Torna-se um pouco maçante para quem não está por dentro das eleições norte americanas, mas não deixa de ser um ótimo documentário e de grande relevância social.
Acredito que as pessoas transfiram seu afeto por Nietzsche para esse documentário ao assisti-lo, pois o documentário em si não é tão estupendo quanto o pintam. Não é ruim, mas é um tanto quanto superficial (superficial, não supérfluo). É como um basicão de Nietzsche para quem não o conhece. Para quem conhece torna-se um tanto quanto redundante em muitas partes.
O final de sua vida me faz refletir sobre o quão frágil e ao mesmo tempo possante é a mente humana. Num dia tens uma das mentes mais brilhantes da Europa, e noutro és um ser que vaga à mercê da compaixão alheia (irônico depender da compaixão após passar uma vida inteira sendo contra a mesma).
É através dos seus programas que conhecemos melhor Ai e seus clientes com os seus desejos e frustrações. O roteiro é denso o suficiente para o espectador compreender que estes “desvios” de comportamento estão intimamente ligados ao fenômeno da modernidade. Isto fica exposto de forma clara no diálogo entre Ai e uma prostituta bem sucedida. Quando a personagem principal olha admirada para o seu apartamento afirmando que ela é muita rica, esta responde de forma enfática: “Na verdade, não. O Japão é que é rico. Mas é rico sem orgulho. Cria ansiedade, que leva os homens ao sadomasoquismo. Foi através desses homens que eu ganhei a vida. E tenho orgulho disso”.
A figura de Ai remete de forma interessante a flor-de-lótus. Nas religiões orientais, esta flor simboliza a pureza e o renascimento no meio da lama da existência mundana. Isto fica perceptível quando um dos clientes de Ai diz que ela “é a única esperança do Japão podre”. Para este cliente, Ai não faz distinção entre os homens, diferente das atuais mulheres japonesas que preferem os “homens de negócios”. A própria fisionomia da personagem passa um ar de pureza e delicadeza impressionante (grande atuação de Miho Nikaido).
Todas as tomadas da metrópole sempre mostram um céu nublado, que junto com uma fotografia escura denota um ambiente melancólico. Devido às diversas sequências escatológicas, o filme injustamente (ou não) foi rotulado de “erótico sado-masoquista”. Estes elementos estão realmente presentes, mas nas entrelinhas é um filme bastante crítico dos valores da sociedade japonesa atual, em confronto com a tradição milenar. E mais, é um filme sobre os “demônios” da nossa civilização, que comumente visto como ‘anomalias’, são apenas conseqüências do “progresso” da humanidade.
Só não dou cinco estrelas porque pecaram feio ao expor o conceito de Nietzsche de que Deus está morto como algo negativo (não foi dito claramente, mas dentro do contexto foi o que pareceu. Posso estar errada, mas mostrar um monte de pensadores/psiquiatras que inventaram métodos desumanos e no meio deles expor Nietzsche e deixar a critério de quem assiste julgar para mim parece querer que julguem Nietzsche como desumano também). Mas não dá pra excluir todo o resto do filme por causa disso, até porque o filme é um primor. Foram abordados pontos muito interessantes, como a ligação da Psiquiatria com o Nazismo, o Racismo e o Apartheid.
Eu sempre soube que os campos de concentração tinham mais a ver com a Psiquiatria do que com o Nazismo em si. Quando vi isso no documentário quase dei um salto pra trás gritando ''eu tava certaaa". Também amei terem mostrado ligação da Psiquiatria com as torturas que são feitas no Iraque e locais adjacentes (como as dos Manuais KUBARK).
Em primeiro lugar, se é pra fazer um crítica digna ao filme é necessário conhecer um mínimo, ao menos, do espírito de Georges Bataille. Eu não sei se gostei ou deixei de gostar. É suspeito porque gostei de ver os conceitos de Bataille em tela, mas ao mesmo tempo achei fraco para simbolizar os conceitos do mesmo. Ao ler um livro de Bataille deparamo-nos com tanta filosofia, tanta base filosófica, que mal dá pra lembrar que ele está falando sobre erotismo e sexualidade. Já esse filme é o contrário. É tanta sexualidade que não dá pra sentir o lado filosófico da coisa. Pecou nesse ponto assim como 120 dias de Sodoma. Não quero dar uma de gostosona, mas será que é tão difícil assim juntar ambas coisas? Fico imaginando se esse filme faria mais sentido nas mãos de Lars von Trier (um mestre na mistura sexo sujo + filosofia). Sobre o final do filme, cito Bataille:
DICA PARA QUEM NÃO ASSISTIU A SÉRIE E QUER ASSISTIR O FILME ANTES: Não faça isso se pretende assistir a série um dia. O filme é puro spoiler.
Laura parece ser exatamente o tipo de pessoa com quem eu gostaria de andar, haha. Eu adorei o clima pecaminoso da vida dela. Todo longa flui de uma maneira desprendida de moralidades, cheio de seios a mostra, sexo, e outras coisas que são assuntos tabu, mas não citarei pra não dar spoiler. Resumidamente, o filme é como um bônus profano (quem não assistiu a série ficará perdido, quem assistiu e busca algo mais será saciado), um tour pelo lado repreensível da vida dos moradores de Twin Peaks. Sabe aquela sensação de ''quero mais'' quando uma série que você gosta acaba? Pois então, esse filme é um presentinho pra quem ficou com esse gosto na boca.
Não sei explicar direito, mas o filme deixou uma sensação de ''falta algo''. Quando leio textos de Marques de Sade, mesmo que os textos revelem desejos sórdidos e doentios, há aquela sensação de que ele não acredita no que acredita só por luxo, mas sim por ter analisado o comportamento social e debochar do mesmo. Já esse filme... Soa só como ricos mimados se divertindo e só. Tudo bem, tudo bem, Sade também soa como um mimado que só quer sentir prazer, mas pelo menos ele sabe como soar eloquente e convincente. Por exemplo, quando Sabe afirma que estupro não é necessariamente um crime, ele não só afirma isso mas também mostra a lógica dele. Ele diz que o estuprador penetra sua vítima assim como um amante penetra sua amada. Viram a diferença? Esse filme, dentro desse exemplo, só mostra o estuprador estuprando, não mostra a parte filosófica de Sade. Um pornô fraco (porque se fosse um pornô mesmo teria cenas com foco mais próximo). Não é pornô e não é um filme convencional, fica pendendo entre os dois títulos. Não conseguiu passar a profundidade da mente de Sade.
Acho um tremendo privilégio poder ver grandes pensadores em vídeo (já que a maioria deles nós só vemos por foto ou olhe lá). E também um privilégio que hajam projetos como esses que visam mostrar um psicólogo em ação. É interessantíssimo ver Rogers colocando ACP em ação, ver a forma como ele apenas conduz a paciente a achar suas próprias respostas.
Até o meio do filme eu fiquei bem entendiada. Mas as coisas começaram a ficar interessantes a partir do momento em que ele chega ao topo. É aquele tipo de filme que apesar de previsível consegue ser ótimo. Me identifiquei bastante com a personalidade difícil de domar do Tony - o tipo de pessoa que não conseguir lidar muito bem com liderança. É interessante acompanhar a morte dele conforme ele vai chegando onde quer chegar.
Interessante como na maior parte do tempo o documentário não dá a opinião fechada e direta, ao invés disso expondo fatos, frases ditas, imagens, que você julgará de acordo com sua forma de enxergar as coisas. Obviamente há um estimulo pra você ver de uma determimada maneira, mas ainda assim há uma grande influência do telespectador no resultado final do filme. Apesar de cansativa, a maneira robótica como as cenas se passam exemplificam uma das filosofias do documentário. Tão cansativo e robótico quanto nossas vidas de mercadoria consumista.
A explicação sobre "violência" à propriedade logo no início foi incrível - pelo menos pra mim que não tinha me dado ao trabalho de refletir sobre o tópico.
· É um filme de poucas-e-boas falas, que dá bastante espaço entre uma e outra pra que possamos refletir - ao contrário daqueles documentários, magníficos, que vão dando uma informação e sem que você sequer tenha digerido a primeira já dão outra. De qualquer forma, devo admitir que prefiro os documentários mais 'recheados', mas isso não vem ao caso.
Que filme é esse? Uma super aula de história, bem contada, bem explicada. Óbvio que requer um leve conhecimento prévio de algumas coisas básicas (não tão básicas para nós ocidentais que em nossa maioria nem sequer sabemos a diferença entre israelenses e palestinos). Um dos pontos mais interessantes com certeza é o fato do filme ter sido feito por um ex-soldado israelense. Recomendo muito! Sou genuinamente apaixonada por documentários que ensinam, que mostram a verdade.
Um daqueles filmes que te deixam com uma angústia no peito. Adrien Brody possui esse ar melancólico e trouxe-o para o personagem deixando-o ainda mais pesado do que provavelmente seria nas mãos de um outro ator. Não é uma melancolia desesperada, é a melancolia de conhecer a verdade das coisas. O filme consegue passar a dificuldade que é estar na fase da adolescência, que por muitos pode ser vista como frescura ou drama. Também mostra a falta de sentido da vida.
A morte da aluna foi algo previsível, mas que não deixou de marcar o filme e causar impacto em quem o assiste. "Você não devia estar aqui, porque eu não estou aqui. Você pode me ver, mas eu estou vazio."
É um filme impactante, daqueles que te faz refletir.
Achei muito fraco, principalmente se compararmos com os demais (Old Boy e Mr. Vingança). Mas nem irei prolongar-me muito, só achei arrastado e sem as cenas surpreendentes que o resto da trilogia carrega.
Muita gente defender Humbert usando como desculpa o fato de Lolita ser extremamente provocante e demonstrar querer o que aconteceu com ela. Pois bem, nós, seres humanos normais, entre nosso 3-6 anos passamos por uma fase chamada ''Complexo de Édipo". Nessa fase, nós mulheres queremos que nossa mãe morra para que possamos ficar com nossos pais, e os homens querem que os pais moram para que eles fiquem com a mãe. Porém, esse é um desejo inconsciente e que nós mesmos, como crianças, não entendemos. Agora, se a mãe de uma criança que está nessa fase realmente morrer, e o pai começar a ter relações com ela, você diria que a criança mereceu? O que acontece com Lolita não assemelhasse por completo com esse exemplo que acabei de dar, mas creio que dê pra entender a lógica que quero passar. Quando somos crianças/adolescentes temos desejos confusos que não precisam ser saciados. Muitos dos desejos infantis devem ser ignorados, pois eles só servem para nos impulsionar, não para serem realizados. O desejo de uma criança não se assemelha ao desejo de um adulto. Não deixa de ser um impulso sexual, mas a criança não quer o ato sexual em si - ela nem sequer entende o ato sexual em si completamente. Um bebê que usa seu instinto sexual oral para mamar poderia ser visto como um ser merecedor de estupro - uma vez que essa é a lógica que usam com Lolita? Lolita foi uma menina que aprendeu desde nova que conseguiria tirar dos homens o que queria se usasse sua feminilidade. Ninguém a avisou de que sua vida seria destruída se ela continuasse usando esse conhecimento. O próprio Humbert, ao ver onde a vida de Lolita foi parar, arrependeu-se de todos seus atos e admitiu que devia ter deixado a criança ser uma criança. Lô, ao perder sua mãe e perceber que Humbert, seu violador, era tudo que ela tinha, começou a jogar o jogo e agir da maneira que ela sabia que agradaria ela. Afinal, ele era tudo que ela tinha.
Quando li o livro, realmente fiquei cega pela paixão doentia de Humbert. Eu não conseguia enxergar o lado de Lolita, pois Humbert era tão convincente e eloquente que fez-me acreditar em todo seu suposto amor, parecendo que Lolita realmente o amava da mesmo forma que ele a amava, e fazendo-me repudia-la por não corresponder mais aos seus afetos de uma hora para outra. Mas esse filme... Não há como ignorar os olhos desesperados e vazios de Lolita. A face dela clama por socorro a cada segundo. Dominique Swain foi esplêndida.
Orwell Se Revira No Seu Túmulo
4.0 5Torna-se um pouco maçante para quem não está por dentro das eleições norte americanas, mas não deixa de ser um ótimo documentário e de grande relevância social.
Humano, Demasiado Humano - Nietzsche
4.1 25Acredito que as pessoas transfiram seu afeto por Nietzsche para esse documentário ao assisti-lo, pois o documentário em si não é tão estupendo quanto o pintam.
Não é ruim, mas é um tanto quanto superficial (superficial, não supérfluo). É como um basicão de Nietzsche para quem não o conhece. Para quem conhece torna-se um tanto quanto redundante em muitas partes.
O final de sua vida me faz refletir sobre o quão frágil e ao mesmo tempo possante é a mente humana. Num dia tens uma das mentes mais brilhantes da Europa, e noutro és um ser que vaga à mercê da compaixão alheia (irônico depender da compaixão após passar uma vida inteira sendo contra a mesma).
Tokio em Decadência
3.6 23Vi uma crítica incrível sobre este filme, escrita por Júlio César Filho, e achei interessante compartilhar aqui.
É através dos seus programas que conhecemos melhor Ai e seus clientes com os seus desejos e frustrações. O roteiro é denso o suficiente para o espectador compreender que estes “desvios” de comportamento estão intimamente ligados ao fenômeno da modernidade. Isto fica exposto de forma clara no diálogo entre Ai e uma prostituta bem sucedida. Quando a personagem principal olha admirada para o seu apartamento afirmando que ela é muita rica, esta responde de forma enfática: “Na verdade, não. O Japão é que é rico. Mas é rico sem orgulho. Cria ansiedade, que leva os homens ao sadomasoquismo. Foi através desses homens que eu ganhei a vida. E tenho orgulho disso”.
A figura de Ai remete de forma interessante a flor-de-lótus. Nas religiões orientais, esta flor simboliza a pureza e o renascimento no meio da lama da existência mundana. Isto fica perceptível quando um dos clientes de Ai diz que ela “é a única esperança do Japão podre”. Para este cliente, Ai não faz distinção entre os homens, diferente das atuais mulheres japonesas que preferem os “homens de negócios”. A própria fisionomia da personagem passa um ar de pureza e delicadeza impressionante (grande atuação de Miho Nikaido).
Todas as tomadas da metrópole sempre mostram um céu nublado, que junto com uma fotografia escura denota um ambiente melancólico. Devido às diversas sequências escatológicas, o filme injustamente (ou não) foi rotulado de “erótico sado-masoquista”. Estes elementos estão realmente presentes, mas nas entrelinhas é um filme bastante crítico dos valores da sociedade japonesa atual, em confronto com a tradição milenar. E mais, é um filme sobre os “demônios” da nossa civilização, que comumente visto como ‘anomalias’, são apenas conseqüências do “progresso” da humanidade.
O Sétimo Selo
4.4 1,0K"I want knowledge. Not belief. Not Surmise. But knowledge."
Psiquiatria: Uma Indústria da Morte
3.2 4Só não dou cinco estrelas porque pecaram feio ao expor o conceito de Nietzsche de que Deus está morto como algo negativo (não foi dito claramente, mas dentro do contexto foi o que pareceu. Posso estar errada, mas mostrar um monte de pensadores/psiquiatras que inventaram métodos desumanos e no meio deles expor Nietzsche e deixar a critério de quem assiste julgar para mim parece querer que julguem Nietzsche como desumano também). Mas não dá pra excluir todo o resto do filme por causa disso, até porque o filme é um primor.
Foram abordados pontos muito interessantes, como a ligação da Psiquiatria com o Nazismo, o Racismo e o Apartheid.
Eu sempre soube que os campos de concentração tinham mais a ver com a Psiquiatria do que com o Nazismo em si. Quando vi isso no documentário quase dei um salto pra trás gritando ''eu tava certaaa". Também amei terem mostrado ligação da Psiquiatria com as torturas que são feitas no Iraque e locais adjacentes (como as dos Manuais KUBARK).
Minha Mãe
2.8 243Em primeiro lugar, se é pra fazer um crítica digna ao filme é necessário conhecer um mínimo, ao menos, do espírito de Georges Bataille.
Eu não sei se gostei ou deixei de gostar. É suspeito porque gostei de ver os conceitos de Bataille em tela, mas ao mesmo tempo achei fraco para simbolizar os conceitos do mesmo.
Ao ler um livro de Bataille deparamo-nos com tanta filosofia, tanta base filosófica, que mal dá pra lembrar que ele está falando sobre erotismo e sexualidade. Já esse filme é o contrário. É tanta sexualidade que não dá pra sentir o lado filosófico da coisa. Pecou nesse ponto assim como 120 dias de Sodoma.
Não quero dar uma de gostosona, mas será que é tão difícil assim juntar ambas coisas? Fico imaginando se esse filme faria mais sentido nas mãos de Lars von Trier (um mestre na mistura sexo sujo + filosofia).
Sobre o final do filme, cito Bataille:
"O sentido último do Erotismo é a morte"
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraUm ótimo filme para estudantes de inglês.
O Segredo de Nikola Tesla
4.1 13http://www.youtube.com/watch?v=krxtqVYsNcY
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraDICA PARA QUEM NÃO ASSISTIU A SÉRIE E QUER ASSISTIR O FILME ANTES: Não faça isso se pretende assistir a série um dia. O filme é puro spoiler.
Laura parece ser exatamente o tipo de pessoa com quem eu gostaria de andar, haha. Eu adorei o clima pecaminoso da vida dela. Todo longa flui de uma maneira desprendida de moralidades, cheio de seios a mostra, sexo, e outras coisas que são assuntos tabu, mas não citarei pra não dar spoiler. Resumidamente, o filme é como um bônus profano (quem não assistiu a série ficará perdido, quem assistiu e busca algo mais será saciado), um tour pelo lado repreensível da vida dos moradores de Twin Peaks.
Sabe aquela sensação de ''quero mais'' quando uma série que você gosta acaba? Pois então, esse filme é um presentinho pra quem ficou com esse gosto na boca.
"Night time is my time"
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KNão sei explicar direito, mas o filme deixou uma sensação de ''falta algo''. Quando leio textos de Marques de Sade, mesmo que os textos revelem desejos sórdidos e doentios, há aquela sensação de que ele não acredita no que acredita só por luxo, mas sim por ter analisado o comportamento social e debochar do mesmo. Já esse filme... Soa só como ricos mimados se divertindo e só. Tudo bem, tudo bem, Sade também soa como um mimado que só quer sentir prazer, mas pelo menos ele sabe como soar eloquente e convincente. Por exemplo, quando Sabe afirma que estupro não é necessariamente um crime, ele não só afirma isso mas também mostra a lógica dele. Ele diz que o estuprador penetra sua vítima assim como um amante penetra sua amada. Viram a diferença? Esse filme, dentro desse exemplo, só mostra o estuprador estuprando, não mostra a parte filosófica de Sade.
Um pornô fraco (porque se fosse um pornô mesmo teria cenas com foco mais próximo). Não é pornô e não é um filme convencional, fica pendendo entre os dois títulos. Não conseguiu passar a profundidade da mente de Sade.
A Onda
4.2 1,9KAssistir esse filme é como assistir de novo algum filme que você gosta. Tudo é previsível, mas é bom de assistir.
Ensina-me a Viver
4.3 874 Assista AgoraUm dos poucos casos em que o título em português condiz mais com o filme do que o título original.
Submarino
4.0 178 Assista AgoraAgnes Obel na trilha sonora <3
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agora''O que eu queria dizer era que... se você tem asas, por que não voar?''
Carl Rogers - Caso Glória
4.2 3Acho um tremendo privilégio poder ver grandes pensadores em vídeo (já que a maioria deles nós só vemos por foto ou olhe lá). E também um privilégio que hajam projetos como esses que visam mostrar um psicólogo em ação.
É interessantíssimo ver Rogers colocando ACP em ação, ver a forma como ele apenas conduz a paciente a achar suas próprias respostas.
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraAté o meio do filme eu fiquei bem entendiada. Mas as coisas começaram a ficar interessantes a partir do momento em que ele chega ao topo.
É aquele tipo de filme que apesar de previsível consegue ser ótimo. Me identifiquei bastante com a personalidade difícil de domar do Tony - o tipo de pessoa que não conseguir lidar muito bem com liderança.
É interessante acompanhar a morte dele conforme ele vai chegando onde quer chegar.
Orders? You're giving me orders? Amigo, the only thing in this world that gives orders is balls, you got that? Balls.
Surplus
4.1 61Interessante como na maior parte do tempo o documentário não dá a opinião fechada e direta, ao invés disso expondo fatos, frases ditas, imagens, que você julgará de acordo com sua forma de enxergar as coisas. Obviamente há um estimulo pra você ver de uma determimada maneira, mas ainda assim há uma grande influência do telespectador no resultado final do filme.
Apesar de cansativa, a maneira robótica como as cenas se passam exemplificam uma das filosofias do documentário. Tão cansativo e robótico quanto nossas vidas de mercadoria consumista.
A explicação sobre "violência" à propriedade logo no início foi incrível - pelo menos pra mim que não tinha me dado ao trabalho de refletir sobre o tópico.
É um filme de poucas-e-boas falas, que dá bastante espaço entre uma e outra pra que possamos refletir - ao contrário daqueles documentários, magníficos, que vão dando uma informação e sem que você sequer tenha digerido a primeira já dão outra. De qualquer forma, devo admitir que prefiro os documentários mais 'recheados', mas isso não vem ao caso.
Nós Roubamos Segredos: A História do WikiLeaks
3.8 28Tá foda achar um download de verdade desse filme, viu
A História Sionista
4.5 6Que filme é esse? Uma super aula de história, bem contada, bem explicada. Óbvio que requer um leve conhecimento prévio de algumas coisas básicas (não tão básicas para nós ocidentais que em nossa maioria nem sequer sabemos a diferença entre israelenses e palestinos).
Um dos pontos mais interessantes com certeza é o fato do filme ter sido feito por um ex-soldado israelense.
Recomendo muito! Sou genuinamente apaixonada por documentários que ensinam, que mostram a verdade.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KPor mais que entre Freud e Jung eu prefira, assumidamente, Jung, devo admitir que esse filme é nitidamente junguiano.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraUm daqueles filmes que te deixam com uma angústia no peito. Adrien Brody possui esse ar melancólico e trouxe-o para o personagem deixando-o ainda mais pesado do que provavelmente seria nas mãos de um outro ator. Não é uma melancolia desesperada, é a melancolia de conhecer a verdade das coisas.
O filme consegue passar a dificuldade que é estar na fase da adolescência, que por muitos pode ser vista como frescura ou drama. Também mostra a falta de sentido da vida.
A morte da aluna foi algo previsível, mas que não deixou de marcar o filme e causar impacto em quem o assiste.
"Você não devia estar aqui, porque eu não estou aqui. Você pode me ver, mas eu estou vazio."
É um filme impactante, daqueles que te faz refletir.
Lady Vingança
4.0 456Achei muito fraco, principalmente se compararmos com os demais (Old Boy e Mr. Vingança). Mas nem irei prolongar-me muito, só achei arrastado e sem as cenas surpreendentes que o resto da trilogia carrega.
Lolita
3.7 823 Assista AgoraMuita gente defender Humbert usando como desculpa o fato de Lolita ser extremamente provocante e demonstrar querer o que aconteceu com ela. Pois bem, nós, seres humanos normais, entre nosso 3-6 anos passamos por uma fase chamada ''Complexo de Édipo". Nessa fase, nós mulheres queremos que nossa mãe morra para que possamos ficar com nossos pais, e os homens querem que os pais moram para que eles fiquem com a mãe. Porém, esse é um desejo inconsciente e que nós mesmos, como crianças, não entendemos. Agora, se a mãe de uma criança que está nessa fase realmente morrer, e o pai começar a ter relações com ela, você diria que a criança mereceu? O que acontece com Lolita não assemelhasse por completo com esse exemplo que acabei de dar, mas creio que dê pra entender a lógica que quero passar. Quando somos crianças/adolescentes temos desejos confusos que não precisam ser saciados. Muitos dos desejos infantis devem ser ignorados, pois eles só servem para nos impulsionar, não para serem realizados.
O desejo de uma criança não se assemelha ao desejo de um adulto. Não deixa de ser um impulso sexual, mas a criança não quer o ato sexual em si - ela nem sequer entende o ato sexual em si completamente. Um bebê que usa seu instinto sexual oral para mamar poderia ser visto como um ser merecedor de estupro - uma vez que essa é a lógica que usam com Lolita?
Lolita foi uma menina que aprendeu desde nova que conseguiria tirar dos homens o que queria se usasse sua feminilidade. Ninguém a avisou de que sua vida seria destruída se ela continuasse usando esse conhecimento. O próprio Humbert, ao ver onde a vida de Lolita foi parar, arrependeu-se de todos seus atos e admitiu que devia ter deixado a criança ser uma criança. Lô, ao perder sua mãe e perceber que Humbert, seu violador, era tudo que ela tinha, começou a jogar o jogo e agir da maneira que ela sabia que agradaria ela. Afinal, ele era tudo que ela tinha.
Quando li o livro, realmente fiquei cega pela paixão doentia de Humbert. Eu não conseguia enxergar o lado de Lolita, pois Humbert era tão convincente e eloquente que fez-me acreditar em todo seu suposto amor, parecendo que Lolita realmente o amava da mesmo forma que ele a amava, e fazendo-me repudia-la por não corresponder mais aos seus afetos de uma hora para outra. Mas esse filme... Não há como ignorar os olhos desesperados e vazios de Lolita. A face dela clama por socorro a cada segundo. Dominique Swain foi esplêndida.
Vênus in Furs
3.5 15Alguém tem o link para passar?