Os "contos" me prenderam absurdamente! Achei o desfecho final interessante no visual e na forma de amarrar as histórias, personagens e "símbolos", só que achei um pouco corrido, não tão bem costurado, já que algumas pontas ficaram soltas. Plot twist às vezes dá nisso. Ainda assim, o filme me ganhou pelas duas primeiras histórias. Bela fotografia. E eu não sei como, mas todo dia eu amo mais o Martin. Coisa linda. Que ele siga fazendo terror ❤ (Pra quem ainda não viu, assistam Cargo)
É um filme teen com aquelada pegada John Hughes e anos 80 que eu amo, só que atualizado, ou seja, sem vários dos pontos problemáticos de Gatinhas e Gatões (e outros) e mais pertinente ao mundo de hoje. Os anos 80 me dão um quentinho no coração, não nego. Me apaixonei pela direção de arte, a atuação da Lana Condor é muito suave, sua personagem é cativante e a sensibilidade da direção da Susan Johnson se faz presente o tempo todo. Entrega aquilo que se propõe. Me surpreendeu positivamente. Eu dificilmente comento aqui atualmente, mas achei que Lara Jean merecia uma cartinha haha
Gostei dessa primeira temporada. A série tem uma pegada Era de Ouro da DC atualizada para 2016, traz uma mensagem forte de positividade e valorização da família, amizade e bondade com o próximo, que é sempre válida, e remete diretamente a figura clássica do super herói. A vibe girl power é um diferencial para uma série do gênero e é super importante. Ao longo da temporada, a série evoluiu em termos de produção e roteiro em conjunto com a própria personagem (e a Melissa Benoist ficou bem simpática como Kara Danvers). Tirando o ator que faz o James Olsen, que já não me convencia em True Blood, gostei bastante do elenco. A série peca - ao meu ver - em alguns momentos quando fica juvenil demais ou apela pro dramalhão, além de me incomodar a forma como lidam com a vida amorosa da Kara, mas, no geral, Supergirl é bem legal e tem muito potencial para evoluir.
Como todos os filmes que assisti do John Hughes, esse é bastante divertido e leve. Uma boa comédia teen dos anos 80, o cara definitivamente sabia fazer filme sobre e para a juventude. Só que tem alguns momentos bem problemáticos, algo que não vi, ao menos de forma tão escancarada, em outros filmes escritos e dirigidos por ele. E são coisas que não dá pra ignorar. Cenas como
a do Jake falando que podia fazer o que quisesse com a namorada - que estava totalmente embriagada - e que só não fazia porque tinha perdido o interesse nela e a que o vemos carregando a namorada embriagada para o carro e deixando-a nas mãos do Ted em troca da calcinha da Samantha são bastante questionáveis.
Até mesmo a coisa bizarra que é o Long Duk Dong. Obviamente que o contexto social e político dos anos 80 era outro, mas não dá pra falar do filme e das ótimas criações do Hughes e somente ignorar esse tipo de coisa. Pretty in Pink tem um texto bem superior e também é dele. Enfim, ri bastante com o longa, apesar dos pesares. É fraco se comparado a Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado, mas tem suas qualidades, como bom ritmo e timing pras piadas. Ri demais com o personagem do Anthony Michael Hall. E pra mim já valia só por ver o mozão John Cusack novinho ♥
Bem, o final foi coerente com o arco narrativo principal da série, a jornada religiosa da Vanessa, mas não foi nada satisfatório, ainda mais para uma série que demonstrou a qualidade de roteiro de Penny Dreadful. Os episódios em si não foram ruins, mas a terceira temporada foi caótica em sua estrutura de trama e subtramas. Se nas outras havia um arco principal definido e plots paralelos que se relacionavam a ele em algum ponto, nessa season ficou tudo muito corrido e com pontas soltas. Houve, por exemplo, um grande empenho em mostrar o arco do Ethan nos EUA, mas, em contrapartida, os plots da Lily e do Frankenstein acabaram sem serem de fato concluídos, sem ter um ápice. O Dorian foi adereço de cenário, praticamente. E os ótimos personagens novos, Catriona, Drª Seward e Dr Jekyll, foram totalmente subaproveitados. O próprio grande vilão da temporada, Dracula, que queríamos ver em carne e osso na tela desde a season 1, quando finalmente deu as caras, pouco fez. Saiu de cena (literalmente) sem maiores conclusões. O próprio arco da Vanessa foi mal trabalhado, tudo se desenrolou de forma abrupta. O desfecho fez sentido e até soa um tanto quanto poético, mas para que terminassem assim e sem comprometer a qualidade do desenvolvimento da história, teriam que ter feito uma temporada a mais. A season em si não é ruim, mas funcionaria melhor se fosse a penúltima, uma ponte entre a 2 e um hipotético encerramento numa 4. Aí sim daria pra desenvolver a narrativa com o ritmo certo. Das 3, foi a temporada que mais deixou a desejar, mesmo tendo episódios (isolados) incríveis como "A Blade of Grass". Enfim, me decepcionou um pouco, mas continuo amando PD. Uma série de terror com um desenvolvimento de atmosfera e personagem incríveis e uma direção de arte ainda mais incrível. Na verdade, tecnicamente, a série tinha uma harmonia invejável. Uma pena que não pôde atingir seu ápice, ao meu ver. Espero que abra portas para outras produções de qualidade e abordagem diferenciada. Terror é um gênero maravilho, mas incrivelmente mal trabalhado. Como na maioria das coisas, a preferência é sempre seguir fórmulas prontas, dando sustos e exacerbando a violência, sem qualquer trato à história. Sentirei falta da poesia gótica de Penny Dreadful e da atuação maravilhosa da Eva Green como Vanessa Ives ♥
A direção do Duncan Jones me agradou no geral, evocou uma vibe de imersão semelhante a que se tem em jogos, mas alguns cortes abruptos, principalmente em sequências de ação, me incomodaram. Fez com que a continuidade ficasse confusa. O roteiro realmente é um pouco problemático, os personagens não são tão bem explorados quanto poderiam em termos de personalidade e motivação, mas o bom elenco ajudou a dar algum grau de profundidade a eles. Acho um diferencial que os "monstros" não sejam necessariamente maus ou irracionais, existem diferentes lados e perspectivas - algo a se trabalhar melhor numa possível continuação. A história é de origem, então faz sentido que o filme não seja repleto de batalhas do início ao fim. Não achei cansativo, porque o longa te envolve no mundo de Warcraft. Queria, inclusive, ter visto um pouco mais dele. Faltou ritmo, mas isso não comprometeu a minha experiência. Visualmente, o filme é lindo, mas o CGI nos orcs e nos lobos ainda deixou um pouco a desejar. Imagino o trabalho (e o custo) envolvido na concepção desse tipo de criatura de forma realista. Gostei particularmente dos magos e das execuções de magia. Em suma, não é um filme fabuloso, mas é bom, entregou o que eu esperava. Enquanto filme de fantasia, apesar de apresentar um mundo riquíssimo, não traz nada de novo, principalmente em termos de narrativa. Não tem uma identidade própria, mas o material tem muito potencial. Espero que tenha uma sequência pra que possam amadurecer aquilo que ficou abaixo da média e explorar as possibilidades que WoW traz. Sou fã de fantasia tanto no cinema quanto na literatura e nos games, espero que o estilo continue a evoluir.
A premissa do filme é excelente, mas o desenvolvimento deixa a desejar. Podiam ter se aprofundado mais nas questões que o Jonas e o Doador levantam ao compartilhar todas aquelas lembranças e emoções. Jeff Bridges e Brenton Thwaites estabeleceram uma boa dinâmica e sinto que reflexões muito interessantes ficaram pelo caminho. Poderiam ser o "algo a mais" que faltou. O final também é um tanto decepcionante. Em suma, podia ter sido muito melhor, porque peca na superficialidade e previsibilidade com que trata o tema. Mas ainda sim é bom, tem seus pontos altos.
Obs.: As escolhas da direção de arte e, principalmente, da fotografia foram bem interessantes, porque conversaram com a narrativa do filme - viraram um recurso de linguagem.
A direção do Refn e a atuação brilhante do Hardy, para mim, são os grandes destaques do filme. A estética, a estrutura da narrativa e a trilha sonora também me agradaram muito. Essa foi uma das formas mais inusitadas de contar uma história como essa, o que é o grande diferencial do longa. Não me concentrei na questão do filme ser ou não fiel à realidade, porque acredito que o Refn escolheu uma perspectiva poética/teatral e não factual pra tratar do Bronson.
Visual incrível, sequências de luta muito bem coreografadas, narrativa com ritmo e Keanu Reeves de terno. Não tenho o que reclamar desse filme. Entregou o que propôs com um plus de estilo. Gostei e gostei muito.
Acho que o que mais me agradou na série foram dois pontos: ela é fiel ao contexto histórico em que a Claire se vê inserida, época em que a submissão feminina e a violência contra a mulher eram banalizadas, mas questiona isso de forma sutil a todo o momento. A irmã do Jaime é um ótimo exemplo disso e a própria Claire, que procura se adaptar a esse novo contexto, o faz sem perder sua personalidade e seu posicionamento de "mulher moderna do séc XX". Inclusive, isso torna a dinâmica da relação dela com o Jamie muito mais interessante e bonita. Ele próprio, apesar de ser um homem do séc XVIII, se mostra muito aberto a reflexão sobre o seu comportamento enquanto homem/marido/irmão e ao abandono de tradições que subjugam a mulher. O outro ponto é que a série é muito romântica, bem centrada
nos dois casamentos da Claire e principalmente no sentimento intenso que nasce entre ela e o Jaime,
mas não soa como um conto de fadas tolo. Os perigos que eles enfrentam são bem reais, a morte e a violência não são enfeitadas e estão sempre à espreita. É o tipo de história bem balanceada, que cativa com facilidade. E o retrato da Escócia é uma atração à parte ♥
Temporada excelente. The 100 evoluiu demais. Bom desenvolvimento dos personagens, episódios bem estruturados e com ritmo, trama interessante, tudo isso elevou o nível da série e tornou a season 2 absurda. E ainda deixou em aberto boas possibilidades para a season 3.
Meus shipps continuam difíceis, mas tenho fé que Bellamy e Clarke e Abby e Kane engatam na season 3.
O povo do Mount Weather foi derrotado, mas a trégua entre o pessoal da Arca e os grounders está desfeita e agora tem essa ilha com inteligência artificial... Vamos ver o que a CW nos trará no fim do ano.
Gostei bem mais da season 1 do que dessa, os personagens se perderam muito. Não que isso torne a série ruim, já que faz parte do processo de amadurecimento de cada um deles e faz parte retratar isso, mas tornou o todo menos agradável pela situações criadas. Mas aquele final compensou tudo pra mim ♥
Whiplash tem um ritmo e uma intensidade impressionantes graças ao excelente trabalho de Damien Chazelle e Tom Cross na direção e montagem. É o grande trunfo do filme, a intensidade brutal da paixão pela música e da busca pela perfeição, muito bem ilustradas pelas performances violentas de Miles Teller e J. K. Simmons, que deram um show de sangue, suor e lágrimas. O longa também ganha pontos ao ser capaz de envolver emocionalmente o espectador durante toda a projeção com seu ritmo febril, mesmo tendo uma história relativamente simples. E só consigo imaginar o trabalho que a equipe de mixagem de som deve ter tido juntamente com a montagem. Levei um tempo pra me livrar da adrelina pós-filme. Bravo, Whiplash!
"Não há duas palavras no dicionário mais nocivas do que 'bom trabalho'."
"A thing is a thing, not what is said of that thing."
Essa frase que aparece logo no início se aplica ao próprio filme. Birdman tem uma narrativa, uma linguagem e um estilo visual que falam por si mesmos. O que cada um vai entender e apreciar (ou não) a partir disso é com cada um. Só sei que eu achei uma obra incrível e a nível técnico não a muito o que argumentar contra isso. Não vejo porque seria um filme pretensioso, como já li algumas pessoas apontando, só por levantar questionamentos e fazer críticas ou por trazer um estilo de direção diferenciado. Tudo que está ali contribui de alguma forma pra história que está sendo contada e pra forma como ela está sendo contada, é bem coerente. Um dos meus favoritos, senão O favorito, pra Melhor Filme.
Assisti pelo Daniel e gostei muito, nem senti o tempo passar. É uma comédia romântica, não foge ao gênero, mas não é vazia ou clichê. O filme é leve, divertido e agradável. E nossa, ri demais com o personagem do Adam Driver. "I just had sex and I'm about to eat nachos. It's the greatest moment of my life!".
Não senti nenhuma emoção ao longo do filme. Medo, apreensão, nem mesmo curiosidade pelo que aconteceria com os personagens. Esperava bem mais. Muito nhé...
Achei a temporada muito boa, me surpreendeu. Gostei da premissa e do modo como a estória foi sendo desenvolvida, só deixaram a desejar na season finale. Já no aguardo da segunda temporada.
Gostei da direção do Niels Arden Oplev e da atuação da Noomi Rapace como Lisbeth. O longa, no geral, é muito bom, mas as escolhas de elenco me incomodaram em vários momentos, principalmente o Michael Nyqvist como Blomkvist. Ele deixa muito a desejar e isso é um problema, já que o Mikael é uma figura central na trama. O ator não conseguiu transmitir a força e a personalidade do personagem, que foi ricamente construído pelo Larsson. Fora isso, achei que o roteiro também teve algumas falhas. Compreendo que adaptações não precisam e nem devem ser idênticas às obras originais, mas achei várias mudanças feitas sem sentido, e senti falta de alguns momentos importantes retratados no livro. Ao mesmo tempo, achei interessante terem feito uma breve alusão ao passado de Lisbeth, foi uma boa forma de despertar a curiosidade dos espectadores e fisgá-los para os filmes seguintes. Prefiro a versão do Fincher, amo de paixão, mas essa também é muito boa e vou assistir os outros dois.
A direção de arte, a fotografia e a trilha sonora se destacam pela capacidade de transmitir com muita qualidade e delicadeza o tom da época. A direção do Jean-Marc Vallée também é bem sensível, com planos lindos. O roteiro do longa, como muita gente apontou nos comentários, não tinha como foco o reinado de Vitória em si, a parte política da vida dela. Não acredito que o filme peque nisso porque essa não era sua premissa, não faz sentido criticar a ausência de algo que o longa não se propôs a fazer, mas teria me agradado ver um pouco mais desse aspecto da Era Vitoriana. O romance dela com Albert, com floreios ou não, tornou o filme muito belo e delicado. Emily Blunt e Rupert Friend me agradaram muito em suas performances. Eu não resisto a um bom filme de época e esse me conquistou pela beleza sutil.
A fórmula pra fazer filmes teen vai mudando com o tempo, esse filme tem a pegada do final dos anos 90/início dos anos 2000 e é um estilo que me agrada. Os filmes eram mais simples, divertidos, sem muita pretensão, o que acabava sendo muito mais eficaz na hora de passar alguma mensagem. Hoje em dia os filmes teen são hipsters demais pro meu gosto. Rola aquela tentativa de dar profundidade, mas fica só na tentativa, a maioria é extremamente pretensiosa e chata. Uma das poucas exceções é As Vantagens de Ser Invisível.
Tinha esquecido do Freddie, galã das adolescentes de outrora. Esse filme em particular é bem sem sal, mas não tem como evitar a nostalgia e o Freddie é uma graça.
O grande trunfo do filme é ter o seu foco na protagonista, na importância que ela dá a sua profissão, sua vontade de prosperar e mostrar que é capaz de fazer um bom trabalho, mesmo que digam que ela é nova demais, inexperiente ou com sua mãe dizendo que ela não é capaz. O longa não é bobo, não é raso, não é pra "desligar o cérebro" ao assistir. O que o torna tão leve e divertido é o bom roteiro e a forma hábil como a narrativa foi conduzida, algo que não deve diminui-lo, muito pelo contrário. Um filme não precisa ser um drama super pesado ou ter um roteiro absurdamente complexo para ser bom e transmitir uma mensagem legal. A protagonista é uma mulher forte, inteligente, esforçada, com um perfil bem diferente do que geralmente se vê em comédias, romances, etc.
Achei a direção do Roger Michell muito sensível assim como em Notting Hill, outro trabalho dele que amo. A sequência em que ela vai para a entrevista na NBC é muito legal, ele usa um plano holandês quando ela entra no prédio, para dar a impressão de que ela está subindo um degrau na vida, galgando algo maior e quando o recepcionista a recebe, ele muda para um plano contra plangé mostrando-a de baixo para cima, representando esse crescimento profissional dela. Lindo!
E o elenco é muito bom, Harrison Ford faz um babaca como ninguém, Keaton e a Rachel estavam adoráveis e o Patrick Wilson é sempre agradável aos olhos. Fotografia e trilha sonora agradabilíssimas e em sintonia com a projeção.
O filme é apático, como as irmãs. Imagino que essa tenha sido a intenção, mas a premissa pedia um pouco mais de... sentimento. O vazio que o longa deixa é justamente esse, a ausência de emoção ao tratar de um tema profundo. A história das irmãs é desenvolvida de uma forma tão superficial e distante que é difícil se sentir tocado pelo drama delas. E não, não é melancolia ou sutileza, é apatia, um vazio de emoção. Sofia não conseguiu dar o tom certo ao longa. Não é ruim, mas podia ter sido muito melhor.
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244Os "contos" me prenderam absurdamente! Achei o desfecho final interessante no visual e na forma de amarrar as histórias, personagens e "símbolos", só que achei um pouco corrido, não tão bem costurado, já que algumas pontas ficaram soltas. Plot twist às vezes dá nisso. Ainda assim, o filme me ganhou pelas duas primeiras histórias. Bela fotografia. E eu não sei como, mas todo dia eu amo mais o Martin. Coisa linda. Que ele siga fazendo terror ❤ (Pra quem ainda não viu, assistam Cargo)
Para Todos os Garotos que Já Amei
3.7 1,2KÉ um filme teen com aquelada pegada John Hughes e anos 80 que eu amo, só que atualizado, ou seja, sem vários dos pontos problemáticos de Gatinhas e Gatões (e outros) e mais pertinente ao mundo de hoje. Os anos 80 me dão um quentinho no coração, não nego. Me apaixonei pela direção de arte, a atuação da Lana Condor é muito suave, sua personagem é cativante e a sensibilidade da direção da Susan Johnson se faz presente o tempo todo. Entrega aquilo que se propõe. Me surpreendeu positivamente. Eu dificilmente comento aqui atualmente, mas achei que Lara Jean merecia uma cartinha haha
Supergirl (1ª Temporada)
3.6 364Gostei dessa primeira temporada. A série tem uma pegada Era de Ouro da DC atualizada para 2016, traz uma mensagem forte de positividade e valorização da família, amizade e bondade com o próximo, que é sempre válida, e remete diretamente a figura clássica do super herói. A vibe girl power é um diferencial para uma série do gênero e é super importante. Ao longo da temporada, a série evoluiu em termos de produção e roteiro em conjunto com a própria personagem (e a Melissa Benoist ficou bem simpática como Kara Danvers). Tirando o ator que faz o James Olsen, que já não me convencia em True Blood, gostei bastante do elenco. A série peca - ao meu ver - em alguns momentos quando fica juvenil demais ou apela pro dramalhão, além de me incomodar a forma como lidam com a vida amorosa da Kara, mas, no geral, Supergirl é bem legal e tem muito potencial para evoluir.
Gatinhas e Gatões
3.4 714Como todos os filmes que assisti do John Hughes, esse é bastante divertido e leve. Uma boa comédia teen dos anos 80, o cara definitivamente sabia fazer filme sobre e para a juventude. Só que tem alguns momentos bem problemáticos, algo que não vi, ao menos de forma tão escancarada, em outros filmes escritos e dirigidos por ele. E são coisas que não dá pra ignorar. Cenas como
a do Jake falando que podia fazer o que quisesse com a namorada - que estava totalmente embriagada - e que só não fazia porque tinha perdido o interesse nela e a que o vemos carregando a namorada embriagada para o carro e deixando-a nas mãos do Ted em troca da calcinha da Samantha são bastante questionáveis.
Enfim, ri bastante com o longa, apesar dos pesares. É fraco se comparado a Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado, mas tem suas qualidades, como bom ritmo e timing pras piadas. Ri demais com o personagem do Anthony Michael Hall. E pra mim já valia só por ver o mozão John Cusack novinho ♥
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646Bem, o final foi coerente com o arco narrativo principal da série, a jornada religiosa da Vanessa, mas não foi nada satisfatório, ainda mais para uma série que demonstrou a qualidade de roteiro de Penny Dreadful. Os episódios em si não foram ruins, mas a terceira temporada foi caótica em sua estrutura de trama e subtramas. Se nas outras havia um arco principal definido e plots paralelos que se relacionavam a ele em algum ponto, nessa season ficou tudo muito corrido e com pontas soltas. Houve, por exemplo, um grande empenho em mostrar o arco do Ethan nos EUA, mas, em contrapartida, os plots da Lily e do Frankenstein acabaram sem serem de fato concluídos, sem ter um ápice. O Dorian foi adereço de cenário, praticamente. E os ótimos personagens novos, Catriona, Drª Seward e Dr Jekyll, foram totalmente subaproveitados. O próprio grande vilão da temporada, Dracula, que queríamos ver em carne e osso na tela desde a season 1, quando finalmente deu as caras, pouco fez. Saiu de cena (literalmente) sem maiores conclusões.
O próprio arco da Vanessa foi mal trabalhado, tudo se desenrolou de forma abrupta. O desfecho fez sentido e até soa um tanto quanto poético, mas para que terminassem assim e sem comprometer a qualidade do desenvolvimento da história, teriam que ter feito uma temporada a mais. A season em si não é ruim, mas funcionaria melhor se fosse a penúltima, uma ponte entre a 2 e um hipotético encerramento numa 4. Aí sim daria pra desenvolver a narrativa com o ritmo certo. Das 3, foi a temporada que mais deixou a desejar, mesmo tendo episódios (isolados) incríveis como "A Blade of Grass".
Enfim, me decepcionou um pouco, mas continuo amando PD. Uma série de terror com um desenvolvimento de atmosfera e personagem incríveis e uma direção de arte ainda mais incrível. Na verdade, tecnicamente, a série tinha uma harmonia invejável. Uma pena que não pôde atingir seu ápice, ao meu ver. Espero que abra portas para outras produções de qualidade e abordagem diferenciada. Terror é um gênero maravilho, mas incrivelmente mal trabalhado. Como na maioria das coisas, a preferência é sempre seguir fórmulas prontas, dando sustos e exacerbando a violência, sem qualquer trato à história. Sentirei falta da poesia gótica de Penny Dreadful e da atuação maravilhosa da Eva Green como Vanessa Ives ♥
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos
3.4 940A direção do Duncan Jones me agradou no geral, evocou uma vibe de imersão semelhante a que se tem em jogos, mas alguns cortes abruptos, principalmente em sequências de ação, me incomodaram. Fez com que a continuidade ficasse confusa.
O roteiro realmente é um pouco problemático, os personagens não são tão bem explorados quanto poderiam em termos de personalidade e motivação, mas o bom elenco ajudou a dar algum grau de profundidade a eles. Acho um diferencial que os "monstros" não sejam necessariamente maus ou irracionais, existem diferentes lados e perspectivas - algo a se trabalhar melhor numa possível continuação. A história é de origem, então faz sentido que o filme não seja repleto de batalhas do início ao fim. Não achei cansativo, porque o longa te envolve no mundo de Warcraft. Queria, inclusive, ter visto um pouco mais dele. Faltou ritmo, mas isso não comprometeu a minha experiência.
Visualmente, o filme é lindo, mas o CGI nos orcs e nos lobos ainda deixou um pouco a desejar. Imagino o trabalho (e o custo) envolvido na concepção desse tipo de criatura de forma realista. Gostei particularmente dos magos e das execuções de magia.
Em suma, não é um filme fabuloso, mas é bom, entregou o que eu esperava. Enquanto filme de fantasia, apesar de apresentar um mundo riquíssimo, não traz nada de novo, principalmente em termos de narrativa. Não tem uma identidade própria, mas o material tem muito potencial. Espero que tenha uma sequência pra que possam amadurecer aquilo que ficou abaixo da média e explorar as possibilidades que WoW traz. Sou fã de fantasia tanto no cinema quanto na literatura e nos games, espero que o estilo continue a evoluir.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisA premissa do filme é excelente, mas o desenvolvimento deixa a desejar. Podiam ter se aprofundado mais nas questões que o Jonas e o Doador levantam ao compartilhar todas aquelas lembranças e emoções. Jeff Bridges e Brenton Thwaites estabeleceram uma boa dinâmica e sinto que reflexões muito interessantes ficaram pelo caminho. Poderiam ser o "algo a mais" que faltou.
O final também é um tanto decepcionante.
Em suma, podia ter sido muito melhor, porque peca na superficialidade e previsibilidade com que trata o tema. Mas ainda sim é bom, tem seus pontos altos.
Obs.: As escolhas da direção de arte e, principalmente, da fotografia foram bem interessantes, porque conversaram com a narrativa do filme - viraram um recurso de linguagem.
Bronson
3.8 426A direção do Refn e a atuação brilhante do Hardy, para mim, são os grandes destaques do filme. A estética, a estrutura da narrativa e a trilha sonora também me agradaram muito. Essa foi uma das formas mais inusitadas de contar uma história como essa, o que é o grande diferencial do longa.
Não me concentrei na questão do filme ser ou não fiel à realidade, porque acredito que o Refn escolheu uma perspectiva poética/teatral e não factual pra tratar do Bronson.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8KVisual incrível, sequências de luta muito bem coreografadas, narrativa com ritmo e Keanu Reeves de terno. Não tenho o que reclamar desse filme. Entregou o que propôs com um plus de estilo. Gostei e gostei muito.
Outlander (1ª Temporada)
4.5 551Acho que o que mais me agradou na série foram dois pontos: ela é fiel ao contexto histórico em que a Claire se vê inserida, época em que a submissão feminina e a violência contra a mulher eram banalizadas, mas questiona isso de forma sutil a todo o momento. A irmã do Jaime é um ótimo exemplo disso e a própria Claire, que procura se adaptar a esse novo contexto, o faz sem perder sua personalidade e seu posicionamento de "mulher moderna do séc XX". Inclusive, isso torna a dinâmica da relação dela com o Jamie muito mais interessante e bonita. Ele próprio, apesar de ser um homem do séc XVIII, se mostra muito aberto a reflexão sobre o seu comportamento enquanto homem/marido/irmão e ao abandono de tradições que subjugam a mulher.
O outro ponto é que a série é muito romântica, bem centrada
nos dois casamentos da Claire e principalmente no sentimento intenso que nasce entre ela e o Jaime,
E o retrato da Escócia é uma atração à parte ♥
The 100 (2ª Temporada)
4.2 462Temporada excelente. The 100 evoluiu demais. Bom desenvolvimento dos personagens, episódios bem estruturados e com ritmo, trama interessante, tudo isso elevou o nível da série e tornou a season 2 absurda. E ainda deixou em aberto boas possibilidades para a season 3.
Meus shipps continuam difíceis, mas tenho fé que Bellamy e Clarke e Abby e Kane engatam na season 3.
O povo do Mount Weather foi derrotado, mas a trégua entre o pessoal da Arca e os grounders está desfeita e agora tem essa ilha com inteligência artificial... Vamos ver o que a CW nos trará no fim do ano.
Girls (2ª Temporada)
4.0 294Gostei bem mais da season 1 do que dessa, os personagens se perderam muito. Não que isso torne a série ruim, já que faz parte do processo de amadurecimento de cada um deles e faz parte retratar isso, mas tornou o todo menos agradável pela situações criadas. Mas aquele final compensou tudo pra mim ♥
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1KWhiplash tem um ritmo e uma intensidade impressionantes graças ao excelente trabalho de Damien Chazelle e Tom Cross na direção e montagem. É o grande trunfo do filme, a intensidade brutal da paixão pela música e da busca pela perfeição, muito bem ilustradas pelas performances violentas de Miles Teller e J. K. Simmons, que deram um show de sangue, suor e lágrimas.
O longa também ganha pontos ao ser capaz de envolver emocionalmente o espectador durante toda a projeção com seu ritmo febril, mesmo tendo uma história relativamente simples. E só consigo imaginar o trabalho que a equipe de mixagem de som deve ter tido juntamente com a montagem.
Levei um tempo pra me livrar da adrelina pós-filme. Bravo, Whiplash!
"Não há duas palavras no dicionário mais nocivas do que 'bom trabalho'."
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K"A thing is a thing, not what is said of that thing."
Essa frase que aparece logo no início se aplica ao próprio filme. Birdman tem uma narrativa, uma linguagem e um estilo visual que falam por si mesmos. O que cada um vai entender e apreciar (ou não) a partir disso é com cada um. Só sei que eu achei uma obra incrível e a nível técnico não a muito o que argumentar contra isso.
Não vejo porque seria um filme pretensioso, como já li algumas pessoas apontando, só por levantar questionamentos e fazer críticas ou por trazer um estilo de direção diferenciado. Tudo que está ali contribui de alguma forma pra história que está sendo contada e pra forma como ela está sendo contada, é bem coerente.
Um dos meus favoritos, senão O favorito, pra Melhor Filme.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K"Do not squander time. That is the stuff life is made of".
"And you, miss, are no lady. Don't think I hold that against you. Ladies have never held any charm for me".
"After all... tomorrow is another day."
Apaixonada por esse filme. Me surpreendeu em todos os sentidos.
Será Que?
3.5 913Assisti pelo Daniel e gostei muito, nem senti o tempo passar. É uma comédia romântica, não foge ao gênero, mas não é vazia ou clichê. O filme é leve, divertido e agradável. E nossa, ri demais com o personagem do Adam Driver.
"I just had sex and I'm about to eat nachos. It's the greatest moment of my life!".
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KNão senti nenhuma emoção ao longo do filme. Medo, apreensão, nem mesmo curiosidade pelo que aconteceria com os personagens. Esperava bem mais. Muito nhé...
Satisfaction US (1ª Temporada)
3.6 8Achei a temporada muito boa, me surpreendeu. Gostei da premissa e do modo como a estória foi sendo desenvolvida, só deixaram a desejar na season finale. Já no aguardo da segunda temporada.
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KGostei da direção do Niels Arden Oplev e da atuação da Noomi Rapace como Lisbeth. O longa, no geral, é muito bom, mas as escolhas de elenco me incomodaram em vários momentos, principalmente o Michael Nyqvist como Blomkvist. Ele deixa muito a desejar e isso é um problema, já que o Mikael é uma figura central na trama. O ator não conseguiu transmitir a força e a personalidade do personagem, que foi ricamente construído pelo Larsson.
Fora isso, achei que o roteiro também teve algumas falhas. Compreendo que adaptações não precisam e nem devem ser idênticas às obras originais, mas achei várias mudanças feitas sem sentido, e senti falta de alguns momentos importantes retratados no livro. Ao mesmo tempo, achei interessante terem feito uma breve alusão ao passado de Lisbeth, foi uma boa forma de despertar a curiosidade dos espectadores e fisgá-los para os filmes seguintes.
Prefiro a versão do Fincher, amo de paixão, mas essa também é muito boa e vou assistir os outros dois.
A Jovem Rainha Vitória
3.9 613A direção de arte, a fotografia e a trilha sonora se destacam pela capacidade de transmitir com muita qualidade e delicadeza o tom da época. A direção do Jean-Marc Vallée também é bem sensível, com planos lindos.
O roteiro do longa, como muita gente apontou nos comentários, não tinha como foco o reinado de Vitória em si, a parte política da vida dela. Não acredito que o filme peque nisso porque essa não era sua premissa, não faz sentido criticar a ausência de algo que o longa não se propôs a fazer, mas teria me agradado ver um pouco mais desse aspecto da Era Vitoriana.
O romance dela com Albert, com floreios ou não, tornou o filme muito belo e delicado. Emily Blunt e Rupert Friend me agradaram muito em suas performances. Eu não resisto a um bom filme de época e esse me conquistou pela beleza sutil.
Superman vs. Thor
3.2 5Tirando esse cara que fez o Thor, que é péssimo, o curta é bem legal. O que fez o Superman mandou super bem e a direção do Schoenke é interessante.
Ela é Demais
3.1 596 Assista AgoraA fórmula pra fazer filmes teen vai mudando com o tempo, esse filme tem a pegada do final dos anos 90/início dos anos 2000 e é um estilo que me agrada. Os filmes eram mais simples, divertidos, sem muita pretensão, o que acabava sendo muito mais eficaz na hora de passar alguma mensagem. Hoje em dia os filmes teen são hipsters demais pro meu gosto. Rola aquela tentativa de dar profundidade, mas fica só na tentativa, a maioria é extremamente pretensiosa e chata. Uma das poucas exceções é As Vantagens de Ser Invisível.
Tinha esquecido do Freddie, galã das adolescentes de outrora. Esse filme em particular é bem sem sal, mas não tem como evitar a nostalgia e o Freddie é uma graça.
Uma Manhã Gloriosa
3.4 735O grande trunfo do filme é ter o seu foco na protagonista, na importância que ela dá a sua profissão, sua vontade de prosperar e mostrar que é capaz de fazer um bom trabalho, mesmo que digam que ela é nova demais, inexperiente ou com sua mãe dizendo que ela não é capaz. O longa não é bobo, não é raso, não é pra "desligar o cérebro" ao assistir. O que o torna tão leve e divertido é o bom roteiro e a forma hábil como a narrativa foi conduzida, algo que não deve diminui-lo, muito pelo contrário. Um filme não precisa ser um drama super pesado ou ter um roteiro absurdamente complexo para ser bom e transmitir uma mensagem legal. A protagonista é uma mulher forte, inteligente, esforçada, com um perfil bem diferente do que geralmente se vê em comédias, romances, etc.
Achei a direção do Roger Michell muito sensível assim como em Notting Hill, outro trabalho dele que amo. A sequência em que ela vai para a entrevista na NBC é muito legal, ele usa um plano holandês quando ela entra no prédio, para dar a impressão de que ela está subindo um degrau na vida, galgando algo maior e quando o recepcionista a recebe, ele muda para um plano contra plangé mostrando-a de baixo para cima, representando esse crescimento profissional dela. Lindo!
E o elenco é muito bom, Harrison Ford faz um babaca como ninguém, Keaton e a Rachel estavam adoráveis e o Patrick Wilson é sempre agradável aos olhos. Fotografia e trilha sonora agradabilíssimas e em sintonia com a projeção.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraO filme é apático, como as irmãs. Imagino que essa tenha sido a intenção, mas a premissa pedia um pouco mais de... sentimento. O vazio que o longa deixa é justamente esse, a ausência de emoção ao tratar de um tema profundo. A história das irmãs é desenvolvida de uma forma tão superficial e distante que é difícil se sentir tocado pelo drama delas. E não, não é melancolia ou sutileza, é apatia, um vazio de emoção. Sofia não conseguiu dar o tom certo ao longa. Não é ruim, mas podia ter sido muito melhor.