Um dos primeiros filmes do mundo a ter montagem paralela, planos distintos de coisas distintas que não faziam com que os espectadores se perdessem na temporalidade de estória. Inovador, e isso apenas três anos após o primeiro filme da história ter surgido. Noção de perspectiva e angulação de câmera apuradíssima também, não há erros de continuidade, o que era razoável na época.
Apenas 3 anos depois do primeiro filme do mundo o cara cria uma obra com roteiro, efeitos especiais elegantíssimos e complexos e muito gostosa de assistir. Melies é genial.
Essa mulher consegue transmitir toda a sensibilidade e nostalgia da infância através de uma criança pregando uma peça: passando cola em bancos, escadas e bicicletas para que as pessoas ficassem grudadas.
Baita documentário, a música cantada por uma das moradoras do hospital psiquiátrico reflete muito bem a condição desumana na qual aqueles detentor viviam.
Um filme corajoso e muito além de seu tempo, e o final nos mostra, que inevitavelmente, mesmo que façam leis ou que se avance na ética, os mais fortes fisicamente sempre terão o poder se assim o quiserem.
A nossa cabeça está sempre a passear pelo passado e pelo futuro, de forma que o presente seja excluído, e assim, não aproveitamos vida como deveríamos.
Cinema experimental em sua máxima potência no âmbito de qualidade. Parabéns ao montador, pois fez um exímio trabalho, o filme é hiper competente ao criar atmosfera.
PS: não recomendado para pessoas hipotéticas, o filme pode ser um gatilho!
No fim, a criança, por uns trocados, viu-se obrigada a vender o gatinho que criou um vínculo. Entregou-lhe com lágrimas no olhar.
sem contar que o curta tem uma fotografia belíssima e consegue, em pouco tempo, passear pela arquitetura carioca, demonstrando todos os seus contrastes.
O filme é muito mais que uma porção de carne morta a ser manuseada. Os tons de vermelho e amarelo dos interiores humanos acompanhados com a câmera epiléptica, a qual aplica zoons, pans, foque-desfoque e tudo o que tem direito só agregam para a obra. A opção de Stan Brakhage por não utilizar som foi um acerto, pela ausência de som é que focamos ainda mais naqueles cortes de navalha crus dos homens que trabalham no necrotério, tão habituados a fazerem aquilo, e o fazem, com a naturalidade de quem escova os dentes. No meio do filme passamos a nos questionar valores morais, nosso pensamento flutua, vai longe, muito longe. O filme comprova que na morte todos somos iguais, o homem mais forte em vida (quando morto) iguala-se a mulher mais fraca. Uma dos produtos audiovisuais mais espetaculares que tive o prazer de ver. E essa fotografia é um primor, apesar de o filme ser de 1971, a fotografia é muito moderna, ultra moderna e ultra estilosa em seus movimentos de câmeras. Há um raccord de cor, onde no Plano A vemos uma parte do dilacerada do corpo bastante vermelha, e depois, no Plano B vemos uma toalha de tapar corpos também vermelha, QUE MONTAGEM FRENÉTICA! Terrivelmente bela, macabra e poética!
Em 1876, Eadweard Muybridge fez uma experiência: primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888, Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca de 2 segundos mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.
Georges Méliès foi um homem genial, utilizou um Jump Cut para que Jesus Cristo, o qual abaixo desse, São Francisco ajoelhava-se, para implorar que as mulheres cessassem por lhe tentar, e então Cristo (Num Jump Cut) ou (corte invisível) se torna uma mulher. Incrível!
O final onde a caveira, que outrora fora homem, come o pedaço de carne tal como fazia o rapaz nos planos anteriores a esse é muito bem bolado. Os quadros de Arcimboldo no início do filme também.
O filme Kino-Pravda no. 1, de 1922, é claramente uma obra de propaganda, muito provavelmente encomendada, a julgar pelos inúmeros planos a destacar o trabalho coletivo e por intertítulos com os seguintes dizeres ''pela primeira vez temos animais suficientes para satisfazer as necessidades de todos''. É uma obra interessante, mas não chega aos pés de ''Um Homem Com Uma Câmera'', do mesmo diretor, Dziga Vertov . Muito embora o filme possua um lado romântico e poético acerca do comunismo, nós sabemos bem que o coletivismo só trouxe miséria e morte em massa por todos os lugares que passou, porém, naquela época, numa União Soviética fadada a acreditar no coletivismo e a condenar a monarquia o filme teve sua importância. O filme, como arquivo histórico é deveras pertinente, pois mostra como os soviéticos se utilizavam do cinema para implantar a sua agenda para o povo. Muito embora filmes de propaganda sempre sejam perigosos, por se tratar de uma ferramente de manipulação de massa, é fantástico perceber que o filme em 1922 já utilizava locações naturais, tudo isso é de um realismo impressionante. O filme mostra curiosos sendo convocados a participar da revolução cultural e etc. Uma relíquia histórica, inegavelmente. O próprio Lenin disse certa vez ''de todas artes o cinema é a mais importante para nós''. Porque sabia que a linguagem de imagem é universal, até analfabetos entendem, trata-se da linguagem artística das massas, portanto é perfeita para manipular o povo, diferentemente de balés, concertos e etc.
Le Cheval Emballé
4.0 5Um dos primeiros filmes do mundo a ter montagem paralela, planos distintos de coisas distintas que não faziam com que os espectadores se perdessem na temporalidade de estória. Inovador, e isso apenas três anos após o primeiro filme da história ter surgido. Noção de perspectiva e angulação de câmera apuradíssima também, não há erros de continuidade, o que era razoável na época.
O Sonho do Astrônomo
4.2 39Apenas 3 anos depois do primeiro filme do mundo o cara cria uma obra com roteiro, efeitos especiais elegantíssimos e complexos e muito gostosa de assistir. Melies é genial.
A Cola
3.8 4Essa mulher consegue transmitir toda a sensibilidade e nostalgia da infância através de uma criança pregando uma peça: passando cola em bancos, escadas e bicicletas para que as pessoas ficassem grudadas.
Em Nome da Razão
4.4 67Baita documentário, a música cantada por uma das moradoras do hospital psiquiátrico reflete muito bem a condição desumana na qual aqueles detentor viviam.
Os Resultados do Feminismo
4.2 22Um filme corajoso e muito além de seu tempo, e o final nos mostra, que inevitavelmente, mesmo que façam leis ou que se avance na ética, os mais fortes fisicamente sempre terão o poder se assim o quiserem.
BEAUTY
4.6 10Maravilhoso!
Vaysha, A Cega
4.4 46A nossa cabeça está sempre a passear pelo passado e pelo futuro, de forma que o presente seja excluído, e assim, não aproveitamos vida como deveríamos.
Comida
4.5 78Jan Švankmajer, o gênio do Jump Cut!
Outer Space
4.0 33 Assista AgoraCinema experimental em sua máxima potência no âmbito de qualidade. Parabéns ao montador, pois fez um exímio trabalho, o filme é hiper competente ao criar atmosfera.
PS: não recomendado para pessoas hipotéticas, o filme pode ser um gatilho!
Couro de Gato
4.3 18Curta espetacular, mostra muito bem os problemas sociais do Brasil.
No fim, a criança, por uns trocados, viu-se obrigada a vender o gatinho que criou um vínculo. Entregou-lhe com lágrimas no olhar.
Viramundo
3.7 16Essa sinopse está errada, o Sul é RS, PARANÁ E SC. São Paulo é sudeste!
Cabeças Falantes
4.6 62Esse filme poderia ter 1 hora e 30 minutos...
O Ato de Ver com os Próprios Olhos
4.1 27O filme é muito mais que uma porção de carne morta a ser manuseada. Os tons de vermelho e amarelo dos interiores humanos acompanhados com a câmera epiléptica, a qual aplica zoons, pans, foque-desfoque e tudo o que tem direito só agregam para a obra. A opção de Stan Brakhage por não utilizar som foi um acerto, pela ausência de som é que focamos ainda mais naqueles cortes de navalha crus dos homens que trabalham no necrotério, tão habituados a fazerem aquilo, e o fazem, com a naturalidade de quem escova os dentes. No meio do filme passamos a nos questionar valores morais, nosso pensamento flutua, vai longe, muito longe. O filme comprova que na morte todos somos iguais, o homem mais forte em vida (quando morto) iguala-se a mulher mais fraca. Uma dos produtos audiovisuais mais espetaculares que tive o prazer de ver. E essa fotografia é um primor, apesar de o filme ser de 1971, a fotografia é muito moderna, ultra moderna e ultra estilosa em seus movimentos de câmeras. Há um raccord de cor, onde no Plano A vemos uma parte do dilacerada do corpo bastante vermelha, e depois, no Plano B vemos uma toalha de tapar corpos também vermelha, QUE MONTAGEM FRENÉTICA! Terrivelmente bela, macabra e poética!
Traffic Crossing Leeds Bridge
3.8 19A primeira filmagem de fato?
Em 1876, Eadweard Muybridge fez uma experiência: primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888, Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca de 2 segundos mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.
A Tentação de Santo Antônio
3.9 14Georges Méliès foi um homem genial, utilizou um Jump Cut para que Jesus Cristo, o qual abaixo desse, São Francisco ajoelhava-se, para implorar que as mulheres cessassem por lhe tentar, e então Cristo (Num Jump Cut) ou (corte invisível) se torna uma mulher. Incrível!
Deixando Jerusalém Pela Estrada de Ferro
3.9 14Talvez o primeiro filme, ou um dos primeiros filmes a usar o trem como travelling/dolly .
Pot-Pourri Acrobático
3.5 3Um filme perfeito para definir o que foi o período ''cinema de atrações''.
Dickson Experimental Sound Film
3.9 23Foi a primeira tentativa de sincronizar som com imagem no cinema. E claro, Thomas Edison estava deveras envolvido nesse projeto, como sempre!
Pobre Pierrot
3.9 26Foi o primeiro filme de animação da história!
Historia Naturae, Suita
4.1 19O final onde a caveira, que outrora fora homem, come o pedaço de carne tal como fazia o rapaz nos planos anteriores a esse é muito bem bolado. Os quadros de Arcimboldo no início do filme também.
O Avião do Mickey
4.0 20O primeiro filme do Mickey da história do cinema.
O Diário de Glumov
3.8 21O primeiro filme de Eisenstein. Quem diria que sua estreia no cinema teria tantas influencias do surrealismo? Muito bom
Kino-pravda no. 1
3.0 1O filme Kino-Pravda no. 1, de 1922, é claramente uma obra de propaganda, muito provavelmente encomendada, a julgar pelos inúmeros planos a destacar o trabalho coletivo e por intertítulos com os seguintes dizeres ''pela primeira vez temos animais suficientes para satisfazer as necessidades de todos''. É uma obra interessante, mas não chega aos pés de ''Um Homem Com Uma Câmera'', do mesmo diretor, Dziga Vertov . Muito embora o filme possua um lado romântico e poético acerca do comunismo, nós sabemos bem que o coletivismo só trouxe miséria e morte em massa por todos os lugares que passou, porém, naquela época, numa União Soviética fadada a acreditar no coletivismo e a condenar a monarquia o filme teve sua importância. O filme, como arquivo histórico é deveras pertinente, pois mostra como os soviéticos se utilizavam do cinema para implantar a sua agenda para o povo. Muito embora filmes de propaganda sempre sejam perigosos, por se tratar de uma ferramente de manipulação de massa, é fantástico perceber que o filme em 1922 já utilizava locações naturais, tudo isso é de um realismo impressionante. O filme mostra curiosos sendo convocados a participar da revolução cultural e etc. Uma relíquia histórica, inegavelmente. O próprio Lenin disse certa vez ''de todas artes o cinema é a mais importante para nós''. Porque sabia que a linguagem de imagem é universal, até analfabetos entendem, trata-se da linguagem artística das massas, portanto é perfeita para manipular o povo, diferentemente de balés, concertos e etc.
Lichtspiel: Opus I
3.8 3Uma das primeiras animações abstratas do cinema. O dadaísmo era um movimento de anarquia, zombaria e comédia.