Achei que teria um estilo parecido com Sky High, mas terrível engano, pois essa porcaria aqui não chega nem nos pés. É simplesmente horrível, nada se salva. As atuações são grotescas, a direção péssima, efeitos piores ainda e o roteiro nem se quer deveria ter saído do papel. Lamentável.
Tim Allen com certeza nasceu para a coisa. Toda a sua carreira foi centrada em filmes infantis, com piadas sem graça, produções nada criativas e com alto teor de Sessão da Tarde. Essa tese pode ser comprovada mais uma vez assistindo a “Zoom – Academia de Super Heróis”, a qual conferi achando que seria um longa minimamente decente, mas foi uma verdadeira tragédia.
Logo nos primeiros minutos já podemos ter noção do que viria pela frente. Os personagens mirins, sendo essenciais para o desenvolvimento da trama, são apresentados de maneiras bizarras e em cenas que trazem um humor sem graça e ultrapassado. Logo em seguida surge Allen, que interpreta um super-herói aposentado e é convocado para treinar os jovens prodígios em uma missão ultrassecreta.
As situações que o filme nos apresenta sempre vieram munidas de piadas infames e com aqueles diálogos nada convincentes. O final do filme pode ser deduzido logo no início, o que transfigura essa produção em mais um lixo hollywoodiano. Infelizmente, mais uma fita que comprova a desastrosa carreira de Allen.
A coisa mais estranha é a presença da bela Courteney Cox no filme, conhecida mundialmente pela série Friends e a saga Pânico. A musa tem um papel importante, mas não convence assim como o restante do elenco. O filme tem nenhum conteúdo e fará nenhuma diferença para a sua vida. Não vale a pena conferí-lo, mesmo que seja para perder tempo.
Voltamos no tempo até 2014 e, tirando Annabelle que teve uma boa repercussão por parte do público menos exigente, o terror blockbuster não teve representantes memoráveis para a história do cinema e Ouija serve apenas para confirmar isso.
O filme começa com duas meninas, Laine e Debbie, brincando com um tabuleiro Ouija, ditando as regras do jogo e tentando assim fazer contato com o além. Claro que tudo não passa de um jogo, como uma delas faz questão de ressaltar. Anos depois, Debbie (Shelley Hennig) já adulta joga sozinha, violando assim uma das regras do jogo. Ao perceber que algo deu errado, ela tenta se livrar do tabuleiro e acaba misteriosamente cometendo suicídio. É a partir daí que o filme realmente começa.
Agora, Laine (Olivia Cooke) convoca seu namorado, sua irmã mais nova, o ex-namorado da falecida e uma amiga em comum para entrar em contato com a falecida e descobrir o motivo de sua morte repentina, mas acaba descobrindo outros espíritos não tão amigáveis. Apesar dos inúmeros clichês, os personagens não são irritantes mesmo com as atuações são sendo do nível da Malhação da Globo. O filme é produzido pela Platinum Dunes (do Michael Bay) e conta com uma fotografia e efeitos acima da média. Pena que só visual não basta.
O diretor estreante Stiles White está mais interessado em dar sustos gratuitos do que qualquer outra coisa. O maior susto que tomei assistindo Ouija foi quando uma boca de fogão acende sozinha com um efeito sonoro de uma explosão nuclear. PRA QUE ISSO? A premissa do roteiro (também escrito por White) poderia ser boa, mas é muito mal aproveitada. Aí você me pergunta: Tem plot twist? E eu respondo: Claro que sim! É uma bosta, mas tem! A única surpresa que você vai ter é consigo mesmo por não ter abandonado esse filme depois de sua primeira metade.
Em suma, Ouija tenta causar medo e até flerta desastrosamente com a vertente slasher do estilo, mas não passa de um terror pré-adolescente enlatado, mal realizado e de fácil esquecimento. Sem contar que tudo se resume a passar a velha lição de moral de que com os mortos não se brinca. A conclusão mais óbvia que a sua estúpida revelação é que o grande problema de Ouija é simplesmente sua própria existência.
Filme extremamente simples e bobo, tendo certos momentos que beiram a mediocridade de tão patética que é a direção e o enredo. No geral, a única coisa que salva mesmo é a reflexão final, que por sua vez não é nada inédito também.
Produção da Nickelodeon até que bacana. Claro, a trama é bem bobinha e infantil, e o final terminou com algumas coisas não explicadas, mas serve pra passar o tempo.
Tipo, o principal objetivo do Quincy até então era ganhar o torneio e conquistar o prêmio do dinheiro para comprar a casa de seus pais e viver numa boa, mas ele não ganhou, nem ele e nem a Chris, e sim um garoto completamente aleatório da escola.
Então... o que ele vai fazer da vida agora? Onde vai morar? Vi um povo falando que muito provavelmente vai morar com a agora então namorada e a afilhada, e de certa forma isso até que faz sentido mesmo, mas que ficou estranho a forma que terminou, isso não dá pra negar kkkkk.
Além disso, a dupla principal tem uma excelente química, como já vistos em iCarly.
Comédia de animação musical bem interessante, não é nenhuma obra-prima mas vale a pena conferir. O protagonista Leo e a tartaruga são o grande destaque, sábios e carismáticos transmitem belas reflexões.
É mais um daqueles filmes bem genéricos de ação, e entendo perfeitamente as críticas em cima dele, mas pra um longa de baixo orçamento feito diretamente para a TV e que entrega uma história simples, direta e interessante, acho que está mais do que aprovado.
Bem ao estilo dos filmes de ação dos anos 80. Não indico para fãs de filmes com história e reviravoltas, o filme cumpre o que promete com muita canastrice por parte dos "atores". Pra quem quer ação sem compromisso algum, serve como um belo passatempo.
O filme tem uma premissa interessante, mas que se perde da metade pro fim. A ideia de colocar mergulhadores em uma expedição em uma caverna poderia até nos mostrar boas situações e momentos tensos, mas o roteiro não sabe utilizar e conduzir a história de forma inteligente e nos proporciona um filme tedioso e sem lógica. Até os atores não ajudam muito, pois você não consegue ter conexão e nem se importa, assim parece mais um grupo muito mais apático do que outra coisa. No geral A Caverna é um longa com uma boa premissa, mas que não é bem executado e não possui se quer um momento de tensão e tem um desfecho difícil de engolir.
As criaturas também são patéticas, basicamente o bicho é um morcego gigante, depois vira uma enguia, e depois sai voando... sem fundamento algum.
Fui assistir sem esperar nada, e não é que acabei gostando? Hahahaha. Mais uma obra da Disney focado pro público infantil com uma temática de Halloween e tals, mas a história se mostrou bem legal e interessante. Além disso a ambientação dos cenários está ótima, essa vibe anos 2000 é simplesmente fantástica.
Na moral, que decepção. O começo achei bem chatinho, mas depois de uns 40 minutos o filme começa finalmente a ficar interessante, consegue dar uns sustos legais e desenvolve um cenário bem medonho, porém tudo isso é jogado no lixo com aquele final lamentável. Sério, tantas formas criativas de dar um desfecho bom, e termina da forma mais sem graça e genérica possível.
Resumo do filme: ótima premissa, péssima execução.
Do começo até mais ou menos 1 hora de duração, o enredo consegue prender a atenção de quem assiste, realmente é uma história com um tom de mistério bem interessante que causa muitas dúvidas, fazendo com que o espectador fique até o final para descobrir o plot de tudo, mas francamente, que final mais lamentável hein? Desfecho tenebroso de ruim, além de terminar de uma forma muita esquisita é um final que não causa impacto nenhum, é uma coisa completamente sem sentido.
Além disso, me causou incômodo o tanto de inconveniência que esse roteiro tem pra criar situações tão improváveis de forçadas, são coisas que simplesmente não dá pra engolir.
E outra coisa que ficou estranha, foi o elemento que o diretor usou entre alternar entre o passado e o futuro, mostrando cenas que explicaram situações que virão, mas é aquilo, essa é uma técnica que funciona quando bem planejada e executada, coisa que não aconteceu aqui. Mesmo assistindo prestando atenção em todos os detalhes, teve certos momentos que fiquei confuso e sem saber se aquilo se passava antes ou depois, agora imagina a confusão que não faz em quem não presta tanto a atenção ou é meio lerdo, enfim, ficou estranho.
Mais um daqueles filmes de clássica aventura infantil numa pegada sessão da tarde que repete os mesmos erros do live-action de 2017. Dá pra assistir, mas é completamente descartável e esquecível.
O Pica-Pau é um daqueles casos raros de personagem que não faz sucesso no país de origem, mas acabou sendo abraçado pelo Brasil. A prova disso é que o canal oficial do Woody Woodpecker no Youtube tem pouco mais de 1 milhão de inscritos, enquanto o oficial do Pica-Pau está quase batendo 8 milhões na mesma plataforma. Nessa onda de valorizar o público que é declaradamente fã do personagem, os detentores dos direitos tentaram emplacar um filme live action dele em 2017. Na época, a divulgação foi toda voltada para o Brasil, chegando a escalar a brasileira Thaila Ayala no elenco. O problema é que o filme é tenebroso de ruim e acabou sendo um fracasso até mesmo no Brasil.
Mas assim como todo brasileiro, os executivos não desistem nunca. Dessa vez, em um projeto parecido, a Netflix aproveitou as críticas do outro filme e tentou melhorar a experiência para os fãs em Pica-Pau: As Férias no Acampamento, que chegou ao streaming recentemente.
O filme mostra o Pica-Pau sendo expulso do parque florestal em que vive por atormentar a vida dos visitantes e dos outros animais que ali habitam. Se quiser voltar para sua casa, ele terá de aprender a trabalhar em equipe, o que parece ser meio impossível para um animal que se virou sozinho a vida inteira. Só que as coisas mudam de cena quando ele encontra um acampamento caindo aos pedaços que promete ensinar as crianças a trabalharem em equipe. Ele entra no lugar e descobre que vai ter mais trabalho do que pensava.
Isso porque o acampamento foi construído em uma terra dividida por uma antiga guerra de família que acabou sendo passada para os dois acampamentos que ali existem. Enquanto o que o Pica-Pau está é uma espelunca, o rival é todo ajeitadinho, mas é comandado por um grande babaca. Assim, o passarinho mais amado do Brasil vai ter que ensinar a molecada sobre como vencer provas em uma competição com as crianças psicóticas do terreno ao lado.
Sei que o primeiro pensamento da maioria ao ver esse filme é: “Nossa, mas você esperava o quê disso aí?”. É muito justo, já que o trailer não era lá essas coisas. Só que o Pica-Pau é um personagem bom demais em ser mau, o que sempre acende aquela chama de esperança de que vão acertar o tom na produção. O problema é que essa “aventura” repete o mesmo erro do longa anterior, que é transformar o Pica-Pau num coadjuvante de seu próprio filme.
Veja bem, o personagem se consagrou dentre as décadas de 1940 e 1960 sendo o grande protagonista de suas histórias. Ele é egoísta e mesquinho, que é o que faz dele um sucesso. As aventuras do Pica-Pau mostram sempre ele querendo levar vantagem sobre os outros, seja se recusando a trabalhar e roubando comida por conta do frio ou apenas infernizando seu vizinho porque derrubou uma moeda no encanamento. Ele não é um herói, é um malandro.
Nos filmes em live action, existe um desejo sobrenatural em transformá-lo em herói a todo custo, o que não dá certo. Até mesmo nos desenhos, ele só assume o papel de ‘herói’ quando confronta alguém que é pior que ele. E vale lembrar que só entra nessa por benefício próprio. Ele não ajudaria uma criança a tocar bateria ou perderia seu tempo com uma briga besta de acampamento só porque tem bom coração.
E isso é extremamente frustrante, porque os filmes tentam tratá-lo como um tipo de Mickey de Segunda Mão. E Férias No Acampamento faz algo ainda pior, que é tirá-lo da relevância da própria trama. O longa é uma clássica aventura chata de acampamento, ao melhor estilo de produção infantil do Luccas Neto, que usa como desculpa ter o Pica-Pau e outros personagens animados para bancar o lançamento dessa história genérica e com atuações bem fraquinhas. É tosco demais perceber como as presenças do Pica-Pau, do Zeca Urubu e do Leôncio não fazem a menor diferença. São coadjuvantes de luxo, por assim dizer.
E sabe o que é pior? Tem uma ou outra piada envolvendo o Zeca e o “protagonista” que funcionam bem, geralmente apelando para o humor físico. Mas é tudo jogado fora porque a direção achou que alguém se interessaria mais pela pirralhada aprendendo a ter confiança do que em duas aves animadas arrumando confusão. Sério, é frustrante demais. Falta a esse executivos a coragem de deixar fazerem um filme como o primeiro Space Jam, que ensina às crianças que a melhor forma de derrotar um trapaceiro num jogo de basquete é sequestrando um astro da NBA e apelando para técnicas de chantagem emocional e doping. “Ah, mas a mensagem não é positiva”. Não tem problema. Quem tem que educar os filhos são os pais, não os filmes. O foco é a diversão. E é isso que falta nesses longas… Serem divertidos.
Talvez a melhor solução para o Pica-Pau seja parar de tentar revivê-lo para os cinemas. Ele já teve sua época de ouro e seus novos curtas no YouTube fazem um relativo sucesso com a molecada. Mas como sabemos que o lucro vem em primeiro lugar, talvez fosse hora de começarem a deixar os humanos de lado e apostar em um filme animado. Talvez assim eles entendam que absolutamente ninguém está preocupado com o núcleo das pessoas e foquem numa história realmente estrelada e focada no próprio Pica-Pau fazendo suas molecagens. Afinal, ele é um diabo necessário.
Filme trash da pior qualidade, não se salva nada, enredo tosco, piadas sem graças e alguns atores consagrados do cinema pagando o maior mico de suas carreiras. Nem chega aos pés do seu antecessor.
A comédia gore de Alexandre Aja, Piranha 3D (2010), considerada uma refilmagem do longa de Joe Dante de 1978, saiu-se bem no box office e na opinião dos críticos. Os excessos, tanto na sanguinolência quanto nas cenas de nudez e referências, levaram a produção a arrecadar mais de US$80 milhões nas bilheterias. Com participações especiais, piadas de duplo sentido e os efeitos 3D ajudaram na boa aceitação, e serviram para promover uma sequência. Sem o envolvimento de Aja, com orçamento reduzido, ainda que realizado também com a tecnologia 3D, Piranha 2 (Piranha 3DD, 2012) estreou mundo afora em maio de 2012, chegando ao mercado de DVD brasileiro em setembro. Passou longe de qualquer aprovação, e as razões envolvem um cardume de erros.
Começando – e principalmente – pelo roteiro. Voltar ao lago de antes, mostrar jovens sendo destroçados numa praia e algumas participações especiais poderiam ser arriscadas, mas se distanciar de tudo o que fora mostrado também não seria a melhor solução. Assim, o argumento, desenvolvido a seis mãos, partiu para uma ideia insana, sem deixar de lado todos os excessos vistos anteriormente: em vez de alimentar as piranhas em outro lago, Patrick Melton, Marcus Dunstan e Joel Soisson optaram por um parque aquático. Tinha chances de dar certo, mas precisaria também promover situações que justificassem o novo cenário. Havia tão pouco a contar dentro da proposta que o filme ficou com apenas 75 minutos de duração, tendo como acréscimos, para chegar a 1h23, erros de gravação e brincadeiras do elenco.
Piranha 2 começa com informações sobre o tal Lago Victoria, no Arizona, após o massacre visto no primeiro filme. Fechado e completamente abandonado, o local é agora um ambiente-fantasma, sem os jovens que outrora se divertiram entre azarações e som alto. Mais ou menos próximo dali, em Cross Lake, dois agricultores – um deles interpretado por Gary Busey – encontram uma vaca morta, com ovos de piranha em seu corpo. Eles se chocam e matam os dois homens, em bons efeitos de maquiagem. Nessa mesma região, Maddy (Danielle Panabaker, de Sexta-Feira 13, 2009) e seu padrasto Chet (David Koechner, de Krampus – O Terror do Natal, 2015, e Premonição 5, 2011) estão prestes a inaugurar o parque aquático Big Wet.
Maddy, que retornou recentemente à cidade, está preocupada com os rumos do novo empreendimento, uma vez que Chet quer torná-lo um parque erótico, com espaço adulto, substituindo salva-vidas por strippers. Mais tarde, dois jovens, Shelby (Katrina Bowden, de Grande Tubarão Branco, 2021), e seu namorado Josh (Jean-Luc Bilodeau, de Contos do Dia das Bruxas, 2007), resolvem dar um mergulho no lago sem roupas, e uma piranha entra na vagina da garota (!!) – não ataca, não come os órgãos, nem nada. É apenas uma ideia para promover uma situação posterior quando o rapaz fica com uma criatura cravada em seu pênis durante uma relação sexual. Outros dois jovens também são atacados enquanto planejavam transar em uma van: Ashley (Meagan Tandy) algema Travis (Paul James Jordan) para depois serem mutilados pelos monstrinhos, em uma cena que havia sido planejada para o primeiro filme.
Quando Maddy e Shelby são atacadas à beira do lago, ela, seu ex-namorado Kyle (Chris Zylka, de Terror na Água 3D, 2011) e o amigo apaixonado Barry (Matt Bush) vão até o Lago Victoria para conversar com o especialista Carl Goodman (Christopher Lloyd, reprisando seu papel), que indica uma possibilidade das piranhas terem migrado entre os lagos e talvez estejam adquirindo outras formas de mobilidade. Por saber que a água do parque temático será drenada de Cross Lake, Maddy tenta convencer Chet a não abrir as portas, mas ele se nega, assim como deu dinheiro para Kyle aceitar a abertura. Com a inauguração, o astro David Hasselhoff, fazendo papel dele mesmo, é convidado para atuar como salva-vidas, com inúmeras piadinhas e referências à clássica S.O.S. Malibu. Também reaparece nesta continuação o policial Fallon (Ving Rhames), que perdeu as duas pernas na sua cena de ataque no primeiro filme e está com medo de entrar na água, sendo conduzido na cadeira de rodas por Andrew (Paul Scheer), com papel em Piranha 3D.
À primeira vista, Piranha 2 parece aceitável. Só parece. Acrescente no recheio várias cenas de nudez, piadas envolvendo masturbação, virgindade e drogas, e nenhum momento de tensão ou terror. Com objetos, piranhas e partes do corpo sendo atiradas para a tela para aproveitar o formato 3D, o longa se perde em sua pornochanchada, seus excessos que o tornam uma caricatura do primeiro. As piranhas, que deveriam ser as principais estrelas do filme, têm pouca importância, enquanto relacionamentos rasos, perguntas indiscretas de crianças chatas e ironias aparecem aos montes. Clichês e mais clichês, como o do oportunista que não quer fechar a praia, o lago, o negócio pelos lucros, tendo ainda um elenco jovem irritante, Piranha 2 parece aquelas produções de terror teen em que os adolescentes são mostrados como idiotas, e o público percebe que nem como diversão o filme serve.
Ving Rhames e Christopher Lloyd foram forçadamente colocados no elenco para estabelecer uma conexão com o primeiro. Rhames agora tem uma perna mecânica que atira como a de Rose McGowan em Planeta Terror. As cenas dessa revelação são bem mal realizadas, sem o impacto divertido que se espera. Já Lloyd segue o seu estilo cientista louco para mostrar a movimentação de uma piranha no aquário, atravessando barreiras metálicas para alcançar a presa. David Hasselhoff está ali somente para pagar contas e parece ter se divertido com o filme; algumas de suas cenas são até interessantes, como a do momento em que um garoto pede ajuda, com a câmera brincando com o zoom do clássico Tubarão (1975).
Com efeitos especiais não tão bons quanto os do primeiro, Piranha 2 quis apenas se aproveitar do sucesso anterior e partiu para o nonsense, parodiando seus próprios conceitos, enquanto explorou corpos e referências.
Com roteiro de Pete Goldfinger e Josh Stolberg, a produção nos faz acompanhar uma cidade aterrorizada com os ataques de piranhas nas imediações do lago Victoria, zona que move a economia, o turismo e outras relações do cotidiano de seus moradores. O filme começa nas férias de primavera, momento em que a região está cheia de visitantes e pulsando energia, em especial, dos adolescentes que adoram uma orgia regada aos melhores tipos de bebidas alcoólicas. Essa galera desprovida de qualquer grande responsabilidade dá trabalho constante para a xerife Julie Foster (Elisabeth Shue), mãe de Jake (Steven R. McQueen), jovem que se sente pronto para iniciar a vida sexual e viver as aventuras dos demais garotos de sua cidade, mas podado constantemente pela mãe, preocupada com os rumos de seus estudos, etc. Além da sombra materna que paira a todo momento, ele é um rapaz que ainda precisa ajudar em casa e tomar conta dos dois irmãos mais novos, tarefa nada fácil, algo que toma bastante tempo das horas em que ele poderia aderir ao estilo selvagem dos demais jovens da cidade.
Certo dia, a sua mão deixa-lhe a habitual missão de babá, mas um convite tentador mexe com a sua postura de filho aborrecido, mas certinho. Derrick (Jerry O’Connel) quer que o rapaz seja guia turístico numa expedição no lago, enquanto o contratante realiza o seu filme pornô com algumas garotas bem-dispostas a se entregar ao máximo nas cenas aquáticas de sexo. Ele dribla os irmãos, segue na empreitada, desobedece a mãe que em algum ponto, descobre o corpo de um pescador. Junto ao seu parceiro Fallon (Ving Rhames), ela parte numa investigação ferrenha para descobrir algo que logo mais se estabelecerá como uma ameaça. Quem avalia um espécime levado pelo xerife é Henry Goodman (Christopher Lloyd), dono de um pet shop que atua no modo cientista. Há também uma força-tarefa de especialistas: Novak (Adam Scott), Sam (Ricardo C.) e Paula (Dina Meyer), as pessoas certas para definirem de fato o tamanho da ameaça que promete transformar a temporada num intenso festival de sangue e mortes, algumas bastante gráficas, haja vista a maquiagem de Greg Nicotero, uma das autoridades no assunto.
Além do bom elenco, Piranha 3D goza dos privilégios de ser uma produção consciente de sua estrutura paródica, voltada ao humor e desbloqueada de qualquer sentimento culposo em relação ao bom-senso. É nonsense dos grandes, cheio de situações absurdas, mas muito, excessivamente divertidas e intensas. O pênis que rodopia na tela enquanto afunda, após ser arrancado de uma das vítimas, é uma cena ao mesmo tempo cômica e grosseira, mas nenhum dos envolvidos se importa, afinal, este é um filme de piranhas assassinas documentadas como extintas e que após a falha sísmica, toma o lago e promove a devastação típica do subgênero horror ecológico. Aqui, outra vantagem é a falta de interesse dos realizadores em dosar a presença das piranhas em cena. Grandiosas, exageradas e bizarras, elas estão a todo instante promovendo ataques e devorando humanos incautos, num festival de mortes preocupado exclusivamente em entreter, com algumas pitadas de análise comportamental e exposição de padrões familiares contemporâneos, nada aprofundado, apenas na superfície.
Na cena de abertura, homenagem maior não há: o pescador Matthew Boyd (Richard Deyfruss) cantarola e aguarda os seus peixes no anzol quando é consumido por um redemoinho, oriundo do terremoto que libera as piranhas de um bolsão de água abaixo da terra e as permite ganhar o lago numa velocidade absurda. Elas, obviamente, devoram o personagem que neste momento, realiza apenas uma ponta. Para quem conhece, sabe que Deyfruss é o herói de Tubarão, personagem dominante que coloca ordem no caos estabelecido com a chegada do monstro marinho, alegoria para diversos temas debatidos ao longo do filme e de seu legado extenso. O filme é e ainda será durante muito tempo, referência para outras produções que focam no velho embate entre seres humanos e forças da natureza. Ademais, a trilha sonora de Michael Wandmacher potencializa os vertiginosos barulhos da aventura, produzidos por Myron Nettinga, design de som, setores essenciais para o bom funcionamento de um filme do segmento horror ecológico. Quem também realiza um bom trabalho é John R. Leonetti, na direção de fotografia, eficiente em seus movimentos e na captação de imagens subaquáticas para a nossa imersão no contexto das piranhas, aqui observadas na passageira febre 3D que fez o cinema da época.
Olha, já vi muito filme de tubarão bagaceira nessa vida, e posso dizer numa boa que esse não entra no top 3 piores, mas isso não significa que o mesmo seja bom. Muito pelo contrário, é simplesmente lamentável, tosco ao extremo.
O cgi é deplorável, as atuações extremamente caricatas, principalmente a do Jimmy (Corin Nemec),
Mermão, aquela hora que o tubarão comeu o pai dele e ele começou a ter aquela reação exagerada de patética e esquisita quase que parei o filme, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, muito sem lógica e bizarro.
Fora o clima de comédia de sessão da tarde que é muito presente por aqui, em algumas cenas rola até uma musiquinha de fundo, sério, qual a lógica disso? Isso aqui é um trash de muito mal gosto ou uma comédia falida?
“Saiam da água!“, dizia Roy Scheider em Tubarão, 1975, para que os banhistas buscassem abrigo nas areias da praia para evitar o ataque de uma besta assassina em evidência nas águas que circundam a ilha Amity. Tirar o pé da água já dava uma sensação de segurança contra qualquer inimigo submerso, limitando o ataque a barqueiros, surfistas, casais de namorados ousados e até àqueles que tentassem enfrentá-lo. O porto seguro teve um fim absoluto no improvável Tubarões da Areia (Sand Sharks), de Mark Atkins (Jack, o Matador de Gigantes, 2013), um dos precursores das bagaceiras que afundariam ainda mais a imagem do Rei dos Mares.
Na época do lançamento do clássico de Steven Spielberg, despontaram no oceano das picaretagens cópias que traziam aventuras marítimas e tubarões assassinos. Ainda que mal realizadas, com colagem de documentários sobre as criaturas, nada poderia ser pior do que aconteceria após a estreia do divertido Do Fundo do Mar (1999), de Renny Harlin, com tubarões inteligentes. Daí para criar monstros gigantescos, metálicos, em combate com outras criaturas bizarras e em ambientes estranhos foi apenas uma remada. Depois o conceito assumiria o pastelão de vez com o início da franquia Sharknado, mas até lá ainda precisaria passear pelas areias de uma ilha paradisíaca para se alimentar dos jovens festeiros.
O longa começa em uma competição de motocross, quando dois rapazes são devorados por uma criatura que se esconde por debaixo do solo arenoso. Diferente do que poderia (e deveria) acontecer, logo no prólogo o monstro já é apresentado em todas as suas péssimas concepções, já permitindo que o público já imagine a qual universo está se envolvendo. Antigamente, era comum os filmes de monstros esconderem as criaturas devido às limitações orçamentárias, exibindo-as apenas nas sequências finais. Mesmo com os defeitos técnicos, pelo menos essa cautela mostrava um respeito dos envolvidos com suas próprias falhas, e ainda segurava o espectador pela curiosidade. Filmes como Tubarões da Areia não têm medo de esconder seu caráter bagaceiro!
Jimmy Green (Corin Nemic, que fez sucesso na década de 90 com a série Parker Lewis, 1990-1993, e posteriormente faria a minissérie A Dança da Morte, de Stephen King) é o filho do prefeito (Edgar Allan Poe IV) de White Sands, que está morrendo pela falta de público. Um ataque de tubarão no passado, com a morte de 13 pessoas, tem afastado turistas, moradores e o comércio, levando o rapaz a tentar convencer seu pai a fazer uma festa universitária no local. Com seus trejeitos bobos, acompanhados da trilha cômica, Jimmy conquista a confiança do pai e contrata uma equipe para organizar a festividade, composta por Willie (Delpaneaux Wills), Erin (Hilary Cruz) e Amanda Gore (Gina Holden, de Premonição 3). Mas, a morte dos dois rapazes e alguns desaparecimentos intrigam o Xerife John Stone (Eric Scott Woods) e sua irmã Brenda Stone (Vanessa Evigan), que planejam fechar a praia e atrapalhar os planos de Jimmy, principalmente quando a bióloga Sandy Powers (Brooke Hogan, de Ataque do Tubarão Mutante, 2012) identifica características de que o predador é um bebê pré-histórico, com a capacidade absurda de caminhar sobre a areia.
Depois que um rapaz é devorado sob a testemunha da polícia, de Sandy e de Jimmy, os cidadãos organizam uma reunião para decidir os próximos passos. O caçador Angus McSorely (Robert Pike Daniel) se oferece para caçar a criatura, exigindo uma grana alta para o feito, como Quint (Robert Shaw) fez no clássico, faltando apenas arranhar a lousa com as unhas. As “homenagens” ao filme do Spilberg permeiam a produção como o prefeito que quer esconder as tragédias para que a festa do turismo aconteça, e até a carcaça que um pescador apresenta como sendo o animal assassino. É óbvio que o evento popular acontecerá e vários tubarões surgirão para fazer vítimas, mas sem que o espectador se impressione ou se sinta ameaçado pelo suspense nulo.
Apostando no humor bobo, no papel do galanteador e panaca Jimmy, Tubarões da Areia é um exercício de resistência para o público. Conseguir superar seus pouco mais de 80 minutos, sem um atrativo que seja, é somente para os fortes. O roteiro de Cameron Larson e Joe Benkis poderia se beneficiar de sua condição insana para aproximar as situações de O Ataque dos Vermes Malditos, por exemplo. Poderia ser tão divertido quanto se houvesse um tratamento mais cuidadoso do argumento, um esforço maior dos envolvidos e um investimento mais adequado nos efeitos especiais, alternando a produção digital por bonecos. Mas, seria exigir muito, de uma baboseira que não serve nem como passatempo dos menos exigentes.
Sem dúvida alguma é um dos melhores filmes do Darren Aronofsky. Intenso, pesado, triste, alucinante, emocionante, relevante e desesperador. Roteiro brilhante e Portman esta na sua melhor atuação. Um filme que nos prende do início ao fim, não há palavras para definir essa obra.
Natalie Portman, numa entrega impressionante e dedicada ao papel (a atriz chegou a fraturar as costelas durante as filmagens) convence muito bem como a delicada e insegura Nina, e surpreende muito bem no terceiro ato ao interpretar o Cisne Negro, numa sequência de tirar completamente o fôlego. Vincent Cassel está ótimo como Thomas Leroy, inclusive protagonizando uma sequência de sedução com caráter bastante singular. Mila Kunis esbanja sensualidade e mistério como Lily, aparente rival de Nina, e Barbara Hershey completa o time das boas atuações como a controladora mãe de Nina.
Aquilo que mais cativa o espectador em Cisne Negro são as perguntas que o filme deixa sem resposta evidente. O que foi real e o que foi imaginado? Como e por que razões essa tragédia aconteceu?
Mesmo que algumas questões fiquem em aberto, vale a pena explorarmos o significado do filme e tentarmos encontrar respostas.
▶️ Carreira de alta pressão e seus efeitos
Acima de tudo, o longa retrata os efeitos que um ambiente de alta pressão e extremamente competitivo pode ter na saúde mental de uma pessoa. Nina tem uma carreira com um alto nível de exigência, que se torna destrutiva, porque a protagonista quer alcançar o topo.
Por isso, ela vive para o trabalho, não tem relações pessoais, amizades ou interesses fora da dança. Além dos machucados no corpo, tem que suportar os avanços sexuais do diretor e a total inexistência de limites: humilhação, ensaios constantes, exaustão.
Focado no mundo do balé profissional, o filme mostra o desgaste físico e mental da profissão: Nina está sobre estress e ansiedade permanentes.
▶️ Amadurecimento tardio
Erica, a mãe da protagonista, é uma antiga bailarina que a empurra para a dança por causa do seu próprio sonho falhado, projetando nela as suas ambições. As duas vivem juntas e a mãe é controladora e superprotetora, infantilizando e manipulando a filha.
Percebemos que Nina não tem privacidade alguma e é sexualmente reprimida por conta da vigilância constante da mãe. O seu processo de amadurecimento parece estar estagnado e essa pode ser a origem dos seus problemas.
Assim, quando Nina decide ir para a festa com Lily, está desafiando a autoridade da progenitora, um comportamento que parece motivado por uma adolescência tardia. Na mesma noite, a sua cena íntima com a rival é, na verdade, uma fantasia que tem enquanto se masturba.
O ato, que não era permitido até ali, simboliza um ritual de passagem: Nina reclama a sua sexualidade porque é uma mulher adulta. Na manhã seguinte, quando sai do quarto, anuncia que vai morar sozinha. Mais à frente, joga todos os seus brinquedos no lixo.
▶️ Alucinações e busca da perfeição
Desde o começo conseguimos perceber que Nina já teve problemas psicológicos, seja pela vigilância da mãe ou pelas suas marcas de automutilação nos ombros. Em várias cenas do filme, cada vez com mais intensidade, o seu reflexo vai surgindo como uma ameaça.
Seja no espelho ou na rua, Nina vê apareceir a imagem de uma mulher igual a ela, vestida sempre de preto, que parece desafiá-la. Essa dualidade culmina com a cena em que Nina luta contra si mesma, quebra o espelho e se fere com um pedaço.
Há um lado sombrio da sua mente que a protagonista não consegue controlar e que vai se apoderando dela, até dominar por completo. Sabemos que o que a move é o desejo da perfeição e que, para isso, precisa interpretar os dois papéis de forma inquestionável.
O Cisne Negro precisava ser ameaçador, perigoso, sensual; tudo que Nina não era. Para chegar até à personagem, a protagonista precisa se aproximar do seu lado pior, a sua "gêmea má".
Ela deixa que a pressão e as suas emoções negativas tomem conta de si, para conseguir executar o trabalho sem nenhuma falha. O preço que paga pela perfeição é a própria vida.
▶️ Ciclo de sucesso e destruição
O que assistimos não é apenas um filme sobre uma mulher que enlouquece e acaba se matando. Aqui, o que está em jogo é o processo lento de desgaste físico e mental de uma bailarina de sucesso. Antes de Nina, Beth também foi uma bailarina "perfeita", que conquistou os aplausos do público e o amor de Thomas.
Com o tempo, a antiga diva foi envelhecendo e perdendo os seus seguidores. Logo, para Nina se tornar a bailarina principal, Beth teve que se aposentar e também perdeu a atenção do diretor. Por tudo isso, ela acaba tentando o suicídio. Quando Nina vai visitá-la e fala que ela era perfeita, ela nega e responde que "agora é nada". Em seguida, se fere no rosto como uma faca (possível alucinação).
Nina vê em Beth uma miragem do futuro que quer evitar a qualquer custo. Por outro lado, Lily é a sua inspiração para a personagem Cisne Negro e também a sua possível sucessora. Num ambiente de forte competição feminina, Nina a encara como rival e alguém que vai roubar o seu lugar.
Podemos prever que se o filme continuasse, talvez Lily fosse a nova estrela e terminasse de um jeito trágico, como as suas antecessoras. Deste modo, Cisne Negro ilustra um ciclo de busca da perfeição que conduz à ruína e, em última instância, à morte.
Mermão, que filme mais deprimente de ruim, senti que foi 1 hora e 20 minutos da vida jogados no lixo. Absolutamente nada faz sentido, enredo confuso, tosco, a direção é extremamente esquisita, parece que o diretor não sabia direito pra que lado a história tinha que ir e simplesmente jogou um monte de cena aleatória uma atrás da outra, enfim, é lamentável.
A fotografia é muito estranha também, em certos momentos o ângulo estava tão estranho que não sei se o diretor filmou dessa forma proposital ou se pq a produção é ruim mesmo.
Quando terminou não senti absolutamente nada, pois parece que nem sequer alguma coisa havia começado. Para economizar o tempo, aqui vai um conselho: veja os 5 primeiros minutos do filme e depois os 5 minutos finais, e é isso, não vai ter perdido nada.
Em relação à vilã do longa, cuja é uma espécie de sereia demoníaca, é outra coisa deplorável de tão tosca. Nem sequer tiveram a decência de fazer uma coisa bem trabalhada, uma maquiagem, uma prótese, sei lá, simplesmente a bicha é uma mulher comum que quando fica endiabrada os olhos ficam pretos, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, não sei se rio ou se choro.
E nessa brincadeira aí se cria diversas lacunas, oras, o que essa ser é? Uma entidade? Um espirito? Um dia já foi uma mulher de verdade? O que faz e pq está justamente ali? E outra, se ela é uma espécie de demônio que vive nas águas, como diabos ela consegue roupas e brincos??????? Puta que pariu... Enfim, como eu disse, que filme esquisito.
E pra não dizer que não tem nada de bom, pelo menos posso dizer que o ator que faz o protagonista é esforçado, realmente convence, ainda mais sendo um personagem mudo.
Mais um típico filme sessão da tarde, mas honestamente, fazia tempo que não via uma produção simples, mas ao mesmo tempo tão divertida e leve como essa! Além de ser um ótimo entretenimento garante boas risadas, gostei mesmo.
A fotografia é lindíssima, os atores estão bons, com destaque para o Brendan Fraser, sem dúvida ele é quem rende mais cenas hilárias em todo o longa. E claro, não podemos nos esquecer da belíssima mensagem e reflexão que a obra nos passa.
A história parece um clichê, mas não é, surpreende em muitos momentos!
O que ocorreria se um homem que busca levar uma outra vida fosse perseguido por seu passado? Tom vive em uma cidade tranquila e bucólica com sua esposa Edie e seus filhos Jack e Sarah, porém quando dois bandidos entram em seu restaurante e Tom surpreendentemente consegue impedir o assalto. Com isso ele ganha fama na pequena cidade e vira um herói local, mas ele não contava que a notoriedade ganha lhe traria antigos fantasmas do passado que ele queria tanto esquecer. É aí que ele tem que enfrentar pela última vez o seu passado e colocará à prova seu casamento e sua relação com a família já que ela não seria mais a mesma.
O filme possui um roteiro sensacional de John Olson em que ele soube expressar em palavras o drama e suspense necessários, além de criar cenas memoráveis e originais neste longa. A obra ainda possui uma fotografia fantástica, uma direção precisa, sensível e habilidosa de Cronenberg, em especial para a cena de abertura com os bandidos em um bar e a última cena quando Tom chega em casa onde somente com gestos os protagonistas conseguem expressar uma dor incrível e o início de uma nova vida para a família baseada na verdade e na confiança. São cenas marcantes do cinema atual e que não deixam dúvidas de que o filme foi dirigido por Cronenberg. Destaco aqui também a trilha sonora perfeita de Howard Shore, e evidentemente o elenco incrível encabeçado pelo sempre ótimo Viggo Mortensen, pela ótima Maria Bello, pela boa revelação Ashton Holmes e pelas não tão extensas, mas marcantes presenças na tela de William Hurt e Ed Harris, que conseguiram em poucas cenas colocar sarcasmo, inteligência e impor um clima de suspense impressionante ao filme.
Sem dúvida um dos melhores dramas/suspenses dos últimos anos e com a marca Cronenberg. Imperdível para quem diz que gosta de cinema, realmente sensacional!
Tanto o CGI dos tubarões quando o das ondas são uma piada, os atores bem medianos e a fotografia é ok. Enfim, já vi muito piores, se desligar a mente até que dá pra assistir, mas é completamente esquecível e descartável.
O problema mais grave de Tubarão de Malibu são, obviamente, os efeitos especiais. Todo criado em computador, mas com orçamento modesto, eles são muito ruins tanto na caracterização dos tubarões quanto em seus ataques sempre iguais, nunca interagindo com os personagens. E o que dizer, então, do tsunami mais tosco já realizado? Uma ondinha ao fundo, com efeito uniforme, que não destrói praticamente nada, muito menos a frágil cabana dos salva-vidas! E chega a ser patética a atuação séria e dramática dos personagens diante de bichos mal-feitos, desenhados em computador.
A direção de David Lister é típica de um filme para a TV, fazendo o básico sem empolgar, deixando o trabalho sujo para o argumento sem sentido, o triângulo amoroso insosso e a morte da única personagem com consciência ecológica. Tudo absolutamente mal construído, como uma peça escolar realizada às vésperas da apresentação.
Mais um clichezão do gênero, mas honestamente, comparado a milhares de atrocidades de filmes de tubarões que existem por aí, Terror na Água até que fica na média.
Basicamente é composto por duas ou três cenas de susto e mais meia dúzia de cenas que levam qualquer um às risadas.
É risível um personagem com dente de tubarão, mais ainda um homem com um braço só que mata um tubarão no raso do lago e, para piorar, tem até um cachorro que se mostra como o grande herói, salvando a pátria quando menos se espera.
Enfim, é o típico filme que deve ser assistido sem compromisso, apenas pelo prazer de ver algo que não exige do telespectador aprofundamento ou análise.
Além disso, achei criativa a reviravolta que teve, os vídeos de pessoas sendo mortas por tubarões serem vendidos foi uma sacada interessante, me lembrou o enredo do filme Vacancy de 2007.
E os efeitos especiais dos tubarões sãos fracos, mas já vi piores.
Zoom: Academia de Super-Heróis
2.3 148Achei que teria um estilo parecido com Sky High, mas terrível engano, pois essa porcaria aqui não chega nem nos pés. É simplesmente horrível, nada se salva. As atuações são grotescas, a direção péssima, efeitos piores ainda e o roteiro nem se quer deveria ter saído do papel. Lamentável.
Tim Allen com certeza nasceu para a coisa. Toda a sua carreira foi centrada em filmes infantis, com piadas sem graça, produções nada criativas e com alto teor de Sessão da Tarde. Essa tese pode ser comprovada mais uma vez assistindo a “Zoom – Academia de Super Heróis”, a qual conferi achando que seria um longa minimamente decente, mas foi uma verdadeira tragédia.
Logo nos primeiros minutos já podemos ter noção do que viria pela frente. Os personagens mirins, sendo essenciais para o desenvolvimento da trama, são apresentados de maneiras bizarras e em cenas que trazem um humor sem graça e ultrapassado. Logo em seguida surge Allen, que interpreta um super-herói aposentado e é convocado para treinar os jovens prodígios em uma missão ultrassecreta.
As situações que o filme nos apresenta sempre vieram munidas de piadas infames e com aqueles diálogos nada convincentes. O final do filme pode ser deduzido logo no início, o que transfigura essa produção em mais um lixo hollywoodiano. Infelizmente, mais uma fita que comprova a desastrosa carreira de Allen.
A coisa mais estranha é a presença da bela Courteney Cox no filme, conhecida mundialmente pela série Friends e a saga Pânico. A musa tem um papel importante, mas não convence assim como o restante do elenco. O filme tem nenhum conteúdo e fará nenhuma diferença para a sua vida. Não vale a pena conferí-lo, mesmo que seja para perder tempo.
Belas e Mimadas
2.4 55Filminho de adolescente completamente sessão da tarde, mas até que não é ruim. Consegue entreter e passa uma reflexão bem bacana.
Ouija: O Jogo dos Espíritos
2.0 982Mais um longa de espíritos extremamente clichê e genérico, simplesmente péssimo.
Absurdamente clichê, roteiro lamentável, atuações espantosas e mortes estúpidas.
Voltamos no tempo até 2014 e, tirando Annabelle que teve uma boa repercussão por parte do público menos exigente, o terror blockbuster não teve representantes memoráveis para a história do cinema e Ouija serve apenas para confirmar isso.
O filme começa com duas meninas, Laine e Debbie, brincando com um tabuleiro Ouija, ditando as regras do jogo e tentando assim fazer contato com o além. Claro que tudo não passa de um jogo, como uma delas faz questão de ressaltar. Anos depois, Debbie (Shelley Hennig) já adulta joga sozinha, violando assim uma das regras do jogo. Ao perceber que algo deu errado, ela tenta se livrar do tabuleiro e acaba misteriosamente cometendo suicídio. É a partir daí que o filme realmente começa.
Agora, Laine (Olivia Cooke) convoca seu namorado, sua irmã mais nova, o ex-namorado da falecida e uma amiga em comum para entrar em contato com a falecida e descobrir o motivo de sua morte repentina, mas acaba descobrindo outros espíritos não tão amigáveis. Apesar dos inúmeros clichês, os personagens não são irritantes mesmo com as atuações são sendo do nível da Malhação da Globo. O filme é produzido pela Platinum Dunes (do Michael Bay) e conta com uma fotografia e efeitos acima da média. Pena que só visual não basta.
O diretor estreante Stiles White está mais interessado em dar sustos gratuitos do que qualquer outra coisa. O maior susto que tomei assistindo Ouija foi quando uma boca de fogão acende sozinha com um efeito sonoro de uma explosão nuclear. PRA QUE ISSO? A premissa do roteiro (também escrito por White) poderia ser boa, mas é muito mal aproveitada. Aí você me pergunta: Tem plot twist? E eu respondo: Claro que sim! É uma bosta, mas tem! A única surpresa que você vai ter é consigo mesmo por não ter abandonado esse filme depois de sua primeira metade.
Em suma, Ouija tenta causar medo e até flerta desastrosamente com a vertente slasher do estilo, mas não passa de um terror pré-adolescente enlatado, mal realizado e de fácil esquecimento. Sem contar que tudo se resume a passar a velha lição de moral de que com os mortos não se brinca. A conclusão mais óbvia que a sua estúpida revelação é que o grande problema de Ouija é simplesmente sua própria existência.
Minha Irmã Invisível
2.9 19Filme extremamente simples e bobo, tendo certos momentos que beiram a mediocridade de tão patética que é a direção e o enredo. No geral, a única coisa que salva mesmo é a reflexão final, que por sua vez não é nada inédito também.
Best Player
2.8 62Produção da Nickelodeon até que bacana. Claro, a trama é bem bobinha e infantil, e o final terminou com algumas coisas não explicadas, mas serve pra passar o tempo.
Tipo, o principal objetivo do Quincy até então era ganhar o torneio e conquistar o prêmio do dinheiro para comprar a casa de seus pais e viver numa boa, mas ele não ganhou, nem ele e nem a Chris, e sim um garoto completamente aleatório da escola.
Então... o que ele vai fazer da vida agora? Onde vai morar? Vi um povo falando que muito provavelmente vai morar com a agora então namorada e a afilhada, e de certa forma isso até que faz sentido mesmo, mas que ficou estranho a forma que terminou, isso não dá pra negar kkkkk.
Além disso, a dupla principal tem uma excelente química, como já vistos em iCarly.
O Médico Erótico
3.2 57O enredo achei interessante e criativo, mas sei lá, acho que a comédia pastelona ficou muito forçada e acabou prejudicando o filme como um todo.
Leo
3.6 130 Assista AgoraComédia de animação musical bem interessante, não é nenhuma obra-prima mas vale a pena conferir. O protagonista Leo e a tartaruga são o grande destaque, sábios e carismáticos transmitem belas reflexões.
O Alvo Final
2.1 37É mais um daqueles filmes bem genéricos de ação, e entendo perfeitamente as críticas em cima dele, mas pra um longa de baixo orçamento feito diretamente para a TV e que entrega uma história simples, direta e interessante, acho que está mais do que aprovado.
Bem ao estilo dos filmes de ação dos anos 80. Não indico para fãs de filmes com história e reviravoltas, o filme cumpre o que promete com muita canastrice por parte dos "atores". Pra quem quer ação sem compromisso algum, serve como um belo passatempo.
A Caverna
2.4 301O filme tem uma premissa interessante, mas que se perde da metade pro fim. A ideia de colocar mergulhadores em uma expedição em uma caverna poderia até nos mostrar boas situações e momentos tensos, mas o roteiro não sabe utilizar e conduzir a história de forma inteligente e nos proporciona um filme tedioso e sem lógica. Até os atores não ajudam muito, pois você não consegue ter conexão e nem se importa, assim parece mais um grupo muito mais apático do que outra coisa. No geral A Caverna é um longa com uma boa premissa, mas que não é bem executado e não possui se quer um momento de tensão e tem um desfecho difícil de engolir.
As criaturas também são patéticas, basicamente o bicho é um morcego gigante, depois vira uma enguia, e depois sai voando... sem fundamento algum.
Mamãe Saiu Com Um Vampiro
2.2 119Fui assistir sem esperar nada, e não é que acabei gostando? Hahahaha. Mais uma obra da Disney focado pro público infantil com uma temática de Halloween e tals, mas a história se mostrou bem legal e interessante. Além disso a ambientação dos cenários está ótima, essa vibe anos 2000 é simplesmente fantástica.
O Jogo do Elevador
1.4 14Na moral, que decepção. O começo achei bem chatinho, mas depois de uns 40 minutos o filme começa finalmente a ficar interessante, consegue dar uns sustos legais e desenvolve um cenário bem medonho, porém tudo isso é jogado no lixo com aquele final lamentável. Sério, tantas formas criativas de dar um desfecho bom, e termina da forma mais sem graça e genérica possível.
Perdidos na Noite
2.1 33Resumo do filme: ótima premissa, péssima execução.
Do começo até mais ou menos 1 hora de duração, o enredo consegue prender a atenção de quem assiste, realmente é uma história com um tom de mistério bem interessante que causa muitas dúvidas, fazendo com que o espectador fique até o final para descobrir o plot de tudo, mas francamente, que final mais lamentável hein? Desfecho tenebroso de ruim, além de terminar de uma forma muita esquisita é um final que não causa impacto nenhum, é uma coisa completamente sem sentido.
Além disso, me causou incômodo o tanto de inconveniência que esse roteiro tem pra criar situações tão improváveis de forçadas, são coisas que simplesmente não dá pra engolir.
E outra coisa que ficou estranha, foi o elemento que o diretor usou entre alternar entre o passado e o futuro, mostrando cenas que explicaram situações que virão, mas é aquilo, essa é uma técnica que funciona quando bem planejada e executada, coisa que não aconteceu aqui. Mesmo assistindo prestando atenção em todos os detalhes, teve certos momentos que fiquei confuso e sem saber se aquilo se passava antes ou depois, agora imagina a confusão que não faz em quem não presta tanto a atenção ou é meio lerdo, enfim, ficou estranho.
Scooby-Doo! Doces ou Travessuras
3.2 7Enredo regular, não é ruim mas também não empolga. O que chama a atenção é o traço da animação, muito dinâmica e interessante.
Pica-Pau: As Férias no Acampamento
2.3 12Mais um daqueles filmes de clássica aventura infantil numa pegada sessão da tarde que repete os mesmos erros do live-action de 2017. Dá pra assistir, mas é completamente descartável e esquecível.
O Pica-Pau é um daqueles casos raros de personagem que não faz sucesso no país de origem, mas acabou sendo abraçado pelo Brasil. A prova disso é que o canal oficial do Woody Woodpecker no Youtube tem pouco mais de 1 milhão de inscritos, enquanto o oficial do Pica-Pau está quase batendo 8 milhões na mesma plataforma. Nessa onda de valorizar o público que é declaradamente fã do personagem, os detentores dos direitos tentaram emplacar um filme live action dele em 2017. Na época, a divulgação foi toda voltada para o Brasil, chegando a escalar a brasileira Thaila Ayala no elenco. O problema é que o filme é tenebroso de ruim e acabou sendo um fracasso até mesmo no Brasil.
Mas assim como todo brasileiro, os executivos não desistem nunca. Dessa vez, em um projeto parecido, a Netflix aproveitou as críticas do outro filme e tentou melhorar a experiência para os fãs em Pica-Pau: As Férias no Acampamento, que chegou ao streaming recentemente.
O filme mostra o Pica-Pau sendo expulso do parque florestal em que vive por atormentar a vida dos visitantes e dos outros animais que ali habitam. Se quiser voltar para sua casa, ele terá de aprender a trabalhar em equipe, o que parece ser meio impossível para um animal que se virou sozinho a vida inteira. Só que as coisas mudam de cena quando ele encontra um acampamento caindo aos pedaços que promete ensinar as crianças a trabalharem em equipe. Ele entra no lugar e descobre que vai ter mais trabalho do que pensava.
Isso porque o acampamento foi construído em uma terra dividida por uma antiga guerra de família que acabou sendo passada para os dois acampamentos que ali existem. Enquanto o que o Pica-Pau está é uma espelunca, o rival é todo ajeitadinho, mas é comandado por um grande babaca. Assim, o passarinho mais amado do Brasil vai ter que ensinar a molecada sobre como vencer provas em uma competição com as crianças psicóticas do terreno ao lado.
Sei que o primeiro pensamento da maioria ao ver esse filme é: “Nossa, mas você esperava o quê disso aí?”. É muito justo, já que o trailer não era lá essas coisas. Só que o Pica-Pau é um personagem bom demais em ser mau, o que sempre acende aquela chama de esperança de que vão acertar o tom na produção. O problema é que essa “aventura” repete o mesmo erro do longa anterior, que é transformar o Pica-Pau num coadjuvante de seu próprio filme.
Veja bem, o personagem se consagrou dentre as décadas de 1940 e 1960 sendo o grande protagonista de suas histórias. Ele é egoísta e mesquinho, que é o que faz dele um sucesso. As aventuras do Pica-Pau mostram sempre ele querendo levar vantagem sobre os outros, seja se recusando a trabalhar e roubando comida por conta do frio ou apenas infernizando seu vizinho porque derrubou uma moeda no encanamento. Ele não é um herói, é um malandro.
Nos filmes em live action, existe um desejo sobrenatural em transformá-lo em herói a todo custo, o que não dá certo. Até mesmo nos desenhos, ele só assume o papel de ‘herói’ quando confronta alguém que é pior que ele. E vale lembrar que só entra nessa por benefício próprio. Ele não ajudaria uma criança a tocar bateria ou perderia seu tempo com uma briga besta de acampamento só porque tem bom coração.
E isso é extremamente frustrante, porque os filmes tentam tratá-lo como um tipo de Mickey de Segunda Mão. E Férias No Acampamento faz algo ainda pior, que é tirá-lo da relevância da própria trama. O longa é uma clássica aventura chata de acampamento, ao melhor estilo de produção infantil do Luccas Neto, que usa como desculpa ter o Pica-Pau e outros personagens animados para bancar o lançamento dessa história genérica e com atuações bem fraquinhas. É tosco demais perceber como as presenças do Pica-Pau, do Zeca Urubu e do Leôncio não fazem a menor diferença. São coadjuvantes de luxo, por assim dizer.
E sabe o que é pior? Tem uma ou outra piada envolvendo o Zeca e o “protagonista” que funcionam bem, geralmente apelando para o humor físico. Mas é tudo jogado fora porque a direção achou que alguém se interessaria mais pela pirralhada aprendendo a ter confiança do que em duas aves animadas arrumando confusão. Sério, é frustrante demais. Falta a esse executivos a coragem de deixar fazerem um filme como o primeiro Space Jam, que ensina às crianças que a melhor forma de derrotar um trapaceiro num jogo de basquete é sequestrando um astro da NBA e apelando para técnicas de chantagem emocional e doping. “Ah, mas a mensagem não é positiva”. Não tem problema. Quem tem que educar os filhos são os pais, não os filmes. O foco é a diversão. E é isso que falta nesses longas… Serem divertidos.
Talvez a melhor solução para o Pica-Pau seja parar de tentar revivê-lo para os cinemas. Ele já teve sua época de ouro e seus novos curtas no YouTube fazem um relativo sucesso com a molecada. Mas como sabemos que o lucro vem em primeiro lugar, talvez fosse hora de começarem a deixar os humanos de lado e apostar em um filme animado. Talvez assim eles entendam que absolutamente ninguém está preocupado com o núcleo das pessoas e foquem numa história realmente estrelada e focada no próprio Pica-Pau fazendo suas molecagens. Afinal, ele é um diabo necessário.
Piranha 2
1.6 774Filme trash da pior qualidade, não se salva nada, enredo tosco, piadas sem graças e alguns atores consagrados do cinema pagando o maior mico de suas carreiras. Nem chega aos pés do seu antecessor.
A comédia gore de Alexandre Aja, Piranha 3D (2010), considerada uma refilmagem do longa de Joe Dante de 1978, saiu-se bem no box office e na opinião dos críticos. Os excessos, tanto na sanguinolência quanto nas cenas de nudez e referências, levaram a produção a arrecadar mais de US$80 milhões nas bilheterias. Com participações especiais, piadas de duplo sentido e os efeitos 3D ajudaram na boa aceitação, e serviram para promover uma sequência. Sem o envolvimento de Aja, com orçamento reduzido, ainda que realizado também com a tecnologia 3D, Piranha 2 (Piranha 3DD, 2012) estreou mundo afora em maio de 2012, chegando ao mercado de DVD brasileiro em setembro. Passou longe de qualquer aprovação, e as razões envolvem um cardume de erros.
Começando – e principalmente – pelo roteiro. Voltar ao lago de antes, mostrar jovens sendo destroçados numa praia e algumas participações especiais poderiam ser arriscadas, mas se distanciar de tudo o que fora mostrado também não seria a melhor solução. Assim, o argumento, desenvolvido a seis mãos, partiu para uma ideia insana, sem deixar de lado todos os excessos vistos anteriormente: em vez de alimentar as piranhas em outro lago, Patrick Melton, Marcus Dunstan e Joel Soisson optaram por um parque aquático. Tinha chances de dar certo, mas precisaria também promover situações que justificassem o novo cenário. Havia tão pouco a contar dentro da proposta que o filme ficou com apenas 75 minutos de duração, tendo como acréscimos, para chegar a 1h23, erros de gravação e brincadeiras do elenco.
Piranha 2 começa com informações sobre o tal Lago Victoria, no Arizona, após o massacre visto no primeiro filme. Fechado e completamente abandonado, o local é agora um ambiente-fantasma, sem os jovens que outrora se divertiram entre azarações e som alto. Mais ou menos próximo dali, em Cross Lake, dois agricultores – um deles interpretado por Gary Busey – encontram uma vaca morta, com ovos de piranha em seu corpo. Eles se chocam e matam os dois homens, em bons efeitos de maquiagem. Nessa mesma região, Maddy (Danielle Panabaker, de Sexta-Feira 13, 2009) e seu padrasto Chet (David Koechner, de Krampus – O Terror do Natal, 2015, e Premonição 5, 2011) estão prestes a inaugurar o parque aquático Big Wet.
Maddy, que retornou recentemente à cidade, está preocupada com os rumos do novo empreendimento, uma vez que Chet quer torná-lo um parque erótico, com espaço adulto, substituindo salva-vidas por strippers. Mais tarde, dois jovens, Shelby (Katrina Bowden, de Grande Tubarão Branco, 2021), e seu namorado Josh (Jean-Luc Bilodeau, de Contos do Dia das Bruxas, 2007), resolvem dar um mergulho no lago sem roupas, e uma piranha entra na vagina da garota (!!) – não ataca, não come os órgãos, nem nada. É apenas uma ideia para promover uma situação posterior quando o rapaz fica com uma criatura cravada em seu pênis durante uma relação sexual. Outros dois jovens também são atacados enquanto planejavam transar em uma van: Ashley (Meagan Tandy) algema Travis (Paul James Jordan) para depois serem mutilados pelos monstrinhos, em uma cena que havia sido planejada para o primeiro filme.
Quando Maddy e Shelby são atacadas à beira do lago, ela, seu ex-namorado Kyle (Chris Zylka, de Terror na Água 3D, 2011) e o amigo apaixonado Barry (Matt Bush) vão até o Lago Victoria para conversar com o especialista Carl Goodman (Christopher Lloyd, reprisando seu papel), que indica uma possibilidade das piranhas terem migrado entre os lagos e talvez estejam adquirindo outras formas de mobilidade. Por saber que a água do parque temático será drenada de Cross Lake, Maddy tenta convencer Chet a não abrir as portas, mas ele se nega, assim como deu dinheiro para Kyle aceitar a abertura. Com a inauguração, o astro David Hasselhoff, fazendo papel dele mesmo, é convidado para atuar como salva-vidas, com inúmeras piadinhas e referências à clássica S.O.S. Malibu. Também reaparece nesta continuação o policial Fallon (Ving Rhames), que perdeu as duas pernas na sua cena de ataque no primeiro filme e está com medo de entrar na água, sendo conduzido na cadeira de rodas por Andrew (Paul Scheer), com papel em Piranha 3D.
À primeira vista, Piranha 2 parece aceitável. Só parece. Acrescente no recheio várias cenas de nudez, piadas envolvendo masturbação, virgindade e drogas, e nenhum momento de tensão ou terror. Com objetos, piranhas e partes do corpo sendo atiradas para a tela para aproveitar o formato 3D, o longa se perde em sua pornochanchada, seus excessos que o tornam uma caricatura do primeiro. As piranhas, que deveriam ser as principais estrelas do filme, têm pouca importância, enquanto relacionamentos rasos, perguntas indiscretas de crianças chatas e ironias aparecem aos montes. Clichês e mais clichês, como o do oportunista que não quer fechar a praia, o lago, o negócio pelos lucros, tendo ainda um elenco jovem irritante, Piranha 2 parece aquelas produções de terror teen em que os adolescentes são mostrados como idiotas, e o público percebe que nem como diversão o filme serve.
Ving Rhames e Christopher Lloyd foram forçadamente colocados no elenco para estabelecer uma conexão com o primeiro. Rhames agora tem uma perna mecânica que atira como a de Rose McGowan em Planeta Terror. As cenas dessa revelação são bem mal realizadas, sem o impacto divertido que se espera. Já Lloyd segue o seu estilo cientista louco para mostrar a movimentação de uma piranha no aquário, atravessando barreiras metálicas para alcançar a presa. David Hasselhoff está ali somente para pagar contas e parece ter se divertido com o filme; algumas de suas cenas são até interessantes, como a do momento em que um garoto pede ajuda, com a câmera brincando com o zoom do clássico Tubarão (1975).
Com efeitos especiais não tão bons quanto os do primeiro, Piranha 2 quis apenas se aproveitar do sucesso anterior e partiu para o nonsense, parodiando seus próprios conceitos, enquanto explorou corpos e referências.
Piranha 3D
2.1 1,3KPuro divertimento, nada mais que isso. Para quem curte muito sangue, trash exagerado e mulheres, esse filme é mais do que perfeito.
Com roteiro de Pete Goldfinger e Josh Stolberg, a produção nos faz acompanhar uma cidade aterrorizada com os ataques de piranhas nas imediações do lago Victoria, zona que move a economia, o turismo e outras relações do cotidiano de seus moradores. O filme começa nas férias de primavera, momento em que a região está cheia de visitantes e pulsando energia, em especial, dos adolescentes que adoram uma orgia regada aos melhores tipos de bebidas alcoólicas. Essa galera desprovida de qualquer grande responsabilidade dá trabalho constante para a xerife Julie Foster (Elisabeth Shue), mãe de Jake (Steven R. McQueen), jovem que se sente pronto para iniciar a vida sexual e viver as aventuras dos demais garotos de sua cidade, mas podado constantemente pela mãe, preocupada com os rumos de seus estudos, etc. Além da sombra materna que paira a todo momento, ele é um rapaz que ainda precisa ajudar em casa e tomar conta dos dois irmãos mais novos, tarefa nada fácil, algo que toma bastante tempo das horas em que ele poderia aderir ao estilo selvagem dos demais jovens da cidade.
Certo dia, a sua mão deixa-lhe a habitual missão de babá, mas um convite tentador mexe com a sua postura de filho aborrecido, mas certinho. Derrick (Jerry O’Connel) quer que o rapaz seja guia turístico numa expedição no lago, enquanto o contratante realiza o seu filme pornô com algumas garotas bem-dispostas a se entregar ao máximo nas cenas aquáticas de sexo. Ele dribla os irmãos, segue na empreitada, desobedece a mãe que em algum ponto, descobre o corpo de um pescador. Junto ao seu parceiro Fallon (Ving Rhames), ela parte numa investigação ferrenha para descobrir algo que logo mais se estabelecerá como uma ameaça. Quem avalia um espécime levado pelo xerife é Henry Goodman (Christopher Lloyd), dono de um pet shop que atua no modo cientista. Há também uma força-tarefa de especialistas: Novak (Adam Scott), Sam (Ricardo C.) e Paula (Dina Meyer), as pessoas certas para definirem de fato o tamanho da ameaça que promete transformar a temporada num intenso festival de sangue e mortes, algumas bastante gráficas, haja vista a maquiagem de Greg Nicotero, uma das autoridades no assunto.
Além do bom elenco, Piranha 3D goza dos privilégios de ser uma produção consciente de sua estrutura paródica, voltada ao humor e desbloqueada de qualquer sentimento culposo em relação ao bom-senso. É nonsense dos grandes, cheio de situações absurdas, mas muito, excessivamente divertidas e intensas. O pênis que rodopia na tela enquanto afunda, após ser arrancado de uma das vítimas, é uma cena ao mesmo tempo cômica e grosseira, mas nenhum dos envolvidos se importa, afinal, este é um filme de piranhas assassinas documentadas como extintas e que após a falha sísmica, toma o lago e promove a devastação típica do subgênero horror ecológico. Aqui, outra vantagem é a falta de interesse dos realizadores em dosar a presença das piranhas em cena. Grandiosas, exageradas e bizarras, elas estão a todo instante promovendo ataques e devorando humanos incautos, num festival de mortes preocupado exclusivamente em entreter, com algumas pitadas de análise comportamental e exposição de padrões familiares contemporâneos, nada aprofundado, apenas na superfície.
Na cena de abertura, homenagem maior não há: o pescador Matthew Boyd (Richard Deyfruss) cantarola e aguarda os seus peixes no anzol quando é consumido por um redemoinho, oriundo do terremoto que libera as piranhas de um bolsão de água abaixo da terra e as permite ganhar o lago numa velocidade absurda. Elas, obviamente, devoram o personagem que neste momento, realiza apenas uma ponta. Para quem conhece, sabe que Deyfruss é o herói de Tubarão, personagem dominante que coloca ordem no caos estabelecido com a chegada do monstro marinho, alegoria para diversos temas debatidos ao longo do filme e de seu legado extenso. O filme é e ainda será durante muito tempo, referência para outras produções que focam no velho embate entre seres humanos e forças da natureza. Ademais, a trilha sonora de Michael Wandmacher potencializa os vertiginosos barulhos da aventura, produzidos por Myron Nettinga, design de som, setores essenciais para o bom funcionamento de um filme do segmento horror ecológico. Quem também realiza um bom trabalho é John R. Leonetti, na direção de fotografia, eficiente em seus movimentos e na captação de imagens subaquáticas para a nossa imersão no contexto das piranhas, aqui observadas na passageira febre 3D que fez o cinema da época.
Lavalantula
2.3 28Definitivamente tenho que parar de perder tempo com essas tosqueiras sem limites...
Lamentável, efeitos horríveis e um enredo pra lá de entediante.
Tubarões da Areia
2.2 46Olha, já vi muito filme de tubarão bagaceira nessa vida, e posso dizer numa boa que esse não entra no top 3 piores, mas isso não significa que o mesmo seja bom. Muito pelo contrário, é simplesmente lamentável, tosco ao extremo.
O cgi é deplorável, as atuações extremamente caricatas, principalmente a do Jimmy (Corin Nemec),
Mermão, aquela hora que o tubarão comeu o pai dele e ele começou a ter aquela reação exagerada de patética e esquisita quase que parei o filme, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, muito sem lógica e bizarro.
Fora o clima de comédia de sessão da tarde que é muito presente por aqui, em algumas cenas rola até uma musiquinha de fundo, sério, qual a lógica disso? Isso aqui é um trash de muito mal gosto ou uma comédia falida?
“Saiam da água!“, dizia Roy Scheider em Tubarão, 1975, para que os banhistas buscassem abrigo nas areias da praia para evitar o ataque de uma besta assassina em evidência nas águas que circundam a ilha Amity. Tirar o pé da água já dava uma sensação de segurança contra qualquer inimigo submerso, limitando o ataque a barqueiros, surfistas, casais de namorados ousados e até àqueles que tentassem enfrentá-lo. O porto seguro teve um fim absoluto no improvável Tubarões da Areia (Sand Sharks), de Mark Atkins (Jack, o Matador de Gigantes, 2013), um dos precursores das bagaceiras que afundariam ainda mais a imagem do Rei dos Mares.
Na época do lançamento do clássico de Steven Spielberg, despontaram no oceano das picaretagens cópias que traziam aventuras marítimas e tubarões assassinos. Ainda que mal realizadas, com colagem de documentários sobre as criaturas, nada poderia ser pior do que aconteceria após a estreia do divertido Do Fundo do Mar (1999), de Renny Harlin, com tubarões inteligentes. Daí para criar monstros gigantescos, metálicos, em combate com outras criaturas bizarras e em ambientes estranhos foi apenas uma remada. Depois o conceito assumiria o pastelão de vez com o início da franquia Sharknado, mas até lá ainda precisaria passear pelas areias de uma ilha paradisíaca para se alimentar dos jovens festeiros.
O longa começa em uma competição de motocross, quando dois rapazes são devorados por uma criatura que se esconde por debaixo do solo arenoso. Diferente do que poderia (e deveria) acontecer, logo no prólogo o monstro já é apresentado em todas as suas péssimas concepções, já permitindo que o público já imagine a qual universo está se envolvendo. Antigamente, era comum os filmes de monstros esconderem as criaturas devido às limitações orçamentárias, exibindo-as apenas nas sequências finais. Mesmo com os defeitos técnicos, pelo menos essa cautela mostrava um respeito dos envolvidos com suas próprias falhas, e ainda segurava o espectador pela curiosidade. Filmes como Tubarões da Areia não têm medo de esconder seu caráter bagaceiro!
Jimmy Green (Corin Nemic, que fez sucesso na década de 90 com a série Parker Lewis, 1990-1993, e posteriormente faria a minissérie A Dança da Morte, de Stephen King) é o filho do prefeito (Edgar Allan Poe IV) de White Sands, que está morrendo pela falta de público. Um ataque de tubarão no passado, com a morte de 13 pessoas, tem afastado turistas, moradores e o comércio, levando o rapaz a tentar convencer seu pai a fazer uma festa universitária no local. Com seus trejeitos bobos, acompanhados da trilha cômica, Jimmy conquista a confiança do pai e contrata uma equipe para organizar a festividade, composta por Willie (Delpaneaux Wills), Erin (Hilary Cruz) e Amanda Gore (Gina Holden, de Premonição 3). Mas, a morte dos dois rapazes e alguns desaparecimentos intrigam o Xerife John Stone (Eric Scott Woods) e sua irmã Brenda Stone (Vanessa Evigan), que planejam fechar a praia e atrapalhar os planos de Jimmy, principalmente quando a bióloga Sandy Powers (Brooke Hogan, de Ataque do Tubarão Mutante, 2012) identifica características de que o predador é um bebê pré-histórico, com a capacidade absurda de caminhar sobre a areia.
Depois que um rapaz é devorado sob a testemunha da polícia, de Sandy e de Jimmy, os cidadãos organizam uma reunião para decidir os próximos passos. O caçador Angus McSorely (Robert Pike Daniel) se oferece para caçar a criatura, exigindo uma grana alta para o feito, como Quint (Robert Shaw) fez no clássico, faltando apenas arranhar a lousa com as unhas. As “homenagens” ao filme do Spilberg permeiam a produção como o prefeito que quer esconder as tragédias para que a festa do turismo aconteça, e até a carcaça que um pescador apresenta como sendo o animal assassino. É óbvio que o evento popular acontecerá e vários tubarões surgirão para fazer vítimas, mas sem que o espectador se impressione ou se sinta ameaçado pelo suspense nulo.
Apostando no humor bobo, no papel do galanteador e panaca Jimmy, Tubarões da Areia é um exercício de resistência para o público. Conseguir superar seus pouco mais de 80 minutos, sem um atrativo que seja, é somente para os fortes. O roteiro de Cameron Larson e Joe Benkis poderia se beneficiar de sua condição insana para aproximar as situações de O Ataque dos Vermes Malditos, por exemplo. Poderia ser tão divertido quanto se houvesse um tratamento mais cuidadoso do argumento, um esforço maior dos envolvidos e um investimento mais adequado nos efeitos especiais, alternando a produção digital por bonecos. Mas, seria exigir muito, de uma baboseira que não serve nem como passatempo dos menos exigentes.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraSem dúvida alguma é um dos melhores filmes do Darren Aronofsky. Intenso, pesado, triste, alucinante, emocionante, relevante e desesperador. Roteiro brilhante e Portman esta na sua melhor atuação. Um filme que nos prende do início ao fim, não há palavras para definir essa obra.
Natalie Portman, numa entrega impressionante e dedicada ao papel (a atriz chegou a fraturar as costelas durante as filmagens) convence muito bem como a delicada e insegura Nina, e surpreende muito bem no terceiro ato ao interpretar o Cisne Negro, numa sequência de tirar completamente o fôlego. Vincent Cassel está ótimo como Thomas Leroy, inclusive protagonizando uma sequência de sedução com caráter bastante singular. Mila Kunis esbanja sensualidade e mistério como Lily, aparente rival de Nina, e Barbara Hershey completa o time das boas atuações como a controladora mãe de Nina.
▶️ Explicação do filme Cisne Negro
Aquilo que mais cativa o espectador em Cisne Negro são as perguntas que o filme deixa sem resposta evidente. O que foi real e o que foi imaginado? Como e por que razões essa tragédia aconteceu?
Mesmo que algumas questões fiquem em aberto, vale a pena explorarmos o significado do filme e tentarmos encontrar respostas.
▶️ Carreira de alta pressão e seus efeitos
Acima de tudo, o longa retrata os efeitos que um ambiente de alta pressão e extremamente competitivo pode ter na saúde mental de uma pessoa. Nina tem uma carreira com um alto nível de exigência, que se torna destrutiva, porque a protagonista quer alcançar o topo.
Por isso, ela vive para o trabalho, não tem relações pessoais, amizades ou interesses fora da dança. Além dos machucados no corpo, tem que suportar os avanços sexuais do diretor e a total inexistência de limites: humilhação, ensaios constantes, exaustão.
Focado no mundo do balé profissional, o filme mostra o desgaste físico e mental da profissão: Nina está sobre estress e ansiedade permanentes.
▶️ Amadurecimento tardio
Erica, a mãe da protagonista, é uma antiga bailarina que a empurra para a dança por causa do seu próprio sonho falhado, projetando nela as suas ambições. As duas vivem juntas e a mãe é controladora e superprotetora, infantilizando e manipulando a filha.
Percebemos que Nina não tem privacidade alguma e é sexualmente reprimida por conta da vigilância constante da mãe. O seu processo de amadurecimento parece estar estagnado e essa pode ser a origem dos seus problemas.
Assim, quando Nina decide ir para a festa com Lily, está desafiando a autoridade da progenitora, um comportamento que parece motivado por uma adolescência tardia. Na mesma noite, a sua cena íntima com a rival é, na verdade, uma fantasia que tem enquanto se masturba.
O ato, que não era permitido até ali, simboliza um ritual de passagem: Nina reclama a sua sexualidade porque é uma mulher adulta. Na manhã seguinte, quando sai do quarto, anuncia que vai morar sozinha. Mais à frente, joga todos os seus brinquedos no lixo.
▶️ Alucinações e busca da perfeição
Desde o começo conseguimos perceber que Nina já teve problemas psicológicos, seja pela vigilância da mãe ou pelas suas marcas de automutilação nos ombros. Em várias cenas do filme, cada vez com mais intensidade, o seu reflexo vai surgindo como uma ameaça.
Seja no espelho ou na rua, Nina vê apareceir a imagem de uma mulher igual a ela, vestida sempre de preto, que parece desafiá-la. Essa dualidade culmina com a cena em que Nina luta contra si mesma, quebra o espelho e se fere com um pedaço.
Há um lado sombrio da sua mente que a protagonista não consegue controlar e que vai se apoderando dela, até dominar por completo. Sabemos que o que a move é o desejo da perfeição e que, para isso, precisa interpretar os dois papéis de forma inquestionável.
O Cisne Negro precisava ser ameaçador, perigoso, sensual; tudo que Nina não era. Para chegar até à personagem, a protagonista precisa se aproximar do seu lado pior, a sua "gêmea má".
Ela deixa que a pressão e as suas emoções negativas tomem conta de si, para conseguir executar o trabalho sem nenhuma falha. O preço que paga pela perfeição é a própria vida.
▶️ Ciclo de sucesso e destruição
O que assistimos não é apenas um filme sobre uma mulher que enlouquece e acaba se matando. Aqui, o que está em jogo é o processo lento de desgaste físico e mental de uma bailarina de sucesso. Antes de Nina, Beth também foi uma bailarina "perfeita", que conquistou os aplausos do público e o amor de Thomas.
Com o tempo, a antiga diva foi envelhecendo e perdendo os seus seguidores. Logo, para Nina se tornar a bailarina principal, Beth teve que se aposentar e também perdeu a atenção do diretor. Por tudo isso, ela acaba tentando o suicídio. Quando Nina vai visitá-la e fala que ela era perfeita, ela nega e responde que "agora é nada". Em seguida, se fere no rosto como uma faca (possível alucinação).
Nina vê em Beth uma miragem do futuro que quer evitar a qualquer custo. Por outro lado, Lily é a sua inspiração para a personagem Cisne Negro e também a sua possível sucessora. Num ambiente de forte competição feminina, Nina a encara como rival e alguém que vai roubar o seu lugar.
Podemos prever que se o filme continuasse, talvez Lily fosse a nova estrela e terminasse de um jeito trágico, como as suas antecessoras. Deste modo, Cisne Negro ilustra um ciclo de busca da perfeição que conduz à ruína e, em última instância, à morte.
The Rusalka
2.3 4Mermão, que filme mais deprimente de ruim, senti que foi 1 hora e 20 minutos da vida jogados no lixo. Absolutamente nada faz sentido, enredo confuso, tosco, a direção é extremamente esquisita, parece que o diretor não sabia direito pra que lado a história tinha que ir e simplesmente jogou um monte de cena aleatória uma atrás da outra, enfim, é lamentável.
A fotografia é muito estranha também, em certos momentos o ângulo estava tão estranho que não sei se o diretor filmou dessa forma proposital ou se pq a produção é ruim mesmo.
Quando terminou não senti absolutamente nada, pois parece que nem sequer alguma coisa havia começado. Para economizar o tempo, aqui vai um conselho: veja os 5 primeiros minutos do filme e depois os 5 minutos finais, e é isso, não vai ter perdido nada.
Em relação à vilã do longa, cuja é uma espécie de sereia demoníaca, é outra coisa deplorável de tão tosca. Nem sequer tiveram a decência de fazer uma coisa bem trabalhada, uma maquiagem, uma prótese, sei lá, simplesmente a bicha é uma mulher comum que quando fica endiabrada os olhos ficam pretos, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, não sei se rio ou se choro.
E nessa brincadeira aí se cria diversas lacunas, oras, o que essa ser é? Uma entidade? Um espirito? Um dia já foi uma mulher de verdade? O que faz e pq está justamente ali? E outra, se ela é uma espécie de demônio que vive nas águas, como diabos ela consegue roupas e brincos??????? Puta que pariu... Enfim, como eu disse, que filme esquisito.
E pra não dizer que não tem nada de bom, pelo menos posso dizer que o ator que faz o protagonista é esforçado, realmente convence, ainda mais sendo um personagem mudo.
Deu a Louca nos Bichos
2.5 206Mais um típico filme sessão da tarde, mas honestamente, fazia tempo que não via uma produção simples, mas ao mesmo tempo tão divertida e leve como essa! Além de ser um ótimo entretenimento garante boas risadas, gostei mesmo.
A fotografia é lindíssima, os atores estão bons, com destaque para o Brendan Fraser, sem dúvida ele é quem rende mais cenas hilárias em todo o longa. E claro, não podemos nos esquecer da belíssima mensagem e reflexão que a obra nos passa.
Marcas da Violência
3.8 400A história parece um clichê, mas não é, surpreende em muitos momentos!
O que ocorreria se um homem que busca levar uma outra vida fosse perseguido por seu passado? Tom vive em uma cidade tranquila e bucólica com sua esposa Edie e seus filhos Jack e Sarah, porém quando dois bandidos entram em seu restaurante e Tom surpreendentemente consegue impedir o assalto. Com isso ele ganha fama na pequena cidade e vira um herói local, mas ele não contava que a notoriedade ganha lhe traria antigos fantasmas do passado que ele queria tanto esquecer. É aí que ele tem que enfrentar pela última vez o seu passado e colocará à prova seu casamento e sua relação com a família já que ela não seria mais a mesma.
O filme possui um roteiro sensacional de John Olson em que ele soube expressar em palavras o drama e suspense necessários, além de criar cenas memoráveis e originais neste longa. A obra ainda possui uma fotografia fantástica, uma direção precisa, sensível e habilidosa de Cronenberg, em especial para a cena de abertura com os bandidos em um bar e a última cena quando Tom chega em casa onde somente com gestos os protagonistas conseguem expressar uma dor incrível e o início de uma nova vida para a família baseada na verdade e na confiança. São cenas marcantes do cinema atual e que não deixam dúvidas de que o filme foi dirigido por Cronenberg. Destaco aqui também a trilha sonora perfeita de Howard Shore, e evidentemente o elenco incrível encabeçado pelo sempre ótimo Viggo Mortensen, pela ótima Maria Bello, pela boa revelação Ashton Holmes e pelas não tão extensas, mas marcantes presenças na tela de William Hurt e Ed Harris, que conseguiram em poucas cenas colocar sarcasmo, inteligência e impor um clima de suspense impressionante ao filme.
Sem dúvida um dos melhores dramas/suspenses dos últimos anos e com a marca Cronenberg. Imperdível para quem diz que gosta de cinema, realmente sensacional!
Tubarão de Malibu
1.6 232Tanto o CGI dos tubarões quando o das ondas são uma piada, os atores bem medianos e a fotografia é ok. Enfim, já vi muito piores, se desligar a mente até que dá pra assistir, mas é completamente esquecível e descartável.
O problema mais grave de Tubarão de Malibu são, obviamente, os efeitos especiais. Todo criado em computador, mas com orçamento modesto, eles são muito ruins tanto na caracterização dos tubarões quanto em seus ataques sempre iguais, nunca interagindo com os personagens. E o que dizer, então, do tsunami mais tosco já realizado? Uma ondinha ao fundo, com efeito uniforme, que não destrói praticamente nada, muito menos a frágil cabana dos salva-vidas! E chega a ser patética a atuação séria e dramática dos personagens diante de bichos mal-feitos, desenhados em computador.
A direção de David Lister é típica de um filme para a TV, fazendo o básico sem empolgar, deixando o trabalho sujo para o argumento sem sentido, o triângulo amoroso insosso e a morte da única personagem com consciência ecológica. Tudo absolutamente mal construído, como uma peça escolar realizada às vésperas da apresentação.
Terror na Água 3D
2.1 528Mais um clichezão do gênero, mas honestamente, comparado a milhares de atrocidades de filmes de tubarões que existem por aí, Terror na Água até que fica na média.
Basicamente é composto por duas ou três cenas de susto e mais meia dúzia de cenas que levam qualquer um às risadas.
É risível um personagem com dente de tubarão, mais ainda um homem com um braço só que mata um tubarão no raso do lago e, para piorar, tem até um cachorro que se mostra como o grande herói, salvando a pátria quando menos se espera.
Enfim, é o típico filme que deve ser assistido sem compromisso, apenas pelo prazer de ver algo que não exige do telespectador aprofundamento ou análise.
Além disso, achei criativa a reviravolta que teve, os vídeos de pessoas sendo mortas por tubarões serem vendidos foi uma sacada interessante, me lembrou o enredo do filme Vacancy de 2007.
E os efeitos especiais dos tubarões sãos fracos, mas já vi piores.