Achei a escolha acertada da produção em fugir do melodrama - que é a saída mais convencional em filmes que abordam o luto - para apostar numa dramaturgia do cotidiano que se torna bem palpável ao espectador com os posicionamentos da câmera em relação ao cenário, quase esculpindo situações concretas, confiando na sensibilidade e interpretação do espectador. [spoiler][/spoiler] Nesse mesmo sentido, situam-se as cenas do parto e a da tentativa frustrada da relação sexual do casal. Importa mais ao filme expor esses fragmentos do cotidiano do que desenvolver a narrativa em diálogos autoexplicativos ou expressivos. Essa opção traz uma concretude sensorial muito forte ao filme, onde seu aspecto formal também apresenta essa crueza que no fundo, é a situação que a protagonista enfrenta. Foge também do melodrama a performance de Vanessa Kirbi e também a opção final em indicar que a vida continua. Um ótimo filme, na minha opinião.
Pra quem já viu Good Timeso filme é bem previsível. Ambos os personagens de Pattison, em Good Time, e Sandler estão fadados aos fracasso desde o início. Posto isso, achei a solução para a personagem de Sandler meio gratuíta.
Até a metade o filme soube sustentar um clima piegas que ao mesmo tempo é criativo, já que coloca o espectador no lugar da criança q vê o programa. Essa sacada justamente suaviza o aspecto piegas, já que assim toda o jogo lúdico criado faz sentido, e o filme nos faz conectar ou nos perguntarmos por nossa criança interior. No entanto, a necessidade de dar fim ao roteiro, com a reconciliação forçada entre pai e filho, diminuiu o brilho dessa filme que me já me surpreendia. Se sustentasse até o fim o jogo lúdico com o espectador sem se render ao clichê moralista familiar, seria uma ótima surpresa.
Acredito que o filme se expressa numa linguagem alegórica, onde a jornada de Bubby reflete a luta humana pelo autoconhecimento e o conhecimento do mundo.
[ O filme começa com referências ao mito da caverna platônico e o complexo de édipo, para tematizar essa busca do Eu. Interessante atentar para a capacidade mimética dessa personagem, parecendo que a obre propõe uma visão materialista da alma humana. Não existe uma personalidade inerente em Bubby, ele imita tudo ao seu redor. Bubby só consegue se encontrar, porém, quando para de mimetizar e passa a criar a si mesmo. Acho que pra mim, essa foi a mensagem mais bela do filme].
[spoiler][/spoiler]
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Ninotchka
4.1 113 Assista AgoraPropaganda antissoviética engraçadinha.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraAchei a escolha acertada da produção em fugir do melodrama - que é a saída mais convencional em filmes que abordam o luto - para apostar numa dramaturgia do cotidiano que se torna bem palpável ao espectador com os posicionamentos da câmera em relação ao cenário, quase esculpindo situações concretas, confiando na sensibilidade e interpretação do espectador. [spoiler][/spoiler]
Nesse mesmo sentido, situam-se as cenas do parto e a da tentativa frustrada da relação sexual do casal. Importa mais ao filme expor esses fragmentos do cotidiano do que desenvolver a narrativa em diálogos autoexplicativos ou expressivos. Essa opção traz uma concretude sensorial muito forte ao filme, onde seu aspecto formal também apresenta essa crueza que no fundo, é a situação que a protagonista enfrenta. Foge também do melodrama a performance de Vanessa Kirbi e também a opção final em indicar que a vida continua.
Um ótimo filme, na minha opinião.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraPra quem já viu Good Timeso filme é bem previsível. Ambos os personagens de Pattison, em Good Time, e Sandler estão fadados aos fracasso desde o início. Posto isso, achei a solução para a personagem de Sandler meio gratuíta.
Um Lindo Dia Na Vizinhança
3.5 273 Assista AgoraAté a metade o filme soube sustentar um clima piegas que ao mesmo tempo é criativo, já que coloca o espectador no lugar da criança q vê o programa. Essa sacada justamente suaviza o aspecto piegas, já que assim toda o jogo lúdico criado faz sentido, e o filme nos faz conectar ou nos perguntarmos por nossa criança interior. No entanto, a necessidade de dar fim ao roteiro, com a reconciliação forçada entre pai e filho, diminuiu o brilho dessa filme que me já me surpreendia. Se sustentasse até o fim o jogo lúdico com o espectador sem se render ao clichê moralista familiar, seria uma ótima surpresa.
Bad Boy Bubby
4.0 142Acredito que o filme se expressa numa linguagem alegórica, onde a jornada de Bubby reflete a luta humana pelo autoconhecimento e o conhecimento do mundo.
[ O filme começa com referências ao mito da caverna platônico e o complexo de édipo, para tematizar essa busca do Eu. Interessante atentar para a capacidade mimética dessa personagem, parecendo que a obre propõe uma visão materialista da alma humana. Não existe uma personalidade inerente em Bubby, ele imita tudo ao seu redor. Bubby só consegue se encontrar, porém, quando para de mimetizar e passa a criar a si mesmo. Acho que pra mim, essa foi a mensagem mais bela do filme].
[spoiler][/spoiler]