, atuações duvidosas e por alguns momentos se estende mais do que deveria, mas no geral boa parte dele funciona muito bem. Existem sustos genuínos, bons momentos de tensão e todo o cenário da cidade de cera é completamente absurdo e bizarro.
Não é uma obra-prima, mas diverte bastante e trás uma grande nostalgia de uma época onde o horror produziu alguns de seus maiores (e melhores) absurdos.
Music Box - Woodstock 99: Peace, Love, And Rage
3.9 38 Assista AgoraO documentário toca em diversos pontos importantes para entender o tamanho e a dimensão do que foi o Woodstock 99, acho que é uma leitura bastante interessante mas que exagera em determinados pontos de vista, principalmente no de culpabilizar algumas bandas mas se quer citar outras que participaram também do festival.
Talvez o mais interessante fique por conta de como a organização do festival até hoje não admite a sua parcela do erro e fica como um reflexão do porque emular certas experiências do passado no presente ao invés de deixar cada geração criar sua própria experiência particular, serviu como lição do que não fazer em um festival.
Maria e João: O Conto das Bruxas
2.6 527É interessante aqui como o filme tenta uma nova abordagem para um clássico conto de fadas, trazendo uma nova moral para a história e até colocando o lado feminino como protagonista e explorando as origens do machismo através de pequenas atitudes reproduzidas desde a infância. Apesar de não ser um filme infantil, vale por trazer essa nova abordagem para a história.
O destaque fica por conta da direção de Oz Perkins, apesar de achar que ele se sente um pouco mais a vontade em The Blackcoat’s Daughter, o diretor consegue criar quadros muito bonitos (auxiliado por uma direção de fotografia e direção de arte impecáveis) e mais uma vez cria um filme com visuais bastante impressionantes, conseguindo criar uma atmosfera de um conto de fadas que mais parece ter saído de um pesadelo.
É o tipo de filme onde não existe muito meio termo, é muito fácil se apaixonar ou odiar por completo, apesar de não ser para todos é o tipo de filme que eu gostaria de ver acontecendo com mais frequência.
Amaldiçoados
2.3 337 Assista AgoraÉ bem claro que esse não é o filme que Craven e Williamson idealizaram, grande parte do filme parece ter sido montada sem muita lógica ou continuidade, o que acaba prejudicando bastante a história. É um filme com potencial, parece querer oferecer uma história clássica de lobisomens mas preenche algumas momentos com referências típicas dos roteiros de Williamson e consegue até criar uma atmosfera divertida em algumas sequências, equilibrando um humor mais pastelão e um terror adolescente da maneira que apenas os anos 2000 conseguiam.
Mas no geral se perde em diversos momentos e deixa apenas um gostinho do que poderia ter sido, é uma pena que o conceito original do lobisomen de Rick Baker tenha sido rejeitado e substituído por lobisomens de CG que envelheceram absurdamente mal, o que não ajuda o filme em nada.
Vale pela nostalgia e por ser do Craven, é uma pena que o Wes não tenha nos deixado um filme de lobisomem a sua altura.
Pig: A Vingança
3.5 305Acho que não é exagero nenhum dizer que Pig é um dos melhores e mais interessantes trabalhos da carreira de Cage, com uma fotografia impecável e com uma direção extremamente sensível e preocupada com os detalhes, o filme subverte qualquer expectativa que possamos criar sobre um filme de vingança pós-John Wick e nos coloca na mesma posição dos coadjuvantes do filme, apenas tendo o poder de observar e refletir sobre aquilo que está sendo visto.
É interessante como o texto de Michael Sarnoski toca de maneira bastante sútil sobre o verdadeiro valor das coisas. Em um mundo onde o lucro e a violência são respostas cotidianas, o personagem de Cage surge como um antagonista a essas forças, nunca partindo para a resposta óbvia mas sempre colocando em questão o porque esse tipo de resposta é esperada.
É o tipo de filme que vai ficar dias martelando na cabeça daqueles que realmente mergulharem na experiência e sem dúvidas já pode fazer parte da lista de melhores do ano.
Space Jam: Um Novo Legado
2.9 350 Assista AgoraBom, eu tenho quase certeza que esse filme é uma espécie de mensagem secreta. Eu acredito que a Warner realmente tenha tentando desenvolver um algoritmo para ajudá-los de alguma maneira a criar um universo expandido, como a Disney criou. Claramente a situação saiu de controle e o algoritmo ameaçou toda a vida do planeta terra, a única maneira de parar essa destruição seria fazendo e lançando Space Jam: A New Legacy, é bem claro no decorrer de todo o filme que os atores estão sendo mantidos reféns e que o roteiro foi escrito por uma máquina que queria proporcionar 2 horas de tortura para qualquer pessoa que se proponha a assistir esse filme.
Se serve de conforto, os Looney Tunes estão bem e eu espero que eles se mantenham o mais longe possível de qualquer jogador de basquete.
Rua do Medo: 1666 - Parte 3
3.5 513 Assista AgoraEmbora a segunda parte seja minha favorita, acho que é impossível analisar Rua do Medo como filmes individuais, quando na verdade a trilogia soa mais como uma série divida em episódio de 2 horas cada, com todas as partes estabelecendo boas conversas entre elas.
Acho que a parte final é bastante interessante, embora algumas escolhas de roteiro soem quase como um Deus Ex Machina eu acho que dentro da proposta da trilogia desde o início elas funcionam muito bem. Acho que a ambientação em 1666 é muito bem feita e os diversos temas levantados por ela também conversam muito bem com o público atual, a fotografia de neon quando voltamos para 1994 também é muito bem feita e trás um confronto que diverte e surpreende em diversos momentos.
Leigh Janiak soube adaptar muito bem a obra de R.L Stine em 2021, e eu acho que é exatamente esse tipo de filme que o terror precisa dentro das plataformas de streaming, serve como um introdução ao horror para novas gerações e uma diversão incrível para aqueles que gostam do gênero e sabem não levá-lo tão a sério o tempo todo. Soube quebrar com diversos estereótipos dentro do gênero de slasher que já não cabem mais serem reforçados em 2021 e estabeleceu uma linha de diálogo bastante interessante com temáticas atuais (Mesmo que o momento mais recente da trilogia se passe em 1994).
No geral, é um filme divertido assim como toda a trilogia, reconhece seu público e seu espaço e tenta surpreender mesmo os mais céticos em relação a produções atuais, me lembrou o porque eu comecei a gostar de terror.
Sinfonia da Necrópole
3.5 109"Dói porque a gente tá vivo".
É impossível descrever a morte, existe um misto de sentimentos mais diversos relacionados ao ato de morrer ou perder alguém. É possível rir, chorar, ter medo, se assustar com ela e antes de enfrentá-la só podemos fazer uma coisa: Viver.
Sinfonia da Necrópole é sem dúvidas uma das melhores experiências que o cinema nacional pode proporcionar, é difícil encontrar um filme que consiga de maneira tão leve e tão equilibrada navegar entre os mais diversos gêneros do cinema e ainda assim, amarrar todas essas pontas com uma história e um sentimento praticamente universal.
Tudo funciona aqui, e a direção e o texto de Juliana Rojas são carregados de uma sensibilidade incrível, mas deixa claro que a morte também não precisa estar sempre carregada de dor e tristeza. Morrer pode ser feliz, triste, engraçado e principalmente caro, escancara nas entrelinhas que até pra se morrer dentro de uma cidade como São Paulo tem que ter dinheiro, mas mostra que existe muito mais na vida do que apenas o ato de aguardar a morte.
Vida longa ao cinema nacional.
Um Clássico Filme de Terror
2.7 423Se tem uma coisa que Italianos sabem fazer, são filmes de terror. Com um legado quase impecável para se aproveitar e se inspirar, o cinema Italiano de horror é um prato cheio para se olhar e homenagear.
Mas A Classic Horror Story faz exatamente o contrário, partindo de uma metalinguagem bem fraca (Nem todo mundo é Craven e Williamson) o filme tenta construir sua história a partir dos mais diversos clichês e homenagens possíveis a clássicos do gênero, mas não consegue criar sua própria originalidade dentro disso.
Não acho que exista nenhum problema em homenagear filmes, o cinema se auto referência praticamente o tempo todo, o problema aqui é que o filme não passa de uma grande referência, algo para que fãs olhem e falem "Ah, eu sei de onde isso veio" mas não existe uma história que você se importa ou queria realmente acompanhar, você sabe pra onde ela está indo o tempo todo e sabe como tudo vai terminar.
O final tenta soar como uma rasteira no espectador, como se ele estivesse também fazendo parte de uma experiência e agora foi completamente surpreendido, mas eu acho um pouco difícil que as pessoas caiam nessa.
No geral, é bem dirigido, tem uma fotografia bastante interessante e algumas sequências legais, mas como história não trás absolutamente nada e como metalinguagem simplesmente não funciona.
The Editor de 2014 segue sendo uma homenagem muito mais interessante e válida ao cinema de terror italiano.
Madman
2.8 29Madman é um slasher divertido na medida certa, que sabe criar bem suas cenas de tensão e entrega algumas mortes divertidas e recheadas de gore e decapitações.
Acho que a mitologia em volta do assassino é bem apresentada, apesar de ser bastante simples, o filme não vai muito além do que se espera de um slasher e um summer camp horror, mas ainda assim consegue se prender bem a proposta e divertir aqueles que se interessam pelo gênero.
13 Fantasmas
2.9 658 Assista AgoraOs anos 2000 não são particularmente lembrados por suas grandes produções de horror. Apesar de grandes nomes se destacarem na década, o período é muitas vezes lembrado por inúmeras produções de qualidade duvidosa, que 20 anos depois conseguem divertir e até trazer uma certa nostalgia.
13 Fantasmas é uma delas, são poucas coisas que convencem ou funcionam nesse filme. Atuações fracas, personagens insuportáveis, um roteiro que não se preocupa com quase nada, mas ainda assim consegue trazer exatamente o espírito das produções da época e diverte qualquer um que não queria levar o filme tão a sério.
O design dos fantasmas é legal e tem algumas mortes memoráveis, única cereja que faltou no bolo para ganhar o carimbo oficial de terror anos 2000 foi uma trilha recheada de Nu Metal, fica pra próxima.
Rua do Medo: 1978 - Parte 2
3.5 549 Assista AgoraBom, acho que apenas três palavras são necessárias para descrever esse filme: Summer Camp Horror. Desde que Pamela Voorhees resolveu se vingar de adolescentes, os acampamentos de verão Norte-Americanos nunca mais foram os mesmos e os fãs de horror ganharam inúmeros filmes que exploram o mesmo ambiente, mas de maneiras extremamente divertidas.
Como slasher funciona melhor do que o primeiro, ainda acho que a mitologia da série é um pouco mal trabalhada e forçada demais, a montagem do filme segue tentado entregar o máximo de conteúdo no menor tempo possível, o que acaba por impedir que algumas coisas tenham um respiro um pouco maior e tenham o tempo necessário para se entender.
Mas continua sendo um filme extremamente divertido, talvez por focar um pouco menos em homenagens pontuais e assumir que o filme todo é uma grande homenagem a um subgênero específico do terror, a segunda parte de rua do medo consegue despertar o sentimento de nostalgia nos fãs do gênero ao mesmo tempo que serve como uma excelente introdução para toda uma nova geração que vai ter esses filmes como um porta de entrada para o horror.
Assim como a série de televisão Goosebumps conseguiu atrair pessoas para o horror durante a década de 90, Fear Street cumpre exatamente o mesmo papel e mostra de maneira bastante inteligente como o streaming possibilita novos formatos e novos meios para que esse tipo de história seja contada.
A Maldição de Samantha
3.0 172Tem bons momentos, mas está longe de explorar o potencial que todos sabemos que Craven tem. O filme tem algumas claras falhas de roteiro e acaba por não conseguir criar situações plausíveis para seus personagens, fazendo com que em todo momento as escolhas de roteiro sejam questionadas e criando situações muito mais constrangedoras do que divertidas ou assustadoras.
Mesmo quando Craven tenta trabalhar a ideia de pesadelos nesse filme ele acaba deixando por desejar, e fazendo com que tudo acabe soando como uma tentativa de inserir uma referência que não deveria estar lá.
Não acho que chega a ser um filme horrível, mas ele parece ser preguiçoso em algumas partes, talvez hoje funcione um pouco melhor pela nostalgia que carrega pela época que foi feito do que como um bom filme de terror.
Ainda assim, a morte com a bola de basquete é extremamente memorável.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraPode não ser o melhor filme do mundo, mas também não é o desastre completo que muita gente tem pintado, afinal de contas é só um live-action da Disney.
Eu acho que ele funciona tanto quanto certos live-action da Disney dos anos 90, no mundo pós-Marvel existe uma sede do público para que tudo seja completamente grandioso e épico, quando a narrativa aqui nem se quer pede isso. Levando em consideração que o público alvo continua sendo composto em sua grande maioria por crianças, apresenta a Cruella para uma nova geração tão bem quanto o filme de 96 e diverte aqueles que entendem que isso não passa de um filme da Disney.
Emma Stone está bem no papel, a direção de arte do filme é muito bem colocada e consegue criar um ambientação que funciona na maior parte do tempo, poderia ser um pouco mais curto e esticar um pouco menos situações que não acrescentam nada na trama, mas no final funciona da maneira que se propôs desde seu início.
A Maldição de Frankenstein
3.7 37Provavelmente o meu filme favorito da adaptação da história de Mary Shelley, The Curse of Frankenstein carrega mais uma vez um direção impecável de Terence Fisher, com uma fotografia incrível e um design de produção que apenas ajuda em criar uma atmosfera perfeita para o tipo de história que está sendo contada.
O elenco é pequeno, mas ainda assim é muito forte e Peter Cushing está aqui em um de seus melhores papéis. O filme retrata bem como Frankenstein é na verdade a história de Victor Frankenstein e coloca a criatura apenas como o ápice da loucura do Doutor, vale destacar também como é incrível ver Christopher Lee no papel da criatura.
Elementos góticos, atuações excelentes e a dose certa de suspense fazem de The Curse of Frankenstein um dos filmes de terror mais interessantes e memoráveis dos anos 50.
Luca
4.1 769É interessante ver a Pixar apostar em histórias menos ambiciosas e colocar em primeiro lugar o seu público mais importante, as crianças.
Luca é um filme feito para encher os olhos de crianças e fazer com que elas mergulhem em uma história cheia de cores e personagens extremamente divertidos e cativantes, e isso a Pixar sabe fazer como ninguém.
Talvez não seja tão ambicioso quanto Divertidamente ou tão complexo quanto Soul, mas é ótimo ver que o estúdio ainda consegue apostar em histórias um pouco mais simples, em filmes mais curtos e com um visual cada vez mais impressionante. Pode não ser o filme mais incrível da Pixar para aqueles que já assistiram todo o catálogo do estúdio, mas sem dúvidas vai cumprir o seu papel como um grande filme para uma nova geração que está descobrindo a magia da Pixar agora.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista AgoraUm Lugar Silencioso Parte II entrega tudo aquilo que o filme promete e funciona muito bem como uma sequência, conseguindo expandir a mitologia criada no primeiro filme e trabalhar melhor alguns elementos.
Ainda que não seja superior ao primeiro, acho que esse filme consegue manter o mesmo nível e entregar exatamente a tensão que o seu antecessor entregou, a direção de Krasinski aqui funciona muito bem também e todo o mundo pós-apocalíptico criado nesse universo consegue funcionar apenas como uma obra de ficção, sem precisar se apoiar como uma metáfora para algo mais profundo, entregando no final um bom entretenimento que consegue misturar bem os gêneros de suspense e apocalipse.
Talvez tenha achado o final um pouco corrido demais e não tenha me agradado tanto assim, mas ainda assim não tira nada do filme e deixa claramente aberto para uma continuação (que já havia sido divulgada antes mesmo do lançamento desse filme), talvez por isso esse filme possa funcionar melhor em um futuro onde ele será um capítulo intermediário entre o começo e o final de uma história.
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraSempre tive um carinho muito grande por Goosebumps e quase tudo que R.L Stine escreveu, e a primeira parte de Rua do Medo conseguiu transmitir exatamente o tipo de atmosfera que eu esperava que fosse criada. Qualquer pessoa que seja fã de terror infanto-juvenil e slashers dos anos 90 vão se ver sorrindo várias vezes durante o filme e se divertindo muito mais do que esperavam.
Eu realmente não achava que o filme iria apostar tanto no gore, mas ele sabe exatamente onde colocar e quando colocar suas mortes e consegue servir muito bem como um slasher interessante, e fazer isso em pleno 2021 não é uma tarefa fácil. Tem bons personagens, momentos divertidos, uma história digna das melhores produções de terror para a TV dos anos 90 e conseguiu me deixar na expectativa pelos próximos filmes.
Talvez ele não faça pelos slashers o que Pânico fez em 96, mas é realmente incrível ver o gênero respirando e sabendo se reinventar depois de tantos anos, conversando com novas gerações mesmo ao ambientar o filme em 1994. A direção funciona muito bem e as referências e homenagens a outros clássicos do gênero apenas colocam a cereja definitiva nesse bolo, não pode existir escolha melhor para uma sexta-feira a noite.
Não se Deve Profanar o Sono dos Mortos
3.6 49Eu realmente acho que The Living Dead at Manchester Morgue é um dos grandes clássicos de zumbi e talvez um dos meu favoritos do anos 70 ( Só não é primeiro porque Messiah of Evil existe), mas sem dúvidas esse filme merece todo reconhecimento que tem dentro do gênero.
Eu gosto de como as coisas vão acontecendo em um ritmo mais lento, como os zumbis são usados como um crítica social bastante clara, do conflito de geração, do gore e de como todo esse filme é uma aula de como honrar o que George A. Romero criou anos antes.
Em um mundo onde filmes de zumbis se tornaram sinônimo de ação e grandes explosões, The Living Dead at Manchester Morgue serve para nos lembrar o porque amamos esse gênero e como ele pode ser sempre um passeio divertido, cheio de tripas e também ser acompanhado de um texto excelente que não deixa nada a desejar.