Geison

Acabei de sair da pré-estreia deste filme e estou um tanto quanto estupefato pelo que vi.
Fotografia perfeita, trabalho de arte impecável. Figurinos que cumpriam com perfeição o papel de realçar ou esconder o que se queria em cena e a atuação do Joaquim mais uma vez espetacular.
O filme nos manipula e direciona como fantoches primeiro nos apaixonando pelo pobre menino e depois nos chocando com o psicopata. A seção começou com a algazarra esperada dos adolescentes querendo ver mais uma historinha de herói e terminou com silêncio sepulcral, quebrado apenas por uma ou outra mãe tentando tampar a visão dos filhos pequenos. Alias essa bosta não é para criança cacete. Ignorando o viés ideológico da trama posso dizer que vi uma obra de arte.

Turma da Monica laços.
Vocês já foram, alguma vez, completamente arrebatados pela saudade de algo bom.
Logo após a morte de meus pais, eu, volta e meia, me pegava durante o sono em conversas animadíssimas com eles, as vezes preparando uma comida gostosa, as vezes fazendo planos para o futuro quando, do nada, me vinha a lembrança: eles estão mortos. Eu acordava já com lágrimas nos olhos, mas em paz. Sabia que estava tudo bem. Eles estão com Deus.
De menos importância, porém profundas e ricas, são as lembranças de infância. Eu devorava todo livro ou revista em quadrinhos que me cruzava o caminho, o que implica em dizer que cresci com as histórias da turma da Mônica nas mãos. As ruas do bairro do Limoeiro são mais reais que a rua da minha casa.
Cheguei no cinema para ver o filme que fizeram com atores, não mais em quadrinhos.
Fui completamente arrebatado. Que fofura de crianças, que historinha doce, inocente, infantil, terna. Estavam lá, vivos, diante dos meus olhos, os pestinhas do Cebolinha e do Cascão. A Mônica é tão fofa que dá raiva. Magali? Titi? Franjinha? Geremias? Sim, todos lá. Até os menos famosos me encantaram. O louco estava incrível, absolutamente encantador. O Floquinho dispensa comentários é cachorro, fofo e verde. Até a dona caveira apareceu.
Já sei que serei zoado, mas admito: chorei algumas vezes. Não pela história que é bem leve. Chorei de saudade, de ternura.
Só hoje percebi que a implicância entre Monica e Cebolinha é, na verdade, uma paixonite infantil. Me passou despercebido na infância. E sim, o Maurício de Souza faz uma aparição tipo Stan Lee.
Recomendo enfaticamente que você vá assistir.
Eu fui.

Uma piada de mal gosto. Uma bilionária que defende quem quebrou o país com ajuda da família dela.