Os "contos" me prenderam absurdamente! Achei o desfecho final interessante no visual e na forma de amarrar as histórias, personagens e "símbolos", só que achei um pouco corrido, não tão bem costurado, já que algumas pontas ficaram soltas. Plot twist às vezes dá nisso. Ainda assim, o filme me ganhou pelas duas primeiras histórias. Bela fotografia. E eu não sei como, mas todo dia eu amo mais o Martin. Coisa linda. Que ele siga fazendo terror ❤ (Pra quem ainda não viu, assistam Cargo)
É um filme teen com aquelada pegada John Hughes e anos 80 que eu amo, só que atualizado, ou seja, sem vários dos pontos problemáticos de Gatinhas e Gatões (e outros) e mais pertinente ao mundo de hoje. Os anos 80 me dão um quentinho no coração, não nego. Me apaixonei pela direção de arte, a atuação da Lana Condor é muito suave, sua personagem é cativante e a sensibilidade da direção da Susan Johnson se faz presente o tempo todo. Entrega aquilo que se propõe. Me surpreendeu positivamente. Eu dificilmente comento aqui atualmente, mas achei que Lara Jean merecia uma cartinha haha
Como todos os filmes que assisti do John Hughes, esse é bastante divertido e leve. Uma boa comédia teen dos anos 80, o cara definitivamente sabia fazer filme sobre e para a juventude. Só que tem alguns momentos bem problemáticos, algo que não vi, ao menos de forma tão escancarada, em outros filmes escritos e dirigidos por ele. E são coisas que não dá pra ignorar. Cenas como
a do Jake falando que podia fazer o que quisesse com a namorada - que estava totalmente embriagada - e que só não fazia porque tinha perdido o interesse nela e a que o vemos carregando a namorada embriagada para o carro e deixando-a nas mãos do Ted em troca da calcinha da Samantha são bastante questionáveis.
Até mesmo a coisa bizarra que é o Long Duk Dong. Obviamente que o contexto social e político dos anos 80 era outro, mas não dá pra falar do filme e das ótimas criações do Hughes e somente ignorar esse tipo de coisa. Pretty in Pink tem um texto bem superior e também é dele. Enfim, ri bastante com o longa, apesar dos pesares. É fraco se comparado a Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado, mas tem suas qualidades, como bom ritmo e timing pras piadas. Ri demais com o personagem do Anthony Michael Hall. E pra mim já valia só por ver o mozão John Cusack novinho ♥
A direção do Duncan Jones me agradou no geral, evocou uma vibe de imersão semelhante a que se tem em jogos, mas alguns cortes abruptos, principalmente em sequências de ação, me incomodaram. Fez com que a continuidade ficasse confusa. O roteiro realmente é um pouco problemático, os personagens não são tão bem explorados quanto poderiam em termos de personalidade e motivação, mas o bom elenco ajudou a dar algum grau de profundidade a eles. Acho um diferencial que os "monstros" não sejam necessariamente maus ou irracionais, existem diferentes lados e perspectivas - algo a se trabalhar melhor numa possível continuação. A história é de origem, então faz sentido que o filme não seja repleto de batalhas do início ao fim. Não achei cansativo, porque o longa te envolve no mundo de Warcraft. Queria, inclusive, ter visto um pouco mais dele. Faltou ritmo, mas isso não comprometeu a minha experiência. Visualmente, o filme é lindo, mas o CGI nos orcs e nos lobos ainda deixou um pouco a desejar. Imagino o trabalho (e o custo) envolvido na concepção desse tipo de criatura de forma realista. Gostei particularmente dos magos e das execuções de magia. Em suma, não é um filme fabuloso, mas é bom, entregou o que eu esperava. Enquanto filme de fantasia, apesar de apresentar um mundo riquíssimo, não traz nada de novo, principalmente em termos de narrativa. Não tem uma identidade própria, mas o material tem muito potencial. Espero que tenha uma sequência pra que possam amadurecer aquilo que ficou abaixo da média e explorar as possibilidades que WoW traz. Sou fã de fantasia tanto no cinema quanto na literatura e nos games, espero que o estilo continue a evoluir.
A premissa do filme é excelente, mas o desenvolvimento deixa a desejar. Podiam ter se aprofundado mais nas questões que o Jonas e o Doador levantam ao compartilhar todas aquelas lembranças e emoções. Jeff Bridges e Brenton Thwaites estabeleceram uma boa dinâmica e sinto que reflexões muito interessantes ficaram pelo caminho. Poderiam ser o "algo a mais" que faltou. O final também é um tanto decepcionante. Em suma, podia ter sido muito melhor, porque peca na superficialidade e previsibilidade com que trata o tema. Mas ainda sim é bom, tem seus pontos altos.
Obs.: As escolhas da direção de arte e, principalmente, da fotografia foram bem interessantes, porque conversaram com a narrativa do filme - viraram um recurso de linguagem.
A direção do Refn e a atuação brilhante do Hardy, para mim, são os grandes destaques do filme. A estética, a estrutura da narrativa e a trilha sonora também me agradaram muito. Essa foi uma das formas mais inusitadas de contar uma história como essa, o que é o grande diferencial do longa. Não me concentrei na questão do filme ser ou não fiel à realidade, porque acredito que o Refn escolheu uma perspectiva poética/teatral e não factual pra tratar do Bronson.
Visual incrível, sequências de luta muito bem coreografadas, narrativa com ritmo e Keanu Reeves de terno. Não tenho o que reclamar desse filme. Entregou o que propôs com um plus de estilo. Gostei e gostei muito.
Whiplash tem um ritmo e uma intensidade impressionantes graças ao excelente trabalho de Damien Chazelle e Tom Cross na direção e montagem. É o grande trunfo do filme, a intensidade brutal da paixão pela música e da busca pela perfeição, muito bem ilustradas pelas performances violentas de Miles Teller e J. K. Simmons, que deram um show de sangue, suor e lágrimas. O longa também ganha pontos ao ser capaz de envolver emocionalmente o espectador durante toda a projeção com seu ritmo febril, mesmo tendo uma história relativamente simples. E só consigo imaginar o trabalho que a equipe de mixagem de som deve ter tido juntamente com a montagem. Levei um tempo pra me livrar da adrelina pós-filme. Bravo, Whiplash!
"Não há duas palavras no dicionário mais nocivas do que 'bom trabalho'."
"A thing is a thing, not what is said of that thing."
Essa frase que aparece logo no início se aplica ao próprio filme. Birdman tem uma narrativa, uma linguagem e um estilo visual que falam por si mesmos. O que cada um vai entender e apreciar (ou não) a partir disso é com cada um. Só sei que eu achei uma obra incrível e a nível técnico não a muito o que argumentar contra isso. Não vejo porque seria um filme pretensioso, como já li algumas pessoas apontando, só por levantar questionamentos e fazer críticas ou por trazer um estilo de direção diferenciado. Tudo que está ali contribui de alguma forma pra história que está sendo contada e pra forma como ela está sendo contada, é bem coerente. Um dos meus favoritos, senão O favorito, pra Melhor Filme.
Assisti pelo Daniel e gostei muito, nem senti o tempo passar. É uma comédia romântica, não foge ao gênero, mas não é vazia ou clichê. O filme é leve, divertido e agradável. E nossa, ri demais com o personagem do Adam Driver. "I just had sex and I'm about to eat nachos. It's the greatest moment of my life!".
Não senti nenhuma emoção ao longo do filme. Medo, apreensão, nem mesmo curiosidade pelo que aconteceria com os personagens. Esperava bem mais. Muito nhé...
Gostei da direção do Niels Arden Oplev e da atuação da Noomi Rapace como Lisbeth. O longa, no geral, é muito bom, mas as escolhas de elenco me incomodaram em vários momentos, principalmente o Michael Nyqvist como Blomkvist. Ele deixa muito a desejar e isso é um problema, já que o Mikael é uma figura central na trama. O ator não conseguiu transmitir a força e a personalidade do personagem, que foi ricamente construído pelo Larsson. Fora isso, achei que o roteiro também teve algumas falhas. Compreendo que adaptações não precisam e nem devem ser idênticas às obras originais, mas achei várias mudanças feitas sem sentido, e senti falta de alguns momentos importantes retratados no livro. Ao mesmo tempo, achei interessante terem feito uma breve alusão ao passado de Lisbeth, foi uma boa forma de despertar a curiosidade dos espectadores e fisgá-los para os filmes seguintes. Prefiro a versão do Fincher, amo de paixão, mas essa também é muito boa e vou assistir os outros dois.
A direção de arte, a fotografia e a trilha sonora se destacam pela capacidade de transmitir com muita qualidade e delicadeza o tom da época. A direção do Jean-Marc Vallée também é bem sensível, com planos lindos. O roteiro do longa, como muita gente apontou nos comentários, não tinha como foco o reinado de Vitória em si, a parte política da vida dela. Não acredito que o filme peque nisso porque essa não era sua premissa, não faz sentido criticar a ausência de algo que o longa não se propôs a fazer, mas teria me agradado ver um pouco mais desse aspecto da Era Vitoriana. O romance dela com Albert, com floreios ou não, tornou o filme muito belo e delicado. Emily Blunt e Rupert Friend me agradaram muito em suas performances. Eu não resisto a um bom filme de época e esse me conquistou pela beleza sutil.
A fórmula pra fazer filmes teen vai mudando com o tempo, esse filme tem a pegada do final dos anos 90/início dos anos 2000 e é um estilo que me agrada. Os filmes eram mais simples, divertidos, sem muita pretensão, o que acabava sendo muito mais eficaz na hora de passar alguma mensagem. Hoje em dia os filmes teen são hipsters demais pro meu gosto. Rola aquela tentativa de dar profundidade, mas fica só na tentativa, a maioria é extremamente pretensiosa e chata. Uma das poucas exceções é As Vantagens de Ser Invisível.
Tinha esquecido do Freddie, galã das adolescentes de outrora. Esse filme em particular é bem sem sal, mas não tem como evitar a nostalgia e o Freddie é uma graça.
O grande trunfo do filme é ter o seu foco na protagonista, na importância que ela dá a sua profissão, sua vontade de prosperar e mostrar que é capaz de fazer um bom trabalho, mesmo que digam que ela é nova demais, inexperiente ou com sua mãe dizendo que ela não é capaz. O longa não é bobo, não é raso, não é pra "desligar o cérebro" ao assistir. O que o torna tão leve e divertido é o bom roteiro e a forma hábil como a narrativa foi conduzida, algo que não deve diminui-lo, muito pelo contrário. Um filme não precisa ser um drama super pesado ou ter um roteiro absurdamente complexo para ser bom e transmitir uma mensagem legal. A protagonista é uma mulher forte, inteligente, esforçada, com um perfil bem diferente do que geralmente se vê em comédias, romances, etc.
Achei a direção do Roger Michell muito sensível assim como em Notting Hill, outro trabalho dele que amo. A sequência em que ela vai para a entrevista na NBC é muito legal, ele usa um plano holandês quando ela entra no prédio, para dar a impressão de que ela está subindo um degrau na vida, galgando algo maior e quando o recepcionista a recebe, ele muda para um plano contra plangé mostrando-a de baixo para cima, representando esse crescimento profissional dela. Lindo!
E o elenco é muito bom, Harrison Ford faz um babaca como ninguém, Keaton e a Rachel estavam adoráveis e o Patrick Wilson é sempre agradável aos olhos. Fotografia e trilha sonora agradabilíssimas e em sintonia com a projeção.
O filme é apático, como as irmãs. Imagino que essa tenha sido a intenção, mas a premissa pedia um pouco mais de... sentimento. O vazio que o longa deixa é justamente esse, a ausência de emoção ao tratar de um tema profundo. A história das irmãs é desenvolvida de uma forma tão superficial e distante que é difícil se sentir tocado pelo drama delas. E não, não é melancolia ou sutileza, é apatia, um vazio de emoção. Sofia não conseguiu dar o tom certo ao longa. Não é ruim, mas podia ter sido muito melhor.
"You are too concerned with what was and what will be. There's a saying: yesterday is history, tomorrow is a mystery, but today is a gift, that is why it is called present".
"To make something special you just have to believe it's special".
Lindo romance. Roger Michell teve muita sensibilidade ao dirigir esse longa (aquele plano sequência que perpassa as estações é uma das coisas mais lindas que já vi em filmes) e a trilha sonora faz qualquer cabrón se derreter. E, tenho que comentar, Hugh Grant é tão lindo, tão charmoso, tão... inglês. Mesmo hoje, bem mais velho, continua maravilhoso.
O filme é cheio de clichês e estereótipos muito irritantes, mesmo tendo bons momentos de humor. A personagem da Mônica Martelli tem 39 anos, é bem sucedida, tem bons amigos, mas age como uma adolescente imatura e desesperada por um relacionamento. Não sabe ser feliz sozinha e acha que a maior conquista da vida dela é casar. Ela mesma fala em um momento: Bastou ser educado comigo que eu apaixono.
Todo mundo tem inseguranças, homens e mulheres, e todo mundo passa por fases complicadas, relacionamentos complicados, etc. Podiam ter explorado mais essas relações ao invés de focar no desespero dela de amarrar um homem, talvez o filme ficasse menos bobo.
Que filme excelente. Recomendável tanto para os que apreciam futebol quanto para os que não apreciam. O longa é extremamente eficiente em evocar a atmosfera da época com uma direção de arte e fotografia que merecem destaque e esse elenco é maravilhoso. Confesso que resolvi ver o filme por causa do Michael Sheen (vejo qualquer coisa que esse cara faz), mas me surpreendi positivamente com a qualidade do longa em todos os outros aspectos. Já vi muita gente criticando duramente o Tom Hooper, mas esse é o terceiro filme dele que assisto e só tenho elogios.
A premissa é ótima, mas não foi bem aproveitada. Visual e musicalmente falando o filme é muito, muito bom, porém falharam violentamente no desenvolvimento do argumento. Não souberam trabalhar a ideia que propuseram e da metade pro final o filme se perde completamente. Tem suas qualidades e a ousadia do tema e da forma de retratá-lo chamam a atenção, mas achei superestimado.
É bom por ser um filme poético e também pelas atuações (gostei muito da composição do Ansel e a Shailene também fez um ótimo trabalho, a química dos dois era palpável), mas a estória, a trilha sonora e a narrativa são ruins. A trilha é extremamente apelativa e chega a irritar (não adianta me dizer que as músicas usadas são boas, elas têm que conversar com o filme de forma sutil e a sutileza passou longe). A estória carece de conflito e momentos interessantes e a narrativa é sem ritmo. O longa é lento e cansativo. Um adendo, o que foi aquela cena no sótão da casa de Anne Frank? Que coisa embaraçosa e tosca. Em suma, A Culpa é das Estrelas é totalmente previsível (nunca li o livro nem li spoilers, mas antecipei tudo o que aconteceu - zero clímax/tensão/expectativa), clichê, sem sal e parece voltado para um público inexperiente (não uso esse termo de forma pretensiosa - a questão é que aqueles que assistem a muitos filmes e procuram ter uma visão mais crítica do cinema dificilmente irão ignorar as falhas). O filme é superestimado, mas tem bons momentos.
A estória não é nada original, mas as reviravoltas e a direção conferiram ritmo ao filme. É um bom longa de ação, que desperta tensão e te prende o tempo todo. Algumas sequências de luta e perseguição foram um pouco confusas devido a quantidade desnecessária de cortes, mas no geral a direção foi bem satisfatória. Uma continuação me agradaria muito.
Jolie é linda e elegante até ensanguentada e descabelada, coisa impressionante.
Histórias de Além-Túmulo
3.2 244 Assista AgoraOs "contos" me prenderam absurdamente! Achei o desfecho final interessante no visual e na forma de amarrar as histórias, personagens e "símbolos", só que achei um pouco corrido, não tão bem costurado, já que algumas pontas ficaram soltas. Plot twist às vezes dá nisso. Ainda assim, o filme me ganhou pelas duas primeiras histórias. Bela fotografia. E eu não sei como, mas todo dia eu amo mais o Martin. Coisa linda. Que ele siga fazendo terror ❤ (Pra quem ainda não viu, assistam Cargo)
Para Todos os Garotos que Já Amei
3.7 1,2KÉ um filme teen com aquelada pegada John Hughes e anos 80 que eu amo, só que atualizado, ou seja, sem vários dos pontos problemáticos de Gatinhas e Gatões (e outros) e mais pertinente ao mundo de hoje. Os anos 80 me dão um quentinho no coração, não nego. Me apaixonei pela direção de arte, a atuação da Lana Condor é muito suave, sua personagem é cativante e a sensibilidade da direção da Susan Johnson se faz presente o tempo todo. Entrega aquilo que se propõe. Me surpreendeu positivamente. Eu dificilmente comento aqui atualmente, mas achei que Lara Jean merecia uma cartinha haha
Gatinhas e Gatões
3.4 713 Assista AgoraComo todos os filmes que assisti do John Hughes, esse é bastante divertido e leve. Uma boa comédia teen dos anos 80, o cara definitivamente sabia fazer filme sobre e para a juventude. Só que tem alguns momentos bem problemáticos, algo que não vi, ao menos de forma tão escancarada, em outros filmes escritos e dirigidos por ele. E são coisas que não dá pra ignorar. Cenas como
a do Jake falando que podia fazer o que quisesse com a namorada - que estava totalmente embriagada - e que só não fazia porque tinha perdido o interesse nela e a que o vemos carregando a namorada embriagada para o carro e deixando-a nas mãos do Ted em troca da calcinha da Samantha são bastante questionáveis.
Enfim, ri bastante com o longa, apesar dos pesares. É fraco se comparado a Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado, mas tem suas qualidades, como bom ritmo e timing pras piadas. Ri demais com o personagem do Anthony Michael Hall. E pra mim já valia só por ver o mozão John Cusack novinho ♥
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos
3.4 940 Assista AgoraA direção do Duncan Jones me agradou no geral, evocou uma vibe de imersão semelhante a que se tem em jogos, mas alguns cortes abruptos, principalmente em sequências de ação, me incomodaram. Fez com que a continuidade ficasse confusa.
O roteiro realmente é um pouco problemático, os personagens não são tão bem explorados quanto poderiam em termos de personalidade e motivação, mas o bom elenco ajudou a dar algum grau de profundidade a eles. Acho um diferencial que os "monstros" não sejam necessariamente maus ou irracionais, existem diferentes lados e perspectivas - algo a se trabalhar melhor numa possível continuação. A história é de origem, então faz sentido que o filme não seja repleto de batalhas do início ao fim. Não achei cansativo, porque o longa te envolve no mundo de Warcraft. Queria, inclusive, ter visto um pouco mais dele. Faltou ritmo, mas isso não comprometeu a minha experiência.
Visualmente, o filme é lindo, mas o CGI nos orcs e nos lobos ainda deixou um pouco a desejar. Imagino o trabalho (e o custo) envolvido na concepção desse tipo de criatura de forma realista. Gostei particularmente dos magos e das execuções de magia.
Em suma, não é um filme fabuloso, mas é bom, entregou o que eu esperava. Enquanto filme de fantasia, apesar de apresentar um mundo riquíssimo, não traz nada de novo, principalmente em termos de narrativa. Não tem uma identidade própria, mas o material tem muito potencial. Espero que tenha uma sequência pra que possam amadurecer aquilo que ficou abaixo da média e explorar as possibilidades que WoW traz. Sou fã de fantasia tanto no cinema quanto na literatura e nos games, espero que o estilo continue a evoluir.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisA premissa do filme é excelente, mas o desenvolvimento deixa a desejar. Podiam ter se aprofundado mais nas questões que o Jonas e o Doador levantam ao compartilhar todas aquelas lembranças e emoções. Jeff Bridges e Brenton Thwaites estabeleceram uma boa dinâmica e sinto que reflexões muito interessantes ficaram pelo caminho. Poderiam ser o "algo a mais" que faltou.
O final também é um tanto decepcionante.
Em suma, podia ter sido muito melhor, porque peca na superficialidade e previsibilidade com que trata o tema. Mas ainda sim é bom, tem seus pontos altos.
Obs.: As escolhas da direção de arte e, principalmente, da fotografia foram bem interessantes, porque conversaram com a narrativa do filme - viraram um recurso de linguagem.
Bronson
3.8 426A direção do Refn e a atuação brilhante do Hardy, para mim, são os grandes destaques do filme. A estética, a estrutura da narrativa e a trilha sonora também me agradaram muito. Essa foi uma das formas mais inusitadas de contar uma história como essa, o que é o grande diferencial do longa.
Não me concentrei na questão do filme ser ou não fiel à realidade, porque acredito que o Refn escolheu uma perspectiva poética/teatral e não factual pra tratar do Bronson.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraVisual incrível, sequências de luta muito bem coreografadas, narrativa com ritmo e Keanu Reeves de terno. Não tenho o que reclamar desse filme. Entregou o que propôs com um plus de estilo. Gostei e gostei muito.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraWhiplash tem um ritmo e uma intensidade impressionantes graças ao excelente trabalho de Damien Chazelle e Tom Cross na direção e montagem. É o grande trunfo do filme, a intensidade brutal da paixão pela música e da busca pela perfeição, muito bem ilustradas pelas performances violentas de Miles Teller e J. K. Simmons, que deram um show de sangue, suor e lágrimas.
O longa também ganha pontos ao ser capaz de envolver emocionalmente o espectador durante toda a projeção com seu ritmo febril, mesmo tendo uma história relativamente simples. E só consigo imaginar o trabalho que a equipe de mixagem de som deve ter tido juntamente com a montagem.
Levei um tempo pra me livrar da adrelina pós-filme. Bravo, Whiplash!
"Não há duas palavras no dicionário mais nocivas do que 'bom trabalho'."
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista Agora"A thing is a thing, not what is said of that thing."
Essa frase que aparece logo no início se aplica ao próprio filme. Birdman tem uma narrativa, uma linguagem e um estilo visual que falam por si mesmos. O que cada um vai entender e apreciar (ou não) a partir disso é com cada um. Só sei que eu achei uma obra incrível e a nível técnico não a muito o que argumentar contra isso.
Não vejo porque seria um filme pretensioso, como já li algumas pessoas apontando, só por levantar questionamentos e fazer críticas ou por trazer um estilo de direção diferenciado. Tudo que está ali contribui de alguma forma pra história que está sendo contada e pra forma como ela está sendo contada, é bem coerente.
Um dos meus favoritos, senão O favorito, pra Melhor Filme.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista Agora"Do not squander time. That is the stuff life is made of".
"And you, miss, are no lady. Don't think I hold that against you. Ladies have never held any charm for me".
"After all... tomorrow is another day."
Apaixonada por esse filme. Me surpreendeu em todos os sentidos.
Será Que?
3.5 913 Assista AgoraAssisti pelo Daniel e gostei muito, nem senti o tempo passar. É uma comédia romântica, não foge ao gênero, mas não é vazia ou clichê. O filme é leve, divertido e agradável. E nossa, ri demais com o personagem do Adam Driver.
"I just had sex and I'm about to eat nachos. It's the greatest moment of my life!".
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KNão senti nenhuma emoção ao longo do filme. Medo, apreensão, nem mesmo curiosidade pelo que aconteceria com os personagens. Esperava bem mais. Muito nhé...
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KGostei da direção do Niels Arden Oplev e da atuação da Noomi Rapace como Lisbeth. O longa, no geral, é muito bom, mas as escolhas de elenco me incomodaram em vários momentos, principalmente o Michael Nyqvist como Blomkvist. Ele deixa muito a desejar e isso é um problema, já que o Mikael é uma figura central na trama. O ator não conseguiu transmitir a força e a personalidade do personagem, que foi ricamente construído pelo Larsson.
Fora isso, achei que o roteiro também teve algumas falhas. Compreendo que adaptações não precisam e nem devem ser idênticas às obras originais, mas achei várias mudanças feitas sem sentido, e senti falta de alguns momentos importantes retratados no livro. Ao mesmo tempo, achei interessante terem feito uma breve alusão ao passado de Lisbeth, foi uma boa forma de despertar a curiosidade dos espectadores e fisgá-los para os filmes seguintes.
Prefiro a versão do Fincher, amo de paixão, mas essa também é muito boa e vou assistir os outros dois.
A Jovem Rainha Vitória
3.9 613 Assista AgoraA direção de arte, a fotografia e a trilha sonora se destacam pela capacidade de transmitir com muita qualidade e delicadeza o tom da época. A direção do Jean-Marc Vallée também é bem sensível, com planos lindos.
O roteiro do longa, como muita gente apontou nos comentários, não tinha como foco o reinado de Vitória em si, a parte política da vida dela. Não acredito que o filme peque nisso porque essa não era sua premissa, não faz sentido criticar a ausência de algo que o longa não se propôs a fazer, mas teria me agradado ver um pouco mais desse aspecto da Era Vitoriana.
O romance dela com Albert, com floreios ou não, tornou o filme muito belo e delicado. Emily Blunt e Rupert Friend me agradaram muito em suas performances. Eu não resisto a um bom filme de época e esse me conquistou pela beleza sutil.
Ela é Demais
3.1 597 Assista AgoraA fórmula pra fazer filmes teen vai mudando com o tempo, esse filme tem a pegada do final dos anos 90/início dos anos 2000 e é um estilo que me agrada. Os filmes eram mais simples, divertidos, sem muita pretensão, o que acabava sendo muito mais eficaz na hora de passar alguma mensagem. Hoje em dia os filmes teen são hipsters demais pro meu gosto. Rola aquela tentativa de dar profundidade, mas fica só na tentativa, a maioria é extremamente pretensiosa e chata. Uma das poucas exceções é As Vantagens de Ser Invisível.
Tinha esquecido do Freddie, galã das adolescentes de outrora. Esse filme em particular é bem sem sal, mas não tem como evitar a nostalgia e o Freddie é uma graça.
Uma Manhã Gloriosa
3.4 732 Assista AgoraO grande trunfo do filme é ter o seu foco na protagonista, na importância que ela dá a sua profissão, sua vontade de prosperar e mostrar que é capaz de fazer um bom trabalho, mesmo que digam que ela é nova demais, inexperiente ou com sua mãe dizendo que ela não é capaz. O longa não é bobo, não é raso, não é pra "desligar o cérebro" ao assistir. O que o torna tão leve e divertido é o bom roteiro e a forma hábil como a narrativa foi conduzida, algo que não deve diminui-lo, muito pelo contrário. Um filme não precisa ser um drama super pesado ou ter um roteiro absurdamente complexo para ser bom e transmitir uma mensagem legal. A protagonista é uma mulher forte, inteligente, esforçada, com um perfil bem diferente do que geralmente se vê em comédias, romances, etc.
Achei a direção do Roger Michell muito sensível assim como em Notting Hill, outro trabalho dele que amo. A sequência em que ela vai para a entrevista na NBC é muito legal, ele usa um plano holandês quando ela entra no prédio, para dar a impressão de que ela está subindo um degrau na vida, galgando algo maior e quando o recepcionista a recebe, ele muda para um plano contra plangé mostrando-a de baixo para cima, representando esse crescimento profissional dela. Lindo!
E o elenco é muito bom, Harrison Ford faz um babaca como ninguém, Keaton e a Rachel estavam adoráveis e o Patrick Wilson é sempre agradável aos olhos. Fotografia e trilha sonora agradabilíssimas e em sintonia com a projeção.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraO filme é apático, como as irmãs. Imagino que essa tenha sido a intenção, mas a premissa pedia um pouco mais de... sentimento. O vazio que o longa deixa é justamente esse, a ausência de emoção ao tratar de um tema profundo. A história das irmãs é desenvolvida de uma forma tão superficial e distante que é difícil se sentir tocado pelo drama delas. E não, não é melancolia ou sutileza, é apatia, um vazio de emoção. Sofia não conseguiu dar o tom certo ao longa. Não é ruim, mas podia ter sido muito melhor.
Kung Fu Panda
3.5 803 Assista Agora"You are too concerned with what was and what will be. There's a saying: yesterday is history, tomorrow is a mystery, but today is a gift, that is why it is called present".
"To make something special you just have to believe it's special".
Simples e adorável.
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista AgoraLindo romance. Roger Michell teve muita sensibilidade ao dirigir esse longa (aquele plano sequência que perpassa as estações é uma das coisas mais lindas que já vi em filmes) e a trilha sonora faz qualquer cabrón se derreter.
E, tenho que comentar, Hugh Grant é tão lindo, tão charmoso, tão... inglês. Mesmo hoje, bem mais velho, continua maravilhoso.
Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que …
3.0 604 Assista AgoraO filme é cheio de clichês e estereótipos muito irritantes, mesmo tendo bons momentos de humor. A personagem da Mônica Martelli tem 39 anos, é bem sucedida, tem bons amigos, mas age como uma adolescente imatura e desesperada por um relacionamento. Não sabe ser feliz sozinha e acha que a maior conquista da vida dela é casar. Ela mesma fala em um momento: Bastou ser educado comigo que eu apaixono.
Todo mundo tem inseguranças, homens e mulheres, e todo mundo passa por fases complicadas, relacionamentos complicados, etc. Podiam ter explorado mais essas relações ao invés de focar no desespero dela de amarrar um homem, talvez o filme ficasse menos bobo.
Maldito Futebol Clube
4.0 138 Assista AgoraQue filme excelente. Recomendável tanto para os que apreciam futebol quanto para os que não apreciam.
O longa é extremamente eficiente em evocar a atmosfera da época com uma direção de arte e fotografia que merecem destaque e esse elenco é maravilhoso. Confesso que resolvi ver o filme por causa do Michael Sheen (vejo qualquer coisa que esse cara faz), mas me surpreendi positivamente com a qualidade do longa em todos os outros aspectos. Já vi muita gente criticando duramente o Tom Hooper, mas esse é o terceiro filme dele que assisto e só tenho elogios.
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774A premissa é ótima, mas não foi bem aproveitada. Visual e musicalmente falando o filme é muito, muito bom, porém falharam violentamente no desenvolvimento do argumento. Não souberam trabalhar a ideia que propuseram e da metade pro final o filme se perde completamente. Tem suas qualidades e a ousadia do tema e da forma de retratá-lo chamam a atenção, mas achei superestimado.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraÉ bom por ser um filme poético e também pelas atuações (gostei muito da composição do Ansel e a Shailene também fez um ótimo trabalho, a química dos dois era palpável), mas a estória, a trilha sonora e a narrativa são ruins. A trilha é extremamente apelativa e chega a irritar (não adianta me dizer que as músicas usadas são boas, elas têm que conversar com o filme de forma sutil e a sutileza passou longe). A estória carece de conflito e momentos interessantes e a narrativa é sem ritmo. O longa é lento e cansativo. Um adendo, o que foi aquela cena no sótão da casa de Anne Frank? Que coisa embaraçosa e tosca.
Em suma, A Culpa é das Estrelas é totalmente previsível (nunca li o livro nem li spoilers, mas antecipei tudo o que aconteceu - zero clímax/tensão/expectativa), clichê, sem sal e parece voltado para um público inexperiente (não uso esse termo de forma pretensiosa - a questão é que aqueles que assistem a muitos filmes e procuram ter uma visão mais crítica do cinema dificilmente irão ignorar as falhas).
O filme é superestimado, mas tem bons momentos.
Salt
3.4 2,1K Assista AgoraA estória não é nada original, mas as reviravoltas e a direção conferiram ritmo ao filme. É um bom longa de ação, que desperta tensão e te prende o tempo todo. Algumas sequências de luta e perseguição foram um pouco confusas devido a quantidade desnecessária de cortes, mas no geral a direção foi bem satisfatória. Uma continuação me agradaria muito.
Jolie é linda e elegante até ensanguentada e descabelada, coisa impressionante.