Desde o momento em que vi Reznik lavando as mãos com cloro já percebi que ele era um assassino, pois esse é um comportamento típico de pessoas que sentem culpa, sentindo-se assim sempre com as mãos sujas (por isso um simples sabão não serve pra Reznik). Depois, na reunião que houve após o acidente causado pela desatenção de Reznik, quando os presentes afirmaram que Ivan não existia, eu já tive a certeza de que ele era esquizofrênico e o restante do filme só serviu para confirmar o que eu já sabia.
De qualquer maneira, o fato dele ter sido previsível para mim não ''estragou'' o filme. É um bom filme, e a transformação/atuação de Bale está impecável.
Acho que ''suspense'' cairia melhor como gênero desse filme. Fiquei esperando algo aterrorizante acontecer, um bom close, algo do tipo, mas nada aconteceu. Foi um pouco estranho ver algumas modificações corporais sendo tratadas como bizarrices, como implantes e bifurcação. Isso não tem nada de aterrorizante. Pode até ser para uma pessoa que não tem modificação nenhuma, mas pra quem tem ou pra quem convive com pessoas que têm, é algo muito banal. A Mary poderia ser mais sexy e menos inexpressiva. Contudo, o filme foi, para mim, uma grande decepção. Não que não seja bom, mas eu esperava muito mais.
O filme não parece ter início, meio ou fim - é como estar imerso em um mar de angústia. Faz jus ao gênero. De uma maneira ou de outra as partes mais generosas do filme estão ligadas ao sexo, o que pode dar a sensação de que o roteiro não é "criativo", porém esse é um dos fatores que mais contribui para o ar dramático do filme. Essa expressividade disfaçarda em inexpressividade faz com que sintamos quão angustiante é a realidade de Brandon.
Fica nítida a busca de Brandon por resquícios de vida dentro do sexo através da cena em que ele começa a zombar do homem narrando o que faria com sua namorada, e depois, ao entrar na boate gay com aqueles olhos de quem sugaria toda vida da humanidade, se tivesse o poder.
A história dos personagens fica pendendo e em nenhum momento se aprofunda, e esse fator nos leva, novamente, a focar apenas no vício de Brandon. Quando se tem um vício, tudo que não está na área abrangida pelo mesmo soa como plano de fundo, desde o passado ao futuro. As variadas cenas de sexo, e a forma crua como o mesmo é mostrado, ajudam-nos a termos a noção de como o sexo ecoa na mente do viciado - assim como em Ninfomaníaca de Lars von Trier.
"Só sei que os homens não me veem, apenas me olham" "Sabe que nunca será feliz, mas ao menos pode ser contente" "Quando não pertencemos a nada, nem ninguém, como não pertencer a quem quiser?"
Foi delicioso assistir o filme já conhecendo a trilha sonora, e devido a isso ter acesso a detalhes que passariam despercebidos se não a conhecesse. Por exemplo, quando Alexander está sentado, assistindo Lara, toca "Watching Lara", e quando os dois entram naquele apartamento abandonado toca "Lara's Castle".Esses detalhes são preciosos para mim.
Lars e toda sua intensidade são sempre algo bom de se ver. Sabe aqueles sustinhos que você tem quando uma cena acontece sem que você esperasse? Sssisti esse filme e tive esses benditos sustinhos, sendo que já assisti filmes como A Serbian Film sem ter nenhum desses. Lars sabe muito bem como lidar com as sensações de quem está assistindo. A melancolia que ele põe em seus filmes, como usar imagens desfocadas, focar em coisas como um vaso de plantas, tudo isso traz uma intensidade adorável pra todos seus filmes. Como vi em um dos comentários abaixo, "tudo parece ter mais significado. O close numa garrafa não parece querer mostrar a garrafa, é algo além dela."
Vou ser bem sincera e confessar que eu comecei a assistir esse filme tendo certeza de que seria mais um clichê adolescente e que eu me arrependeria por estar assistindo ele. Aí o que aconteceu? Levei um tapa na cara, porque esse filme simplesmente acabou comigo. Talvez esse filme soe muito simples para uma pessoa que nunca viveu a depressão, mas, para alguém que viveu ou vive essa realidade esse filme provavelmente soará como uma autobiografia. Existem várias ''soluções'' para a depressão, desde remédios à terapias, e infelizmente a maioria das ''soluções'' se mostram ineficazes depois de um tempo, porque o verdadeiro remédio para a depressão está dentro da mente de quem a possui, não fora. E é justamente isso que esse filme mostra. Esse filme, resumidamente, apresenta para as pessoa o grande segredo para saber viver e saber lidar com a depressão. (segredo que não vou dizer qual é, já que a graça é assistir o filme e aprender, junto com Charlie)
"Eu sei que tudo isso serão somente histórias algum dia. E que nossas fotos vão se tornar fotografias velhas. Nós todos nos tornaremos os pais ou mães de alguém. Mas, agora, esses momentos não são histórias. Isso está acontecendo. Eu estou aqui e estou olhando para ela. E ela é tão linda. Eu posso ver isso. Esse momento em que você sabe que você não é uma história triste. Você está vivo, e você fica de pé e vê as luzes nos prédios e tudo que faz com que você imagine. E você está escutando aquela música e aquela sensação com as pessoas que você mais ama no mundo. E nesse momento, eu juro, nós somos infinitos”.
Nunca vi graça no Coringa, aliás, sempre tive antipatia por ele. Não sou chegada a sorrisos demais, talvez seja isso. PORÉM, Heath Ledger além de fazer-me ficar apaixonada pelo personagem, ainda conseguiu fazer com que eu ficasse sem saber pra quem ''torcer''. A atuação dele com Christian Bale foi uma guerra de titãs. Todos aqueles conceitos anarquistas dentro da atuação de Ledger foram passados de maneira poética e prática.
Achei interessante o diretor não apenas mostrar a parafilia, mas também preocupar-se em mostrar o sentido psicológico dela, além de também inserir simbolismo filosófico no filme. Vi algumas pessoas dizendo que a cena do coelho foi desnecessária e, a meu ver, chega a ser uma blasfêmia cinematográfica dizer isso, afinal, foi a cena do coelho que deu maior intensidade ao filme.
Na primeira vez em que a cena aparece, eu entendi que o intuito era mostrar o desprezo do protagonista pela vida em geral, não só a vida humana. Porém, ao longo do filme vemos Robert contemplar o andar de um bichinho em sua mão, o que pode sugerir que ele talvez não despreze a vida em si (ou simplesmente que ele achou que seria inútil matar o bichinho, rs). Na segunda vez em que o coelho aparece, no final do filme, foi o ápice. Foi a cena com maior carga psicológica do filme. Com seu suicídio, Robert finalmente conseguiu alcançar o maior prazer de sua vida, seu orgasmo existencial. Ao mesmo tempo, a combinação de seu suicídio com o desfazer da morte do coelho, e o pé de uma mulher o desencavando, tirou-o do papel de predador e colocou-o como vítima.
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraNão sei se o meu conhecimento na área da Psicologia afetou muito a forma como vi o filme, mas a meu ver ele foi muito previsível.
Desde o momento em que vi Reznik lavando as mãos com cloro já percebi que ele era um assassino, pois esse é um comportamento típico de pessoas que sentem culpa, sentindo-se assim sempre com as mãos sujas (por isso um simples sabão não serve pra Reznik). Depois, na reunião que houve após o acidente causado pela desatenção de Reznik, quando os presentes afirmaram que Ivan não existia, eu já tive a certeza de que ele era esquizofrênico e o restante do filme só serviu para confirmar o que eu já sabia.
De qualquer maneira, o fato dele ter sido previsível para mim não ''estragou'' o filme. É um bom filme, e a transformação/atuação de Bale está impecável.
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraNão consegui nem acabar de tão tedioso que ficou.
American Mary
3.4 278Acho que ''suspense'' cairia melhor como gênero desse filme. Fiquei esperando algo aterrorizante acontecer, um bom close, algo do tipo, mas nada aconteceu.
Foi um pouco estranho ver algumas modificações corporais sendo tratadas como bizarrices, como implantes e bifurcação. Isso não tem nada de aterrorizante. Pode até ser para uma pessoa que não tem modificação nenhuma, mas pra quem tem ou pra quem convive com pessoas que têm, é algo muito banal.
A Mary poderia ser mais sexy e menos inexpressiva.
Contudo, o filme foi, para mim, uma grande decepção. Não que não seja bom, mas eu esperava muito mais.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 775É sempre interessante ver como Hitler era carismático e doce (uma imagem que não costumamos ter de uma pessoa que mata sem compaixão).
Coração Louco
3.7 544 Assista AgoraUm bom clichê. Mas, o que é a vida senão um mar de clichês, hã?
"Engraçado como cair parece voar, ainda que por instantes".
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraO filme não parece ter início, meio ou fim - é como estar imerso em um mar de angústia. Faz jus ao gênero.
De uma maneira ou de outra as partes mais generosas do filme estão ligadas ao sexo, o que pode dar a sensação de que o roteiro não é "criativo", porém esse é um dos fatores que mais contribui para o ar dramático do filme. Essa expressividade disfaçarda em inexpressividade faz com que sintamos quão angustiante é a realidade de Brandon.
Fica nítida a busca de Brandon por resquícios de vida dentro do sexo através da cena em que ele começa a zombar do homem narrando o que faria com sua namorada, e depois, ao entrar na boate gay com aqueles olhos de quem sugaria toda vida da humanidade, se tivesse o poder.
A história dos personagens fica pendendo e em nenhum momento se aprofunda, e esse fator nos leva, novamente, a focar apenas no vício de Brandon. Quando se tem um vício, tudo que não está na área abrangida pelo mesmo soa como plano de fundo, desde o passado ao futuro.
As variadas cenas de sexo, e a forma crua como o mesmo é mostrado, ajudam-nos a termos a noção de como o sexo ecoa na mente do viciado - assim como em Ninfomaníaca de Lars von Trier.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraMichelle Williams não é tão graciosa quanto Monroe, mas conseguiu se virar devidamente com a graciosidade que lhe cabe.
Marilyn no Divã
3.7 67"Só sei que os homens não me veem, apenas me olham"
"Sabe que nunca será feliz, mas ao menos pode ser contente"
"Quando não pertencemos a nada, nem ninguém, como não pertencer a quem quiser?"
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraA cena de saco plástico é a mais fascinante do filme. Contudo, o filme todo é fascinante.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraExcelente atuação de Ellen Burstyn.
Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraEsse personagem Jonathan ficou pateticamente fraco.
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraEsperei demais e nem metade das minhas expectativas foram saciadas. A comédia não é engraçada, e o terror não assusta.
A Garota Ideal
3.8 1,2K Assista AgoraEsse filme é uma prova de que histórias com desenrolar previsível também podem ser tocantes.
Fúria de Titãs
3.0 2,2K Assista Agora"Você nunca ri?"
"Quando eu cuspir nos olhos dos deuses... Eu vou sorrir"
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista AgoraFoi delicioso assistir o filme já conhecendo a trilha sonora, e devido a isso ter acesso a detalhes que passariam despercebidos se não a conhecesse. Por exemplo, quando Alexander está sentado, assistindo Lara, toca "Watching Lara", e quando os dois entram naquele apartamento abandonado toca "Lara's Castle".Esses detalhes são preciosos para mim.
Outfoxed - A Guerra de Rupert Murdoch contra o Jornalismo
3.8 4"A mídia é o centro nervoso da democracia, se ela não funciona bem, a democracia não funciona"
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraLars e toda sua intensidade são sempre algo bom de se ver. Sabe aqueles sustinhos que você tem quando uma cena acontece sem que você esperasse? Sssisti esse filme e tive esses benditos sustinhos, sendo que já assisti filmes como A Serbian Film sem ter nenhum desses.
Lars sabe muito bem como lidar com as sensações de quem está assistindo. A melancolia que ele põe em seus filmes, como usar imagens desfocadas, focar em coisas como um vaso de plantas, tudo isso traz uma intensidade adorável pra todos seus filmes. Como vi em um dos comentários abaixo, "tudo parece ter mais significado. O close numa garrafa não parece querer mostrar a garrafa, é algo além dela."
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774Imagina só se o Tim Burton dirigisse.
O Lutador
4.0 912"The only place I get hurt is out there. The world don't give a shit about me."
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraVou ser bem sincera e confessar que eu comecei a assistir esse filme tendo certeza de que seria mais um clichê adolescente e que eu me arrependeria por estar assistindo ele. Aí o que aconteceu? Levei um tapa na cara, porque esse filme simplesmente acabou comigo.
Talvez esse filme soe muito simples para uma pessoa que nunca viveu a depressão, mas, para alguém que viveu ou vive essa realidade esse filme provavelmente soará como uma autobiografia. Existem várias ''soluções'' para a depressão, desde remédios à terapias, e infelizmente a maioria das ''soluções'' se mostram ineficazes depois de um tempo, porque o verdadeiro remédio para a depressão está dentro da mente de quem a possui, não fora. E é justamente isso que esse filme mostra. Esse filme, resumidamente, apresenta para as pessoa o grande segredo para saber viver e saber lidar com a depressão.
(segredo que não vou dizer qual é, já que a graça é assistir o filme e aprender, junto com Charlie)
"Eu sei que tudo isso serão somente histórias algum dia. E que nossas fotos vão se tornar fotografias velhas. Nós todos nos tornaremos os pais ou mães de alguém. Mas, agora, esses momentos não são histórias. Isso está acontecendo. Eu estou aqui e estou olhando para ela. E ela é tão linda. Eu posso ver isso. Esse momento em que você sabe que você não é uma história triste. Você está vivo, e você fica de pé e vê as luzes nos prédios e tudo que faz com que você imagine. E você está escutando aquela música e aquela sensação com as pessoas que você mais ama no mundo. E nesse momento, eu juro, nós somos infinitos”.
O Lutador
4.0 912E essa música tocando no final? <3
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraNunca vi graça no Coringa, aliás, sempre tive antipatia por ele. Não sou chegada a sorrisos demais, talvez seja isso. PORÉM, Heath Ledger além de fazer-me ficar apaixonada pelo personagem, ainda conseguiu fazer com que eu ficasse sem saber pra quem ''torcer''. A atuação dele com Christian Bale foi uma guerra de titãs. Todos aqueles conceitos anarquistas dentro da atuação de Ledger foram passados de maneira poética e prática.
Nekromantik
2.9 235Achei interessante o diretor não apenas mostrar a parafilia, mas também preocupar-se em mostrar o sentido psicológico dela, além de também inserir simbolismo filosófico no filme.
Vi algumas pessoas dizendo que a cena do coelho foi desnecessária e, a meu ver, chega a ser uma blasfêmia cinematográfica dizer isso, afinal, foi a cena do coelho que deu maior intensidade ao filme.
Na primeira vez em que a cena aparece, eu entendi que o intuito era mostrar o desprezo do protagonista pela vida em geral, não só a vida humana. Porém, ao longo do filme vemos Robert contemplar o andar de um bichinho em sua mão, o que pode sugerir que ele talvez não despreze a vida em si (ou simplesmente que ele achou que seria inútil matar o bichinho, rs). Na segunda vez em que o coelho aparece, no final do filme, foi o ápice. Foi a cena com maior carga psicológica do filme. Com seu suicídio, Robert finalmente conseguiu alcançar o maior prazer de sua vida, seu orgasmo existencial. Ao mesmo tempo, a combinação de seu suicídio com o desfazer da morte do coelho, e o pé de uma mulher o desencavando, tirou-o do papel de predador e colocou-o como vítima.
Na Mira da Morte
2.4 169Eu achei a ideia de combinar balé com ação fascinante.