Julio Soares.

Filme horrível. Aquela música tocando durante todo o longa, os diálogos extremamente expositivos e previsíveis, assim como o roteiro sem pé nem cabeça que dá voltas surreais, cansativas, clichês e sem graça nenhuma. Nem a Tatá e a Ingrid, que eu adoro, conseguiram salvar.

Sutileza e poesia mesclados em um roteiro simplesmente perfeito; que, com o passar do longa, acaba se destrinchando e virando uma história enorme - grande, complexa, dramática, feliz, dual. É a capacidade do roteiro de mostrar, dentro de sua estrutura, o "ser infinito". O filme tem uma coisa que serve como um "banho de sal grosso", ou mesmo poderia ser chamado de "filme-máquina-de-lavar", pois a história te puxa, mexe com sua alma, fazendo o telespectador passar pela felicidade e pela tristeza, o drama e o júbilo - tudo de uma vez só. Quando terminamos a experiência, acontece que nos encontramos vazios, em paz. Contentes com o novo mistério adquirido. Genial. Fotografia, direção, trilha sonora - tudo ótimo. O trio conhecido antes como "Kevin, Percy e Hermione" desaparece. Surgem novas referências aos atores: "Patrick, Charlie e Sam". Atuação digna dos protagonistas, e, é claro, de todos os outros atores que fazem ótimo trabalho no filme como um todo. Amei e verei muitas vezes ainda.

Espetacular. Cenas com uma figurinos e cenários lindos e ricos em detalhes e delicadeza. A poesia do roteiro é clara, sem rodeiros e enrolação - que faz a história tornar-se rica de uma forma simples. A atuação é despreocupada e, juntamente com a trilha sonora e ambientação, faz vivermos a Inglaterra e a estória de forma mágica e apaixonante.