Jheferson Jardim Araújo

Que obra incrível, sublime, que celebração. Você sente em cada episódio a paixão com que essa produção foi feita, as interpretações absurdas, e pesquisar sobre a produção te deixa ainda mais apaixonado. Paca la Piraña interpretando a si mesma, rever as cenas originais da tv replicadas na série! O cuidado em trazer atrizes trans para interpretar pessoas trans. Nós que estamos tão acostumados a acompanhar produções estadunidenses, essa é um banho e sinceramente tem coragem pra fazer coisa que as americanas não tem. Essa série redefine o que é produzir audiovisual com as pessoas mais marginalizadas na sigla LGTQIAP+ e não a toa merece tantos elogios. Já entrou como um clássico, tal como Rocky Horror Picture Show, Priscila Rainha do Deserto e Hedwig and the Angry Inch. Obra prima.

- Se você fosse um descendente de Cain era automaticamente do mal.
- Se comesse carne vermelha você era uma pessoa MUITO ruim.
- Noé é um homem muito burro e psicótico.
- Emma Watson esta insuportável nesse filme, queria que ela tivesse morrido.
- Como Deus é perverso! UAU

Pouco me emocionou. A adaptação funciona muito bem pra quem não leu o livro. A função da Morte no filme se tornou praticamente dispensável, o que é totalmente o oposto no livro. Quanto as interpretações, temos umas boas e tantas outras absolutamente minguadas que quase me deixaram tediado (vide Sophie Nélisse, não tenho o que reclamar da caracterização da personagem, entretanto a interpretação da garota é um porre). Creio que a grande questão foi toda a expectativa que criei em cima desta adaptação, o filme não é ruim, mas ao meu ver não faz jus a toda a qualidade narrativa vista no trabalho de Markus Zusak.