Matheus

Netflix mais uma vez mostrando que ta vindo pra tomar espaço na produção cinematográfica, com qualidade e preço acessível.

Last Chance U, mais do que a série já mostra: a realidade de quem tem uma ultima chance de estudar e jogar (praticar esportes).
- As realidades familiares dos jogadores
- Drogas, violência, bairros perigosos
- A musicalidade e cultura de um EUA diversificado
- Os problemas de saúde que um jogador enfrenta, mentais e físicos

Pra mais do que isso, quando vamos ver um Brasil fazer isso. Unir esporte e educação em prol de incentivar e desenvolver essas duas áreas. As olimpíadas mostraram a diferença (quadro de medalhas) que isso pode ou não fazer por uma Nação.

Não é que a fotografia desse filme seja boa, o filme é a fotografia.

O câmera para, pega o ambiente desejado, enquadra bem e deixa a cena acontecer. Então é trabalho dos personagens brilharem naquele ambiente muito bem fotografado.

A câmera parada revela o quão estáticas são as vidas dos personagens. O estático da calmaria, do conformismo, da indiferença, e principalmente o não se envolver com o resto.

A câmera parada vai levando a personagem principal com calma, cautela e descompromisso, ao passo que a mesma câmera vai revelar toda reviravolta no decorrer do resto.

Fotografia de alto nível, nem tem como contrariar. E é claro, puxando a sardinha, mostrando as belezas desse nosso Brasil, desse nosso Nordeste.

Cara, como o silêncio consegue falar nesse filme, como ele consegue demonstrar o quanto nós somos indecisos, o quanto nao conseguimos expressar o que sentimos, dizer o que queremos, e mais do que isso, o quanto todas as vezes o silêncio é a resposta mais valida para certos momentos da vida.

Três vidas modificadas ao longo do filme, três decisões de retomar a normalidade de viver, três turbulências, três responsabilidades, três passados e futuros, uma praia e silêncio.