Jovens brasileiros de classe média alta são tão broxantes, pqp. Que diálogos ridículos mn, tinha hora que chegava dar vergonha alheia, fora as atuações completamente artificiais
Inicialmente a proposta do filme me pareceu bem interessante, se aprofundando nas questões mercadológicas envolvidas na indústria da arte em contraposição ao fluxo criativo do personagem do Jhon Malkovich (Piers). O filme foi bem acertivo no que se refere a expor o que acontece nos bastidores das exposições de arte, negociação com colecionadores, valorização de obras através de críticas, etc... No entanto, esse conceito inicial se perdeu durante o desenvolvimento da trama por conta dos acontecimentos ligados a algo sobrenatural, que foi completamente desnecessário. O drama social criado com a crítica ao mercado das artes e a exploração dos artistas, reduzindo o valor de suas obras apenas ao lucro, ficou em segundo plano e deu lugar a um simples filme de suspense cliché. O roteiro teria funcionado muito melhor se tivesse mantido a pegada não fantasiosa e mais pé no chão, pois tinha material suficiente a ser explorado nessa temática. Outras falhas de roteiro também podem ser notadas, como a irrelevância do personagem Piers pro andamento da história e que precisou de uma cena fora de contexto no final do terceiro ato pra justificar sua existência, afim de passar a mensagem que deveria estar em foco no filme, que é a "Arte pela arte", e também o fato bizarro da Coco ter encontrado os 3 corpos.
O filme inteiro se baseia numa dicotomia entre os valores tradicionais e os desejos legítimos da personagem, explorando muito bem tanto o contraste entre a liberdade sexual feminina e o que a sociedade cobra dela na sua condição de mulher, quanto a pressão por uma suposta responsabilidade de criar uma criança dentro de um relacionamento monogâmico.
Gregg sempre aborda assuntos bem complexos com bastante propriedade, e mesmo não sendo um dos melhores filmes dele achei bem interessante, até mesmo na experimentação de uma linguagem visual mais enxuta em relação aos filmes antigos, que ele veio aprimorar no mysterious skin (E digo isso sendo uma grande fã dos filmes antigos mais trash dele, mas é bom acompanhar o desenvolvimento e as fases do diretor).
Gostei muito da forma como o Gregg adaptou o estilo dele pra fazer uma abordagem mais séria, devido a temática do filme. Muito interessante ver a forma como os 2 personagens se desenvolvem e lidam com o mesmo problema de formas diferentes, até se encontrarem no fim do terceiro ato e ter onde despejar todo esse sentimento reprimido. Outro ponto genial foi a analogia do abuso a abdução, que o personagem usava como forma de amenizar os danos psicológicos. Esse tipo de reação é muito comum em pessoas que passam por experiências traumáticas, então dá pra ver que foi feito um trabalho muito bem desenvolvido e com bastante pesquisa antes de tocar em um assunto tão sério.
A estrutura de roteiro não linear, muito influenciada pela Nouvelle Vague como o filme sendo apenas um recorte da vida, direciona todo o foco para a construção de personagens muito complexos, que revelam nuances da sua personalidade no decorrer da trama e como eles lidam com determinadas situações sem necessariamente um desfecho. O diretor Harmony Korine traduz visualmente muito bem os traumas, a falta de perspectiva, os hábitos bizarros, desejos e medos dos personagens, apresentando quase sempre cenários caóticos, sujos e comportamentos inusitados. O uso frequente de imagens distorcidas de VHS passa uma sensação de sufocamento, geralmente quando os personagens expressam sua visão de mundo, ilustrando o estado psicológico deles. Perturbador!!!
Gregg sempre consegue abordar de forma muito natural os questionamentos e angústias da juventude, e não teria maneira melhor de representar todo esse festival de emoções desse período da vida do que com uma estética trash e roteiro total nonsense. Muita influência do expressionismo alemão na construção de cenários lúdicos, quase teatrais, focando mais em preservar a estética que melhor representa os personagens e sem se preocupar de parecer algo surreal.
Achei bem divertido, mas bem abaixo do padrão de qualidade do Gregg Araki. O roteiro ainda se mantém na pegada que ele tinha nos anos 90, com um humor nonsense e plots muito excêntricos, no entanto visualmente ele não bebe quase nada das suas características marcantes e estilo muito bem consolidado dos filmes mais antigos.
Meu primeiro filme do Gregg Araki e o estilo do diretor me fisgou logo de cara. Esse filme me surpreendeu demais pq eu não esperava nada além de um filme adolescente bobo (Sem desprezo, inclusive adoro esse tipo de filme), mas ele se mostrou um filme com muitas camadas e que passa uma mensagem com maestria. O primeiro ponto que eu gostaria de ressaltar é em relação a estética trash adotada pelo diretor. O Gregg Araki não fez isso apenas por uma questão de estilo, mas esse tipo de linguagem têm um papel muito importante no contexto do filme. Ele apresenta uma realidade distópica pra ilustrar a perversão da moralidade humana em todos os níveis, desde a banalização da morte, até poligamia e homossexualidade. O filme inteiro é pautado na filosofia niilista e apresenta isso de várias formas. Os diálogos do filme sempre fazem questão de criar um sentimento de estranheza em relação a realidade que eles estão vivenciando e alguns abordando inclusive, questões existencialistas. Fora diversas outras nuances excêntricas do roteiro. O personagem do Xavier é basicamente a descrição do ubermensch de Nietzsche. Um homem completamente alheio aos valores pré estabelecidos pela sociedade e vivendo em função do seu próprio código conduta. No final, nós temos talvez a cena mais carregada de significado de todo o filme. Mostra todo esse comportamento subversivo, sendo violentamente reprimido por figuras que através de símbolos, o diretor conseguiu representar o estereótipo do nacionalista teocrático. Enfim, bom demais 💕
Nenhuma abordagem filosófica muito profunda, mas com diálogos pontuais bem interessantes em relação a sexualidade e empoderamento feminino. A estética New wave/Andrógina, faz um combo perfeito com essa temática futurista e de extraterrestres, além desse conjunto de fatores ser um recorte muito bem definido do que estava em alta na década de 80. Muito lindo visualmente, com destaque pra construção de cenários, make e figurinos, adorei.
Uma merda! Super cliché e o roteiro chega a dar vergonha alheia. A ideia do filme é até interessante, mas foi executado de forma péssima, com uns plots horríveis. Até meu cachorro escreve melhor
Muito bom! Estrutura de roteiro bem autêntica,nada previsível. O David Cronenberg soube trabalhar muito bem o conceito do filme visualmente, escolhendo perfeitamente as paletas de cores e iluminação específicas de acordo com cada ambiente, atmosfera da cena ou estado psicológico do personagem. O filme dialoga com uma uma perspectiva Freudiana do inconsciente humano, onde sexo e violência são inerentes a nossa condição. Ele traça um paralelo entre isso e o conteúdo no qual as mídias submetem a sociedade, para saciar o seu desejo por esse tipo de "entretenimento".
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraJovens brasileiros de classe média alta são tão broxantes, pqp. Que diálogos ridículos mn, tinha hora que chegava dar vergonha alheia, fora as atuações completamente artificiais
Toda Arte é Perigosa
2.6 496 Assista AgoraInicialmente a proposta do filme me pareceu bem interessante, se aprofundando nas questões mercadológicas envolvidas na indústria da arte em contraposição ao fluxo criativo do personagem do Jhon Malkovich (Piers). O filme foi bem acertivo no que se refere a expor o que acontece nos bastidores das exposições de arte, negociação com colecionadores, valorização de obras através de críticas, etc... No entanto, esse conceito inicial se perdeu durante o desenvolvimento da trama por conta dos acontecimentos ligados a algo sobrenatural, que foi completamente desnecessário.
O drama social criado com a crítica ao mercado das artes e a exploração dos artistas, reduzindo o valor de suas obras apenas ao lucro, ficou em segundo plano e deu lugar a um simples filme de suspense cliché. O roteiro teria funcionado muito melhor se tivesse mantido a pegada não fantasiosa e mais pé no chão, pois tinha material suficiente a ser explorado nessa temática.
Outras falhas de roteiro também podem ser notadas, como a irrelevância do personagem Piers pro andamento da história e que precisou de uma cena fora de contexto no final do terceiro ato pra justificar sua existência, afim de passar a mensagem que deveria estar em foco no filme, que é a "Arte pela arte", e também o fato bizarro da Coco ter encontrado os 3 corpos.
[spoiler][/spoiler]
Splendor: Um Amor em Duas Vidas
3.3 58O filme inteiro se baseia numa dicotomia entre os valores tradicionais e os desejos legítimos da personagem, explorando muito bem tanto o contraste entre a liberdade sexual feminina e o que a sociedade cobra dela na sua condição de mulher, quanto a pressão por uma suposta responsabilidade de criar uma criança dentro de um relacionamento monogâmico.
Gregg sempre aborda assuntos bem complexos com bastante propriedade, e mesmo não sendo um dos melhores filmes dele achei bem interessante, até mesmo na experimentação de uma linguagem visual mais enxuta em relação aos filmes antigos, que ele veio aprimorar no mysterious skin (E digo isso sendo uma grande fã dos filmes antigos mais trash dele, mas é bom acompanhar o desenvolvimento e as fases do diretor).
Mistérios da Carne
4.1 974Gostei muito da forma como o Gregg adaptou o estilo dele pra fazer uma abordagem mais séria, devido a temática do filme. Muito interessante ver a forma como os 2 personagens se desenvolvem e lidam com o mesmo problema de formas diferentes, até se encontrarem no fim do terceiro ato e ter onde despejar todo esse sentimento reprimido.
Outro ponto genial foi a analogia do abuso a abdução, que o personagem usava como forma de amenizar os danos psicológicos. Esse tipo de reação é muito comum em pessoas que passam por experiências traumáticas, então dá pra ver que foi feito um trabalho muito bem desenvolvido e com bastante pesquisa antes de tocar em um assunto tão sério.
[spoiler][/spoiler]
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KÚnico atrativo é essa mecânica interativa, mas no geral achei bem fraco
Vidas sem Destino
3.7 657A estrutura de roteiro não linear, muito influenciada pela Nouvelle Vague como o filme sendo apenas um recorte da vida, direciona todo o foco para a construção de personagens muito complexos, que revelam nuances da sua personalidade no decorrer da trama e como eles lidam com determinadas situações sem necessariamente um desfecho.
O diretor Harmony Korine traduz visualmente muito bem os traumas, a falta de perspectiva, os hábitos bizarros, desejos e medos dos personagens, apresentando quase sempre cenários caóticos, sujos e comportamentos inusitados. O uso frequente de imagens distorcidas de VHS passa uma sensação de sufocamento, geralmente quando os personagens expressam sua visão de mundo, ilustrando o estado psicológico deles.
Perturbador!!!
Estrada para Lugar Nenhum
3.8 96Gregg sempre consegue abordar de forma muito natural os questionamentos e angústias da juventude, e não teria maneira melhor de representar todo esse festival de emoções desse período da vida do que com uma estética trash e roteiro total nonsense.
Muita influência do expressionismo alemão na construção de cenários lúdicos, quase teatrais, focando mais em preservar a estética que melhor representa os personagens e sem se preocupar de parecer algo surreal.
Kaboom
2.8 386 Assista AgoraAchei bem divertido, mas bem abaixo do padrão de qualidade do Gregg Araki. O roteiro ainda se mantém na pegada que ele tinha nos anos 90, com um humor nonsense e plots muito excêntricos, no entanto visualmente ele não bebe quase nada das suas características marcantes e estilo muito bem consolidado dos filmes mais antigos.
Geração Maldita
3.7 126Meu primeiro filme do Gregg Araki e o estilo do diretor me fisgou logo de cara. Esse filme me surpreendeu demais pq eu não esperava nada além de um filme adolescente bobo (Sem desprezo, inclusive adoro esse tipo de filme), mas ele se mostrou um filme com muitas camadas e que passa uma mensagem com maestria.
O primeiro ponto que eu gostaria de ressaltar é em relação a estética trash adotada pelo diretor. O Gregg Araki não fez isso apenas por uma questão de estilo, mas esse tipo de linguagem têm um papel muito importante no contexto do filme. Ele apresenta uma realidade distópica pra ilustrar a perversão da moralidade humana em todos os níveis, desde a banalização da morte, até poligamia e homossexualidade.
O filme inteiro é pautado na filosofia niilista e apresenta isso de várias formas. Os diálogos do filme sempre fazem questão de criar um sentimento de estranheza em relação a realidade que eles estão vivenciando e alguns abordando inclusive, questões existencialistas. Fora diversas outras nuances excêntricas do roteiro.
O personagem do Xavier é basicamente a descrição do ubermensch de Nietzsche. Um homem completamente alheio aos valores pré estabelecidos pela sociedade e vivendo em função do seu próprio código conduta.
No final, nós temos talvez a cena mais carregada de significado de todo o filme. Mostra todo esse comportamento subversivo, sendo violentamente reprimido por figuras que através de símbolos, o diretor conseguiu representar o estereótipo do nacionalista teocrático.
Enfim, bom demais 💕
[/spoiler]
[spoiler]
[spoiler][/spoiler]
Smithereens
3.6 9 Assista AgoraBem divertidinho, bom pra ver chapando com uns amigos
Liquid Sky
3.7 71Nenhuma abordagem filosófica muito profunda, mas com diálogos pontuais bem interessantes em relação a sexualidade e empoderamento feminino. A estética New wave/Andrógina, faz um combo perfeito com essa temática futurista e de extraterrestres, além desse conjunto de fatores ser um recorte muito bem definido do que estava em alta na década de 80. Muito lindo visualmente, com destaque pra construção de cenários, make e figurinos, adorei.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraUma merda! Super cliché e o roteiro chega a dar vergonha alheia. A ideia do filme é até interessante, mas foi executado de forma péssima, com uns plots horríveis. Até meu cachorro escreve melhor
Videodrome: A Síndrome do Vídeo
3.7 545 Assista AgoraMuito bom! Estrutura de roteiro bem autêntica,nada previsível. O David Cronenberg soube trabalhar muito bem o conceito do filme visualmente, escolhendo perfeitamente as paletas de cores e iluminação específicas de acordo com cada ambiente, atmosfera da cena ou estado psicológico do personagem. O filme dialoga com uma uma perspectiva Freudiana do inconsciente humano, onde sexo e violência são inerentes a nossa condição. Ele traça um paralelo entre isso e o conteúdo no qual as mídias submetem a sociedade, para saciar o seu desejo por esse tipo de "entretenimento".