Cinema! Cinema! Cinema! Esse filme do Béla Tarr é o grande acontecimento artístico do ano até agora. Tenho absoluta certeza que os entusiastas da linguagem clipada de se fazer filmes vão odiar, vão achar chato mesmo. Os planos aqui são longuíssimos e quase não há diálogos (marca registrada do diretor). Aliás, a maneira como o tempo é trabalhado nesse filme é que é fascinante. As conotações bíblicas, o som da tempestade de vento interminável e aquele cello sofrido marcando a trilha sonora, o p&b magistral, as imagens, as imagens, as imagens. Acho que vou sonhar com as imagens. Grande despedida do diretor.
Não se enganem com a fofura do trailer, do pôster e, principalmente, com o título em português. É que o distribuidor desse filme se esmerou em todas as escolhas erradas que ele poderia fazer. A história é soco no estômago para quem está num relacionamento sério e acha que essa é uma boa pedida para assistir à dois. Não é que se trata de anti-romantismo, mas é que as dificuldades enfrentadas por esse casal são daquele tipo que nos identificamos imediatamente, que já vivemos ou que possivelmente... quem sabe? É um drama romântico bem honesto nesse sentido. E é até bem feitinho, com atuações muito boas, aliás.
Noutra mancada imperdoável da Paris Filmes, esse filme só estreia nos cinemas daqui em 10 de junho. Por que será, hein?
O personagem é muito convencido, se acha o fodão e isso é só para marcar o contraste (o público ainda precisa disso?) com a situação em que ele vai se meter. Quando ele cai no buraco lamentei que a pedra não caiu na cabeça dele. Pelo menos seria um curta-metragem mais interessante, menos previsível. O filme é angustiante, mas pelos motivos errados. Não é porque ele fica preso num lugar fechado, sem perspectiva de sair de lá vivo e condenado a definhar; é angustiante porque o roteiro faz mil malabarismos para entreter o espectador quando na verdade não tem nada para mostrar. Imagine pegar um episódio verídico e alongá-lo por, sei lá, 1h30 sem que nada demais aconteça (quantos telefilmes já vimos dessa forma?). Pra isso o diretor recorreu a uma linguagem de videoclipe, com musiquinhas legais (mas muito, muito menos do que o trailer faz parecer) e edição de imagens (essas, sim, muito boas) ágil para espantar o tédio. É visível esse esforço e, com o perdão do trocadilho, o diretor parece querer tirar leite de pedra! Sem mencionar o final que vou me privar de comentar pelas razões óbvias. De maneira que ver esse filme indicado ao Oscar de melhor ator, roteiro adaptado e filme é uma injustiça muito grande com as pouquíssimas coisas boas lançadas no ano passado e que por isso mesmo deveriam ser valorizadas. Não achei péssimo, só achei ruim.
Um grande drama histórico com superação pessoal! Todos estão falando da atuação do Colin Firth nesse filme, mas pra mim quem merece aplausos é o Geoffrey Rush. O certo mesmo é que os dois fazem uma dupla e tanto ajudados pelo ótimo roteiro que vai ganhando cada vez mais dramaticidade acompanhado de uma trilha sonora econômica, mas que aparece na hora certa. Fotografia elegante e reconstituição de época muito bem feita. Um filme quadradinho, acadêmico.
Fiquei realmente impressionado com a grandeza desse filme produzido no Chade, país africano que não possui sequer uma única sala e cinema, e vencedor do prêmio do júri no último Festival de Cannes. É muito legal perceber que boas histórias podem surgir de qualquer lugar de fato. E de que maneira é melhor conhecer um país do que pela reflexão que ele faz de si mesmo? Arrebatador é o poema do Aimé Césaire que aparece na cena final:
“Não cruze os braços numa atitude infrutífera de espectador, Pois a vida não é um espetáculo, Pois um mar de sofrimento não é um palco, Pois o homem que grita não é um urso que dança...”
É necessária uma certa dose de masoquismo para qualquer fã do maior piloto de todos os tempos da F1 ao assistir esse documentário. Nada a ver com a qualidade do filme, mas sim com a certeza de relembrar algumas das poucas alegrias daquela época, em que o nosso complexo de vira-lata atingia o auge, e logo em seguida relembrar a sua perda. O documentário em si não tem nada de especial, mas por ser uma produção britânica, ela tem a virtude de não se apoiar no sentimentalismo fácil que fatalmente haveria numa produção nacional ou mesmo americana. Felizmente também não há o que já se tornou regra em documentários brasileiros: o uso excessivo de depoimentos. A maior parte do filme é narrada pelo próprio Ayrton e o foco é direcionado na rivalidade (sensacional!) entre ele e o Alain Prost. Mas mesmo assim, no final conhecido por todos, não há como sair da sessão sem aquela sensação de luto que teima em permanecer.
Não deve agradar quem tem dificuldade de concentração. Diálogos ágeis, trama interessante emaranhada por interesses, intrigas e conflitos e ótimas atuações de Michael Douglas e Josh Brolin. Carey Mulligan também está bem, mas o garoto Shia LaBeouf fica devendo atuação. É o melhor filme do Oliver Stone em mais de duas décadas, ou seja, desde "Wall Street - Poder e cobiça" (1987), o clássico.
O filme parte de uma tese sobre originalidade e a noção de falso e autêntico em obras de arte para, em seguida, e de uma maneira extrememente inteligente, colocá-la à prova na relação entre os dois personagens e em suas vidas. Os diálogos e as atuações são ótimos, tendo inclusive rendido à Juliette Binoche a premiação de melhor atriz em Cannes no ano passado. No mais, temos ainda as imagens de Lucignano, na Toscana, com suas igrejas, museus, fontes, restaurantes. Uma beleza!
Este documentário é incrível. As imagens, as sequências, as tomadas de câmera são todas impressionantes. Difícil até encontrar uma cena que seja "mais ou menos", é um espetáculo visual deslumbrante. O filme é bem pouco informativo, a narração (péssima, aliás) é bem pouco utilizada. A trilha sonora do Bruno Coulais é excelente.
Não me agradou nem um pouco essa história com cara de teledrama novelesco, terapêutico e de auto-ajuda. E também não me convenci com a atuação da Nicole Kidman apesar dela ter sido indicada ao Globo de Ouro e estar cotada para o Oscar por esse filme. As sucessivas plásticas só mostram que ela não soube envelhecer. Achei fraco.
O filme fala do luto pela perda do filho e das situações desconfortáveis nas quais isso se torna mais forte. Fala do sentimento de culpa, remorso, negação e sobre como isso afeta as pessoas que estão em volta gerando uma crise conjugal e familiar. Uma lamentação sem fim contada de uma maneira bastante chata.
É necessária uma certa dose de masoquismo para qualquer fã do maior piloto de todos os tempos da F1 ao assistir esse documentário. Nada a ver com a qualidade do filme, mas sim com a certeza de relembrar algumas das poucas alegrias daquela época, em que o nosso complexo de vira-lata atingia o auge, e logo em seguida relembrar a sua perda. O documentário em si não tem nada de especial, mas por ser uma produção britânica, ela tem a virtude de não se apoiar no sentimentalismo fácil que fatalmente haveria numa produção nacional ou mesmo americana. Felizmente também não há o que já se tornou regra em documentários brasileiros: o uso excessivo de depoimentos. A maior parte do filme é narrada pelo próprio Ayrton e o foco é direcionado na rivalidade (sensacional!) entre ele e o Alain Prost. Mas mesmo assim, no final conhecido por todos, não há como sair da sessão sem aquela sensação de luto que teima em permanecer.
Depois de ver este filme, sempre que ouvir falar do episódio do Massacre de Sabra e Chatila no Líbano, serão as imagens dessa animação que me virão à mente. Assim como o preto e branco de A Lista de Schindler faz ao recordarmos o holocausto.
A cena final, que faz a transição da animação para as images que nos habituamos a insensivelmente ver nos noticiários, é como um tapa na cara da nossa ignorância. E ela vem como ruptura à poesia que permeia todo o filme.
O filme é uma droga mesmo! O enredo tenta recriar aquele clima tenso de espionagem da Guerra Fria com as cenas de ação mais exageradas, rocambolescas e surreais dos últimos tempos. Roteiro péssimo! E sem falar que a presença da Angelina Jolie é completamente fora de propósito: deserotizada, ela mata - NA PORRADA - meio mundo de gente (!!!), a outra metade ela mata no tiro mesmo.
Dicen en mi pueblo que los músicos hacen un contrato con una sirena si quieren saber cuánto tiempo durará durará el contrato con esa sirena
De un campo oscuro tienen que coger un puñado de quinua para la sirena y así la sirena se quede contando dice la sirena que cada grano significa un año.
Cuando la sirena termine de contar se lo lleva al hombre y le suelta al mar.
Pero mi madre dice, dice, dice que la quinua difícil de contar es y la sirena se cansa de contar y así el hombre para siempre ya se queda con el don
Nunca vi um personagem de animação conseguir passar tanta emoção e fazer isso quase que exclusivamente com a expressividade dos gestos. As melhores cenas são mudas.
É sabido que alguns ambientalistas manipulam dados e informações em prol da causa. Mas não há explicação para as cenas mostradas neste documentário. O áudio é desnecessário, as imagens finais falam por si.
"As Melhores Coisas do Mundo", sessao das 17h30. O filme fara jus a um titulo tao pretensioso? Logo vou saber. [...] Gostei do filme! Bem contemporaneo, ele é uma polaroide, um instantaneo do comportamento adolescente. Um pouco caricato, mas é bem feito.
Eu acho que a molecada vai se enxergar na historia, se identificar. Pra mim era tudo tao familiar que me senti fazendo hora-extra no cinema.
A historia é um drama familiar burgues focado na percepcao de um garoto, a santissima trindade adolescente: a escola, os amigos e a familia.
Os personagens sao bem paulistanos (com excecao do Paulo Vilhena quando diz: "E anhì mulhéqui!") e as atuacoes sao quase documentais.
É legal ver na telona os lugares por onde vc passa: Av. 9 de Julho, Faria Lima, Brasil, Paulista, Alto de Pinheiros, Bela Vista, o Centro.
E o titulo cabe, sim, ao filme. Mesmo nao sendo a melhor coisa do mundo, é legal pra caralh*! "As Melhores Coisas do Mundo" vale a pena ver.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraMeu São Rublev, essa adaptação de Anna Karenina, do Joe Wright, é tão russa quanto uma garrafa de Balalaika!
O Cavalo de Turim
4.2 211Cinema! Cinema! Cinema! Esse filme do Béla Tarr é o grande acontecimento artístico do ano até agora. Tenho absoluta certeza que os entusiastas da linguagem clipada de se fazer filmes vão odiar, vão achar chato mesmo. Os planos aqui são longuíssimos e quase não há diálogos (marca registrada do diretor). Aliás, a maneira como o tempo é trabalhado nesse filme é que é fascinante. As conotações bíblicas, o som da tempestade de vento interminável e aquele cello sofrido marcando a trilha sonora, o p&b magistral, as imagens, as imagens, as imagens. Acho que vou sonhar com as imagens. Grande despedida do diretor.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraNão se enganem com a fofura do trailer, do pôster e, principalmente, com o título em português. É que o distribuidor desse filme se esmerou em todas as escolhas erradas que ele poderia fazer. A história é soco no estômago para quem está num relacionamento sério e acha que essa é uma boa pedida para assistir à dois. Não é que se trata de anti-romantismo, mas é que as dificuldades enfrentadas por esse casal são daquele tipo que nos identificamos imediatamente, que já vivemos ou que possivelmente... quem sabe? É um drama romântico bem honesto nesse sentido. E é até bem feitinho, com atuações muito boas, aliás.
Noutra mancada imperdoável da Paris Filmes, esse filme só estreia nos cinemas daqui em 10 de junho. Por que será, hein?
127 Horas
3.8 3,1K Assista AgoraO personagem é muito convencido, se acha o fodão e isso é só para marcar o contraste (o público ainda precisa disso?) com a situação em que ele vai se meter. Quando ele cai no buraco lamentei que a pedra não caiu na cabeça dele. Pelo menos seria um curta-metragem mais interessante, menos previsível. O filme é angustiante, mas pelos motivos errados. Não é porque ele fica preso num lugar fechado, sem perspectiva de sair de lá vivo e condenado a definhar; é angustiante porque o roteiro faz mil malabarismos para entreter o espectador quando na verdade não tem nada para mostrar. Imagine pegar um episódio verídico e alongá-lo por, sei lá, 1h30 sem que nada demais aconteça (quantos telefilmes já vimos dessa forma?). Pra isso o diretor recorreu a uma linguagem de videoclipe, com musiquinhas legais (mas muito, muito menos do que o trailer faz parecer) e edição de imagens (essas, sim, muito boas) ágil para espantar o tédio. É visível esse esforço e, com o perdão do trocadilho, o diretor parece querer tirar leite de pedra! Sem mencionar o final que vou me privar de comentar pelas razões óbvias. De maneira que ver esse filme indicado ao Oscar de melhor ator, roteiro adaptado e filme é uma injustiça muito grande com as pouquíssimas coisas boas lançadas no ano passado e que por isso mesmo deveriam ser valorizadas. Não achei péssimo, só achei ruim.
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista AgoraUm grande drama histórico com superação pessoal! Todos estão falando da atuação do Colin Firth nesse filme, mas pra mim quem merece aplausos é o Geoffrey Rush. O certo mesmo é que os dois fazem uma dupla e tanto ajudados pelo ótimo roteiro que vai ganhando cada vez mais dramaticidade acompanhado de uma trilha sonora econômica, mas que aparece na hora certa. Fotografia elegante e reconstituição de época muito bem feita. Um filme quadradinho, acadêmico.
Um Homem Que Grita
3.7 19Fiquei realmente impressionado com a grandeza desse filme produzido no Chade, país africano que não possui sequer uma única sala e cinema, e vencedor do prêmio do júri no último Festival de Cannes. É muito legal perceber que boas histórias podem surgir de qualquer lugar de fato. E de que maneira é melhor conhecer um país do que pela reflexão que ele faz de si mesmo?
Arrebatador é o poema do Aimé Césaire que aparece na cena final:
“Não cruze os braços numa atitude infrutífera de espectador,
Pois a vida não é um espetáculo,
Pois um mar de sofrimento não é um palco,
Pois o homem que grita não é um urso que dança...”
Senna
4.4 681 Assista AgoraÉ necessária uma certa dose de masoquismo para qualquer fã do maior piloto de todos os tempos da F1 ao assistir esse documentário. Nada a ver com a qualidade do filme, mas sim com a certeza de relembrar algumas das poucas alegrias daquela época, em que o nosso complexo de vira-lata atingia o auge, e logo em seguida relembrar a sua perda. O documentário em si não tem nada de especial, mas por ser uma produção britânica, ela tem a virtude de não se apoiar no sentimentalismo fácil que fatalmente haveria numa produção nacional ou mesmo americana. Felizmente também não há o que já se tornou regra em documentários brasileiros: o uso excessivo de depoimentos. A maior parte do filme é narrada pelo próprio Ayrton e o foco é direcionado na rivalidade (sensacional!) entre ele e o Alain Prost. Mas mesmo assim, no final conhecido por todos, não há como sair da sessão sem aquela sensação de luto que teima em permanecer.
Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme
3.3 404 Assista AgoraNão deve agradar quem tem dificuldade de concentração. Diálogos ágeis, trama interessante emaranhada por interesses, intrigas e conflitos e ótimas atuações de Michael Douglas e Josh Brolin. Carey Mulligan também está bem, mas o garoto Shia LaBeouf fica devendo atuação. É o melhor filme do Oliver Stone em mais de duas décadas, ou seja, desde "Wall Street - Poder e cobiça" (1987), o clássico.
Cópia Fiel
3.9 450 Assista AgoraO filme parte de uma tese sobre originalidade e a noção de falso e autêntico em obras de arte para, em seguida, e de uma maneira extrememente inteligente, colocá-la à prova na relação entre os dois personagens e em suas vidas. Os diálogos e as atuações são ótimos, tendo inclusive rendido à Juliette Binoche a premiação de melhor atriz em Cannes no ano passado. No mais, temos ainda as imagens de Lucignano, na Toscana, com suas igrejas, museus, fontes, restaurantes. Uma beleza!
Oceanos
4.4 148Este documentário é incrível. As imagens, as sequências, as tomadas de câmera são todas impressionantes. Difícil até encontrar uma cena que seja "mais ou menos", é um espetáculo visual deslumbrante. O filme é bem pouco informativo, a narração (péssima, aliás) é bem pouco utilizada. A trilha sonora do Bruno Coulais é excelente.
Reencontrando a Felicidade
3.5 622Não me agradou nem um pouco essa história com cara de teledrama novelesco, terapêutico e de auto-ajuda. E também não me convenci com a atuação da Nicole Kidman apesar dela ter sido indicada ao Globo de Ouro e estar cotada para o Oscar por esse filme. As sucessivas plásticas só mostram que ela não soube envelhecer. Achei fraco.
O filme fala do luto pela perda do filho e das situações desconfortáveis nas quais isso se torna mais forte. Fala do sentimento de culpa, remorso, negação e sobre como isso afeta as pessoas que estão em volta gerando uma crise conjugal e familiar. Uma lamentação sem fim contada de uma maneira bastante chata.
Senna
4.4 681 Assista AgoraÉ necessária uma certa dose de masoquismo para qualquer fã do maior piloto de todos os tempos da F1 ao assistir esse documentário. Nada a ver com a qualidade do filme, mas sim com a certeza de relembrar algumas das poucas alegrias daquela época, em que o nosso complexo de vira-lata atingia o auge, e logo em seguida relembrar a sua perda. O documentário em si não tem nada de especial, mas por ser uma produção britânica, ela tem a virtude de não se apoiar no sentimentalismo fácil que fatalmente haveria numa produção nacional ou mesmo americana. Felizmente também não há o que já se tornou regra em documentários brasileiros: o uso excessivo de depoimentos. A maior parte do filme é narrada pelo próprio Ayrton e o foco é direcionado na rivalidade (sensacional!) entre ele e o Alain Prost. Mas mesmo assim, no final conhecido por todos, não há como sair da sessão sem aquela sensação de luto que teima em permanecer.
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista AgoraDepois de ver este filme, sempre que ouvir falar do episódio do Massacre de Sabra e Chatila no Líbano, serão as imagens dessa animação que me virão à mente. Assim como o preto e branco de A Lista de Schindler faz ao recordarmos o holocausto.
A cena final, que faz a transição da animação para as images que nos habituamos a insensivelmente ver nos noticiários, é como um tapa na cara da nossa ignorância. E ela vem como ruptura à poesia que permeia todo o filme.
FANTÁSTICO, OBRIGATÓRIO!
Salt
3.4 2,1K Assista AgoraO filme é uma droga mesmo! O enredo tenta recriar aquele clima tenso de espionagem da Guerra Fria com as cenas de ação mais exageradas, rocambolescas e surreais dos últimos tempos. Roteiro péssimo! E sem falar que a presença da Angelina Jolie é completamente fora de propósito: deserotizada, ela mata - NA PORRADA - meio mundo de gente (!!!), a outra metade ela mata no tiro mesmo.
A Teta Assustada
3.7 170Dicen en mi pueblo que los músicos
hacen un contrato con una sirena
si quieren saber cuánto tiempo durará
durará el contrato con esa sirena
De un campo oscuro tienen que coger
un puñado de quinua para la sirena
y así la sirena se quede contando
dice la sirena que cada grano
significa un año.
Cuando la sirena termine de contar
se lo lleva al hombre y le suelta al mar.
Pero mi madre dice, dice, dice
que la quinua difícil de contar es
y la sirena se cansa de contar
y así el hombre para siempre
ya se queda con el don
WALL·E
4.3 2,8K Assista AgoraNunca vi um personagem de animação conseguir passar tanta emoção e fazer isso quase que exclusivamente com a expressividade dos gestos. As melhores cenas são mudas.
Líbano
3.9 49CLAUSTROFÓÓÓBICO!
The Cove - A Baía da Vergonha
4.5 146É sabido que alguns ambientalistas manipulam dados e informações em prol da causa. Mas não há explicação para as cenas mostradas neste documentário. O áudio é desnecessário, as imagens finais falam por si.
As Melhores Coisas do Mundo
3.4 1,5K Assista Agora"As Melhores Coisas do Mundo", sessao das 17h30. O filme fara jus a um titulo tao pretensioso? Logo vou saber.
[...]
Gostei do filme! Bem contemporaneo, ele é uma polaroide, um instantaneo do comportamento adolescente. Um pouco caricato, mas é bem feito.
Eu acho que a molecada vai se enxergar na historia, se identificar. Pra mim era tudo tao familiar que me senti fazendo hora-extra no cinema.
A historia é um drama familiar burgues focado na percepcao de um garoto, a santissima trindade adolescente: a escola, os amigos e a familia.
Os personagens sao bem paulistanos (com excecao do Paulo Vilhena quando diz: "E anhì mulhéqui!") e as atuacoes sao quase documentais.
É legal ver na telona os lugares por onde vc passa: Av. 9 de Julho, Faria Lima, Brasil, Paulista, Alto de Pinheiros, Bela Vista, o Centro.
E o titulo cabe, sim, ao filme. Mesmo nao sendo a melhor coisa do mundo, é legal pra caralh*! "As Melhores Coisas do Mundo" vale a pena ver.
Fúria de Titãs
3.0 2,2K Assista AgoraOlha, é mortificado e com genuíno lamento que adianto que o tão aguardado remake de "Fúria de Titãs" é O PIOR FILME QUE EU VI EM ANOS.
Nem me atrevo a compará-lo com o original de 1981 que tinha no elenco grandes nomes como Laurence Olivier e Ursula Andress. Seria blasfêmia!
A história, pra quem não conhece, é sobre o mito grego de Perseus que tem de salvar Andrômeda condenada a aplacar a ira dos deuses do Olimpo
Mas tudo nesta refilmagem me faz lembrar outros filmes que nada tem a ver com mitologia. As referências são esdrúxulas, me acompanhem:
As tomadas panorâmicas da entourage pelas montanhas com a trilha sonora "edificante" é uma versão piorada da realizada em O Senhor dos Anéis
O figurino é "grego estilizado", tipo hollywood séc. XXI. E os deuses pegaram emprestadas aquelas armaduras brilhantes do filme Excalibur.
As 3 Parcas cegas são a cópia escarrada e constrangedora daquela criatura do Labirinto do Fauno, e o barqueiro Caronte fez ponta em A Múmia.
A Medusa é uma espécie de Anaconda e o temido monstro Kraken, que vcs já devem ter visto no trailler promocional, é um Godzilla turbinado.
O vidente de Argos, coitado, está mais para uma cruza de faquir hindu com o Zé do Apocalipse do que para um Tirésias troiano.
E o herói Perseus? Pegaram um mariner, um ranger do exército americano, um tipo agente Bourne para ser o protagonista! Herói grego? Imagina!
Ele passa o filme todo sendo apontado como "O" escolhido para salvar a humanidade (Matrix?) e, quando luta, ainda dá piruetas!!!
E se vc acha que os efeitos especiais compensam, esqueça! A projeção 3D é fraca e, sinceramente? Eu sou muito mais o stop-motion do original
"Fúria de Titãs" entra em circuito no próximo fim de semana, portanto, corram, corram para bem longe. Meu, que ódio desse filme! #hecatombe
PS: Tirésias era tebano, o profeta de Tróia era Laocoonte. Misturei Homero com Sófocles, mas dá na mesma. Ambos se contorcem no além.