Honestamente, só assisti pra poder falar mal com a minha amiga. Queria MUITO gostar desse filme, por gostar tanto do livro, mas é uma bomba. Melhor passar reto.
Primeiro: É triste tudo o que o fantasma passou, a rejeição e a humilhação. Mas o que ele fez pela Christine não é amor. É MUITO problemática a obsessão dele, que leva ele a matar e sequestrar. Então quando eu vi a premissa da história já me incomodou muito, mas assisti para tirar minhas próprias conclusões. Esperava que o Raoul tivesse se tornado essa pessoa desprezível que ele é? não. Me dava desgosto ver ele tratando todo mundo, inclusive o filho, muito mal. E não creio que respeita a estética anterior, mesmo que é claro que as pessoas podem mudar - mas esse é um aspecto que nunca vai ser abordado. Nem pro Raoul, nem pra ninguém. As pessoas simplesmente mudam radicalmente (majoritariamente pra pior) e é só isso: enjoy the show. Segundo: A estética é algo totalmente diferente do que a gente está acostumado do Fantasma, e é incrível: aliás, minha nota é mais por isso - e pelo Gustav, um amor de personagem. Na primeira música do circo eu não tinha muito certeza do que eu me sentia a respeito, mas a medida que o espetáculo avança, eu fico cada vez mais interessada. SÓ que ainda acho que falta um pouco de conexão com a história do primeiro musical em si. Parece que foi bolado uma história em volta dessa estética e pensaram: será que essa não pode ser uma continuação do Fantasma? e cá estamos. Não se encaixou, sabe? Terceiro: Madame Giry e Meg: que? Super coerente (sem ironias) elas terem ajudado o Fantasma a fugir, mas elas se tornaram pessoas completamente diferentes. A música da Madame Giry reclamando que tudo o que elas construíram vai para esse bastardo, elas vão perder tudo... Você ajudou o fantasma por que razão? Interesse? Claro que ele sempre teve essa obsessão doentia pela Christine, e um filho pode muito bem agravar isso, mas a música toda é muito mais "o que vai ser do meu dinheiro" do que "meu deus meu querido vai entrar num mar de sofrimento de novo". Ruim. Depois a Meg do nada também obcecada pelo fantasma do mesmo jeito que ele era/é pela Christine e dá pra ver pelo final do primeiro que ela tem um interesse nele, nesse mistério, pelo jeito que ela pega a máscara, mesmo com tudo o que ele fez, mas mesmo assim. É doentio também. Ainda mais pelo final com tudo o que ela faz. Por fim: Que raios de noite de amor é essa que Christine e fantasma tiveram? Cronologicamente isso não fica claro pra mim, já que a Christine sempre teve admiração por tudo o que o fantasma simbolizava pra ela, inclusive um meio de conexão com o próprio falecido pai, mas quando ele começou a revelar sua face mais doentia, tudo o que ela relatava era medo. Ela beija sim o fantasma no final do primeiro musical, mas acredito que foi muito mais por pena do que por amor. Até porque ele tinha acabado de quase enforcar o noivo dela, né. Então quando que ele aparece depois dela ter fugido e dorme uma noite com ela e some de novo? Ele não tinha fugido com a Madame Giry e Meg? Então como ele conseguiu também encontrar com Christine? Não dá. Cronologicamente não bate.
E questão bônus: como Gustav encontrou o Raoul depois do tiro da Christine se Raoul tinha fugido de carruagem?
Devo dizer que ME RECUSO a comentar aquele final. As cenas depois que todo mundo encontra Meg com o Gustav é um surto coletivo absurdo. Não entendo. Ruim. Muito ruim. Péssimo.
Depois de todas as considerações: tem músicas incríveis, e por isso digo amém.
Af, eu amei esse filme. Andréa Beltrão está impecável, tinha horas que eu olhava e falava "meu deus, é a Hebe inteira". Pra mim, ela está tão boa que todos os outros - Dercy, Silvio Santos, Roberto Carlos, etc - ficam bem mais ou menos. Gostei também do recorte que eles fizeram do período a ser mostrado, acho que foge um pouco do comum: ou o início de carreira e ascensão ou os anos finais e morte. Pra mim, destaque também pras cenas e a forma com que elas eram montadas.
os jovens que passam a ignorar e desprezar ela, o trauma do passado e a filha "doente"
e na dúvida do que usar, colocaram tudo. Fica ruim, umas cenas mal feitas, umas coisas que acontecem e eles ignoram depois porque é mais conveniente ... Queria muito que fosse bom, tinha potencial de ser, mas passa longe.
Me deixou completamente sem palavras e com sentimentos que não consigo descrever, talvez nem mesmo entender. Terminei de assistir arrepiadíssima e com lágrimas nos olhos. Que filme!
Eu tinha CERTEZA que vi um trailer onde a personagem da marjorie virava e falava: se acontecer qualquer coisa, você promete que vai me matar? e eu não vi isso no filme. eu to doida? aconteceu mesmo? KKKKK
enfim, sobre o filme: começa bem, uma premissa que foge um pouco do padrão, que começa a explorar umas questões importantes mas que parece que desanda.
eu fiquei achando tudo um grande pastelão, umas coisas sem pé nem cabeça, umas coisas difíceis de acreditar e umas atuações sofridas. Pra mim, o filme tinha potencial mas ali no meio se perdeu e eu me decepcionei muito.
Tentei, mas não consegui. Sinto que perdi metade do filme, realmente não conseguia focar nos diálogos, muito arrastados, só me deram sono. Vim ler os comentários e há muitas reflexões interessantes que não consegui pegar, infelizmente. Talvez seja questão de ver de novo, em outro momento, mas realmente não me sinto disposta a fazer isso. No mais, a atuação de Hawke realmente está muito boa.
Gostaria de não ter visto o trailer - entrega quase que totalmente a trama do filme. De um modo geral o filme é previsível, mas ele ainda me fez sentir tantas coisas diferentes, não só durante, mas depois também. Saí da sala pensando e pensando...
Ela, por uma série de fatores, foi convencida que ela nunca iria se sobressair naquilo que ela fazia: escrever. E todo esse pensamento, que sim, é a realidade social, foi se enraizando cada vez mais e ela não era mais ela: vivia na sombra do marido pra o fazer brilhar. E isso se torna algo extremamente natural naquele núcleo. Ela tem a quebra a medida que o escritor expõe tudo aquilo que viveu escondido durante anos, mas creio que ela não mente quando diz que não há ressentimentos ali: o que, pra mim, torna tudo mais doloroso. O machismo do marido também é tão forte que ele não pensa que está errado: e isso vai além do que ele ser só um babaca - pra mim, não é essa a questão: tudo se acomodou tão bem do jeito que tava, ele não tendo seu talento questionado por ninguém, ele se sobressaindo em tudo que publicava, que pra ele, realmente era ELE quem fazia tudo isso. A mulher apenas era um acessório nisso tudo, quem o auxiliava nesse caminho.
Quando ele morre, meu primeiro sentimento foi de raiva: não adianta tudo o que já fez, quando ela, finalmente, resolve fazer algo por ela, ele, mais uma vez, se torna o centro de tudo. E ela o ama, ela não quer perdê-lo.
Pra mim, o final do filme fecha com chave de ouro toda a história. Ela, mesmo depois de sua morte, continue fiel a ele e a sua imagem: o escritor não tem permissão nenhuma para colocar uma história que tire o brilho dele e tudo o que foi construído durante tanto tempo. Mas nela ainda há algo aceso. Ela contará a verdade aos filhos e se permitirá escrever. E essa é a maior e mais poderosa mudança que uma mulher, que passou tanto tempo à sombra de um homem, pode fazer: se permitir viver e ser ela mesma.
É muito difícil colocar tudo aqui escrito, mas, de uma maneira geral, esses foram os pontos que mais me despertaram reflexão.. Pra mim o filme é muito bom porque muito dele levei depois de sair da sala de cinema, mesmo com toda a questão de ser previsível.
Meu Deus, que surpresa boa esse filme. É aquele tipo de coisa pra assistir e dar um quentinho no coração. As músicas são uma delícia de se ouvir - eu não imaginava que ia ser no formato musical, mas que bom que foi. Não tem muito o que dizer não: bonitinho, gostosinho, amorzinho. <3
Me surpreendi com a quantidade de reações negativas que tive ao longo do filme. Achei que era só pelos comentários claramente preconceituosos e etc. Mas na verdade, esse final pra mim foi problemático. Concordo: todo mundo pode evoluir e aprender com os erros e essas pessoas merecem, sim, o perdão. Ninguém tá isento de reproduzir conceitos que estão enraizados na nossa sociedade e dentro disso, há aqueles que reproduzem sem entender o peso que isso traz e estes eventualmente podem entrar em discussões que os façam abrir os olhos. Tá. O professor fez comentários extremamente racistas e nem com todas as vaias e reclamações ele pensou na problemática. Foi "obrigado" a treinar a Neila como meio de se redimir e estranhei ela ter aceitado, não combina com a personalidade forte que ela mostra desde o começo do filme. Podemos pensar que de certa forma ela aproveitou a oportunidade para conseguir algo que era bom pra ela dentro da carreira que ela escolheu, mas que peso estar ali com alguém como o professor traz pra alguém que sofreu a violência que ela sofreu? É complicado. Ao longo do filme a relação deles evolui, eles passam muito tempo juntos e a impressão é que ele realmente nutre um carinho por ela e quer seu sucesso.
Até que na festa para a final o outro menino diz que ela está sendo usada e ela percebe que, na verdade, ele só se aproximou dela para poder melhorar a reputação (?)frente ao conselho de ética que iria julgar o caso dele (?). O diálogo onde o namorado de Neila diz que ela tem muita força é impactante, mas termina com ela indo defender o professor. Ela pode ter dito muitas coisas nesse discurso, mas no final a ideia é de que ele teve uma situação desprezível mas ele é um professor tão incrível que ele não merece ser condenado e afastado da instituição, porque todos deveriam ter um professor que nem ele. Mas não, não deveriam. Pra mim, não interessa a qualidade do ensino dele, nada justifica o fato dele ser extremamente desprezível e preconceituoso. E sim, ele deve responder por isso. Ninguém tem que ter um professor que humilha e destrata toda uma cultura e faz isso atacando alunos específicos -aqueles que as representam. Isso não é ser rígidez, isso não é método. É preconceito. Ele podia responder por isso de diversas formas sem necessariamente envolver o afastamento e penso que dependendo de como ele admite o erro e quer se redimir dele, são válidas. Não foi o caso. Ele continuou isento de suas ações e não mudou em nada seu comportamento. E além disso, o fato da Neila ter alisado o cabelo quando se torna uma grande advogada é sim violento com as suas origens.
Por isso, pra mim ficou o questionamento de: qual é a mensagem que esse filme quer passar? Não acho que cria uma boa reflexão a respeito do preconceito. As respostas pra isso são vagas e talvez passem a ideia de que não é tão grande coisa. E não deveria ser assim.
Por fim, queria dizer que as cenas da relação de Neila com o Mounir são um destaque positivo na história. Leve, mesmo com o peso de seus diálogos e ações, e verdadeiro.
acabou desse jeito. Se apaixonar? Ok. Mas a maneira como ela largou tudo pra ir pra lá e ainda mais transferir toda a herança dela fácil assim. Pra que? E outra: ela sabia que tava sendo envenenada e comeu o mingau mesmo assim. Sério mesmo?
Por fim, vi 0 necessidade do cara realmente ter se apaixonado por ela no final, fiquei com a impressão que ela precisava dele pra ser salva. Me decepcionei muito com o desenrolar da história. Acabou sendo mais do mesmo.
Amor & Gelato
2.3 73 Assista AgoraHonestamente, só assisti pra poder falar mal com a minha amiga. Queria MUITO gostar desse filme, por gostar tanto do livro, mas é uma bomba. Melhor passar reto.
Os Últimos 5 Anos
3.2 98achei essa nota muito baixa pro filme sim
Love Never Dies
3.6 41 Assista AgoraTextão cheio de spoilers pela frente comentando minha percepção do musical:
Primeiro: É triste tudo o que o fantasma passou, a rejeição e a humilhação. Mas o que ele fez pela Christine não é amor. É MUITO problemática a obsessão dele, que leva ele a matar e sequestrar. Então quando eu vi a premissa da história já me incomodou muito, mas assisti para tirar minhas próprias conclusões.
Esperava que o Raoul tivesse se tornado essa pessoa desprezível que ele é? não. Me dava desgosto ver ele tratando todo mundo, inclusive o filho, muito mal. E não creio que respeita a estética anterior, mesmo que é claro que as pessoas podem mudar - mas esse é um aspecto que nunca vai ser abordado. Nem pro Raoul, nem pra ninguém. As pessoas simplesmente mudam radicalmente (majoritariamente pra pior) e é só isso: enjoy the show.
Segundo: A estética é algo totalmente diferente do que a gente está acostumado do Fantasma, e é incrível: aliás, minha nota é mais por isso - e pelo Gustav, um amor de personagem. Na primeira música do circo eu não tinha muito certeza do que eu me sentia a respeito, mas a medida que o espetáculo avança, eu fico cada vez mais interessada.
SÓ que ainda acho que falta um pouco de conexão com a história do primeiro musical em si. Parece que foi bolado uma história em volta dessa estética e pensaram: será que essa não pode ser uma continuação do Fantasma? e cá estamos. Não se encaixou, sabe?
Terceiro: Madame Giry e Meg: que? Super coerente (sem ironias) elas terem ajudado o Fantasma a fugir, mas elas se tornaram pessoas completamente diferentes. A música da Madame Giry reclamando que tudo o que elas construíram vai para esse bastardo, elas vão perder tudo... Você ajudou o fantasma por que razão? Interesse? Claro que ele sempre teve essa obsessão doentia pela Christine, e um filho pode muito bem agravar isso, mas a música toda é muito mais "o que vai ser do meu dinheiro" do que "meu deus meu querido vai entrar num mar de sofrimento de novo". Ruim. Depois a Meg do nada também obcecada pelo fantasma do mesmo jeito que ele era/é pela Christine e dá pra ver pelo final do primeiro que ela tem um interesse nele, nesse mistério, pelo jeito que ela pega a máscara, mesmo com tudo o que ele fez, mas mesmo assim. É doentio também. Ainda mais pelo final com tudo o que ela faz.
Por fim: Que raios de noite de amor é essa que Christine e fantasma tiveram? Cronologicamente isso não fica claro pra mim, já que a Christine sempre teve admiração por tudo o que o fantasma simbolizava pra ela, inclusive um meio de conexão com o próprio falecido pai, mas quando ele começou a revelar sua face mais doentia, tudo o que ela relatava era medo. Ela beija sim o fantasma no final do primeiro musical, mas acredito que foi muito mais por pena do que por amor. Até porque ele tinha acabado de quase enforcar o noivo dela, né. Então quando que ele aparece depois dela ter fugido e dorme uma noite com ela e some de novo? Ele não tinha fugido com a Madame Giry e Meg? Então como ele conseguiu também encontrar com Christine? Não dá. Cronologicamente não bate.
E questão bônus: como Gustav encontrou o Raoul depois do tiro da Christine se Raoul tinha fugido de carruagem?
Devo dizer que ME RECUSO a comentar aquele final. As cenas depois que todo mundo encontra Meg com o Gustav é um surto coletivo absurdo. Não entendo. Ruim. Muito ruim. Péssimo.
Depois de todas as considerações: tem músicas incríveis, e por isso digo amém.
Viver Duas Vezes
3.9 192 Assista AgoraO começo não me agradou muito não, mas esse final: meu deus, acabou comigo!! É lindo.
Klaus
4.3 610 Assista Agoraque precioso ❤
O Príncipe do Natal: O Bebê Real
2.8 58 Assista Agoraaf q fofura ❤
Era uma vez um Casamento
2.2 89Gosto de filme bobinho mas, puts... que horror.
Hebe: A Estrela do Brasil
3.4 182Af, eu amei esse filme. Andréa Beltrão está impecável, tinha horas que eu olhava e falava "meu deus, é a Hebe inteira". Pra mim, ela está tão boa que todos os outros - Dercy, Silvio Santos, Roberto Carlos, etc - ficam bem mais ou menos.
Gostei também do recorte que eles fizeram do período a ser mostrado, acho que foge um pouco do comum: ou o início de carreira e ascensão ou os anos finais e morte.
Pra mim, destaque também pras cenas e a forma com que elas eram montadas.
Ah, só elogios pra esse filme, sinceramente.
Hairspray Live!
3.3 22 Assista AgoraAs músicas são legais, mas só isso também. Nada me convenceu muito, muita coisa n combina.
Ma
2.6 633 Assista Agoraputs
podia ser bom, mas parece que tiveram 3 ideias diferentes do enredo do filme:
os jovens que passam a ignorar e desprezar ela, o trauma do passado e a filha "doente"
Queria muito que fosse bom, tinha potencial de ser, mas passa longe.
The Perfection
3.3 720 Assista Agoratem umas cenas muito bonitas e a história é bacana, mas parece que toda vez
antes dos plot twist eles colocam uma cena pastelão tosqueira
tirando isso, achei bem legal.
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraMe deixou completamente sem palavras e com sentimentos que não consigo descrever, talvez nem mesmo entender. Terminei de assistir arrepiadíssima e com lágrimas nos olhos. Que filme!
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista AgoraEu tinha CERTEZA que vi um trailer onde a personagem da marjorie virava e falava: se acontecer qualquer coisa, você promete que vai me matar?
e eu não vi isso no filme. eu to doida? aconteceu mesmo? KKKKK
enfim, sobre o filme: começa bem, uma premissa que foge um pouco do padrão, que começa a explorar umas questões importantes mas que parece que desanda.
depois que o menino nasce
Pra mim, o filme tinha potencial mas ali no meio se perdeu e eu me decepcionei muito.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraTentei, mas não consegui. Sinto que perdi metade do filme, realmente não conseguia focar nos diálogos, muito arrastados, só me deram sono. Vim ler os comentários e há muitas reflexões interessantes que não consegui pegar, infelizmente. Talvez seja questão de ver de novo, em outro momento, mas realmente não me sinto disposta a fazer isso.
No mais, a atuação de Hawke realmente está muito boa.
A Esposa
3.8 557 Assista AgoraGostaria de não ter visto o trailer - entrega quase que totalmente a trama do filme.
De um modo geral o filme é previsível, mas ele ainda me fez sentir tantas coisas diferentes, não só durante, mas depois também. Saí da sala pensando e pensando...
Ela, por uma série de fatores, foi convencida que ela nunca iria se sobressair naquilo que ela fazia: escrever. E todo esse pensamento, que sim, é a realidade social, foi se enraizando cada vez mais e ela não era mais ela: vivia na sombra do marido pra o fazer brilhar. E isso se torna algo extremamente natural naquele núcleo. Ela tem a quebra a medida que o escritor expõe tudo aquilo que viveu escondido durante anos, mas creio que ela não mente quando diz que não há ressentimentos ali: o que, pra mim, torna tudo mais doloroso. O machismo do marido também é tão forte que ele não pensa que está errado: e isso vai além do que ele ser só um babaca - pra mim, não é essa a questão: tudo se acomodou tão bem do jeito que tava, ele não tendo seu talento questionado por ninguém, ele se sobressaindo em tudo que publicava, que pra ele, realmente era ELE quem fazia tudo isso. A mulher apenas era um acessório nisso tudo, quem o auxiliava nesse caminho.
Quando ele morre, meu primeiro sentimento foi de raiva: não adianta tudo o que já fez, quando ela, finalmente, resolve fazer algo por ela, ele, mais uma vez, se torna o centro de tudo. E ela o ama, ela não quer perdê-lo.
Pra mim, o final do filme fecha com chave de ouro toda a história. Ela, mesmo depois de sua morte, continue fiel a ele e a sua imagem: o escritor não tem permissão nenhuma para colocar uma história que tire o brilho dele e tudo o que foi construído durante tanto tempo. Mas nela ainda há algo aceso. Ela contará a verdade aos filhos e se permitirá escrever. E essa é a maior e mais poderosa mudança que uma mulher, que passou tanto tempo à sombra de um homem, pode fazer: se permitir viver e ser ela mesma.
É muito difícil colocar tudo aqui escrito, mas, de uma maneira geral, esses foram os pontos que mais me despertaram reflexão.. Pra mim o filme é muito bom porque muito dele levei depois de sair da sala de cinema, mesmo com toda a questão de ser previsível.
Dumplin'
3.5 421 Assista Agoraeu precisava tanto desse filme e não sabia... que coisa linda <3
Ana e Vitória
3.2 357Meu Deus, que surpresa boa esse filme. É aquele tipo de coisa pra assistir e dar um quentinho no coração. As músicas são uma delícia de se ouvir - eu não imaginava que ia ser no formato musical, mas que bom que foi. Não tem muito o que dizer não: bonitinho, gostosinho, amorzinho. <3
O Orgulho
3.4 43 Assista AgoraMe surpreendi com a quantidade de reações negativas que tive ao longo do filme. Achei que era só pelos comentários claramente preconceituosos e etc. Mas na verdade, esse final pra mim foi problemático.
Concordo: todo mundo pode evoluir e aprender com os erros e essas pessoas merecem, sim, o perdão. Ninguém tá isento de reproduzir conceitos que estão enraizados na nossa sociedade e dentro disso, há aqueles que reproduzem sem entender o peso que isso traz e estes eventualmente podem entrar em discussões que os façam abrir os olhos. Tá.
O professor fez comentários extremamente racistas e nem com todas as vaias e reclamações ele pensou na problemática. Foi "obrigado" a treinar a Neila como meio de se redimir e estranhei ela ter aceitado, não combina com a personalidade forte que ela mostra desde o começo do filme. Podemos pensar que de certa forma ela aproveitou a oportunidade para conseguir algo que era bom pra ela dentro da carreira que ela escolheu, mas que peso estar ali com alguém como o professor traz pra alguém que sofreu a violência que ela sofreu? É complicado.
Ao longo do filme a relação deles evolui, eles passam muito tempo juntos e a impressão é que ele realmente nutre um carinho por ela e quer seu sucesso.
Até que na festa para a final o outro menino diz que ela está sendo usada e ela percebe que, na verdade, ele só se aproximou dela para poder melhorar a reputação (?)frente ao conselho de ética que iria julgar o caso dele (?).
O diálogo onde o namorado de Neila diz que ela tem muita força é impactante, mas termina com ela indo defender o professor. Ela pode ter dito muitas coisas nesse discurso, mas no final a ideia é de que ele teve uma situação desprezível mas ele é um professor tão incrível que ele não merece ser condenado e afastado da instituição, porque todos deveriam ter um professor que nem ele.
Mas não, não deveriam. Pra mim, não interessa a qualidade do ensino dele, nada justifica o fato dele ser extremamente desprezível e preconceituoso. E sim, ele deve responder por isso. Ninguém tem que ter um professor que humilha e destrata toda uma cultura e faz isso atacando alunos específicos -aqueles que as representam. Isso não é ser rígidez, isso não é método. É preconceito. Ele podia responder por isso de diversas formas sem necessariamente envolver o afastamento e penso que dependendo de como ele admite o erro e quer se redimir dele, são válidas. Não foi o caso. Ele continuou isento de suas ações e não mudou em nada seu comportamento.
E além disso, o fato da Neila ter alisado o cabelo quando se torna uma grande advogada é sim violento com as suas origens.
Por isso, pra mim ficou o questionamento de: qual é a mensagem que esse filme quer passar? Não acho que cria uma boa reflexão a respeito do preconceito. As respostas pra isso são vagas e talvez passem a ideia de que não é tão grande coisa. E não deveria ser assim.
Por fim, queria dizer que as cenas da relação de Neila com o Mounir são um destaque positivo na história. Leve, mesmo com o peso de seus diálogos e ações, e verdadeiro.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraComeçou bom. Fotografia excelente. Da metade pro final só torcia pelo cachorro -
e ele nem sobreviveu.
Eu to desacreditada como Edith, tão poderosa,
acabou desse jeito. Se apaixonar? Ok. Mas a maneira como ela largou tudo pra ir pra lá e ainda mais transferir toda a herança dela fácil assim. Pra que? E outra: ela sabia que tava sendo envenenada e comeu o mingau mesmo assim. Sério mesmo?
Por fim, vi 0 necessidade do cara realmente ter se apaixonado por ela no final, fiquei com a impressão que ela precisava dele pra ser salva. Me decepcionei muito com o desenrolar da história. Acabou sendo mais do mesmo.