Cláudio Marzo

Quem nunca acalentou sonhos de se tornar famoso, de escrever um grande livro, de ser importante para o mundo, influenciar pessoas? Atualmente, mais do que nunca esses são desejos comuns a muitas pessoas. No entanto, poucos consideram os aspectos negativos de ser conhecido e ao mesmo tempo não querido pelas pessoas. Este sentimento, juntamente com outros, como a incapacidade de cumprir objetivos alto impostos podem nos tornar pessoas amargas e invejosas. Esse filme aborda diversos aspectos de várias questões e dilemas que os tempos atuais são capazes de nos proporcionar, num momento a fama meteórica e irrefreável, no outro, o abandono e o repúdio de milhões. Quem é capaz de suportar tudo isso?

Muito bom! Beirando ao perfeito eu diria. A consciência de que não somos filhos queridos, de que não há um criador preocupado com nosso bem estar, é extremamente libertadora. Dependemos apenas de nós mesmos e daqueles que nos rodeiam! As vezes perdemos o momento presente, nossas vidas, sonhando com algo que idealizamos mas não condiz com a realidade da nossa existência. Reconhecer que estamos sozinhos no universo, pode ser bastante dolorido, impossível até para a maioria das pessoas, mas aqueles que conseguem ressignificar suas existência, seus valores, estão finalmente prontos para levarem uma existência plena.

O filme é um golpe no mito americano do "self made man", mostra um protagonista vigarista, cujo maior valor é o poder. Para ele não há limites para conseguir o que quer. Esse tipo de ser explica muito bem como picaretas de plantão, como Donald Trump, iludem as massas com a falsa imagem de homens inteligentes, éticos e lutadores, que conquistam o poder.