Uma obra de Arte única e a animação mais linda que vi na vida, além da trilha sonora extremamente apaixonante!
Posso falar por horas sobre o quão especial é a arte em cada frame (alguns inclusive baseados em quadros reais), mas palavras não fariam jus a sublimidade e eteridade dessa obra!
"Mankind exists in order to create works of art. At least that's unselfish compared with all other human activities. Great illusions. Images of absolute truth."!
A beleza desse filme mora na sutileza das linhas de cada diálogo (além de cada frame em forma de uma sublime arte visual), como todo filme do Tarkovski!
Infelizmente cada vez menos pessoas veem o cinema como uma arte contemplativa e não conseguem digerir a meditação que é assistir um filme como esse.
Esse filme funciona perfeitamente como uma adaptação de Horror Lovecraftiano. Diferente de adaptações literais de contos do Lovecraft onde a ameaça é ilustrada (sendo esse o principal fator da mediocridade de tais adaptações), o filme opta sabiamente em não mostrar tal ameaça, já que o verdadeiro Horror mora no desconhecido, pois nós mesmos preenchemos as lacunas com o terror inerente de si. E tais "criaturas" (ou entidades melhor dizendo) são tão além da compreensão humana que o simples fato de ter o conhecimento da existência de tal ser leva o homem a loucura. E o filme trata de construir vagarosamente a insanidade dos personagens conforme o envolvimento com o Farol aumenta em meio ao isolamento, até o ponto sem volta. E é aí que mora o ponto central do filme: "A Dissolução da Mente Humana" e não um simples "monstro" qualquer (para o infeliz desagrado daqueles que apenas raspam a superfície do filme).
E o que seria tal ameaça, afinal? Bom, há interpretações abertas para a conclusão de cada um. Ao meu ver o mais óbvio seria o próprio farol a entidade em si (ou sua luz especificamente). Também pode-se considerar o isolamento dos personagens uma ameaça, a falta de interação humana, escassez de água e comida buscando consolo na bebida que anestesia-os e torna a existência suportável, o constante conflito entre eles, e o mistério sobre o que é e o que esconde O Farol. Ou (o que me agrada mais), a entidade não passa de uma mera projeção da loucura dos personagens. Em meio a situação o farol não passa de um farol, mas é projetado nele um ideal maior, uma espécie de Deus, cuja fé cega os devotos na esperança de salvação após a perda da humanidade (mentalmente falando).
Não nego que o filme tem um ritmo meio lento (por isso o desgosto de alguns expectadores), mas é necessário para moldar a tensão até o ápice final (a perda total da lucidez). A loucura não é repentina, ela vem aos poucos e te consome até o ponto nebuloso sem retorno. Porém para aqueles pacientes o suficiente e que se permitem adentrar ao universo do filme e a psique dos personagens com calma, é uma obra inegavelmente gratificante e única. (Fora a fotografia sublime do Jarin Blaschke!)
Mas essa é apenas minha opinião de merda apresentando alguns pontos, pois dá pra ir beem mais fundo na análise dessa obra. Porém o verdadeiro prazer do filme é tirar suas próprias conclusões e construir seu próprio significado de Horror!
A arte crua, violenta e disforme nas representações das figuras outro mundanas refletem a vida do pintor. E posteriormente serviram de inspiração para o design das criaturas de Silent Hill 2 em diante. Por isso tenho um carinho enorme em sua obra! (;
O primeiro é uma tentativa de adaptação artística do jogo pro cinema (que funciona até certo ponto). O segundo é a sequência que seu priminho com síndrome de down resolveu fazer.
Filme ruim baseado em um ótimo curta! A situação que se desenvolve é entediante e as atuações são bem qualquer coisa. O enredo é arrastado, cansativo, mal construído e os personagens não possuem carisma algum. Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé! Pagando de crítico pau no cu mesmo :)
O Melhor dos Piores Filmes, "For No Reason". Ótima trilha sonora e fotografia, chega a ser surpreendente. O filme quebra a quarta parede e utiliza de uma metalinguagem (auto)crítica muito boa, ao mesmo tempo que constrói uma situação maluca com diálogos imprevisíveis. Além disso há uma ótima atuação do Pneu (melhor que muitos atores atualmente). Um verdadeiro cult surreal do cinema trash!
Difícil expressar em palavras tamanha genialidade do Lynch na direção de Eraserhead. O filme é repleto de simbolismo. O que é mostrado durante as cenas não é uma visão real, mas surreal (gênero no qual o filme se encaixa). O filme basicamente retrata a visão de um homem com medo em ser pai, cuja namorada aparentemente parece ter depressão pós-parto. O bebê mutante não é literalmente um bebê mutante, mas como Henry o enxerga, a deformidade é um reflexo de seus medos e anseios em relação à paternidade.
Em algumas cenas, adentramos no mundo onírico do protagonista, e a realidade é extrapolada ao extremo nesses momentos (já que os sonhos de fato são assim), explicando, de forma sutil e conceitual, o que se passa em sua mente.
Os momentos finais, aonde Henry perde a cabeça (mostrada de forma literal), acorda do sonho e acaba matando o bebê, é o ponto em que ele se perde da realidade. A cena onde sua cabeça é transformada na borracha da ponta de um lápis qualquer - e essa é apenas minha interpretação - significa que assim como existem inúmeros lápis, existem inúmeros homens com receios em relação à paternidade. E Henry é apenas mais um.
Excepcional. A Segunda Guerra é um tema muito explorado no cinema, porém a direção de Sergei Loznitsa apresenta uma visão única, menos sanguinolenta e hollywoodiana. A tensão nos diálogos e nas poucas cenas de combate físico tornam-se ainda mais intensas pela ausência de trilha sonora e preferencia do diretor em manter o silêncio ambiente. Fugindo das abordagens convencionais, o filme foca em temas como orgulho, omissão, remorso, perdas e em como o ser humano causa a própria ruína através de suas decisões. O simbolismo do título pode ser justificado (além do misterioso enredo) pela cena final, que de forma impactante, torna esta obra marcante e inesquecível.
Interessante. É um filme que explora os limites do comportamento humano e como um individuo pode colapsar dependendo da situação. A ideia por trás e os diálogos são até que bem construídos, porém em vários momentos a situação que se desenrola ao longo da história não passa sensação de realidade, talvez pelo fato do filme transitar entre drama e comédia de uma forma que não se firma em nenhum dos dois pontos. A intenção do diretor na construção do roteiro é até boa de certa forma, infelizmente a execução deixa a desejar. Apesar da falta de realismo nas ações dos personagens em alguns momentos, a cena final mostra que ao menos o diretor teve coragem de fugir do convencional "final feliz".
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4.6 2Uma obra de Arte única e a animação mais linda que vi na vida, além da trilha sonora extremamente apaixonante!
Posso falar por horas sobre o quão especial é a arte em cada frame (alguns inclusive baseados em quadros reais), mas palavras não fariam jus a sublimidade e eteridade dessa obra!
https://www.youtube.com/watch?v=S60Qb4ZAN1I
Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe
3.3 97 Assista AgoraA música tema composta pelo Thom Yorke juntamente com o trompete do Flea na versão instrumental me arrancou lágrimas!
Lock your dreams away
You're waking up.
https://www.youtube.com/watch?v=gFjep-baGuU
Stalker
4.3 504 Assista Agora"Mankind exists in order to create works of art. At least that's unselfish compared with all other human activities. Great illusions. Images of absolute truth."!
A beleza desse filme mora na sutileza das linhas de cada diálogo (além de cada frame em forma de uma sublime arte visual), como todo filme do Tarkovski!
Infelizmente cada vez menos pessoas veem o cinema como uma arte contemplativa e não conseguem digerir a meditação que é assistir um filme como esse.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraEsse filme funciona perfeitamente como uma adaptação de Horror Lovecraftiano. Diferente de adaptações literais de contos do Lovecraft onde a ameaça é ilustrada (sendo esse o principal fator da mediocridade de tais adaptações), o filme opta sabiamente em não mostrar tal ameaça, já que o verdadeiro Horror mora no desconhecido, pois nós mesmos preenchemos as lacunas com o terror inerente de si. E tais "criaturas" (ou entidades melhor dizendo) são tão além da compreensão humana que o simples fato de ter o conhecimento da existência de tal ser leva o homem a loucura. E o filme trata de construir vagarosamente a insanidade dos personagens conforme o envolvimento com o Farol aumenta em meio ao isolamento, até o ponto sem volta. E é aí que mora o ponto central do filme: "A Dissolução da Mente Humana" e não um simples "monstro" qualquer (para o infeliz desagrado daqueles que apenas raspam a superfície do filme).
E o que seria tal ameaça, afinal? Bom, há interpretações abertas para a conclusão de cada um. Ao meu ver o mais óbvio seria o próprio farol a entidade em si (ou sua luz especificamente). Também pode-se considerar o isolamento dos personagens uma ameaça, a falta de interação humana, escassez de água e comida buscando consolo na bebida que anestesia-os e torna a existência suportável, o constante conflito entre eles, e o mistério sobre o que é e o que esconde O Farol. Ou (o que me agrada mais), a entidade não passa de uma mera projeção da loucura dos personagens. Em meio a situação o farol não passa de um farol, mas é projetado nele um ideal maior, uma espécie de Deus, cuja fé cega os devotos na esperança de salvação após a perda da humanidade (mentalmente falando).
Não nego que o filme tem um ritmo meio lento (por isso o desgosto de alguns expectadores), mas é necessário para moldar a tensão até o ápice final (a perda total da lucidez). A loucura não é repentina, ela vem aos poucos e te consome até o ponto nebuloso sem retorno. Porém para aqueles pacientes o suficiente e que se permitem adentrar ao universo do filme e a psique dos personagens com calma, é uma obra inegavelmente gratificante e única. (Fora a fotografia sublime do Jarin Blaschke!)
Mas essa é apenas minha opinião de merda apresentando alguns pontos, pois dá pra ir beem mais fundo na análise dessa obra. Porém o verdadeiro prazer do filme é tirar suas próprias conclusões e construir seu próprio significado de Horror!
E você, ficaria são em tal situação?
Francis Bacon: A Brush with Violence
4.1 5Um dos meus artistas favoritos!
A arte crua, violenta e disforme nas representações das figuras outro mundanas refletem a vida do pintor. E posteriormente serviram de inspiração para o design das criaturas de Silent Hill 2 em diante. Por isso tenho um carinho enorme em sua obra! (;
Rabbits
3.9 152"No Sense"?
Depende da sua percepção!
Lynch's Dreamlike Madness ♡
Silent Hill: Revelação
2.7 1,8K Assista AgoraO primeiro é uma tentativa de adaptação artística do jogo pro cinema (que funciona até certo ponto). O segundo é a sequência que seu priminho com síndrome de down resolveu fazer.
Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista AgoraUma das trilhas sonoras que mais me aquece o coração (;
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 900 Assista AgoraCaralho, que final!
Mayhem: Senhores Do Caos
3.5 281Black metal sessão da tarde.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraAltos shoegaze ♡
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraGaspar Noé sendo Gaspar Noé. Ácido puro!
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraAnsioso pela trilha sonora do Thom Yorke!
Shortbus
3.7 548Yo La Tengo na trilha sonora! <3
Quando as Luzes se Apagam
3.1 1,1K Assista AgoraFilme ruim baseado em um ótimo curta!
A situação que se desenvolve é entediante e as atuações são bem qualquer coisa.
O enredo é arrastado, cansativo, mal construído e os personagens não possuem carisma algum.
Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!
Pagando de crítico pau no cu mesmo :)
Rubber
3.2 307O Melhor dos Piores Filmes, "For No Reason".
Ótima trilha sonora e fotografia, chega a ser surpreendente. O filme quebra a quarta parede e utiliza de uma metalinguagem (auto)crítica muito boa, ao mesmo tempo que constrói uma situação maluca com diálogos imprevisíveis. Além disso há uma ótima atuação do Pneu (melhor que muitos atores atualmente).
Um verdadeiro cult surreal do cinema trash!
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraDifícil expressar em palavras tamanha genialidade do Lynch na direção de Eraserhead. O filme é repleto de simbolismo. O que é mostrado durante as cenas não é uma visão real, mas surreal (gênero no qual o filme se encaixa). O filme basicamente retrata a visão de um homem com medo em ser pai, cuja namorada aparentemente parece ter depressão pós-parto. O bebê mutante não é literalmente um bebê mutante, mas como Henry o enxerga, a deformidade é um reflexo de seus medos e anseios em relação à paternidade.
Em algumas cenas, adentramos no mundo onírico do protagonista, e a realidade é extrapolada ao extremo nesses momentos (já que os sonhos de fato são assim), explicando, de forma sutil e conceitual, o que se passa em sua mente.
Os momentos finais, aonde Henry perde a cabeça (mostrada de forma literal), acorda do sonho e acaba matando o bebê, é o ponto em que ele se perde da realidade. A cena onde sua cabeça é transformada na borracha da ponta de um lápis qualquer - e essa é apenas minha interpretação - significa que assim como existem inúmeros lápis, existem inúmeros homens com receios em relação à paternidade. E Henry é apenas mais um.
Na Neblina
3.6 43Excepcional. A Segunda Guerra é um tema muito explorado no cinema, porém a direção de Sergei Loznitsa apresenta uma visão única, menos sanguinolenta e hollywoodiana. A tensão nos diálogos e nas poucas cenas de combate físico tornam-se ainda mais intensas pela ausência de trilha sonora e preferencia do diretor em manter o silêncio ambiente. Fugindo das abordagens convencionais, o filme foca em temas como orgulho, omissão, remorso, perdas e em como o ser humano causa a própria ruína através de suas decisões. O simbolismo do título pode ser justificado (além do misterioso enredo) pela cena final, que de forma impactante, torna esta obra marcante e inesquecível.
A Rota de Colisão
3.3 101 Assista AgoraInteressante. É um filme que explora os limites do comportamento humano e como um individuo pode colapsar dependendo da situação. A ideia por trás e os diálogos são até que bem construídos, porém em vários momentos a situação que se desenrola ao longo da história não passa sensação de realidade, talvez pelo fato do filme transitar entre drama e comédia de uma forma que não se firma em nenhum dos dois pontos. A intenção do diretor na construção do roteiro é até boa de certa forma, infelizmente a execução deixa a desejar. Apesar da falta de realismo nas ações dos personagens em alguns momentos, a cena final mostra que ao menos o diretor teve coragem de fugir do convencional "final feliz".