Nos primeiro episódios, a série passa a impressão de ser mais uma daquelas produções de ação centradas nas idas e vindas de conflitos samurais genéricos. Nada mais enganoso: a partir do terceiro episódio, ela se aprofunda em aspectos culturais do Japão Feudal, para finalmente mostrar suas intenções e desaguar em um estudo apaixonado deste personagem tão importante quanto elusivo, o Lorde Toranaga. Além dessa estrutura narrativa ousada - uma série de samurai sem ação em que o protagonista não é, na prática, o protagonista -, Shogun ainda conta com excepcional rigor histórico e refinamento de diálogo, o que só acrescentou às atuações nada menos que espetaculares do trio principal: Anna Sawai como Mariko, Cosmo Jarvis como Anjin, e Hiroyuki Sanada como Toranaga. Simplesmente extraordinário, uma das melhores séries do ano.
O argumento é interessante, mas isso é mérito mais do livro que da série, né? De resto, a produção e a atuação são boas, mas o enredo não se sustenta depois da revelação da trama: de ficção científica passamos a drama médico, épico de guerra, suspense investigativo... escolha um e chame de seu. Até umas pitadas de existencialismo respingam nos últimos episódios da série. Ou seja, fica bastante claro que, quanto mais os diretores tentaram se afastar do livro, mais batido e inconsistente ficava a história. Mais uma prova da incapacidade da dupla dinâmica do David Benioff e D.B Weiss em realizarem algo sozinhos.
Faltou adaptação nessa adaptação. Para além de sintetizar e articular as tramas principais em uma temporada bem mais curta que a do desenho, esse novo roteiro parece não ter sido adaptado para live action, para cenas reais, para personagens filmados, deixando um gostinho de artificialidade em quase todas as interações. Não ajuda nesse engessamento a triste seleção de elenco, que tenta com sucesso variável disfarçar a falta de qualidade com excesso de carisma. Não à toa, está se falando de que a série parece um grande cosplay, no que tenho de concordar. Fora isso, no entanto, a série é sim boa, tem um jeitinho maratonável, e segue fielmente - caninamente, diria - a história original, tendo tudo para cair no gosto dos fãs.
Me lembrou o inesquecível Anéis de Poder da Amazon: nada a reclamar em cenário, efeito e etcs, mas uma escrita tão sofrida que deixa tudo previsível e insosso.
Excelente. Único aviso que eu daria é que se trata de uma produção de intriga palaciana sem ação alguma. Quem prefere anime de espadinha, eu recomendo Ninja Scroll.
Uma espécie de A Profecia serializada, só que com menos personalidade. O equilíbrio frágil entre comédia, denúncia, terror e drama não convence, e os furos de roteiro tornam tudo bastante superficial. Fora isso, a discussão que a série propõe é bem desenvolvida e multifacetada, empatando o placar pruma série que entretém, mas não marca.
Boa seleção do Del Toro, com terror pra quase todos os gostos: desde um Poe com uma montagem clássica de suspense e susto, até um mais Lovecraft com uma pitada de absurdismo, desde o clichê da casa mal-assombrada, até uma crítica bem elaborada às construções sociais de feminilidade. Pra mim, o mais 'redondinho' foi o Lote 36, mas tenho que confessar que, apesar do andamento, A Inspeção foi tão esteticamente ousado que me ganhou completamente. Por Fora também encanta com as menções bastante modernas à neurose da autoimagem e à plasticidade corporal das harmonizações, filtros, maquiagens e botoxagens. De ponto baixo, acho que o Modelo de Pickman e Sonhos na Casa da Bruxa se ativeram demais aos contos e à sensibilidade da época, deixando a desejar na tradução do terror lovecraftiano pro formato audiovisual e, claro, pros nossos tempos.
Desapontante. Como com Sabrina, a Netflix conseguiu diluir uma história interessante, com seus jeitinhos, personagens e estéticas particulares, em um enredo genérico e desinteressante: bailes e adolescentes, crimes e monstros. Não tem muito de Addams aqui, exceto uma morbidez infantil e alguns one-liners fracos. Também não tem muito de Burton, que parece ter atuado mais como produtor executivo que diretor criativo. Pontos pra atuação de Zeta-Jones como Mortícia, que prestou seus respeitos mas conseguiu fugir da sombra da Anjelica Houston, e pra cenografia que, apesar de repetitiva, conseguiu criar um bom ambiente pro enredo esfarrapado da série. De resto, fórmula Netflix pra adolescentes órfãos de HP.
Dos mesmos produtores do fenômeno "Eram os Deuses Astronautas" e do hit de sucesso "Como Pode Tantas Pirâmides", vêm ai uma série de abalar: "Outro Britânico Duvidando de Grandes Civilizações Fora da Europa"! Falando sério agora, o puro creme da pseudociência travestido de ousadia intelectual. Em tempos de terra plana, nem as pedras mexicanas ficam impunes. Mas como ele emplacou uma série dessas no Netflix?, vocês podem me perguntar. Bom, o sobrinho dele é um dos diretores de produção de lá...
Boa proposta, mas acaba ficando tão superficial... Lembra Sex and the City, com os milhares de drinques, os táxis a cada esquina e as conversas intermináveis de ex-namorados. Mas, ao contrário daquele, ainda falta aqui um certo estilo, personalidade. O que no Sex and the City é um absurdo programado, quase camp no exagero novaiorquino, aqui parece forçado, ensaiado, novelesco. Ainda assim, é uma boa série de domingo.
Pra ser direto, não entendi a hype em cima da série. Sim, a direção de arte é excelente, da escolha dos cenários à trilha sonora e as sequências meditativas bem ao gosto de um Terrence Malick. E o argumento também é interessante e coeso, de unir computação quântica a algoritmos preditivos. Mas os pontos bons acabam aí, porque quanto mais o desenvolvimento decepciona, mais estas qualidades lembram o arcabouço de um ilusionista: confete, pirotecnia, e toda sorte de distrações.
O ponto alto desta ironia é o simples fato de que a série parece composta por figurantes sonâmbulos, e a sofisticada conspiração tecnológica desmorona porque algum personagem finalmente decidiu fazer alguma coisa - pra variar, apenas no último episódio. Sem falar dos buracos no enredo e nas limitações do argumento, mas nem vale a pena entrar nessa...
Uma temporada pros jurados brilharem. Keke trouxe mais consistência pro painel, Jameela fez a lição de casa, Leiomy pfta como sempre, e Law fazendo a bixa cricri todo santo episódio pra criar buzz. Começou bem fraquinha mesmo, todo episódio eu pensava 'aiii se a Ninja tivesse aí', mas acho que faz parte: temporadas e temporadas. De resto, encaminhou bem as casas e a vencedora fez todo o sentido - coisa que convenhamos, é inédita pra série.
Melhorou e muito em relação às anteriores, especialmente na busca daquele propósito exploratório de novos mundos e raças presente na série original e na TNG. Se fosse pra fazer uma crítica, seria ao romanticismo de uma temporada que quase destruiu três planetas inteiros, e acabou sem um vilão convincente: todos se arrependeram e quase todos se salvaram. Francamente, só faltou mesmo foi uma ciranda na season finale. Pode ser eu, mas ainda sinto falta de uma realidade nua e crua que a série original ocasionalmente tinha, e que foi levada ao melhor estágio no Deep Space Nine. E não me entendam errado: aqui temos todas as agruras, mas sem as consequências, o que deixa no ar um climinha meio Comer, Rezar, Amar. Mas fora isso, ótima temporada.
Impressiona a seleção que a Toei fez de enredos, diretores e animadores, com particular ênfase nestes últimos. Por incrível que pareça, a direção de arte das duas últimas histórias só melhora com os episódios, culminando na cena tocante
, ricamente adornada mas sem chegar à cacofonia. Só tenho a agradecer que os produtores viram o mérito dessa história e deram uma série própria a ela, porque é uma das animações mais interessantes que já vi na vida. Só vi essa mistura de ukiyo-e com um certo impressionismo flutuante e texturizado na adaptação Gankutsuou, lançada um ano antes, mas aqui o enredo é melhor acabado e muito mais dinâmico. 10/10.
Essas séries de comédia irônica ou precisam ter personagens muito cativantes (The Office), ou um time de roteiristas impecável (30 Rock), ou, pelo menos, um argumento realmente inédito (What We Do In The Shadows). Space Force tem um elenco muito bom, mas faltou nesses três quesitos e, infelizmente, a comédia não decolou. Mas é uma série gostosa de ver num domingo vazio.
É quando agnt vê a tentativa das concorrentes de filmar um GoT que começa a dar valor à HBO que tem... Só de cara, os personagens parecem ter saído de literalmente qualquer jogo de RPG (o lobisomem, o caçador, a curandeira, a maga, e por aí vai). Continua que trama é o pastelão mais batido de todos os tempos: o mal encarnado quer acabar com o mundo, e somente o mocinho sem personalidade pode nos salvar. E ainda piora, porque aparentemente tudo isso já aconteceu quando o mundo era Wakanda. Quer dizer...
Olha que eu sou chato, mas o que o povo criticou por criticar nessa série não é brincadeira não... Fandom de anime é pior que seita satânica, deus me livre de trabalhar pra esse povo. Adolescentes enraivecidos à parte, talvez seja a melhor adaptação que o Netflix fez. Não é nada fácil traduzir o tom do anime, que oscila entre tragédia, comédia e ação (sem falar cyberpunk, space-opera, neo-noir, western) a cada vinte e cinco minutos redondos. E, mudanças à parte, eu acho que eles conseguiram um bom resultado. Talvez o maior pecado da adaptação tenha sido a duração dos episódios, que dobraram de tamanho e, pra mim, perdeu-se no caminho a superficialidade e a correria que dava à série original um tom brincalhão sem precisar recorrer a chistes e piadinhas. O poético-reflexivo do anime também faltou aqui, dando lugar a uma autoparódia kitsch que vai do gosto do freguês. A identidade visual está ótima, o CGI foi bem feito, mas preciso confessar que os planetas e os episódios são tão diferentes entre si que às vezes eu sentia que os personagens tavam em algum tipo de holodeck. Faltou uma consistência formal que o traço do anime fornecia a ambientes muito diferentes. Além disso, alguns personagens estão melhores na adaptação e outros estão piores, é do jogo. Fora isso, só lamento que tenha sido cancelada. Não é da espessura existencialista do original, mas dei boas risadas com a série - coisa que anda em falta no Brasil de Satanás.
Depois do fiasco do Down Under, que foi roteirizado até o último fio da peruca da holograma, vem essa temporada pra salvar a reputação da franquia. Amei demais. Sem o espírito competitivo tosco das temporadas recentes dos EUA, as queens ficaram mais à vontade, se mostraram com mais sinceridade. Brigam, claro, mas também fazem as pazes e combinam rolezinho - e melhor, sem a produção em cima pra criar um draminha artificial e lucrar com a polêmica. E a Supremme, cariño, que quase chorou em todos os episódios? Enfim, uma temporada mais humana. Rupaul tem bastante a aprender com o sucesso do DRE.
Sem exageros, é a pior temporada de todas as franquias. A holograma deveria largar o osso logo, tudo de outro país que ela toca fica péssimo. RPDR Espanha e Tailândia são super amadoras - e incomodam um pouco às vezes mesmo -, mas só de não ter essa roteirização forçada dos EUA já as deixa muito melhores.
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão
4.1 108 Assista AgoraNos primeiro episódios, a série passa a impressão de ser mais uma daquelas produções de ação centradas nas idas e vindas de conflitos samurais genéricos. Nada mais enganoso: a partir do terceiro episódio, ela se aprofunda em aspectos culturais do Japão Feudal, para finalmente mostrar suas intenções e desaguar em um estudo apaixonado deste personagem tão importante quanto elusivo, o Lorde Toranaga. Além dessa estrutura narrativa ousada - uma série de samurai sem ação em que o protagonista não é, na prática, o protagonista -, Shogun ainda conta com excepcional rigor histórico e refinamento de diálogo, o que só acrescentou às atuações nada menos que espetaculares do trio principal: Anna Sawai como Mariko, Cosmo Jarvis como Anjin, e Hiroyuki Sanada como Toranaga. Simplesmente extraordinário, uma das melhores séries do ano.
O Problema dos 3 Corpos (1ª Temporada)
3.4 159 Assista AgoraO argumento é interessante, mas isso é mérito mais do livro que da série, né? De resto, a produção e a atuação são boas, mas o enredo não se sustenta depois da revelação da trama: de ficção científica passamos a drama médico, épico de guerra, suspense investigativo... escolha um e chame de seu. Até umas pitadas de existencialismo respingam nos últimos episódios da série. Ou seja, fica bastante claro que, quanto mais os diretores tentaram se afastar do livro, mais batido e inconsistente ficava a história. Mais uma prova da incapacidade da dupla dinâmica do David Benioff e D.B Weiss em realizarem algo sozinhos.
Avatar: O Último Mestre do Ar (1ª Temporada)
3.8 167 Assista AgoraFaltou adaptação nessa adaptação. Para além de sintetizar e articular as tramas principais em uma temporada bem mais curta que a do desenho, esse novo roteiro parece não ter sido adaptado para live action, para cenas reais, para personagens filmados, deixando um gostinho de artificialidade em quase todas as interações. Não ajuda nesse engessamento a triste seleção de elenco, que tenta com sucesso variável disfarçar a falta de qualidade com excesso de carisma. Não à toa, está se falando de que a série parece um grande cosplay, no que tenho de concordar. Fora isso, no entanto, a série é sim boa, tem um jeitinho maratonável, e segue fielmente - caninamente, diria - a história original, tendo tudo para cair no gosto dos fãs.
The Witcher (3ª Temporada)
3.2 98 Assista AgoraMe lembrou o inesquecível Anéis de Poder da Amazon: nada a reclamar em cenário, efeito e etcs, mas uma escrita tão sofrida que deixa tudo previsível e insosso.
Baccano!
4.4 31Uma aula de narratologia. Infelizmente, não muito além disso.
Ōoku: Por Dentro do Castelo
3.7 8 Assista AgoraExcelente. Único aviso que eu daria é que se trata de uma produção de intriga palaciana sem ação alguma. Quem prefere anime de espadinha, eu recomendo Ninja Scroll.
O Mundo por Philomena Cunk (1ª Temporada)
4.2 31 Assista AgoraSimplesmente imperdível.
O Bebê
3.0 28 Assista AgoraUma espécie de A Profecia serializada, só que com menos personalidade. O equilíbrio frágil entre comédia, denúncia, terror e drama não convence, e os furos de roteiro tornam tudo bastante superficial. Fora isso, a discussão que a série propõe é bem desenvolvida e multifacetada, empatando o placar pruma série que entretém, mas não marca.
O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (1ª Temporada)
3.5 243 Assista AgoraBoa seleção do Del Toro, com terror pra quase todos os gostos: desde um Poe com uma montagem clássica de suspense e susto, até um mais Lovecraft com uma pitada de absurdismo, desde o clichê da casa mal-assombrada, até uma crítica bem elaborada às construções sociais de feminilidade. Pra mim, o mais 'redondinho' foi o Lote 36, mas tenho que confessar que, apesar do andamento, A Inspeção foi tão esteticamente ousado que me ganhou completamente. Por Fora também encanta com as menções bastante modernas à neurose da autoimagem e à plasticidade corporal das harmonizações, filtros, maquiagens e botoxagens. De ponto baixo, acho que o Modelo de Pickman e Sonhos na Casa da Bruxa se ativeram demais aos contos e à sensibilidade da época, deixando a desejar na tradução do terror lovecraftiano pro formato audiovisual e, claro, pros nossos tempos.
Wandinha (1ª Temporada)
4.0 683 Assista AgoraDesapontante. Como com Sabrina, a Netflix conseguiu diluir uma história interessante, com seus jeitinhos, personagens e estéticas particulares, em um enredo genérico e desinteressante: bailes e adolescentes, crimes e monstros. Não tem muito de Addams aqui, exceto uma morbidez infantil e alguns one-liners fracos. Também não tem muito de Burton, que parece ter atuado mais como produtor executivo que diretor criativo. Pontos pra atuação de Zeta-Jones como Mortícia, que prestou seus respeitos mas conseguiu fugir da sombra da Anjelica Houston, e pra cenografia que, apesar de repetitiva, conseguiu criar um bom ambiente pro enredo esfarrapado da série. De resto, fórmula Netflix pra adolescentes órfãos de HP.
Revelações Pré-históricas (1ª Temporada)
3.3 17 Assista AgoraDos mesmos produtores do fenômeno "Eram os Deuses Astronautas" e do hit de sucesso "Como Pode Tantas Pirâmides", vêm ai uma série de abalar: "Outro Britânico Duvidando de Grandes Civilizações Fora da Europa"!
Falando sério agora, o puro creme da pseudociência travestido de ousadia intelectual. Em tempos de terra plana, nem as pedras mexicanas ficam impunes. Mas como ele emplacou uma série dessas no Netflix?, vocês podem me perguntar. Bom, o sobrinho dele é um dos diretores de produção de lá...
Uncoupled (1ª Temporada)
3.8 106Boa proposta, mas acaba ficando tão superficial... Lembra Sex and the City, com os milhares de drinques, os táxis a cada esquina e as conversas intermináveis de ex-namorados. Mas, ao contrário daquele, ainda falta aqui um certo estilo, personalidade. O que no Sex and the City é um absurdo programado, quase camp no exagero novaiorquino, aqui parece forçado, ensaiado, novelesco. Ainda assim, é uma boa série de domingo.
Devs
4.0 58 Assista AgoraPra ser direto, não entendi a hype em cima da série. Sim, a direção de arte é excelente, da escolha dos cenários à trilha sonora e as sequências meditativas bem ao gosto de um Terrence Malick. E o argumento também é interessante e coeso, de unir computação quântica a algoritmos preditivos. Mas os pontos bons acabam aí, porque quanto mais o desenvolvimento decepciona, mais estas qualidades lembram o arcabouço de um ilusionista: confete, pirotecnia, e toda sorte de distrações.
O ponto alto desta ironia é o simples fato de que a série parece composta por figurantes sonâmbulos, e a sofisticada conspiração tecnológica desmorona porque algum personagem finalmente decidiu fazer alguma coisa - pra variar, apenas no último episódio. Sem falar dos buracos no enredo e nas limitações do argumento, mas nem vale a pena entrar nessa...
Stranger Things (4ª Temporada)
4.2 1,0K Assista AgoraMeh...
Legendary (3ª Temporada)
4.0 23Uma temporada pros jurados brilharem. Keke trouxe mais consistência pro painel, Jameela fez a lição de casa, Leiomy pfta como sempre, e Law fazendo a bixa cricri todo santo episódio pra criar buzz. Começou bem fraquinha mesmo, todo episódio eu pensava 'aiii se a Ninja tivesse aí', mas acho que faz parte: temporadas e temporadas. De resto, encaminhou bem as casas e a vencedora fez todo o sentido - coisa que convenhamos, é inédita pra série.
Shin Sekai Yori
4.4 31Meh.
Star Trek: Discovery (4ª Temporada)
3.8 21 Assista AgoraMelhorou e muito em relação às anteriores, especialmente na busca daquele propósito exploratório de novos mundos e raças presente na série original e na TNG. Se fosse pra fazer uma crítica, seria ao romanticismo de uma temporada que quase destruiu três planetas inteiros, e acabou sem um vilão convincente: todos se arrependeram e quase todos se salvaram. Francamente, só faltou mesmo foi uma ciranda na season finale. Pode ser eu, mas ainda sinto falta de uma realidade nua e crua que a série original ocasionalmente tinha, e que foi levada ao melhor estágio no Deep Space Nine. E não me entendam errado: aqui temos todas as agruras, mas sem as consequências, o que deixa no ar um climinha meio Comer, Rezar, Amar. Mas fora isso, ótima temporada.
Ayakashi: Japanese Classic Horror
4.0 14Impressiona a seleção que a Toei fez de enredos, diretores e animadores, com particular ênfase nestes últimos. Por incrível que pareça, a direção de arte das duas últimas histórias só melhora com os episódios, culminando na cena tocante
de exorcismo e redenção do bake neko
Space Force (2ª Temporada)
3.3 24 Assista AgoraEssas séries de comédia irônica ou precisam ter personagens muito cativantes (The Office), ou um time de roteiristas impecável (30 Rock), ou, pelo menos, um argumento realmente inédito (What We Do In The Shadows). Space Force tem um elenco muito bom, mas faltou nesses três quesitos e, infelizmente, a comédia não decolou. Mas é uma série gostosa de ver num domingo vazio.
Veneno
4.8 168 Assista AgoraExcelente.
A Roda do Tempo (1ª Temporada)
3.5 236 Assista AgoraÉ quando agnt vê a tentativa das concorrentes de filmar um GoT que começa a dar valor à HBO que tem... Só de cara, os personagens parecem ter saído de literalmente qualquer jogo de RPG (o lobisomem, o caçador, a curandeira, a maga, e por aí vai). Continua que trama é o pastelão mais batido de todos os tempos: o mal encarnado quer acabar com o mundo, e somente o mocinho sem personalidade pode nos salvar. E ainda piora, porque aparentemente tudo isso já aconteceu quando o mundo era Wakanda. Quer dizer...
Cowboy Bebop (1ª Temporada)
3.2 111Olha que eu sou chato, mas o que o povo criticou por criticar nessa série não é brincadeira não... Fandom de anime é pior que seita satânica, deus me livre de trabalhar pra esse povo. Adolescentes enraivecidos à parte, talvez seja a melhor adaptação que o Netflix fez. Não é nada fácil traduzir o tom do anime, que oscila entre tragédia, comédia e ação (sem falar cyberpunk, space-opera, neo-noir, western) a cada vinte e cinco minutos redondos. E, mudanças à parte, eu acho que eles conseguiram um bom resultado. Talvez o maior pecado da adaptação tenha sido a duração dos episódios, que dobraram de tamanho e, pra mim, perdeu-se no caminho a superficialidade e a correria que dava à série original um tom brincalhão sem precisar recorrer a chistes e piadinhas. O poético-reflexivo do anime também faltou aqui, dando lugar a uma autoparódia kitsch que vai do gosto do freguês. A identidade visual está ótima, o CGI foi bem feito, mas preciso confessar que os planetas e os episódios são tão diferentes entre si que às vezes eu sentia que os personagens tavam em algum tipo de holodeck. Faltou uma consistência formal que o traço do anime fornecia a ambientes muito diferentes. Além disso, alguns personagens estão melhores na adaptação e outros estão piores, é do jogo. Fora isso, só lamento que tenha sido cancelada. Não é da espessura existencialista do original, mas dei boas risadas com a série - coisa que anda em falta no Brasil de Satanás.
Drag Race Espanha (1ª Temporada)
3.9 30Depois do fiasco do Down Under, que foi roteirizado até o último fio da peruca da holograma, vem essa temporada pra salvar a reputação da franquia. Amei demais. Sem o espírito competitivo tosco das temporadas recentes dos EUA, as queens ficaram mais à vontade, se mostraram com mais sinceridade. Brigam, claro, mas também fazem as pazes e combinam rolezinho - e melhor, sem a produção em cima pra criar um draminha artificial e lucrar com a polêmica. E a Supremme, cariño, que quase chorou em todos os episódios? Enfim, uma temporada mais humana. Rupaul tem bastante a aprender com o sucesso do DRE.
RuPaul's Drag Race Down Under (1ª Temporada)
2.6 42Sem exageros, é a pior temporada de todas as franquias. A holograma deveria largar o osso logo, tudo de outro país que ela toca fica péssimo. RPDR Espanha e Tailândia são super amadoras - e incomodam um pouco às vezes mesmo -, mas só de não ter essa roteirização forçada dos EUA já as deixa muito melhores.