Últimas opiniões enviadas
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O Ultraje
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Kitano continua com seu trabalho de desconstrução do filme de crime japonês, mas dessa vez a disrupção não se dá tanto na forma, mas sim no conteúdo: nunca se viu tanta traição e desleadade num filme do gênero, que retrata a nova faceta corporativa da Yakuza como a mais fria e cruel. Algumas cenas de explosões de violência, à guisa do diretor, são simplesmente inesquecíveis.
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Meu Pai
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Só pelas atuações magistrais de Hopkins e Colman, já valeria a sessão. Mas o filme de estreia de Florian Zeller vai muito além: nos colocando na assustadora perspectiva do protagonista, há a disrupção do tempo e do espaço cênico, em um jogo de linguagem que confere um aspecto cinemático de forma muitíssimo sagaz a um produto oriundo do teatro. Bela surpresa.
Últimos recados
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O primeiro plano do filme, sem que saibamos, adianta o ponto de ruptura emocional do longa. Ao mesmo tempo que acompanhamos uma cena de violência conjugal, o reflexo das janelas espelha a selva de concreto dos arranha-céus, como se a metrópole monstruosa fosse cúmplice, catalisadora e eterna observadora dos conflitos de seus habitantes.
Tal capacidade pictórica de sintetizar perfeitamente o tema do filme em uma imagem é digna dos grandes mestres, e o diretor Luís Sérgio Person faz um verdadeiro tour-de-force. Um dos grandes longas-metragens da cinematografia nacional, com certeza, e mais que isso: um dos melhores filmes de sua época a captar o mal-estar existencial de toda uma geração global - e que só parece se aprofundar a cada década.