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55 years, Jundiaí, SP (BRA)
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Locutor, poliglota, roteirista e ator de audiodramas e apreciador de bons podcasts, da arte e da criatividade.

"Onde há paz, há cultura; onde há cultura, há paz." - Nicholas Roerich

Últimas opiniões enviadas

  • Lucas Amura

    Não é um filme para qualquer pessoa. E isso está longe de ser uma ofensa. :)

    Mas é preciso gostar e, principalmente, entender Shakespeare para compreender a grandeza da obra, não importa se em livro, no teatro, em filmagens das décadas passadas ou nesta versão bastante atualizada.

    Calma! Atualizada em termos de de tecnologia, mas Shakespeare não pode ser atualizado no linguajar. Há quem discorde, porém essa é a regra. O estudante de língua e literatura inglesa sabe que o Mestre usava de ritmos e uma métrica muito elaborada, algo que se perde numa atualização linguística e, pior, numa tradução.

    (Por outro lado... Por que não atualizar o linguajar apenas para apresentar Shakespeare a quem não o conhece? Disso sou a favor... =)

    No caso deste filme, que foi produzido pela mais importante companhia teatral do mundo, a Royal Shakespeare Company, foram trazidos os atores que têm formação notadamente shakesperiana, como Patrick Stewart e David Tennant, nomes mais conhecidos como Capitão Picard/Professor Xavier e o 10º Doutor, de Doctor Who. Atuações magníficas, que provam que são muito mais do que achamos que são, sem desmerecer todo o elenco restante.

    O cenário, ambientado como se passasse em dias atuais, traz um pouco de modernidade aos olhos de quem assiste, contudo eternamente-moderno é o tema que Hamlet aborda: a intriga, a vingança, as conspirações e a loucura, não dos nobres, não!, mas nossa, do dia a dia, quando nos confrontamos com nossas inimizades dentro do ambiente de trabalho, ou quando acabamos nos metendo nas querelas familiares.

    Shakespeare potencializa tudo isso e põe em formato de uma peça de teatro, cujos pontos altos e baixos são nada mais do que a representação de nossas emoções, quando temos aquela vontade insana de esganar um "inimigo" que trabalha na mesa ao lado, ou de se sentir indefeso e carente diante das contendas familiares.

    Ótimo filme, com atuações exuberantes, mas que deve ser compreendido tal como foi elaborado pelo Mestre.

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  • Lucas Amura

    Demorei um pouco para também deixar minha opinião completamente pessoal sobre o filme. Assisti há alguns dias e não digeri muito bem o roteiro. Foi errático, parecia um andar cambaleante de alguém que tropeça a cada pedregulho que encontra no caminho.

    Assisti em 3D, o que me permitiu uma experiência diferente. Concordo completamente que os efeitos especiais são impressionantes, ou como se diz em inglês, "breath taking".

    A teoria dos "engenheiros" é velha conhecida dos esotéricos, esotericistas, místicos (e afins) de plantão, mas com outro nome: "os jardineiros do Universo". Ela acabou se tornando muito popular com os livros de um grande astuto chamado Lobsang Rampa, nos anos 60 e 70.

    Segundo a teoria, os "jardineiros" faziam (e/ou fazem) a mesma coisa que os "engenheiros": semeiam vida em vários pontos do Universo. Eles a acompanham bem de perto nas primeiras eras (alguns poucos milhões de anos) e, assim que surgem os primeiros seres dotados de raciocínio intelectual, passam a observar a criação de longe, sem interferir no desenvolvimento da raça planetária, até que um dia essa raça também esteja apta a ela mesma fazer parte do seleto grupo de "jardineiros" (o que, numa extrapolação monumental poderia ser calculado como alguns tantos milhões de anos a contar de agora).

    Para mim, foi interessante ver todos os elementos dessa teoria presentes nos primeiros minutos do filme. Ela por si mesma daria um único filme de 120 minutos. Logo, ficou evidente que é impossível conjugar essa história com todo aquele caminhar desengonçado que os roteiristas quiseram fazer, que o diretor "comprou" para dirigir, e que os estúdios pagaram para produzir.

    Sobre as atuações, não gosto de falar. Atores são pagos para atuar, e suas atuações têm que extraídas pelos diretores. Se um é bom e o outro parece um canastrão, não cabe a mim julgar (até porque a conta bancária deles é muito mais polpuda que a minha, argumento suficiente para qualquer pseudo crítico de cinema calar a boca e recolher-se em sua insignificância). Mas estava visível que muita gente ali tinha potencial para oferecer e o diretor optou por não extrair nada deles. Foi uma pena.

    Há que se ter em mente que a saga continua com a perseguição da Dra. Elizabeth ao planeta natal dos "engenheiros". Quem sabe os estúdios se conscientizem e deixem essa produção nas mãos de alguém que gosta de explorar teorias místicas com pitacos de ficção científica?

    Quanto a recomendar ou não recomendar, claro que recomendo que você assista! Assim você também poderá formar uma opinião, que pode ser completamente contrária à minha. :)

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