A história é bem simples e o roteiro se arrasta por alguns momentos, principalmente no início com excessos de falas longas. Mas as atuações, alguns diálogos e a cena final são memoráveis.
O legal do filme é a capacidade que ele tem de pegar uma história meio clichê e dramática e fugir do melodrama o tempo inteiro. O Casey Affleck é tipo um anti-herói que desconstrói totalmente a imagem de um protagonista tradicional de um filme de drama. Mas a densidade que deram a história acabou tornando o filme um pouco chato e entediante, principalmente a partir da segunda hora.. Uma coisa que me chamou a atenção foram alguns erros de edição, e cenas curtas totalmente descartáveis, que deixa a sensação até de algo meio amador. É um bom filme, a inserção dos flashbacks foram bem trabalhadas, mas pelo que se vem comentando e pela indicação ao Oscar, esperava mais. Lembra muito Boyhood, que se sustenta em cima de uma proposta diferenciada, mas o enredo em si não tem nada de especial..
O legal do filme é a desconstrução de gênero que ele faz. O terror, por exemplo, precisa de uma produção com esse mesmo conceito, com mais densidade e detalhismo (se é que é possível) pra conseguir se reinventar e fugir dos clichês. Mas ao mesmo tempo que é ponto positivo do filme, essa complexidade torna-se algo negativo justamente por pesar a mão. Na reta final, se você se distrair um pouco, pode se perder inteiro e não compreender o desfecho. Mas é um excelente filme. Ótima direção, fotografia e atuação quase impecável da Amy Adams. E é importante que quem assistiu ou ainda vai assistir, saiba que não é simplesmente um filme sobre alienígenas, é uma reflexão sobre a humanidade.
O Cauã Reymond calou minha boca em Dois Irmãos. Sempre achei um ator limitado, inexpressivo, mas ele se jogou literalmente de cabeça na minissérie. Mas também foi dirigido pelo mestre em trabalhar com atores, que é o Luiz Fernando Carvalho. Foi o melhor trabalho da Juliana Paes até agora. A Bárbara Evans, por por outro lado, foi uma "figurante de luxo". A série perdeu um pouco fôlego a partir do quarto episódio, mas é muito boa.
A melhor definição que eu vi sobre The OA é que é uma série "bem louca". O melhor lado da série tá na fotografia contemplativa e na atmosfera que ela cria, além do carisma da Brit Marling. Os primeiros episódios são bem legais, instigantes, tensos. Mas cai muito no decorrer e só recupera o fôlego no final. A narrativa é muito lenta. Além da espiritualidade em conflito com a ciência, a série também tem um conceito moralista. Vi muita gente reclamando do fato de ter deixado questões sem respostas, mas se esquecem que é uma SÉRIE e não um filme. Ou seja, as respostas vão vir na próxima ou próximas temporadas. Se tudo fosse resolvido nessa primeira temporada, a segunda não teria muito propósito. Lost, por exemplo, carregou um monte de mistério por SEIS temporadas. É uma boa série, mas tem uma proposta bem restrita, então não vai conseguir agradar todo mundo.
A melhor definição pra esse filme é: tem um início estranho, fica realista no meio e termina emocionante. Beleza Americana é um bom exemplo de que filme não precisa incorporar o estilo enfadonho do cinema de arte pra fazer uma boa crítica social.
O filme traz uma boa reflexão. O problema é que foca demais nisso e esquece de oferecer um bom entretenimento, o que chega a torná-lo chato. Pra mim, o ideal é um longa que não alcance os extremos, nem possua tanto entretenimento e nem se preocupe apenas em abordar um tema. "Entre Nós" alcança esse extremo. Também faltou carisma aos personagens. A personagem da Carolina Dieckmann é o esteriótipo da "depressiva" (passa o filme inteiro isolada com cara de choro); o Caio Blat é o "dramático"; o Júlio Andrade é o "chato e inconveniente" (só dá bola fora) e o Paulo Vilhena é o "bobalhão". Talvez a única que se salve é a Maria Ribeiro. Enfim, cada um tem um conceito diferente sobre cinema. Pra mim, é entretenimento. É legal e importante um filme provocar uma reflexão e passar uma mensagem social, mas não dá pra focar somente nisso. De ponto positivo, a fotografia contemplativa e as belíssimas locações.
A censura que houve na época realmente atrapalha o filme. A relação física entre Humbert e Lolita é bem mais sugerida do que prática, e isso se torna uma coisa meio fria, tipo uma "amizade estranha" ou um amor platônico. Achei a versão de 97 melhor por não sofrer com esse tipo de censura e mostrar a relação entre os dois de uma maneira mais profunda.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraA história é bem simples e o roteiro se arrasta por alguns momentos, principalmente no início com excessos de falas longas. Mas as atuações, alguns diálogos e a cena final são memoráveis.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraO legal do filme é a capacidade que ele tem de pegar uma história meio clichê e dramática e fugir do melodrama o tempo inteiro. O Casey Affleck é tipo um anti-herói que desconstrói totalmente a imagem de um protagonista tradicional de um filme de drama. Mas a densidade que deram a história acabou tornando o filme um pouco chato e entediante, principalmente a partir da segunda hora.. Uma coisa que me chamou a atenção foram alguns erros de edição, e cenas curtas totalmente descartáveis, que deixa a sensação até de algo meio amador. É um bom filme, a inserção dos flashbacks foram bem trabalhadas, mas pelo que se vem comentando e pela indicação ao Oscar, esperava mais. Lembra muito Boyhood, que se sustenta em cima de uma proposta diferenciada, mas o enredo em si não tem nada de especial..
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraO legal do filme é a desconstrução de gênero que ele faz. O terror, por exemplo, precisa de uma produção com esse mesmo conceito, com mais densidade e detalhismo (se é que é possível) pra conseguir se reinventar e fugir dos clichês. Mas ao mesmo tempo que é ponto positivo do filme, essa complexidade torna-se algo negativo justamente por pesar a mão. Na reta final, se você se distrair um pouco, pode se perder inteiro e não compreender o desfecho. Mas é um excelente filme. Ótima direção, fotografia e atuação quase impecável da Amy Adams. E é importante que quem assistiu ou ainda vai assistir, saiba que não é simplesmente um filme sobre alienígenas, é uma reflexão sobre a humanidade.
Dois Irmãos
3.9 46O Cauã Reymond calou minha boca em Dois Irmãos. Sempre achei um ator limitado, inexpressivo, mas ele se jogou literalmente de cabeça na minissérie. Mas também foi dirigido pelo mestre em trabalhar com atores, que é o Luiz Fernando Carvalho. Foi o melhor trabalho da Juliana Paes até agora. A Bárbara Evans, por por outro lado, foi uma "figurante de luxo". A série perdeu um pouco fôlego a partir do quarto episódio, mas é muito boa.
The OA (Parte 1)
4.1 980 Assista AgoraA melhor definição que eu vi sobre The OA é que é uma série "bem louca". O melhor lado da série tá na fotografia contemplativa e na atmosfera que ela cria, além do carisma da Brit Marling. Os primeiros episódios são bem legais, instigantes, tensos. Mas cai muito no decorrer e só recupera o fôlego no final. A narrativa é muito lenta. Além da espiritualidade em conflito com a ciência, a série também tem um conceito moralista. Vi muita gente reclamando do fato de ter deixado questões sem respostas, mas se esquecem que é uma SÉRIE e não um filme. Ou seja, as respostas vão vir na próxima ou próximas temporadas. Se tudo fosse resolvido nessa primeira temporada, a segunda não teria muito propósito. Lost, por exemplo, carregou um monte de mistério por SEIS temporadas. É uma boa série, mas tem uma proposta bem restrita, então não vai conseguir agradar todo mundo.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraA melhor definição pra esse filme é: tem um início estranho, fica realista no meio e termina emocionante. Beleza Americana é um bom exemplo de que filme não precisa incorporar o estilo enfadonho do cinema de arte pra fazer uma boa crítica social.
Entre Nós
3.6 617 Assista AgoraO filme traz uma boa reflexão. O problema é que foca demais nisso e esquece de oferecer um bom entretenimento, o que chega a torná-lo chato. Pra mim, o ideal é um longa que não alcance os extremos, nem possua tanto entretenimento e nem se preocupe apenas em abordar um tema. "Entre Nós" alcança esse extremo. Também faltou carisma aos personagens. A personagem da Carolina Dieckmann é o esteriótipo da "depressiva" (passa o filme inteiro isolada com cara de choro); o Caio Blat é o "dramático"; o Júlio Andrade é o "chato e inconveniente" (só dá bola fora) e o Paulo Vilhena é o "bobalhão". Talvez a única que se salve é a Maria Ribeiro. Enfim, cada um tem um conceito diferente sobre cinema. Pra mim, é entretenimento. É legal e importante um filme provocar uma reflexão e passar uma mensagem social, mas não dá pra focar somente nisso. De ponto positivo, a fotografia contemplativa e as belíssimas locações.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraA censura que houve na época realmente atrapalha o filme. A relação física entre Humbert e Lolita é bem mais sugerida do que prática, e isso se torna uma coisa meio fria, tipo uma "amizade estranha" ou um amor platônico. Achei a versão de 97 melhor por não sofrer com esse tipo de censura e mostrar a relação entre os dois de uma maneira mais profunda.