Não entendo tanta gente achando esse filme ruim...achei bem diferente do que vemos atualmente nos filmes de terror, e por isso mesmo gostei. É um filme denso, sem ritmo frenético ou muitos jump scares. O clima da neve torna tudo mais sombrio. E são várias camadas aí para que o filme se desenrole e chegue aonde chegou:
Com o passado da moça, que cresceu em uma seita religiosa e perigosa por causa do pai, não é a toa que desenvolveu esquizofrenia ou algum tipo de psicose. Sem seu remédio, as brincadeiras perigosas das crianças ativaram gatilhos, fazendo com que ela entrasse em surto psicótico e revivesse os traumas da infância!
.um prato cheio para quem gosta de terror psicológico
Gostei muito do filme, não me incomodou ser longo, pois tudo que está no filme enriquece o argumento e aprofunda as questões e personagens, me lembrou tanto as aulas sobre Lacan...o desejo é o desejo do outro, o desejo de reconhecimento, o objeto do desejo é o próprio desejo...
relacionamentos abusivos, tanto da babá que foge do seu ex, mas TB o relacionamento do menino com seus pais. Em como as pessoas são manipuladas por seus algozes por terem sentimento ambivalentes em relação a eles, mesmo porque quem abusa sabe agradar TB e manter o ciclo do abuso rodando.
Gosto muito quando o sobrenatural é por fim explicado por erros humanos, no final o menino havia sobrevivido, mas para evitar pagar por seus crimes, e para protegê-lo, os pais o mantiveram em uma espécie de cativeiro, porém os próprios pais TB eram prisioneiros
.
Achei a história, o suspense e o mistério muito bem construídos, eu pessoalmente dou mais valor para isso do que para cenas muito sangrentas ou cenas de muita ação.
Fazia tempo que eu não via um filme novo tão bom, é um filme sutil, ao mesmo tempo.que tem um tema pesado. Acho que propositalmente, assim como esse tema invade a vida especialmente das mulheres.
..o abusador geralmente não é um cara estranho do beco escuro, mas aquele cara que se acha um cara legal e que não acha que é crime abusar de uma.mulher que está muito bêbada, afinal "ela bebeu porque quis e deve saber o que está fazendo, é adulta e responsável por suas ações e consequências"....já eles, eles não, "foi só uma brincadeira, não foi por mal, temos que perdoar senão pode estragar a vida dos mocinhos, afinal quem nunca errou?".
a facilidade que a Paula descobriu que era o vizinho....foi só pelo desenho mesmo? Achei meio forçado....podia explanar melhor essa parte, ou deixar mais crível
os filhos mais velhos tomam uma atitude exagerada, blá blá blá, que o filme não deixa evidente o pq deles chegarem nesse extremo, mas para mim é só usar a imaginação, uai. Precisa mesmo ter cena de flashback com eles passando por situações de violência e negligência? Se a mãe abandona, o pai era violento, e a tia rejeita, o que vcs acham que pode ter acontecido? Muito fácil de pensar, e a mente humana pode chegar a extremos sim, especialmente depois de abandono e traumas
muita gente TB falando que foi abrupto, do nada, e eu pessoalmente acho que foi intencional, pois TB é abrupto o abandono, imagina, de repente sua mãe está lá cuidando de vc, fala que vai ao salão e não volta...enfim, acho que o diretor quis passar essa sensação mesmo, que gera um desconforto, assim como gerou aos que foram abandonados
.
Agora, uma parte que eu achei nada a ver e que não vi ninguém comentando
é a parte que o filho mais novo dela joga a bola de basquete no cara que faz bullying com ele, enquanto o irmão segura o cara, meio que asfixiando ele....imagino que o cara deva ter morrido, e isso não é mais citado no filme, não há uma investigação, ou qualquer menção na cidade do desaparecimento desse cara...e pq o filho que era todo certinho, tão rápido assim é influenciado a agredir alguém dessa forma? Vejam, ele não bateu no cara, deve ter matado o cara. Enfim...essa cena achei forçada e meio que jogada no filme..
O puro suco da chatice do macho daquela época, pior que isso só lendo o livro mesmo rs e antes que venham me falar que é um clássico bibibi bobobó, eu gosto de clássicos, mas não é só pq é clássico que sou obrigada a gostar
Filme legalzinho sobre as frustrações de uma mãe de primeira viagem e de um adolescente na cadeira de rodas
Interessante perceber que assim como ele vive preso no que poderia estar fazendo se não tivesse sofrido o acidente e perdido grande parte de seu movimento, ela também pensa no que poderia estar fazendo se não tivesse casado e tido filho.
Amay ver que a banda preferida dela era sleater-kinney, porque TB era minha banda preferida do movimento riot grrrl, e como a personagem, eu TB tive banda, lia zines etc fiquei esperando ter uma música delas na trilha, mas não rolou. A parte que ela pega a guitarra foi muito fake, poderia ter sido mais real, ela literalmente não faz nada na guitarra e o menino fica uau! Tudo bem que ela tocava baixo e não guitarra, mas da muito bem pra fazer qualquer linha de baixo simples em uma guitarra, ficou parecendo que ela nunca soube tocar, sei lá, ficou forçado....já a música da banda dela eu amay, fiquei esperando que no filme mostrasse algum flashback dessa época para contextualizar mais a personagem e sua frustração em ser uma mãe num bairro careta
Eu sou daquelas que geralmente me deixo levar pela história e penso em várias possibilidades de desfecho, mas dessa vez nos primeiros 20 minutos já sabia o final e o que realmente tinha acontecido....isso fez com que o suspense meio que acabasse sabe? É história muito boa que foi mal contada, na minha opinião. Uma pena.
O que mais gostei foi a parte psicológica, o filme enfatiza como os vínculos e os cuidados na infância influenciam o desenvolvimento da criança, e como um ambiente traumático pode causar transtornos psíquicos na pessoa. Thomas sofre de dissociação, surtos psicóticos e até uma certa psicopatia. Não é fácil crescer em um ambiente onde o trauma e a depressão são mais presentes do que o amor e o cuidado.
claro que o criminoso é mais esperto pois é um psicopata, os outros são pessoas comuns e de certa forma vulneráveis, que nunca se meteram em uma situação de perigo real
através do bebê do casal, primeiro ela sabe que está grávida, depois tem uma fala que diz que está de 7 meses, depois tem outra fala que diz que o bebê nasceu há algumas semanas, depois ele vai crescendo,
TB não precisamos de tanta exatidão assim, precisamos?
polícia sendo polícia quando o suspeito é ryco e influente e os outros que se ferram são uns qualquer. Nisso achei bem realista o filme, e se vc é a pessoa comum e se mete a justiceiro as chances de se ferrar são grandes mesmo
Da pra entender na conversa que o psicopata tem com o massagista persa, o pai dele trocou a mãe por um cara gay persa imigrante, a mãe se suicidou, ele era criança e foi quem achou a mãe com os pulsos cortados. O pai.manda ele pra uma escola fora da cidade. Ele se sente abandonado e traído pelo pai e quer se vingar pela morte da mãe TB, então quando volta da escola depois de adulto mata o amante do pai. Depois começa a prender pessoas parecidas com esse amante, como forma de punição e vingança, quando ele vê que a polícia tá colando e tá dando bandeira, ele leva o prisioneiro para a casa de campo.....tenta pegar mais um, o massagista, mas a mãe do grafiteiro vê e ele acaba matando ambos ...e se mudando pra casa de campo onde ainda mantém a vítima que aparece no começo do filme.....enfim o resto vcs já sabem
Eu gostei do final, bem realista e nem um pouco romantizado! Não esperava nada do filme e me surpreendeu!
[/spoiler] Só pra mim incomodou o fato de encherem tanto o saco dela por estar sozinha? É o tipo de pressão social que mais atrapalha do que incentiva a pessoa. Como se a vida das pessoas só fizesse sentido em um relacionamento. Achei que em algum ponto isso ia mudar e ela ia se sentir feliz sozinha, na viagem, ia resgatar sua autoestima, mas não, continuou sofrendo a pressão social de estar sozinha e acaba supostamente encontrando alguém....sei que tem todo o contexto das época mas pra mim dá preguiça
Que nostalgia! Quando eu era adolescente em + ou - em 94 entrei em contato com as histórias da gilman St e da cena local da Bay area por causa do Green day. Tudo que eu queria era ter vivido aquilo, me sentia fora do lugar, como se eu tivesse na época e no lugar errado. Porém, o desejo de fazer algo semelhante era muito forte, aprendi a tocar guitarra, comecei uma banda, e vivi aqui mesmo em sp algo muito semelhante, fiz parte de uma cena de pessoas, musicistas e artistas que buscavam algo parecido. Hoje, com 44 anos, eu ainda toco em banda e assistir esse filme me fez resgatar de onde tudo começou 💜
mas ao meu ver a parte interessante desse filme é entender como um trauma pode desenvolver uma crise psicótica...existe uma cisão no eu,, e nossa mente é capaz de criar alucinações para nos proteger da dor do contato e aceitação da realidade.
para elaborar o luto da morte de seu amante Oren, este que tinha uma outra vida de casado em outro país, Thomas foi até lá e se colocou em contato com as pessoas próximas de Oren, e acabou se colocando no lugar dele, vivendo de certa forma a vida de quem ele perdeu. Ao meu ver, foi de encontro à pessoa perdida, para se aproximar, e de certa forma introjetar e controlar de forma inconsciente a pessoa que perdeu, o que demonstra que ainda não aceitou essa perda. Já Anat, a esposa de Oren, continua seguindo a vida, tocando os negócios e cuidando do filho, sem tempo para elaborar a perda. Quando vai de encontro a Thomas em Berlin, para mim é como se ela fosse lá para dar a chance de uma reparação entre os dois, permitindo assim para ambos atravessar o luto. Ela também foi em busca da outra vida do falecido marido, e apenas a sua aceitação fará com que ela consiga seguir em frente. E para isso ela precisa de Thomas, ambos ligados pelo luto e pela perda. Lembrei muito do texto de Freud, luto e melancolia, e indico para quem quiser entender mais sobre esse tipo de processo de luto, de apego ao objeto perdido..
Que filme! sensível, poético, misterioso, movimentos de câmera e enquadramentos lindos. É suspense mas é sobre tantas outras coisas. Foge dos clichês de filmes de suspense, como perseguições ou assassinatos. Por mais filmes assim,
onde existe o sobrenatural mas também o fator humano, causador de tantas mazelas em nosso planeta.
Ps: fico impressionada como tem gente comentando que não tem nexo e nem lógica...o final é sutil mas não é impossível de compreender, eu que detesto filme que fica explicando demais amei!
Vou deixar uma análise que tive que fazer do filme para meu curso de psicanálise...
O que nos torna humanos? E o que acontece quando somos desumanizados? - uma perspectiva culturalista sobre o filme Adam - memórias de uma guerra.
De acordo com a visão culturalista psicanalítica, nós somos frutos do meio em que vivemos, e formamos nossa personalidade através do processo de aculturação. Revisando alguns conceitos biologizantes freudianos, e dando um passo além aos processos pulsionais e instintuais, os culturalistas afirmam que o desejo de pertencimento e de justificar uma visão de mundo é mais forte que o instinto de autopreservação. Segundo Sullivan, a personalidade é uma entidade hipotética, uma ficção aglutinadora de nossas máscaras sociais, onde o "eu" só existe através de comportamentos interpessoais em conjunto com nossas vagas abstrações. Com essa premissa, podemos entender melhor os personagens do filme "Adam - memórias de uma guerra", filme que tem como pano de fundo o nazismo e seus desdobramentos na Europa.
O personagem Comandante Klein é alguém que, antes do nazismo se instaurar, se sentia isolado do mundo, apequenado e inseguro, e isso é demonstrado logo no começo do filme, quando Adam, que estava se apresentando em seu circo, faz uma brincadeira com Klein - este antes de se tornar comandante - e é revelado que ele havia acabado de tentar se matar, se mostrando tímido, deslocado e constrangido por Adam naquele momento. Quando o nazismo se instala, e ele vira comandante, ele enxerga nesta oportunidade uma forma de exercer seus recém-adquiridos poderes, especialmente em relação à Adam, que se encontra nos campos de concentração em situação de prisioneiro, e quem havia o deixado tão sem graça naquela situação anos atrás no circo. Ele abusa de seu poder, e humilha Adam de todas as formas, tratando-o como um cachorro, fazendo ele ficar de quatro a maior parte do tempo, latir, rosnar, comer ossos, dormir com os cachorros, entre outras formas de humilhações.
Como explicar então o comportamento do Comandante Klein, um homem antes tão inseguro, que agora exerce seu poder de forma tão cruel? Segundo Karen Horney, o motivo de sustentação das neuroses é nossa tendência inconsciente de naturalizar aquilo que é cultural. Podemos dizer então que Klein é um sujeito neurótico que naturalizou o desprezo pelos judeus, algo que foi incitado na sociedade e época em que estava vivendo, algo cultural mas que foi ensinado e entendido como algo natural - o fato de que judeus não eram homens dignos e não deveriam ter os mesmos direitos que as pessoas não judias.
Segundo Fromm, a violência é uma forma de defesa orientada culturalmente que mascara muitas vezes um sentimento de impotência inconsciente, e isso se aplica ao Comandante Klein. Sentimos sua impotência no primeiro ato do filme, e fazendo essa análise conseguimos entender o motivo que o levou a abraçar tais valores antissemitas e a praticar atos tão malignos contra os judeus, uma vez que foi dado a ele certos poderes. Ainda segundo Fromm, os seres humanos sofrem do que ele chama de dicotomias existenciais, sendo a principal delas a separação do homem e da natureza. Antes vivendo em uma integração maior com a natureza, uma vez que começamos a desenvolver a consciência e a criatividade, e transformar a natureza para benefício próprio, nos percebemos também à parte da mesma. Somos parte da natureza, mas ao mesmo tempo, separados dela, e por isso desenvolvemos uma ânsia de unicidade com o mundo, que faz com que sempre busquemos algo maior que nós, algum lugar de pertencimento que nos dê algum tipo de sensação de segurança. Essa busca faz com que desenvolvamos um quadro de orientação e devoção, ou seja, uma estrutura de referência que busca respostas e soluções para todo aspecto de nossa existência, não só em pensamento, mas também em sentimento e ação. A necessidade desse sistema é comum a todos os seres humanos, que podem se apoiar em diferentes ideologias, religiões e formas de pensar e agir, porém, existe a forma produtiva, guiada pela razão, amor, e pelo grau em que oferecem uma solução genuína para a necessidade de equilíbrio e harmonia do homem em seu mundo, e a improdutiva, guiada pelo ódio, agressividade e destruição.
Sendo assim, o Comandante Klein encontra no nazismo esse sentimento de pertencimento a algo maior, que traz a ele uma sensação de segurança e poder que mascara suas próprias inseguranças, e de forma neurótica naturaliza a agressividade contra os judeus. O sadismo e o masoquismo, ambos mecanismos psíquicos de defesa contra esse sentimento insuportável de solidão e desamparo, é desenvolvido por Klein, ele aceita ordens e compreende sua pequenez diante de seus superiores, que apesar de não ser demonstrado no filme, provavelmente o tratam de forma agressiva, e então aplica essa agressividade contra aqueles que não são considerados dignos de pertencer ao mesmo grupo que ele. Em determinado momento no filme, ele diz a Adam: "sou apenas um comandante, eu não faço as regras". Em conformidade autômata, adota completamente uma personalidade que é oferecida por padrões culturais, a fim de eliminar sentimentos de solidão e impotência e, apesar de não fazer as regras, faz uso das mesmas, de forma autoritária.
Já Adam consegue sobreviver aos horrores do holocausto, mas não consegue se integrar na sociedade facilmente. Se isola, sente-se impotente diante a um mundo onde foram permitidas tamanhas atrocidades. Torna-se também um neurótico, de acordo com Horney, pois ele vive uma discrepância entre sua potencialidade interna e possíveis realizações, ou seja, ao mesmo tempo em que se demonstra uma pessoa inteligente, eloquente, e até fascinante, ele também tem momentos de agressividade e de regressão a comportamentos rudimentares que foram impostos a ele nos campos de concentração, que o impedem de viver em sociedade. Incapaz de exercer seu potencial criativo, que antes da guerra era desenvolvido através de suas atividades no circo e com a família, ele se prende ao passado, e como uma defesa neurótica, sofre pela segunda vez aquilo que sofreu anteriormente.
As outras pessoas que se encontram no hospital psiquiátrico com Adam também manifestam diversas patologias que os impedem de retornar a uma vida produtiva. Um dos personagens procura na morte uma solução para suas inquietações existenciais, diz querer se matar para tirar satisfação com deus sobre o que ocorreu durante o nazismo. Podemos observar como um quadro de orientação e devoção pode ser abalado quando somos desumanizados e vivemos os horrores de uma guerra, e a confusão que isso gera pode fazer com que manifestações limítrofes como essa ocorram. A realidade e as fragilidades humanas são duras, e como diz Adam em determinado momento do filme, "precisamos de mentiras para sobreviver".
Ainda no hospital psiquiátrico, Adam encontra um menino que sofreu dores parecidas com as dele. Ao encontrar o menino agindo como cachorro, Adam age como cachorro de novo, e podemos perceber a linha tênue entre o humano e o desumanizado, pois Adam, um homem inteligente e perspicaz, de repente se torna o animal de antes novamente. Porém, é nesse encontro com o outro desumanizado que Adam se esforça para se humanizar, e consequentemente humanizar o outro. É se vendo no outro, através da empatia, que segundo Sullivan, é um fenômeno sutil e inconsciente, um nível mais profundo de percepção, que Adam obtém forças para sair de sua própria jaula. E então os dois, aos poucos, conseguem superar a identificação com o cachorro e aprendem novamente a serem humanos.
Passando pra avisar que o filme não é do Tel Toro - ele foi produtor executivo, muito diferente de idealizar, escrever e dirigir um filme. Quer dizer que ele apoiou, mas não é um filme dele!
O Chalé
3.3 723 Assista AgoraNão entendo tanta gente achando esse filme ruim...achei bem diferente do que vemos atualmente nos filmes de terror, e por isso mesmo gostei. É um filme denso, sem ritmo frenético ou muitos jump scares. O clima da neve torna tudo mais sombrio. E são várias camadas aí para que o filme se desenrole e chegue aonde chegou:
Com o passado da moça, que cresceu em uma seita religiosa e perigosa por causa do pai, não é a toa que desenvolveu esquizofrenia ou algum tipo de psicose. Sem seu remédio, as brincadeiras perigosas das crianças ativaram gatilhos, fazendo com que ela entrasse em surto psicótico e revivesse os traumas da infância!
.um prato cheio para quem gosta de terror psicológico
Fome de Sucesso
3.3 104 Assista AgoraGostei muito do filme, não me incomodou ser longo, pois tudo que está no filme enriquece o argumento e aprofunda as questões e personagens, me lembrou tanto as aulas sobre Lacan...o desejo é o desejo do outro, o desejo de reconhecimento, o objeto do desejo é o próprio desejo...
Eduardo e Mônica
3.6 368Se a música é chata, imagina o filme... só eu fico desconcertada com a diferença de idade dos atores? Não consigo achar fofo...
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KLembro que fui no cinema ver algum filme aleatório, e eis que me deparo com essa obra de arte que virou um dos meus filmes favoritos 💜
Lucky
4.1 193 Assista AgoraQuase caí pra trás quando
vi o David lynch atuando no filme 💜💜💜
Boneco do Mal
2.7 1,2K Assista Agora4 estrelas para aumentar essa nota aí, que na minha opinião é injusta. Melhor que muitos dos blockbuster jump scare que tem por aí
Para mim, o filme fala sobre
relacionamentos abusivos, tanto da babá que foge do seu ex, mas TB o relacionamento do menino com seus pais. Em como as pessoas são manipuladas por seus algozes por terem sentimento ambivalentes em relação a eles, mesmo porque quem abusa sabe agradar TB e manter o ciclo do abuso rodando.
Gosto muito quando o sobrenatural é por fim explicado por erros humanos, no final o menino havia sobrevivido, mas para evitar pagar por seus crimes, e para protegê-lo, os pais o mantiveram em uma espécie de cativeiro, porém os próprios pais TB eram prisioneiros
Achei a história, o suspense e o mistério muito bem construídos, eu pessoalmente dou mais valor para isso do que para cenas muito sangrentas ou cenas de muita ação.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraFazia tempo que eu não via um filme novo tão bom, é um filme sutil, ao mesmo tempo.que tem um tema pesado. Acho que propositalmente, assim como esse tema invade a vida especialmente das mulheres.
..o abusador geralmente não é um cara estranho do beco escuro, mas aquele cara que se acha um cara legal e que não acha que é crime abusar de uma.mulher que está muito bêbada, afinal "ela bebeu porque quis e deve saber o que está fazendo, é adulta e responsável por suas ações e consequências"....já eles, eles não, "foi só uma brincadeira, não foi por mal, temos que perdoar senão pode estragar a vida dos mocinhos, afinal quem nunca errou?".
Jaula
3.2 173 Assista AgoraEu gostei do filme, apesar de ter achado o final muito acelerado,mudando completamente o ritmo do filme. Mas uma coisa que.me.incomodou foi
a facilidade que a Paula descobriu que era o vizinho....foi só pelo desenho mesmo? Achei meio forçado....podia explanar melhor essa parte, ou deixar mais crível
Excluídos
2.6 169 Assista AgoraVi sem pretensão nenhuma e gostei bastante. Podia ser melhor? Sim. Mas ao meu ver, conseguiu passar a mensagem e as sensações que se propôs.
Muita gente falando que
os filhos mais velhos tomam uma atitude exagerada, blá blá blá, que o filme não deixa evidente o pq deles chegarem nesse extremo, mas para mim é só usar a imaginação, uai. Precisa mesmo ter cena de flashback com eles passando por situações de violência e negligência? Se a mãe abandona, o pai era violento, e a tia rejeita, o que vcs acham que pode ter acontecido? Muito fácil de pensar, e a mente humana pode chegar a extremos sim, especialmente depois de abandono e traumas
E sobre o final,
muita gente TB falando que foi abrupto, do nada, e eu pessoalmente acho que foi intencional, pois TB é abrupto o abandono, imagina, de repente sua mãe está lá cuidando de vc, fala que vai ao salão e não volta...enfim, acho que o diretor quis passar essa sensação mesmo, que gera um desconforto, assim como gerou aos que foram abandonados
Agora, uma parte que eu achei nada a ver e que não vi ninguém comentando
é a parte que o filho mais novo dela joga a bola de basquete no cara que faz bullying com ele, enquanto o irmão segura o cara, meio que asfixiando ele....imagino que o cara deva ter morrido, e isso não é mais citado no filme, não há uma investigação, ou qualquer menção na cidade do desaparecimento desse cara...e pq o filho que era todo certinho, tão rápido assim é influenciado a agredir alguém dessa forma? Vejam, ele não bateu no cara, deve ter matado o cara. Enfim...essa cena achei forçada e meio que jogada no filme..
Isabella: O Caso Nardoni
3.1 129Senti falta de falarem mais sobre a personalidade e histórico do casal condenado, falaram bem pouco
O Velho e o Mar
3.6 50 Assista AgoraO puro suco da chatice do macho daquela época, pior que isso só lendo o livro mesmo rs e antes que venham me falar que é um clássico bibibi bobobó, eu gosto de clássicos, mas não é só pq é clássico que sou obrigada a gostar
Kelly & Cal: Uma Amizade Inesperada
3.2 18Filme legalzinho sobre as frustrações de uma mãe de primeira viagem e de um adolescente na cadeira de rodas
Interessante perceber que assim como ele vive preso no que poderia estar fazendo se não tivesse sofrido o acidente e perdido grande parte de seu movimento, ela também pensa no que poderia estar fazendo se não tivesse casado e tido filho.
Amay ver que a banda preferida dela era sleater-kinney, porque TB era minha banda preferida do movimento riot grrrl, e como a personagem, eu TB tive banda, lia zines etc fiquei esperando ter uma música delas na trilha, mas não rolou. A parte que ela pega a guitarra foi muito fake, poderia ter sido mais real, ela literalmente não faz nada na guitarra e o menino fica uau! Tudo bem que ela tocava baixo e não guitarra, mas da muito bem pra fazer qualquer linha de baixo simples em uma guitarra, ficou parecendo que ela nunca soube tocar, sei lá, ficou forçado....já a música da banda dela eu amay, fiquei esperando que no filme mostrasse algum flashback dessa época para contextualizar mais a personagem e sua frustração em ser uma mãe num bairro careta
O Paciente Perdido
2.6 65Eu sou daquelas que geralmente me deixo levar pela história e penso em várias possibilidades de desfecho, mas dessa vez nos primeiros 20 minutos já sabia o final e o que realmente tinha acontecido....isso fez com que o suspense meio que acabasse sabe? É história muito boa que foi mal contada, na minha opinião. Uma pena.
O que mais gostei foi a parte psicológica, o filme enfatiza como os vínculos e os cuidados na infância influenciam o desenvolvimento da criança, e como um ambiente traumático pode causar transtornos psíquicos na pessoa. Thomas sofre de dissociação, surtos psicóticos e até uma certa psicopatia. Não é fácil crescer em um ambiente onde o trauma e a depressão são mais presentes do que o amor e o cuidado.
Passei por Aqui
2.9 201 Assista AgoraGostei, a gente vai descobrindo aos poucos o mistério.
Dizem que os personagens são burros, até parece que todo mundo que diz isso ia ser super inteligente se estivessem na mesma situação né
claro que o criminoso é mais esperto pois é um psicopata, os outros são pessoas comuns e de certa forma vulneráveis, que nunca se meteram em uma situação de perigo real
Eu consegui acompanhar a linha do tempo numa boa,
através do bebê do casal, primeiro ela sabe que está grávida, depois tem uma fala que diz que está de 7 meses, depois tem outra fala que diz que o bebê nasceu há algumas semanas, depois ele vai crescendo,
Ah mas a polícia é burra não faz nada -
polícia sendo polícia quando o suspeito é ryco e influente e os outros que se ferram são uns qualquer. Nisso achei bem realista o filme, e se vc é a pessoa comum e se mete a justiceiro as chances de se ferrar são grandes mesmo
Quem é o cara que tava preso? Pq ele fazia isso?
Da pra entender na conversa que o psicopata tem com o massagista persa, o pai dele trocou a mãe por um cara gay persa imigrante, a mãe se suicidou, ele era criança e foi quem achou a mãe com os pulsos cortados. O pai.manda ele pra uma escola fora da cidade. Ele se sente abandonado e traído pelo pai e quer se vingar pela morte da mãe TB, então quando volta da escola depois de adulto mata o amante do pai. Depois começa a prender pessoas parecidas com esse amante, como forma de punição e vingança, quando ele vê que a polícia tá colando e tá dando bandeira, ele leva o prisioneiro para a casa de campo.....tenta pegar mais um, o massagista, mas a mãe do grafiteiro vê e ele acaba matando ambos ...e se mudando pra casa de campo onde ainda mantém a vítima que aparece no começo do filme.....enfim o resto vcs já sabem
Eu gostei do final, bem realista e nem um pouco romantizado! Não esperava nada do filme e me surpreendeu!
O Raio Verde
4.1 87[/spoiler]
Só pra mim incomodou o fato de encherem tanto o saco dela por estar sozinha? É o tipo de pressão social que mais atrapalha do que incentiva a pessoa. Como se a vida das pessoas só fizesse sentido em um relacionamento. Achei que em algum ponto isso ia mudar e ela ia se sentir feliz sozinha, na viagem, ia resgatar sua autoestima, mas não, continuou sofrendo a pressão social de estar sozinha e acaba supostamente encontrando alguém....sei que tem todo o contexto das época mas pra mim dá preguiça
[spoiler]
Turn It Around: The Story of East Bay Punk
4.3 1 Assista AgoraQue nostalgia! Quando eu era adolescente em + ou - em 94 entrei em contato com as histórias da gilman St e da cena local da Bay area por causa do Green day. Tudo que eu queria era ter vivido aquilo, me sentia fora do lugar, como se eu tivesse na época e no lugar errado. Porém, o desejo de fazer algo semelhante era muito forte, aprendi a tocar guitarra, comecei uma banda, e vivi aqui mesmo em sp algo muito semelhante, fiz parte de uma cena de pessoas, musicistas e artistas que buscavam algo parecido. Hoje, com 44 anos, eu ainda toco em banda e assistir esse filme me fez resgatar de onde tudo começou 💜
Fratura
3.3 919Eu sei que a maioria quer surpresa no final, o tal do plot twist,
mas ao meu ver a parte interessante desse filme é entender como um trauma pode desenvolver uma crise psicótica...existe uma cisão no eu,, e nossa mente é capaz de criar alucinações para nos proteger da dor do contato e aceitação da realidade.
O Confeiteiro
3.7 102 Assista AgoraFilme que diz muito sobre o processo de elaboração do luto...
para elaborar o luto da morte de seu amante Oren, este que tinha uma outra vida de casado em outro país, Thomas foi até lá e se colocou em contato com as pessoas próximas de Oren, e acabou se colocando no lugar dele, vivendo de certa forma a vida de quem ele perdeu. Ao meu ver, foi de encontro à pessoa perdida, para se aproximar, e de certa forma introjetar e controlar de forma inconsciente a pessoa que perdeu, o que demonstra que ainda não aceitou essa perda. Já Anat, a esposa de Oren, continua seguindo a vida, tocando os negócios e cuidando do filho, sem tempo para elaborar a perda. Quando vai de encontro a Thomas em Berlin, para mim é como se ela fosse lá para dar a chance de uma reparação entre os dois, permitindo assim para ambos atravessar o luto. Ela também foi em busca da outra vida do falecido marido, e apenas a sua aceitação fará com que ela consiga seguir em frente. E para isso ela precisa de Thomas, ambos ligados pelo luto e pela perda. Lembrei muito do texto de Freud, luto e melancolia, e indico para quem quiser entender mais sobre esse tipo de processo de luto, de apego ao objeto perdido..
Os Mortos Não Morrem
2.5 465 Assista AgoraJim Jarmusch eu te amo 💜
O Fio Invisível
2.7 52Que filme! sensível, poético, misterioso, movimentos de câmera e enquadramentos lindos. É suspense mas é sobre tantas outras coisas. Foge dos clichês de filmes de suspense, como perseguições ou assassinatos. Por mais filmes assim,
onde existe o sobrenatural mas também o fator humano, causador de tantas mazelas em nosso planeta.
Ps: fico impressionada como tem gente comentando que não tem nexo e nem lógica...o final é sutil mas não é impossível de compreender, eu que detesto filme que fica explicando demais amei!
Adam: Memórias de Uma Guerra
3.2 20 Assista AgoraVou deixar uma análise que tive que fazer do filme para meu curso de psicanálise...
O que nos torna humanos? E o que acontece quando somos desumanizados? - uma perspectiva culturalista sobre o filme Adam - memórias de uma guerra.
De acordo com a visão culturalista psicanalítica, nós somos frutos do meio em que vivemos, e formamos nossa personalidade através do processo de aculturação. Revisando alguns conceitos biologizantes freudianos, e dando um passo além aos processos pulsionais e instintuais, os culturalistas afirmam que o desejo de pertencimento e de justificar uma visão de mundo é mais forte que o instinto de autopreservação. Segundo Sullivan, a personalidade é uma entidade hipotética, uma ficção aglutinadora de nossas máscaras sociais, onde o "eu" só existe através de comportamentos interpessoais em conjunto com nossas vagas abstrações. Com essa premissa, podemos entender melhor os personagens do filme "Adam - memórias de uma guerra", filme que tem como pano de fundo o nazismo e seus desdobramentos na Europa.
O personagem Comandante Klein é alguém que, antes do nazismo se instaurar, se sentia isolado do mundo, apequenado e inseguro, e isso é demonstrado logo no começo do filme, quando Adam, que estava se apresentando em seu circo, faz uma brincadeira com Klein - este antes de se tornar comandante - e é revelado que ele havia acabado de tentar se matar, se mostrando tímido, deslocado e constrangido por Adam naquele momento.
Quando o nazismo se instala, e ele vira comandante, ele enxerga nesta oportunidade uma forma de exercer seus recém-adquiridos poderes, especialmente em relação à Adam, que se encontra nos campos de concentração em situação de prisioneiro, e quem havia o deixado tão sem graça naquela situação anos atrás no circo. Ele abusa de seu poder, e humilha Adam de todas as formas, tratando-o como um cachorro, fazendo ele ficar de quatro a maior parte do tempo, latir, rosnar, comer ossos, dormir com os cachorros, entre outras formas de humilhações.
Como explicar então o comportamento do Comandante Klein, um homem antes tão inseguro, que agora exerce seu poder de forma tão cruel? Segundo Karen Horney, o motivo de sustentação das neuroses é nossa tendência inconsciente de naturalizar aquilo que é cultural. Podemos dizer então que Klein é um sujeito neurótico que naturalizou o desprezo pelos judeus, algo que foi incitado na sociedade e época em que estava vivendo, algo cultural mas que foi ensinado e entendido como algo natural - o fato de que judeus não eram homens dignos e não deveriam ter os mesmos direitos que as pessoas não judias.
Segundo Fromm, a violência é uma forma de defesa orientada culturalmente que mascara muitas vezes um sentimento de impotência inconsciente, e isso se aplica ao Comandante Klein. Sentimos sua impotência no primeiro ato do filme, e fazendo essa análise conseguimos entender o motivo que o levou a abraçar tais valores antissemitas e a praticar atos tão malignos contra os judeus, uma vez que foi dado a ele certos poderes.
Ainda segundo Fromm, os seres humanos sofrem do que ele chama de dicotomias existenciais, sendo a principal delas a separação do homem e da natureza. Antes vivendo em uma integração maior com a natureza, uma vez que começamos a desenvolver a consciência e a criatividade, e transformar a natureza para benefício próprio, nos percebemos também à parte da mesma. Somos parte da natureza, mas ao mesmo tempo, separados dela, e por isso desenvolvemos uma ânsia de unicidade com o mundo, que faz com que sempre busquemos algo maior que nós, algum lugar de pertencimento que nos dê algum tipo de sensação de segurança. Essa busca faz com que desenvolvamos um quadro de orientação e devoção, ou seja, uma estrutura de referência que busca respostas e soluções para todo aspecto de nossa existência, não só em pensamento, mas também em sentimento e ação. A necessidade desse sistema é comum a todos os seres humanos, que podem se apoiar em diferentes ideologias, religiões e formas de pensar e agir, porém, existe a forma produtiva, guiada pela razão, amor, e pelo grau em que oferecem uma solução genuína para a necessidade de equilíbrio e harmonia do homem em seu mundo, e a improdutiva, guiada pelo ódio, agressividade e destruição.
Sendo assim, o Comandante Klein encontra no nazismo esse sentimento de pertencimento a algo maior, que traz a ele uma sensação de segurança e poder que mascara suas próprias inseguranças, e de forma neurótica naturaliza a agressividade contra os judeus. O sadismo e o masoquismo, ambos mecanismos psíquicos de defesa contra esse sentimento insuportável de solidão e desamparo, é desenvolvido por Klein, ele aceita ordens e compreende sua pequenez diante de seus superiores, que apesar de não ser demonstrado no filme, provavelmente o tratam de forma agressiva, e então aplica essa agressividade contra aqueles que não são considerados dignos de pertencer ao mesmo grupo que ele. Em determinado momento no filme, ele diz a Adam: "sou apenas um comandante, eu não faço as regras". Em conformidade autômata, adota completamente uma personalidade que é oferecida por padrões culturais, a fim de eliminar sentimentos de solidão e impotência e, apesar de não fazer as regras, faz uso das mesmas, de forma autoritária.
Já Adam consegue sobreviver aos horrores do holocausto, mas não consegue se integrar na sociedade facilmente. Se isola, sente-se impotente diante a um mundo onde foram permitidas tamanhas atrocidades. Torna-se também um neurótico, de acordo com Horney, pois ele vive uma discrepância entre sua potencialidade interna e possíveis realizações, ou seja, ao mesmo tempo em que se demonstra uma pessoa inteligente, eloquente, e até fascinante, ele também tem momentos de agressividade e de regressão a comportamentos rudimentares que foram impostos a ele nos campos de concentração, que o impedem de viver em sociedade. Incapaz de exercer seu potencial criativo, que antes da guerra era desenvolvido através de suas atividades no circo e com a família, ele se prende ao passado, e como uma defesa neurótica, sofre pela segunda vez aquilo que sofreu anteriormente.
As outras pessoas que se encontram no hospital psiquiátrico com Adam também manifestam diversas patologias que os impedem de retornar a uma vida produtiva. Um dos personagens procura na morte uma solução para suas inquietações existenciais, diz querer se matar para tirar satisfação com deus sobre o que ocorreu durante o nazismo. Podemos observar como um quadro de orientação e devoção pode ser abalado quando somos desumanizados e vivemos os horrores de uma guerra, e a confusão que isso gera pode fazer com que manifestações limítrofes como essa ocorram. A realidade e as fragilidades humanas são duras, e como diz Adam em determinado momento do filme, "precisamos de mentiras para sobreviver".
Ainda no hospital psiquiátrico, Adam encontra um menino que sofreu dores parecidas com as dele. Ao encontrar o menino agindo como cachorro, Adam age como cachorro de novo, e podemos perceber a linha tênue entre o humano e o desumanizado, pois Adam, um homem inteligente e perspicaz, de repente se torna o animal de antes novamente. Porém, é nesse encontro com o outro desumanizado que Adam se esforça para se humanizar, e consequentemente humanizar o outro. É se vendo no outro, através da empatia, que segundo Sullivan, é um fenômeno sutil e inconsciente, um nível mais profundo de percepção, que Adam obtém forças para sair de sua própria jaula. E então os dois, aos poucos, conseguem superar a identificação com o cachorro e aprendem novamente a serem humanos.
Híbridos, os espíritos do Brasil
4.0 12maravilhoso <3
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3.7 1,3KPassando pra avisar que o filme não é do Tel Toro - ele foi produtor executivo, muito diferente de idealizar, escrever e dirigir um filme. Quer dizer que ele apoiou, mas não é um filme dele!
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4.4 104 Assista AgoraNecessário ver esse filme, para entender o quanto é complicado misturar religião com escola e política.