Lua

Me chame pelo seu nome que eu te chamarei pelo meu.

Como diria um amigo, esse é um filme sobre "a minha geração". Impossível não se identificar com a Lady Bird.

Gostei muito desse filme por abordar tão bem a fragilidade das relações modernas, a fuga do compromisso e a ilusão dos encontros fugazes trazerem felicidade ou contentamento. As situações do filme são exatamente as mesmas vividas pela maioria dos casais desse século. Aparentemente estamos aterrorizados com a ideia de compromissos firmes porque já está disseminada a ideia de que são entediantes (e são, plenamente) e então partimos para o consumo rápido tentando, de maneira vã, preencher um vazio que parece se alastrar rapidamente em nossa geração. Essa é a realidade ao qual estamos inseridos, realidade a qual eu faço parte e assistir esse filme é perceber com delicadeza que o amor está fadado ao tédio, decepções, e todas as coisas que dizemos abominar. Mas como disse a avó de um dos personagens: "o amor são duas pessoas que não desistem uma da outra." Deve ser, realmente.