É um ótimo filme! Como muitos já falaram, também achei a trilha sonora e a fotografia maravilhosas! O design de produção também não deixa a desejar. Apesar disso, sinto que a direção e o roteiro foram um pouco confusas em alguns momentos
(a relação entre Oliver e Venetia, por exemplo, e a própria Venetia)
e o ritmo do filme me incomodou em algumas partes. A atuação do Barry Keoghan é excelente, inclusive penso que ele merece indicação às premiações, e a personalidade de sua personagem Oliver me deixou completamente intrigado e cativado por muitos motivos. Mas confesso que me perdi um pouco com tantas camadas sobrepostas em Oliver e nesse sentido achei o roteiro um pouco pretensioso demais.
Se por um lado eu não demorei muito para construir a imagem de um psicopata (manipulador/mentiroso, comportamento impulsivo/explosivo, antissocial e, sobretudo, a falta de remorso/empatia), por outro lado surge a questão sobre a mobilização de afeto entre ele e Felix. Há um desejo sexual ali, e as cenas em que Oliver observa Felix, a cena da banheira e a cena sobre o túmulo são o retrato disso. Mas há também um desejo de ocupar o lugar de Felix, de ser e ter o que ele tem, e a personagem pobre, traumatizada e frágil que Oliver cria para manipular Felix e sua excêntrica família rica em contraste com a sua verdadeira personalidade e a cena de sua real família tediosa, amorosa e de classe média, bem como o desfecho da estória retratam isso para mim.
Mas, em geral, é um ótimo filme e as apostas sobre ele são válidas.
Uma grata surpresa! Me cativou totalmente com o humor, mas me perdeu um tanto na previsibilidade do romance. Eu não acho que seja um filme LGBTQIA+ pra heterossexuais, porque pra entender o humor do filme precisa de muita referência de nossa história, de nossos estereótipos e identidades, da nossa cultura e do nosso cotidiano. O único elemento do filme pra hétero ver, na minha opinião, é o romance em si, que é clichê como toda história de comédia romântica é. Mas, no final das contas, antes uma comédia romântica LGBTQIA+ clichê do que outra comédia romântica heterossexual clichê. Gostei!
Ou Branagh é melhor diretor do que roteirista ou se deixou levar pela emoção de sua própria história. Ainda assim, visto de uma perspectiva infantil, não chega a ser incoerente. A direção de câmera é, a meu ver, espetacular! Cada quadro de Belfast é uma tela a ser apreciada na companhia de um casal de atores coadjuvantes que abraçam o espectador <3
Direção, direção de arte, fotografia e maquiagem perfeitas, existem cenas lindas <3 Só fiquei com a sensação de um ritmo muito acelerado, aprofundando pouco algumas passagem que pediam mais densidade, não sei se é edição ou roteiro. Ainda assim, vale cada segundo pela peculiaridade da história de Wain e pela atuação do Cumberbatch sempre impecável.
É um clichê já conhecido nos cinemas, criança vulnerável com pai/mãe drogados que é acolhida por alguém identificado com a história dela e acabam se tornando bons amigos. A construção da personagem do menino Sam atualiza o roteiro e o traz para fora da bolha, com a improvável, mas compreensível, relação entre uma criança queer (maravilhosa diga-se de passagem) e um ex-quarterback e ex-presidiário. Aliás, o ator que interpreta o menino Sam dá um show de atuação, carregando o filme nas costas. Não podemos (e talvez jamais poderemos) dizer o mesmo do Justin Timberlake, que é um péssimo ator. Não fosse por ele, talvez o filme fosse outro. Outra boa entrega de cena é da Juno Temple. Não dá pra dizer que é um filme ruim.
Cafona como se esperaria de todo musical dirigido pelo Ryan Murphy. Existem cenas muito boas e pequenos detalhes que levantam o filme, como a cena de jazz da Nicole Kidman maravilhosa ou a química entre os personagens do James Corden e da Jo Ellen Pellman, que foram muito fofos, apesar das atuações sofridas. Não é um blockbuster, é um musical piegas, bem intencionado e que sem o elenco estrelado não seria absolutamente nada. Meryl Streep é sempre Meryl Streep, essa mulher! Me emocionei sim nas cenas com as quais qualquer pessoa LGBT se identifica, sobretudo de relação com os pais. Melhor exemplo de que nem todo filme precisa ter 2 horas de duração, mas eu jamais diria para alguém não assistir.
Se o objetivo era emplacar uma audiência infanto-juvenil, talvez tenham sucesso. Com toda a certeza o pior que assisti esse ano. É impossível de assistir? Não é! Mas o roteiro e a montagem são terrivelmente ruins e os personagens pouco desenvolvidos (mesmo com atores não tão terríveis). Aliás, acho que o filme só é assistível por causa da Anya e da Maisie. A estória não engata e se arrasta até o fim, com um desfecho mais do que previsível, piegas.
O filme não é muito óbvio, MAS vamos combinar? Com um pouquinho de esforço ele fica meio óbvio sim né? Consegue carregar bem em seu ritmo alguns pontos de tensão, de surpresa e de virada. Eu, particularmente, no final fiquei tipo WHAT? Mas fiquei assim porque o final talvez pudesse ter sido mais desenvolvido, parece que falta algo. Mas também dá pra entender essa falta com um pouco de esforço. Curti demais a estética e como ele consegue utilizar a luz, as cores e as formas para o desenvolvimento do roteiro e para a mensagem que passa. Também gostei muito das atuações do casal, mas principalmente do Jesse. É um filme interessante e que merece ser assistido (pela experiência que proporciona) pelo menos uma vez. Contudo, não é um filmaço e eu fico espantado que vocês não conseguem entender.
Se vocês procurarem o significado da palavra vivarium verão que é viveiro (lugar onde animais são mantidos vivos sob condições naturais para estudo). Só com o título já dá pra sacar o filme. A crítica que o filme realiza, na minha humilde opinião não é em relação ao ciclo da vida do modo como as pessoas estão falando sobre questões de rotina, de vidas perfeitas, etc. Eu acho que é sobre o ciclo da vida, mas da nossa relação com a natureza, da dominação entre espécies, do modo como aprisionamos animais para nossos próprios propósitos e como transformamos a vida desses animais num verdadeiro inferno, retirando deles o exercício de seus instintos mais primitivos. Os pássaros no início do filme representam exatamente isso, sobretudo na cena dos filhotes sendo enterrados e Tom tirando sarro. Não por acaso ele depois também vai cavar um buraco para ser enterrado. O fato de eles serem alimentados. O fato de eles terem uma rotina repetitiva dia após dia e isso consumir o casal aos poucos. O fato de a criança imitá-los, irritá-los, importuná-los o tempo todo. É exatamente o que fazemos aos animais em cativeiro/estimação. E bem, os alienígenas são apenas um pretexto para isso, visto que supostamente não existem espécies superiores aos humanos na Terra. Cheguei a desconfiar no início que se tratavam de inteligências artificiais ou ciborgues. Mas o crescimento acelerado da criança remete imediatamente à alienígenas.
Bacurau merece ser saboreado com toda a paciência daqueles que estão acostumados a serem tratados como idiotas pelos roteiristas de filmes mainstream. Vale a pena cada segundo da espera pelo desfecho!
Sem qualquer preocupação escrevo que, na minha opinião de ativista e aficionado por filmes temáticos LGBT, este é o melhor drama militante sobre a epidemia da AIDS no início dos anos 1990 já produzido até o momento. Supera muito em politização e representatividade chavões do cinema norte-americano como The Normal Heart e Milk que, ao meu ver, possuem um enrendo muito próximo. O diretor soube muito bem como usar uma linguagem cinematográfica absurdamente política (razão pela qual muitos aqui têm a sensação de um documentário). A dialética entre vida e a morte é poética, profunda e cirúrgica.
Desculpem, mas o filme vai muito além do overrated de "gay saindo do armário" que muitos aqui enchem a boca pra falar. Não se trata disso. Trata-se sim do conflito e da potência da primeira paixão, avassaladora, de quando nos descobrimos sexualmente, independente de sexualidade. Mais precisamente, trata-se sim da primeira paixão avassaladora da descoberta dessa sexualidade "proibida" de alguma forma. A angustia de ambos os personagens em torno da proibição dessa paixão é poética e encanta de toda as formas! Não se trata de uma paixão escrachada, mas sim algo que fica subentendido nos olhares, nos diálogos, nos gestos. É o que todos vivemos e, por isso, merece créditos! Seja pela beleza do tratamento dado em torno do enredo, ou seja pela fotografia, edição e direção. Amei!
Dei 4 estrelas pela atuação do Andrew Garfield que, depois de assistir o Doss da vida real, me pareceu impressionante a semelhança com que Andrew o interpretou. Porém, essa mistura de guerra e religião me soou messiânica demais, no sentido perigoso e clichê da palavra.
Atuação impecável do Javier Bardem. Gostaria que a obra do Reinaldo Arenas tivesse um pouco mais de destaque no filme, sobretudo o processo de escrita do seu livro mais famoso durante os seus anos finais nos Estados Unidos, mesmo entendendo que tentam se afastar do roteiro clichê do homossexual que morre de AIDS. Gostaria de ter visto mais a obra e não apenas o contexto, já que sua autobiografia já nos revela bastante.
Fiquei tão triste em acompanhar esse sofrimento dia a dia, minuto a minuto. Certamente um dos filmes mais intimistas e comoventes que já assisti. Lindo pela história do José Leonilson, lindo pela humildade do diretor em apenas deixar o próprio artista narrá-la e mostrá-la.
Levei um dos maiores socos no estômago de toda a minha vida assistindo este filme. Ele é muito mais do que a história de Sebastião Salgado, trata da nossa história através das lentes desse ser humano incrível! Maravilhoso!
Filme lindo, poético e de um ativismo que ultrapassa o conservadorismo acadêmico da mediocridade! É, sobretudo, pra mim, um filme queer, que representa a subversão dos binarismos, das siglas e dos estereótipos a que nos submetemos e somos submetidos. Fiquei com tesão, inspirado e motivado pela liberdade do cu democrático e livre! Um paradigma do cinema brasileiro direcionado às temáticas marginalizadas, superior em todos os sentidos! Maravilhoso!!!!
Um filme dicotômico, linear e, apesar de melancólico, humano e de muito amor. Barden dá um show de atuação do início ao fim, nos permitindo sentir a dor de uma personagem que luta contra todos os seus demônios, internos e externos, brutal e belo. O filme nos permite ver o lado B, a outra face de uma cidade que só é vista turisticamente, de um herói fora da lei e da humanidade de um pai de família. Destaco ainda a personagem Ige, linda atuação, forte e comovente, como toda a mulher africana vivendo fora do tecido social, bordado para aqueles que não acompanham essa história única. BRAVO Iñarritú!
Saltburn
3.5 848É um ótimo filme! Como muitos já falaram, também achei a trilha sonora e a fotografia maravilhosas! O design de produção também não deixa a desejar. Apesar disso, sinto que a direção e o roteiro foram um pouco confusas em alguns momentos
(a relação entre Oliver e Venetia, por exemplo, e a própria Venetia)
Se por um lado eu não demorei muito para construir a imagem de um psicopata (manipulador/mentiroso, comportamento impulsivo/explosivo, antissocial e, sobretudo, a falta de remorso/empatia), por outro lado surge a questão sobre a mobilização de afeto entre ele e Felix. Há um desejo sexual ali, e as cenas em que Oliver observa Felix, a cena da banheira e a cena sobre o túmulo são o retrato disso. Mas há também um desejo de ocupar o lugar de Felix, de ser e ter o que ele tem, e a personagem pobre, traumatizada e frágil que Oliver cria para manipular Felix e sua excêntrica família rica em contraste com a sua verdadeira personalidade e a cena de sua real família tediosa, amorosa e de classe média, bem como o desfecho da estória retratam isso para mim.
Mais Que Amigos
3.3 139 Assista AgoraUma grata surpresa! Me cativou totalmente com o humor, mas me perdeu um tanto na previsibilidade do romance. Eu não acho que seja um filme LGBTQIA+ pra heterossexuais, porque pra entender o humor do filme precisa de muita referência de nossa história, de nossos estereótipos e identidades, da nossa cultura e do nosso cotidiano. O único elemento do filme pra hétero ver, na minha opinião, é o romance em si, que é clichê como toda história de comédia romântica é. Mas, no final das contas, antes uma comédia romântica LGBTQIA+ clichê do que outra comédia romântica heterossexual clichê. Gostei!
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraQue bom seria se todos os problemas da minha gay life se resumissem aos problemas do Simon,
que no final ainda leva o Keynan Lonsdale como a cereja do bolo
Belfast
3.5 291 Assista AgoraOu Branagh é melhor diretor do que roteirista ou se deixou levar pela emoção de sua própria história. Ainda assim, visto de uma perspectiva infantil, não chega a ser incoerente. A direção de câmera é, a meu ver, espetacular! Cada quadro de Belfast é uma tela a ser apreciada na companhia de um casal de atores coadjuvantes que abraçam o espectador <3
A Vida Eletrizante de Louis Wain
3.7 35 Assista AgoraDireção, direção de arte, fotografia e maquiagem perfeitas, existem cenas lindas <3
Só fiquei com a sensação de um ritmo muito acelerado, aprofundando pouco algumas passagem que pediam mais densidade, não sei se é edição ou roteiro. Ainda assim, vale cada segundo pela peculiaridade da história de Wain e pela atuação do Cumberbatch sempre impecável.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraCrítico e sublime!
Palmer
4.1 201É um clichê já conhecido nos cinemas, criança vulnerável com pai/mãe drogados que é acolhida por alguém identificado com a história dela e acabam se tornando bons amigos. A construção da personagem do menino Sam atualiza o roteiro e o traz para fora da bolha, com a improvável, mas compreensível, relação entre uma criança queer (maravilhosa diga-se de passagem) e um ex-quarterback e ex-presidiário. Aliás, o ator que interpreta o menino Sam dá um show de atuação, carregando o filme nas costas. Não podemos (e talvez jamais poderemos) dizer o mesmo do Justin Timberlake, que é um péssimo ator. Não fosse por ele, talvez o filme fosse outro. Outra boa entrega de cena é da Juno Temple. Não dá pra dizer que é um filme ruim.
A Festa de Formatura
3.1 238Cafona como se esperaria de todo musical dirigido pelo Ryan Murphy. Existem cenas muito boas e pequenos detalhes que levantam o filme, como a cena de jazz da Nicole Kidman maravilhosa ou a química entre os personagens do James Corden e da Jo Ellen Pellman, que foram muito fofos, apesar das atuações sofridas. Não é um blockbuster, é um musical piegas, bem intencionado e que sem o elenco estrelado não seria absolutamente nada. Meryl Streep é sempre Meryl Streep, essa mulher! Me emocionei sim nas cenas com as quais qualquer pessoa LGBT se identifica, sobretudo de relação com os pais. Melhor exemplo de que nem todo filme precisa ter 2 horas de duração, mas eu jamais diria para alguém não assistir.
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraSe o objetivo era emplacar uma audiência infanto-juvenil, talvez tenham sucesso. Com toda a certeza o pior que assisti esse ano. É impossível de assistir? Não é! Mas o roteiro e a montagem são terrivelmente ruins e os personagens pouco desenvolvidos (mesmo com atores não tão terríveis). Aliás, acho que o filme só é assistível por causa da Anya e da Maisie. A estória não engata e se arrasta até o fim, com um desfecho mais do que previsível, piegas.
Viveiro
3.2 759 Assista AgoraO filme não é muito óbvio, MAS vamos combinar? Com um pouquinho de esforço ele fica meio óbvio sim né? Consegue carregar bem em seu ritmo alguns pontos de tensão, de surpresa e de virada. Eu, particularmente, no final fiquei tipo WHAT? Mas fiquei assim porque o final talvez pudesse ter sido mais desenvolvido, parece que falta algo. Mas também dá pra entender essa falta com um pouco de esforço. Curti demais a estética e como ele consegue utilizar a luz, as cores e as formas para o desenvolvimento do roteiro e para a mensagem que passa. Também gostei muito das atuações do casal, mas principalmente do Jesse. É um filme interessante e que merece ser assistido (pela experiência que proporciona) pelo menos uma vez. Contudo, não é um filmaço e eu fico espantado que vocês não conseguem entender.
Se vocês procurarem o significado da palavra vivarium verão que é viveiro (lugar onde animais são mantidos vivos sob condições naturais para estudo). Só com o título já dá pra sacar o filme. A crítica que o filme realiza, na minha humilde opinião não é em relação ao ciclo da vida do modo como as pessoas estão falando sobre questões de rotina, de vidas perfeitas, etc. Eu acho que é sobre o ciclo da vida, mas da nossa relação com a natureza, da dominação entre espécies, do modo como aprisionamos animais para nossos próprios propósitos e como transformamos a vida desses animais num verdadeiro inferno, retirando deles o exercício de seus instintos mais primitivos. Os pássaros no início do filme representam exatamente isso, sobretudo na cena dos filhotes sendo enterrados e Tom tirando sarro. Não por acaso ele depois também vai cavar um buraco para ser enterrado. O fato de eles serem alimentados. O fato de eles terem uma rotina repetitiva dia após dia e isso consumir o casal aos poucos. O fato de a criança imitá-los, irritá-los, importuná-los o tempo todo. É exatamente o que fazemos aos animais em cativeiro/estimação. E bem, os alienígenas são apenas um pretexto para isso, visto que supostamente não existem espécies superiores aos humanos na Terra. Cheguei a desconfiar no início que se tratavam de inteligências artificiais ou ciborgues. Mas o crescimento acelerado da criança remete imediatamente à alienígenas.
Rainhas do Crime
2.9 144 Assista AgoraTinha tudo pra ser um filmaço, mas o roteiro e a direção não deram conta da estória e do elenco que tinham em mãos. Um pena!
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraBacurau merece ser saboreado com toda a paciência daqueles que estão acostumados a serem tratados como idiotas pelos roteiristas de filmes mainstream. Vale a pena cada segundo da espera pelo desfecho!
A resistência nordestina e os os museusirão salvar o Brasil das mãos dessa quadrilha que está no poder!
Muito bom!
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson
4.2 68 Assista Agora"Nenhum orgulho para alguns de nós sem liberdade para todos nós" ✊🏳️🌈
120 Batimentos por Minuto
4.0 190 Assista AgoraSem qualquer preocupação escrevo que, na minha opinião de ativista e aficionado por filmes temáticos LGBT, este é o melhor drama militante sobre a epidemia da AIDS no início dos anos 1990 já produzido até o momento. Supera muito em politização e representatividade chavões do cinema norte-americano como The Normal Heart e Milk que, ao meu ver, possuem um enrendo muito próximo. O diretor soube muito bem como usar uma linguagem cinematográfica absurdamente política (razão pela qual muitos aqui têm a sensação de um documentário). A dialética entre vida e a morte é poética, profunda e cirúrgica.
O desfecho de Natan, após a morte de Sean, é desnecessário, podia ter acabado antes, na belíssima cena do seu funeral politico.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraDesculpem, mas o filme vai muito além do overrated de "gay saindo do armário" que muitos aqui enchem a boca pra falar. Não se trata disso. Trata-se sim do conflito e da potência da primeira paixão, avassaladora, de quando nos descobrimos sexualmente, independente de sexualidade. Mais precisamente, trata-se sim da primeira paixão avassaladora da descoberta dessa sexualidade "proibida" de alguma forma. A angustia de ambos os personagens em torno da proibição dessa paixão é poética e encanta de toda as formas! Não se trata de uma paixão escrachada, mas sim algo que fica subentendido nos olhares, nos diálogos, nos gestos. É o que todos vivemos e, por isso, merece créditos! Seja pela beleza do tratamento dado em torno do enredo, ou seja pela fotografia, edição e direção. Amei!
O Homem Novo
3.7 2Se alguém descobrir como assistir por favor compartilhe!
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraDei 4 estrelas pela atuação do Andrew Garfield que, depois de assistir o Doss da vida real, me pareceu impressionante a semelhança com que Andrew o interpretou. Porém, essa mistura de guerra e religião me soou messiânica demais, no sentido perigoso e clichê da palavra.
Antes do Anoitecer
3.9 144Atuação impecável do Javier Bardem. Gostaria que a obra do Reinaldo Arenas tivesse um pouco mais de destaque no filme, sobretudo o processo de escrita do seu livro mais famoso durante os seus anos finais nos Estados Unidos, mesmo entendendo que tentam se afastar do roteiro clichê do homossexual que morre de AIDS. Gostaria de ter visto mais a obra e não apenas o contexto, já que sua autobiografia já nos revela bastante.
A Paixão de JL
4.5 72Fiquei tão triste em acompanhar esse sofrimento dia a dia, minuto a minuto. Certamente um dos filmes mais intimistas e comoventes que já assisti. Lindo pela história do José Leonilson, lindo pela humildade do diretor em apenas deixar o próprio artista narrá-la e mostrá-la.
O Sal da Terra
4.6 450 Assista AgoraLevei um dos maiores socos no estômago de toda a minha vida assistindo este filme. Ele é muito mais do que a história de Sebastião Salgado, trata da nossa história através das lentes desse ser humano incrível! Maravilhoso!
Tatuagem
4.2 923Filme lindo, poético e de um ativismo que ultrapassa o conservadorismo acadêmico da mediocridade! É, sobretudo, pra mim, um filme queer, que representa a subversão dos binarismos, das siglas e dos estereótipos a que nos submetemos e somos submetidos. Fiquei com tesão, inspirado e motivado pela liberdade do cu democrático e livre! Um paradigma do cinema brasileiro direcionado às temáticas marginalizadas, superior em todos os sentidos! Maravilhoso!!!!
Biutiful
4.0 1,1KUm filme dicotômico, linear e, apesar de melancólico, humano e de muito amor. Barden dá um show de atuação do início ao fim, nos permitindo sentir a dor de uma personagem que luta contra todos os seus demônios, internos e externos, brutal e belo. O filme nos permite ver o lado B, a outra face de uma cidade que só é vista turisticamente, de um herói fora da lei e da humanidade de um pai de família. Destaco ainda a personagem Ige, linda atuação, forte e comovente, como toda a mulher africana vivendo fora do tecido social, bordado para aqueles que não acompanham essa história única. BRAVO Iñarritú!
Orgulho e Esperança
4.3 291 Assista AgoraLindo em todos os aspectos <3